11/05/2025
Esta é uma carta aberta àqueles que vivem o Dia das Mães de forma mais dolorida. Àqueles que, como eu, já não têm mais a presença física das mães nesta data, ou àqueles que têm mães difíceis, abusivas ou narcisistas… Apesar de cada caso ser um caso, talvez esse seja um dia de viver e processar lutos.
Luto pelas mães que já não estão neste “plano”, pela tristeza e pelo desejo de estar na presença física delas, luto pelo que você gostaria que a sua mãe fosse, luto pelas dores que ela possa ter te causado devido ao comportamento tóxico, abusivo ou narcisista…
O luto também envolve a ressignif**ação de um amor que seja possível diante das condições que se apresentam a você. No caso das mães que já partiram, lembrar delas com carinho, gratidão e saudades pode te inspirar a continuar seguindo, pensando no legado que elas deixaram, e nas formas que você pode se conectar a elas. Eu mesma sinto muitas saudades da minha mãe que foi e sempre será lembrada com muito amor, carinho e gratidão. Eu me conecto com ela através de oração e trago para memória boas lembranças. Não é um dia fácil, mas acolho todas minhas emoções.
Se a dor for muita, permita-se viver um dia mais silencioso e reflexivo, acolhendo seus próprios sentimentos, e validando as suas emoções. É importante lembrar que, assim como a sua mãe foi aquela que “deu para ser”, aquela que foi possível dentro dos recursos materiais e emocionais que ela tinha, você também é o filho/a possível.
Mesmo que você não possa, ou não queira, passar essa data com a sua mãe, acolha seu luto, e busque ressignif**ar o seu vínculo e o seu sentimento. No seu tempo, sem pressa nem cobranças.
A todos que estão passando um Dia das Mães difícil, delicado, doloroso e em processo de lutos, deixo aqui o meu abraço e o meu acolhimento.
Com amor,
Fernanda Melo
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