
11/09/2025
Meus favoritos de agosto. Só tem coisa muito boa aqui: livros provocativos, diferentes, hypados entre leitores que realmente leem — e, eu diria, muitos deles necessários. Walser é um clássico (e aparece citado em Caixa 19), Cometierra é totalmente inovador e disruptivo, Kitchen é um hino delicado que marcou uma geração. E A morte em Veneza é simplesmente obra de um Nobel.
✨ A morte em Veneza / Tonio Kröger – Thomas Mann
“E se a beleza, em vez de salvar, fosse capaz de nos arrastar à beira da loucura? Mann mostra como a paixão estética pode corroer a razão e revelar o lado mais sombrio do desejo humano.”
✨ Os irmãos Tanner – Robert Walser
“Um romance para quem já se sentiu estrangeiro da própria vida: Walser narra a errância de quem recusa a rigidez do mundo e encontra na liberdade uma forma de poesia — ainda que ela custe a própria estabilidade.”
✨ Caixa 19 – Claire-Louise Bennett
“Um mergulho no fluxo da consciência feminina, onde cada lembrança se transforma em escrita. Bennett nos lembra que a memória não é estática: ela pulsa, se fragmenta e se reinventa como única forma de sobrevivência.”
✨ Cometierra – Dolores Reyes
“Uma jovem que engole punhados de terra para vislumbrar destinos ocultos: entre realismo brutal e magia visceral, Reyes denuncia violências silenciadas e dá voz às dores que insistem em não ser enterradas.”
✨ Kitchen – Banana Yoshimoto
“Entre cozinhas, madrugadas e silêncios, Yoshimoto constrói um delicado hino sobre luto, amor e recomeço. Um lembrete de que, mesmo nas perdas mais duras, sempre pode haver espaço para o afeto.”
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Inclusive, A morte em Veneza, de Thomas Mann — obra que ajudou a consagrar o autor com o Nobel de Literatura — será debatida no próximo encontro do meu clube Entrelinhas, no dia 16/09. Se quiser participar, o link está na bio.