Melina Moraes Psicologa

Melina Moraes Psicologa Sou psicóloga clínica e faço atendimentos presenciais e online.

Esta página foi criada para auxiliar quem procura por atendimento psicológico e também para quem tem dúvidas ou quer se informar sobre saúde mental. Esta página foi criada para facilitar o encontro com a psicologia, discutir temas relacionados, tirar dúvidas sobre psicoterapia, além de disponibilizar o serviço de plantão psicológico on- line, via vídeo chat ou mensagem.

08/05/2024

Filtros

Todos nós vemos o mundo de acordo com o nosso próprio filtro, ( e por filtros quero dizer que podemos também chamar de ponto de vista ou a nossa visão do mundo). E esses filtros são adquiridos, formados e até modificados durante a vida de acordo com nossas vivências, experiências e formas de aprendizado; o afeto envolvido no processo, o local, as pessoas presentes, a classe social, cor, gênero, clima, ter ou não uma religião, o modelo político vigente, visão política pessoal, família, amigos enfim, tudo que nos rodeia e fez parte de nossa vida, percebidos pelos nossos sentidos, como olfato, tato, visão, paladar e audição; geram a forma como vemos e absorvemos o mundo a partir de cada fato novo, gerando um filtro.

E por isso é tão difícil saber o que outras pessoas pensam, o que querem quando fazem algo, o que elas apoiam de acordo com cada discurso, o que elas entendem sobre o que você ou outras pessoas falam.
Achar que alguém entende a mesma coisa que você ao ver um filme, ouvir uma música, ler uma história ou relato é não entender a complexidade da mente humana, o que parece claro para um pode não ser para outro, o que é certo para um pode não ser certo para outro e assim podemos falar de tudo que existe, mesmo para as coisas mais simples e que parece que todos concordam, pode ser que o que você concorda não seja o mesmo que a outra pessoa parece também concordar.
Alguns exemplos simples: Quem disse que a cor azul que você vê no céu é a mesma cor que outra pessoa enxerga? Ele pode estar vendo o que para você é a cor amarela, mas quando aprendemos as cores alguém mostrou um lápis, desenho ou foto e disse: essa cor é azul e assim ele aprendeu e sempre que ele vê essa cor ele associa a cor azul, mas se a cor que ele acredita ser azul, porque assim aprendeu pode ser qualquer cor, nós não temos como saber que cor realmente ele está vendo. Um som ouvido inicialmente por alguém e ensinado que era um som agradavel, pode ser desagradavel para outra pessoa, como uma música ou voz, por diversas razões, um estímulo sensorial como o vento batendo em sua pele pode ser agradável e parecer refrescante para uns e desagradavel e invasivo para outros.
E isso serve para tudo, das situações mais simples às mais complexas, tudo pode ser visto de formas diferentes do que foi proposto inicialmente por alguém.

Por isso é importante tomar cuidado ao julgar pessoas por seus posicionamentos políticos, religiosos, sociais, econômicos, acadêmicos, familiares entre outros.
Nossa sociedade é regida por normas, leis e regras que vão balizar certo e errado, justo e injusto, o que pode e o que não pode, mas cada pessoa internamente terá suas próprias medidas e aceitação destas normas, leis e regras e portanto entenderá sua forma de atuar no mundo como certa ou errada, como legal ou ilegal.

Viver em sociedade e se colocar no lugar do outro é difícil, mas é necessário para se encontrar o equilíbrio na convivência social, não iremos concordar com tudo, mas poderemos entender de onde vem essa ou aquela fala, atitude ou pensamento e saiba, tem muitas pessoas que lucram e ganham muito com este desequilíbrio e falta de empatia generalizada.

Somente quando nos abrimos para entender e ouvir outras pessoas é que realmente poderemos entender e até julgar em alguns casos o que ela faz, acredita, pensa ou entende da vida, isso leva tempo, disponibilidade e vontade, entender porque o outro é como é, porque pensa como pensa, porque age como age requer um certo grau de sacrifício e paciência, requer ouvir e ver e requer acima de tudo questionar muito, mas este é outro tema.

