AMBULIM - Programa de Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas Foi criado no primeiro semestre de 1992, pelo Prof. G. F. C. P.
Dr. Táki Athanássios Cordás, quando não havia no Brasil nenhum centro especializado no tratamento dos transtornos alimentares, baseado nos modelos criados pelo Prof. Russell na sessão de Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria da Universidade de Londres, pelo Prof. L. Freeman da Universidade de Edinburgo e pelo Prof. A. H. Crisp do Hospital St. George. A prioridade foi a formulação de um modelo de atendimento adaptável às condições do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e do país como um todo. Modelos de tratamento em tempo integral, com extensos programas externos e onerosos foram, portanto, deixados de lado. Atualmente o AMBULIM é considerado o maior centro especializado em transtornos alimentares do Brasil e da América Latina, oferecendo tratamento totalmente gratuito para pacientes de qualquer ponto do país. O tratamento adequado dos transtornos alimentares exige uma abordagem multiprofissional através de médicos psiquiatras, psicólogos (orientação individual, grupal e familiar), nutricionistas, terapeutas ocupacionais, enfermeiros e educadores físicos. Lidando com a completa ausência de recursos, o AMBULIM baseia todo seu atendimento no trabalho voluntário da quase totalidade de seus membros, utilizando recursos pessoais para a aquisição de material básico de funcionamento (computadores, aparelhos de fax, etc.), além de auxiliar pacientes e familiares em situações como moradia, compra de medicações, etc. Para realizar seus projetos, o AMBULIM busca parcerias com entidades privadas que tenham incorporado à sua gestão, o conceito de RESPONSABILIDADE SOCIAL como fator de sucesso empresarial. Empresas que se situem no mercado como agentes de promoção do desenvolvimento econômico e alavancadas para construção de um mundo socialmente mais justo.
21/08/2025
Muito mais que “seletividade alimentar”, o TARE pode envolver evitar determinados alimentos devido a desconfortos sensoriais, medo de consequências como náusea ou engasgo, ou até falta de interesse em comer.
Esse quadro tem impacto direto na saúde física, no crescimento e no bem-estar, e não está relacionado a preocupações com peso ou forma corporal. É especialmente comum em pessoas autistas, por conta de necessidades sensoriais e dificuldades interoceptivas.
Quer entender como identificar e manejar o TARE na prática clínica?
Participe da 7ª edição do Curso de Atualização em Dificuldades Alimentares ao TARE, ministrado por profissionais do primeiro serviço especializado no Brasil.
Convidamos a todos para assistirem nossa Reunião Geral que acontece sempre na última sexta feira do mês com uma palestra gratuita e transmissão on-line.
O próximo encontro será no dia 29/08/2025 das 13h às 14h
Neste mês o tema será: Corpos (In)Visíveis: Desafios dos Transtornos Alimentares na População Trans
Palestrante: Ms Vanessa Cristina Baptista
Psicóloga clínica, sexóloga, terapeuta sexual e professora.
Especialista em terapias cognitivas, transtornos alimentares, saúde mental e saúde da população LGBTQIA+.
Mestre em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina da USP
Coordenadora e supervisora do Psicaree.
Colaboradora do AMBULIM do IPqHCFMUSP.
Acesse o site do AMBULIM www.ambulim.org.br e preencha a ficha de inscrição (vagas limitadas) LINK NA BIO!
20/08/2025
O Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo (TARE) não se restringe apenas às refeições em casa, seus efeitos podem se manifestar de forma significativa no ambiente escolar, afetando desenvolvimento, aprendizado e relações sociais.
Entre os impactos mais comuns:
— Concentração e desempenho acadêmico: a ingestão insuficiente de nutrientes compromete atenção, memória e energia, prejudicando o desempenho escolar e a capacidade de participação plena nas atividades;
— Interação social e adaptação: evitar a merenda ou recusar alimentos em festas e eventos escolares pode levar ao isolamento, à exclusão social e até a situações de bullying, impactando a autoestima e o bem-estar emocional;
— Ansiedade e sofrimento emocional: a pressão para “comer como os colegas” pode desencadear estresse significativo, interferindo na rotina diária e na aprendizagem.
Para profissionais multidisciplinares, compreender como o TARE se expressa na escola é essencial para desenvolver intervenções integradas e estratégias individualizadas, que considerem fatores sensoriais, comportamentais e emocionais.
Este será um dos temas abordados na 7ª edição do Curso de Atualização em Dificuldades Alimentares ao TARE, com enfoque em manejo clínico, práticas interdisciplinares e estratégias de suporte no contexto escolar.
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07/08/2025
No contexto do Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo (TARE), a presença de um diagnóstico de TEA exige uma adaptação cuidadosa do plano terapêutico. Estratégias como exposição alimentar gradual, uso de recursos visuais e foco na previsibilidade das sessões podem ser fundamentais para promover adesão e segurança clínica.
Além disso, um dos subtipos mais desafiadores do TARE, o relacionado ao medo de consequências aversivas (como engasgar, vomitar ou sentir dor), demanda intervenções baseadas em exposição progressiva e psicoeducação, com foco em ressignificar experiências anteriores traumáticas ou ansiogênicas.
Também é essencial reconhecer os fatores mantenedores da recusa alimentar, como reforços inadvertidos no ambiente familiar, hipervigilância alimentar, dificuldades sensoriais persistentes e ausência de experiências positivas com a alimentação.
Todos esses temas, entre outros aspectos centrais do diagnóstico e manejo interdisciplinar do TARE, serão abordados na 7ª edição do Curso de Atualização em Dificuldades Alimentares ao TARE, promovido pelo Ambulatório do PROTAD (IPq-HCFMUSP).
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O Programa de Transtornos Alimentares – AMBULIM do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo foi criado no primeiro semestre de 1992, quando não havia no Brasil nenhum centro especializado no tratamento dos transtornos alimentares.
A prioridade foi a formulação de um modelo de atendimento adaptável às condições do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IPq-HC-FMUSP) e do país como um todo.
Inicialmente chamado de Ambulatório de Bulimia e Transtornos Alimentares, nome que originou a abreviatura AMBULIM, atualmente somos considerados o maior centro especializado do Brasil e da América Latina, oferecendo tratamento ambulatorial e enfermaria totalmente gratuito para pacientes de qualquer ponto do país.
Lidando com a completa ausência de recursos, o AMBULIM mantém-se com verbas de projetos de pesquisa, atividades didáticas e doações. Baseando todo seu atendimento no trabalho voluntário da quase totalidade de seus membros utilizando recursos pessoais para a aquisição de material básico de funcionamento, além de auxiliar pacientes e familiares em situações como moradia, compra de medicações, etc.
Ao longo de seus 20 anos, o AMBULIM já atendeu mais de 3 mil pacientes oferecendo além do tratamento ambulatorial, o hospital-dia e a única enfermaria especializada do Brasil com 10 leitos. Infelizmente esse numero de leitos é insuficiente para a demanda necessária e a alternativa é a criação de mais leitos para o tratamento de pacientes com transtornos alimentares e o treinamento de equipes especializadas para o atendimento.
Preocupado com a atividades de formação temos ao longo desses anos formados médicos residentes em psiquiatria, psicólogos, nutricionistas, assistentes sociais, educadores físicos, enfermeiros, terapeutas ocupacionais e outros profissionais da saúde para o atendimento adequado desses pacientes. Ainda assim é pouco, muito pouco para a necessidade do país.