Ana Gabriela Baptista

Ana Gabriela Baptista Med Funciona/Qualidade de Vida
Consultoria Técnica/Perícia Judicial em Terapia Canabinoide

A busca por terapias inovadoras na odontologia tem levado à investigação de substâncias bioativas capazes de modular pro...
21/03/2025

A busca por terapias inovadoras na odontologia tem levado à investigação de substâncias bioativas capazes de modular processos inflamatórios e estimular a regeneração tecidual. O canabidiol (CBD), um fitocanabinoide não psicoatrópico derivado da Cannabis sativa, tem demonstrado propriedades anti-inflamatórias e osteogênicas, sugerindo um potencial significativo para aplicações odontológicas.

Um estudo recente avaliou os efeitos do CBD em células da polpa dentária e macrófagos sob condições pró-inflamatórias. Os resultados indicaram que o CBD favorece a biomineralização, um processo essencial para a regeneração dentária, e regula negativamente mediadores inflamatórios, como TNF-α e PTGS2. Além disso, sua aplicação modulou a expressão de genes relacionados à formação da matriz dentinária, evidenciando um impacto positivo na diferenciação celular e na deposição mineral.

A capacidade do CBD de atuar na homeostase tecidual e na resposta imunológica o posiciona como um candidato promissor para terapias reparadoras e preventivas na odontologia. O uso desse composto pode abrir caminho para novas abordagens no tratamento de lesões dentárias e inflamações pulpares, promovendo a regeneração de tecidos orais de forma eficiente e biocompatível.

➡ Esses achados reforçam o potencial terapêutico do Canabidiol na odontologia regenerativa, indicando a necessidade de mais pesquisas para viabilizar sua aplicação clínica.

Referência: Larissa Sthefani Sales, Alice Correa Silva-Sousa, Glauce Crivelaro Nascimento, Elaine Del Bel, Francisco Wanderley Garcia Paula-Silva, Effects of cannabidiol on biomineralization and inflammatory mediators expression in immortalized murine dental pulp cells and macrophages under pro-inflammatory conditions, Journal of Dentistry, 2025.

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O Sistema Endocanabinoide (SEC) tem emergido como um alvo promissor para terapias voltadas ao tratamento do acidente vas...
19/03/2025

O Sistema Endocanabinoide (SEC) tem emergido como um alvo promissor para terapias voltadas ao tratamento do acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico. Sua ampla distribuição no sistema nervoso central sugere um papel significativo na modulação de processos neurofisiológicos.

Pesquisas recentes indicam que a ativação dos receptores canabinoides pode exercer efeitos neuroprotetores em modelos experimentais de isquemia cerebral. Estudos pré-clínicos demonstraram que a administração de fitocanabinoides, como o Tetrahidrocanabinol (THC) e o Canabidiol (CBD), resultou em redução do volume de infarto e melhora na recuperação neurológica em modelos animais submetidos a insultos isquêmicos. Esses efeitos são atribuídos, em parte, à modulação da excitotoxicidade, inflamação e estresse oxidativo, processos intimamente relacionados ao dano cerebral isquêmico.

Além disso, evidências sugerem que os canabinoides podem influenciar a plasticidade sináptica e a neurogênese, contribuindo para a recuperação funcional após um AVC. A interação dos canabinoides com os receptores CB1, predominantemente expressos no sistema nervoso central, está associada à modulação da liberação de neurotransmissores excitatórios, enquanto a ativação dos receptores CB2, presentes principalmente em células imunológicas, pode atenuar respostas inflamatórias exacerbadas.

Em suma, o sistema endocanabinoide representa um alvo terapêutico potencial no manejo do AVC isquêmico. A compreensão aprofundada de seus mecanismos de ação e a realização de estudos clínicos bem delineados são essenciais para validar a aplicação dos canabinoides como agentes terapêuticos nessa condição debilitante.

Referência: de Souza Stork, Solange. et al. The Endocannabinoid System as a Target for Ischemic Stroke Therapy. Cannabis and Cannabinoid Research.2025.