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04/06/2023

É importante deixar falar
Um dos tópicos que falo quando exponho o que se deve esperar da terapia na primeira sessão é que:
_ Temos muitas coisas passando pela nossa cabeça a qualquer momento da vida, até quando pensamos que estamos atentos a algo estamos com vários outros pensamentos trabalhando em segundo plano,( o que vamos comer mais tarde, se tenho que comprar um presente para um amigo que está de aniversário, se temos a roupa certa e limpa para um evento próximo, se vamos reagir a uma injustiça cometida contra nós, entre tantas outras possibilidades) por isso é muito importante a fala no processo terapêutico, pois quando falamos, temos que transformar alguns pensamentos em palavras, que tem de estar em uma certa ordem que faça sentido para que tanto eu, psicóloga, como o paciente possamos entender sobre o que está sendo falado, além de que, pensamentos desordenados na mente podem ou não estar conectados, podem ou não estar causando algum desconforto, podem ou não fazer sentido. E só saberemos com o que teremos que lidar e trabalhar quando este pensamento se torna algo concreto e visível como as palavras ditas durante a sessão de terapia.
Parece algo normal e corriqueiro, mas poder falar o que se sente da forma que se sente é algo muito difícil e pouco estimulado durante a vida.
As palavras usadas em nossa tentativa de mostrar nossas dores, sentimentos, alegrias e tristezas, vontades e necessidades, são muitas vezes podadas e por vezes até censuradas em alguns ambientes ou com certas pessoas.
E o que quero dizer é que isso é muito prejudicial para nossa formação pessoal, social e de autoconhecimento.
A escolha de palavras para cada situação deve surgir junto com a maturidade emocional, durante nossa evolução como seres humanos, assim como disse no tema abordado anteriormente sobre exemplos, com o aprendizado, experiências de vida e exemplos que observamos, vamos nos tornando um novo ser com o melhor (que acreditamos ser) de tudo que nos serviu de exemplo.
Durante nossa formação como pessoas, vamos aprendendo como nos portar, como e o que falar, como nos vestir, para apresentar ao mundo quem somos, mas essa formação deveria ser produto de conversas cheias de exemplos e significados, com relacionamentos cheios de experiências e trocas, onde pudéssemos usar todas as palavras e ações que nos fossem possíveis e necessários em cada momento de nosso crescimento para nos expressar da forma mais clara e inteligível possível e com isso obter o conhecimento necessário para aprender e apreender novos conhecimentos e assim nos aprimorarmos, crescendo e evoluindo sempre.
E por que digo isso? porque muitos de nós ouvimos desde nossa infância, até a vida adulta coisas como: não fale isso, não fale assim, não gosto quando você fala estas coisas, fico triste quando você fala desse jeito, você não pode pensar assim, lá vem falar essas bobagens, quanta burrice, você vai pro inferno por falar ou fazer isso, papai noel não vai te trazer presentes se você falar estas coisas… não tenho como expor todas as possibilidades, mas acredito que muitos entenderam e lembraram de algumas dessas frases ouvidas durante a infância e juventude.
E por que essas frases são tão prejudiciais para a formação de todos nós?
