
17/09/2025
QUERO COMPARTILHAR ESSA SÉRIE DE POSTS EXCELENTES DO PARA REFLEXÃO DE MÉDICOS E PACIENTES SOBRE O PEDIDO INDISCRIMINADO DE EXAMES LEVANDO A ALTOS GASTOS DESNECESSÁRIOS EM SAÚDE, ALÉM DE PODEREM GERAR A SOLICITAÇÃO DE MAIS EXAMES INCLUSIVE INVASIVOS E COM RISCOS.
Post #2: Dosagem de insulina: um
exame desnecessário
Pouca gente sabe, mas a dosagem laboratorial de insulina raramente ajuda na prática clínica.
→ Grande variabilidade ao longo do dia, de acordo com refeições, horário e fatores individuais.
• Baixa reprodutibilidade laboratorial, tornando difícil qualquer interpretação clínica.
→ Não serve para diagnóstico de diabetes.
• Não muda a conduta no dia a dia e no seguimento do diabetes
→ Aumenta custos sem trazer benefícios reais.
A dosagem laboratorial de insulina já foi bastante solicitada, muitas vezes para calcular o HOMA-IR. Seu uso permanece apenas em pesquisa clínica, mas não deve ser rotina na prática assistencial.
• Exceção importante:
Fora situações muito específicas, como a investigação de síndromes hipoglicêmicas, em que não esperamos haver insulina em vigência de hipoglicemia, a dosagem de insulina só gera custo e desperdício.
Na maioria dos casos, o que guia o cuidado é a história clínica, o exame físico e exames simples, como glicemia e HbA1c.
Menos desperdício = mais valor em saúde.
Lembrem-se: o alto custo do seu plano de saúde está diretamente relacionado às despesas da operadora, incluindo a quantidade e o preço dos exames laboratoriais.
Este post faz parte da série “Exames Desnecessários”, criada para estimular uma reflexão sobre o uso racional de recursos em saúde.