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O sono desempenha um papel fundamental na homeostase fisiológica e na manutenção da saúde física e mental. Alterações na...
14/03/2025

O sono desempenha um papel fundamental na homeostase fisiológica e na manutenção da saúde física e mental. Alterações na qualidade e quantidade do sono estão associadas a diversas condições patológicas, incluindo transtornos metabólicos, neurodegenerativos e psiquiátricos.

Investigações recentes sobre a cannabis medicinal sugerem seu potencial terapêutico na regulação do ciclo sono-vigília.

Entre os fitocanabinoides presentes na Cannabis Sativa, Tetrahidrocanabinol (THC) e Canabidiol (CBD) são os mais estudados. No entanto, compostos menores, como o canabinol (CBN), vêm ganhando atenção devido às suas potenciais propriedades hipnóticas.

📄Um estudo recente avaliou os efeitos do CBN na arquitetura do sono por meio de polissonografia em modelos animais. Os resultados demonstraram que o CBN aumentou o tempo total de sono, com influência tanto na fase de sono não REM (NREM) quanto na fase REM.

A magnitude do efeito do CBN no sono NREM foi comparável ao Zolpidem, um agente hipnótico amplamente prescrito, com a diferença de que o Zolpidem não influenciou o sono REM.

Além disso, foi identificado um metabólito ativo do CBN, o 11-hidroxi-CBN, que atingiu concentrações cerebrais significativas e apresentou atividade nos receptores canabinoides CB1 com potência e eficácia comparáveis ao THC.

Esse metabólito também demonstrou efeitos na modulação do sono, embora com padrões distintos do CBN. Esses achados sugerem que o CBN e seus metabólitos podem desempenhar um papel relevante na regulação do sono por meio da modulação do sistema endocanabinoide.

Diante dessas evidências, a Cannabis Medicinal surge como uma alternativa potencialmente eficaz para o manejo de distúrbios do sono.

Referência: Arnold, J.C., Occelli Hanbury-Brown, C.V., Anderson, L.L. et al. A sleepy cannabis constituent: cannabinol and its active metabolite influence sleep architecture in rats. Neuropsychopharmacol. 50, 586–595 (2025).

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A endometriose é uma condição inflamatória crônica que afeta cerca de 7 milhões de mulheres no Brasil, causando dor inte...
11/03/2025

A endometriose é uma condição inflamatória crônica que afeta cerca de 7 milhões de mulheres no Brasil, causando dor intensa, infertilidade e outros impactos significativos na qualidade de vida. Pesquisas recentes apontam que a inflamação e a angiogênese (formação de novos vasos sanguíneos) desempenham papéis centrais na progressão da endometriose.

Citocinas pró-inflamatórias como IL-1β, IL-6 e TNF-α, assim como fatores angiogênicos como VEGF, HIF-1α e TGF-β1, contribuem para a manutenção do processo inflamatório e o crescimento das lesões endometrióticas.

O Canabidiol (CBD), um composto não psicotrópico da Cannabis, tem demonstrado efeitos anti-inflamatórios e antiangiogênicos promissores. Estudos indicam que o CBD pode reduzir a produção de citocinas inflamatórias e fatores de crescimento responsáveis pela proliferação do tecido endometrial ectópico. Isso sugere que ele pode ser uma alternativa terapêutica para mulheres que buscam alívio dos sintomas da endometriose sem os efeitos colaterais dos tratamentos convencionais.

Embora os resultados sejam promissores, mais estudos são necessários para confirmar os mecanismos de ação do CBD na endometriose. No entanto, as propriedades do canabinoide oferecem uma nova perspectiva para o tratamento da doença.

Referência: Anvari Aliabad R, Hassanpour K, Norooznezhad AH. Cannabidiol as a Possible Treatment for Endometriosis Through Suppression of Inflammation and Angiogenesis. Immun Inflamm Dis. 2024.