Quem já se viu ou conhece alguém que passou pela situação de ter algum amigo ou parente falando ou fazendo algo absurdo, descabido ou até criminoso e disse, mas eu nunca imaginei que ele fosse assim, eu nunca pensei que ele pensasse assim ou, mas ele era uma pessoa tão boa, nunca pensei que seria capaz disso?
Ultimamente tem aparecido vários casos de pessoas que se reúnem em redes sociais para falar, disseminar a até cometer atos de ódio, de discriminação e de crimes, que espalham mentiras, que criam teorias absurdas sobre como outras pessoas vivem ou são, sobre o que acontece em lugares que eles não frequentam, sobre atitudes de alguns políticos que eles não entendem que fazem parte de seus deveres politicos, são muitas reuniões de pessoas que falam entre si nas redes sociais, mas que pessoas próximas que convivem com eles desconhecem seus interesses e atos.
Será mesmo que estas pessoas nunca falaram ou tentaram falar sobre suas dúvidas, angústias, sentimentos e anseios e/ou não foram ouvidos ou foram induzidos a se calar?
Entendendo que não são todas as pessoas responsáveis por menores, crianças e adolescentes, que estão preparados para falar sobre tudo e qualquer assunto, que nem sempre estão preparadas ou equipadas com saberes que possam ajudar e esclarecer todas as dúvidas e preocupações deles, mas todos nós deveríamos estar abertos a ouvi-los, acolhê-los e tentar entendê-los, todos nós deveríamos saber que se não somos capazes de algo, não quer dizer que ninguém é, sempre podemos pedir ajuda para alguém, um profissional ou pessoa mais experiente em certos assuntos para nos auxiliar com estas respostas, acolhimentos e pedidos.
É muito importante ouvir, deixá-los falar, estar atento ao que estas crianças e jovens nos dizem, sem censura, sem podas, sem preconceitos, para que possamos esclarecer o que eles perguntam, ensinar o que eles não sabem, acolher seus sentimentos e preocupações e caso seja necessário, procurar alguém que possa ajudá-los caso seja necessário.
Julgar, recriminar, punir e negar suas palavras não tira suas dúvidas, não elimina suas apreensões e sentimentos, não some com os problemas.
Lembre-se, os pensamentos estão enchendo as nossas cabeças assim como as deles, sempre… e o que eles não puderem falar com seus responsáveis em algum momento vão falar com outras pessoas e nem sempre será de uma forma saudável, nem sempre será com pessoas boas e sérias, nem sempre será de forma adequada.
Esses pensamentos quando saem em forma de palavras se tornam uma ideia concreta e real com a qual poderemos lidar e trabalhar com elas, na terapia quando necessário, mas também nas conversas em família e com seus responsáveis, deixe e saiba a importância das falas das crianças e adolescentes, eles precisam e devem falar para se expor, pois só assim será possível compreendê-los e auxiliá-los a crescer mais saudáveis.
Quando você não ouve as palavras ditas, as angústias sentidas, as perguntas feitas e não explica seus significados e porque certas coisas e situações acontecem, você deixa as dúvidas e as possibilidades, por vezes absurdas, se tornarem a verdade desses que te procuraram e por algum motivo você as calou.
Deixo uma metáfora para reflexão.
Não deixe um gato virar um tigre ou uma lagartixa virar dragão só porque você não queria ouvir certas palavras sendo ditas.

