08/09/2023
Ei, você sabia que, assim como inúmeros autistas, eu também enfrento desafios sensoriais no dia a dia? Para mim, estar em lugares barulhentos, com luzes piscando, com objetos e pessoas se movimentando muito, por exemplo, gera um incômodo fora do comum e, muitas vezes, me leva a crises por sobrecarga sensorial.
E, claro, a crença social de que eu, por ser autista adulta nível 1 de suporte, levo uma "vida normal", me deixa invisível e vulnerável frente a tais situações. É como se eu "apenas" tivesse uma "frescura" a ser resolvida com "boa vontade". Logo, minhas necessidades sensoriais costumam ser negligenciadas.
Estar num supermercado cheio de luzes fortes, cheiros diversos, ruídos infinitos, pessoas andando em todas as direções já me fez desistir de fazer compras e voltar de mãos vazias para casa.
Por essas e tantas outras razões que devemos aproveitar nossos direitos e não somente viver da gentileza de algumas pessoas.
Hoje citarei duas leis recentes, que nós autistas também podemos utilizar quando se fizer necessário:
✨️lLei n°14.626/2023: que assegura atendimento prioritário em balcões ou guichês, além de reservar assentos preferenciais em ônibus, metrôs e trens;
✨️Lei n°14.624/2023: que oficializa o uso do Cordão de Girassol para identificar pessoas que possuem condições invisíveis, como o autismo.
A intenção dessas leis sancionadas há pouco mais de um mês é:
> facilitar o acesso a serviços públicos,
> contribuir para a inclusão social,
> conscientizar a população,
> gerar mais compreensão, respeito e empatia,
> garantir o suporte necessário.
*Tais leis não dispensam a apresentação de documento que comprove a condição.
"Ao fazer valer meus direitos, sinto que abraço a causa, me reconheço em minhas condições (autismo, epilepsia e TDAH), me conecto a pessoas com necessidades similares, tento evitar constrangimentos e contribuo para combater as barreiras do capacitismo."
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