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A Doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa caracterizada pela deposição de placas β-amiloides (Aβ), que e...
28/02/2025

A Doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa caracterizada pela deposição de placas β-amiloides (Aβ), que está associada ao aumento de oxidação, danos mitocondriais, desorganização das redes neuronais, atrofia no hipocampo e neuroinflamação crônica.

📑Alternativas naturais surgem como estratégias terapêuticas promissoras para DA. Os fitonutrientes bioativos demonstram efeitos neuroprotetores através de múltiplos mecanismos celulares e moleculares. A Cannabis sativa contém fitocanabinoides e terpenos com potencial neuroprotetor em modelos pré-clínicos de DA. Esses compostos exibem propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, contribuindo para a redução da deposição de placas Aβ e para a estimulação da neurogênese hipocampal.

Dentre os terpenos presentes na Cannabis, o mirceno e o β-cariofileno destacam-se por seus efeitos neuroprotetores. O mirceno, monoterpeno predominante no óleo essencial da Cannabis, possui propriedades ansiolíticas, sedativas e antioxidantes, sendo capaz de atenuar a toxicidade induzida por Aβ e reduzir o estresse oxidativo.

O β-cariofileno, abundante na inflorescência da Cannabis, interage preferencialmente com os receptores CB2 do Sistema Endocanabinoide, reduzindo a liberação de citocinas pró-inflamatórias, além de melhorar a memória e reduzir a deposição de Aβ em modelos animais de DA. Estudos recentes sugerem que o β-cariofileno também pode apresentar atividade no receptor CB1, ampliando suas potencialidades neuroprotetoras.

➡ A exploração terapêutica de combinações sinérgicas entre fitocanabinoides e terpenos aponta para um promissor campo de investigação no tratamento da DA, representando uma fonte valiosa de compostos neuroativos que podem retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Referência: John Staton Laws, Scott D. Smid. Evaluating Cannabis sativa L.’s neuroprotection potential: From bench to bedside. Phytomedicine. 2022.

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A dor crônica representa um grande desafio na prática clínica, tornando a busca por tratamentos eficazes uma prioridade ...
24/02/2025

A dor crônica representa um grande desafio na prática clínica, tornando a busca por tratamentos eficazes uma prioridade contínua. Nesse contexto, o uso da Cannabis Medicinal tem ganhado destaque como uma abordagem terapêutica promissora.

Um estudo recente avaliou a eficácia comparativa da Cannabis Medicinal em relação aos medicamentos tradicionalmente prescritos para dor crônica. Foram acompanhados 440 pacientes em tratamento com Cannabis Medicinal e 8.114 pacientes que utilizavam medicamentos analgésicos, incluindo opioides e não opioides.

Após três meses, 38,6% dos pacientes que usaram canabinoides relataram melhora clinicamente significativa na dor e na função, enquanto a taxa de resposta entre aqueles que utilizaram medicamentos foi de 34,9%. Além disso, entre os 157 pacientes que receberam opioides concomitantemente, observou-se uma redução média de 39,3% na dose equivalente de morfina após seis meses.

A análise estatística indicou que a Cannabis apresentou uma razão de chances de 2,6 para ser mais eficaz do que os medicamentos convencionais no alívio da dor crônica em três meses.

➡ Esses resultados reforçam o potencial terapêutico da Cannabis Medicinal como uma opção segura e eficaz para o manejo da dor crônica. Além de proporcionar alívio significativo, o uso de canabinoides pode contribuir para a redução da dependência de opioides, minimizando seus efeitos adversos e riscos associados.

Referência: Wasan, Ajay D.a,*; O'Connell, Briana; DeSensi, Rebeccaa; Bernstein, Cheryla; Pickle, Elizabetha; Zemaitis, Michaelb; Levy, Orenc; Jeong, Jong-Hyeond; Cooper, Gregory F.e; Douaihy, Antoinef. The comparative effectiveness of medicinal cannabis for chronic pain versus prescription medication treatment. PAIN ():10.1097/j.pain.0000000000003506, January 24, 2025.