ExemplosExemplos muitas vezes são vistos como algo bom, imitável, espelhavel, mas podemos usar algo como exemplo também ...
03/06/2023

Exemplos

Exemplos muitas vezes são vistos como algo bom, imitável, espelhavel, mas podemos usar algo como exemplo também de situações ou ações ruins.
Todo exemplo é um exemplo de algo, mas como este exemplo é visto por nós pode ter múltiplas conotações, podem ser só bons ou ruins, podem ser bons em alguns momentos e em outros não, um exemplo depende…, de como o vemos, de como podemos usá-lo, de como entendemos este exemplo na fase de vida que estamos.
Quando nos damos conta de que tudo pode ser usado como exemplo não existe mais limite para tudo que podemos aprender.
Quando lemos, quando assistimos um filme, uma dança, quando ouvimos música, uma aula, mas também quando estamos observando o mundo a nossa volta, uma briga ou bronca, uma pessoa chegando ou saindo de um local, nossos pais cuidando de nós ou dos nossos irmãos, as brincadeiras de criança, as conversas e interações de adultos, as tentativas de se afirmar e de se conhecer dos adolescentes, uma pessoa cozinhando, comendo, bebendo, tudo pode ser visto como exemplo, do que fazer ou não fazer.
O modo como observamos e agimos no mundo a nossa volta pode nos dar elementos, experiências e conhecimentos que podem ou não facilitar a nossa vida e como serão nossas relações. Se eu percebo que uma fala é um exemplo de grosseria e entendo que aquele contexto não se encaixa com a fala, posso usá-lo a meu favor e não repetir este tipo de fala no mesmo contexto. se eu percebo que uma atitude pode demonstrar confiança e segurança e gerar admiração dos demais presentes, posso usar este exemplo para modificar minha atitude em alguns lugares.
Quanto mais nos conhecemos e mais observamos o mundo em que vivemos, mais fácil será usar os exemplos que vimos durante a vida.
Usar um exemplo pode significar fazer o exato oposto que outra pessoa faz, afinal, nem tudo é pertinente em todo lugar e a qualquer momento. você pode tanto usar um exemplo que pareceu positivo e bom como pode perceber que algo foi um exemplo de como não fazer ou ruim.
Já ouviu as frases: esse é um exemplo de como se dar mal, esse é um exemplo de como se vence, esse é um exemplo de bondade ou maldade?
É porque tudo pode ser usado como exemplo, mas nem tudo pode ser usado ao pé da letra e aí entra o autoconhecimento. Quanto mais nos conhecemos, mais fácil é saber quando algo tem nosso jeito ou o que somos ou não capazes de fazer, nem tudo que parece legal nos será útil, nem tudo que é bom para uns é bom para outros.
Hoje em dia tem cursos para tudo sendo disponibilizado tanto online como presencial, de como “se dar bem” nos negócios, como “se dar bem” em relacionamentos entre outras tantas opções de “se dar bem”, mas você já se perguntou o que para quem ensina é “se dar bem”? Para você este “se dar bem” faz sentido? Você quer mesmo fazer o que te dizem para “se dar bem”?
O mundo está cheio de propagandas, cursos e lições de vida do que é certo e errado, bonito ou feio, bom ou mau, mas e você, sabe o que quer para sua vida, como quer se sentir, o que quer ser hoje, amanhã e daqui a dez anos? Você quer ter metas abertas ou fechadas, quer ter liberdade de mudar de rumo ou quer ter uma jornada definida? Quem você quer ser quando crescer, você quer crescer?
São todas perguntas válidas, que muitas vezes deixamos de nos fazer enquanto crescemos e ficamos mais velhos, quando crianças vivemos perguntando por que e pra que e é assim que acabamos decidindo o que queremos, o que sentimos e se algo é válido ou não, tanto pelas respostas que nos dão como pelos exemplos que observamos durante o nosso crescimento.
E com a diminuição de perguntas e questionamentos sobre o valor e serventia das coisas que nos apresentam é que vamos dando lugar para que outras pessoas nos digam o que e como fazer e acabamos sendo o exemplo de como ser cópias imperfeitas dos outros, que possivelmente não estão completamente satisfeitas, mas o que mostram ao público é uma exemplo de “como se dar bem”, mesmo que só uma parte dele seja mostrada.
Nós não vemos o todo dos outros e muitas vezes nem vemos o nosso próprio todo, vemos alguns exemplos; de postura, de tom de voz, de comportamento, de atitude e esses exemplos devem ser observados, entendidos e só depois de compreender o que deste exemplo cabe na sua vida, com seu jeito de ser é que se pode usar, fazendo parecido, parcialmente ou totalmente diferente, afinal o exemplo está aí, para seguir ou repudiar.

Se olharmos atentamente para nossa vida podemos perceber que fora alguns traços de personalidade que temos desde bebês, muito do que aprendemos foi aprendido por exemplos, que podemos seguir a risca, outros parcialmente e alguns sabemos que faremos totalmente diferente ou porque foi um exemplo de como deu errado ou porque não tem mais sentido no momento atual.
Até traços de personalidade que parecem inatos pode se descobrir que está relacionado com alguma observação infantil. Nossa forma de aprender e de ensinar está relacionada com exemplos da educação formal da escola e da educação dada em casa que tivemos como exemplo de forma boa ou ruim, certa ou errada de ensinar e aprender.

Então pense, se tudo pode ser usado como exemplo, cabe a nós identificar o que nos cabe, o que nos vale, que exemplo é bom ou ruim em cada situação, depois que aprendemos com os exemplos que a vida nos dá cabe a nós agir no mundo para que nossas ações sejam novos exemplos.

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