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O Canabiciclol (CBL) é um fitocanabinoide menor e pouco explorado, cuja atividade biológica tem sido recentemente invest...
19/02/2025

O Canabiciclol (CBL) é um fitocanabinoide menor e pouco explorado, cuja atividade biológica tem sido recentemente investigada. Diferente de outros canabinoides mais conhecidos, como o THC e o CBD, o CBL é formado a partir da conversão do canabicromeno (CBC) sob ação de catalisadores ácidos.

O CBL apresenta um perfil distinto: possui alta afinidade pelo receptor serotoninérgico 5-HT1A, mas interage fracamente com os receptores canabinoides CB1 e CB2. Ensaios demonstraram que o CBL inibe significativamente a ligação do radioligante [³H]-8-hidroxi-DPAT ao receptor 5-HT1A, sendo sua ação dose-dependente.

Além disso, o CBL atua como um agonista fraco do receptor 5-HT1A em altas concentrações. No entanto, em doses menores, apresenta um efeito intrigante como modulador alostérico positivo, potencializando a ativação induzida pela serotonina. A 4 μM, foi capaz de aumentar o recrutamento de β-arrestina induzido por serotonina de 20% para 80%, o que sugere um mecanismo de ação diferenciado e promissor para aplicações terapêuticas.

Esse perfil modulatório do CBL abre novas perspectivas na pesquisa de fármacos voltados para o sistema serotoninérgico, podendo ter implicações no desenvolvimento de novos tratamentos para transtornos neurológicos e psiquiátricos. A descoberta de seu potencial como modulador da serotonina destaca a importância da investigação de fitocanabinoides menos estudados e suas possíveis aplicações clínicas.

Referência: Haghdoost Mehdi, DePorre Yvonne, Figi Max, Young Scott, Krebs Caitlyn, Bonn-Miller, Marcel O. An Unexpected Activity of a Minor Cannabinoid: Cannabicyclol (CBL) Is a Potent Positive Allosteric Modulator of Serotonin 5-HT1A Receptor. Journal of Natural Products. 2025

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O diabetes tipo 2 é uma condição crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Pesquisadores analisaram o impact...
12/02/2025

O diabetes tipo 2 é uma condição crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Pesquisadores analisaram o impacto do Canabidiol (CBD) e do Δ9-Tetrahidrocanabivarina (THCV) no metabolismo de glicose e lipídios, trazendo novas possibilidades para o tratamento da doença.

📑 Em um ensaio clínico randomizado e duplo-cego, 62 pacientes com diabetes tipo 2 (não tratados com insulina) receberam combinações de CBD e THCV em diferentes proporções ou placebo, por 13 semanas.

✅ O THCV se destacou ao reduzir significativamente a glicemia de jejum e melhorar a função das células β pancreáticas, que são responsáveis pela produção de insulina. Além disso, aumentou os níveis de adiponectina (hormônio associado à melhora da sensibilidade à insulina) e apolipoproteína A, importante para a saúde cardiovascular.

Por outro lado, o CBD teve efeitos mais discretos, reduzindo a resistina (proteína ligada à resistência à insulina) e aumentando os níveis do peptídeo insulinotrópico dependente de glicose, que auxilia na liberação de insulina.

➡Os achados indicam que o THCV pode ser um potencial aliado no controle glicêmico de pacientes com diabetes tipo 2. Já o CBD, embora tenha apresentado alguns efeitos positivos, não teve impacto expressivo quando comparado ao placebo.

Ambos os compostos foram bem tolerados, reforçando seu potencial para futuras aplicações clínicas. Essa descoberta pode abrir caminho para novos tratamentos baseados em fitocanabinoides, oferecendo abordagens terapêuticas mais naturais e eficazes para o controle do diabetes.

Referência: https://doi.org/10.2337/dc16-0650

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O mercado de Cannabis medicinal no Brasil segue em forte expansão. Em 2024, o número de pacientes que utilizam medicamen...
05/02/2025

O mercado de Cannabis medicinal no Brasil segue em forte expansão. Em 2024, o número de pacientes que utilizam medicamentos à base da planta cresceu 56%, atingindo 672 mil pessoas, segundo dados da consultoria especializada Kaya Mind. A expectativa é de que, em 2025, esse mercado movimente R$ 1 bilhão no país, consolidando o crescimento de empresas de acesso à Cannabis medicinal no Brasil, como a TegraPharma, criada em 2019.

“A evolução do setor está atrelada a uma maior conscientização da população sobre os benefícios terapêuticos da Cannabis, distinguindo o que é uso recreativo e medicinal, além do avanço da regulamentação”, explica afirma Ana Gabriela Baptista, CEO da TegraPharma e uma das profissionais mais influentes do Brasil no segmento de Cannabis medicinal, segundo levantamento da consultoria Tree Intelligence.

🔗Confira a matéria completa:
http://bit.ly/4jIAYm9

A Cannabis medicinal tem se destacado na oncologia pelo seu potencial na analgesia e na redução da inflamação. A dor onc...
04/02/2025

A Cannabis medicinal tem se destacado na oncologia pelo seu potencial na analgesia e na redução da inflamação. A dor oncológica, muitas vezes difícil de controlar mesmo com opioides, é uma das principais queixas dos pacientes.

➡ O Tetrahidrocanabinol (THC) e o Canabidiol (CBD) possuem propriedades analgésicas e anti-inflamatórias que auxiliam na modulação da dor. Além do manejo da dor, a Cannabis medicinal também apresenta efeitos significativos no controle de náuseas e vômitos induzidos pela quimioterapia.

Outro benefício importante é a estimulação do apetite, auxiliando pacientes que enfrentam anorexia e prevenindo a caquexia associada ao câncer.

📑 Um estudo acompanhou pacientes oncológicos por seis meses para avaliar a eficácia do uso de óleo sublingual contendo THC e CBD. Os resultados mostraram melhora na dor e redução do uso de analgésicos, incluindo opioides, em quase metade dos participantes. Isso sugere que os canabinoides podem representar uma alternativa segura e eficaz na gestão da dor oncológica.

💜 Além da analgesia e do controle de náuseas, seus efeitos ansiolíticos e relaxantes também podem melhorar sintomas como insônia, fadiga e distúrbios do humor. Com isso, os canabinoides se consolidam como aliados promissores na busca por uma melhor qualidade de vida para pacientes oncológicos.

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Referência: : Joshua Aviram et al. The Effectiveness and Safety of Medical Cannabis for Treating Cancer Related Symptoms in Oncology Patients. Frontiers in Pain Research. 2022. | Alexandra Smith et al. Quality of life beyond measure: Advanced cancer patients, wellbeing and medicinal cannabis. Sociology of Health and Ilness. 2023. | Jing Wang et al. New Prospect for Cancer Cachexia: Medical Cannabinoid. Journal of Cancer. 2019.

Na leucemia, os canabinoides demonstraram propriedades anticancerígenas quando administrados isoladamente. No entanto, e...
01/02/2025

Na leucemia, os canabinoides demonstraram propriedades anticancerígenas quando administrados isoladamente. No entanto, estudos in vitro indicam que a combinação de canabinoides em culturas de células leucêmicas potencializa essa atividade.

📑 Um estudo analisou os efeitos da associação de canabinoides com agentes antileucêmicos sobre o crescimento e a viabilidade celular in vitro. Os resultados evidenciaram que a coadministração de canabinoides e quimioterápicos resultou em um aumento da atividade citotóxica.

Além disso, observou-se que a eficácia dessa associação era dependente da ordem de administração dos compostos, sendo a maior taxa de morte celular registrada quando os canabinoides eram administrados após a quimioterapia.

Esse efeito sinérgico, conhecido como Efeito Entourage ou Efeito Comitiva, não apenas intensificou a resposta terapêutica, mas também permitiu a redução das doses individuais dos fármacos, o que pode minimizar efeitos adversos.

Além da sinergia decorrente da combinação de canabinoides, a sequência de administração também se mostrou relevante para a eficácia clínica de regimes terapêuticos. Especificamente, a ordem de administração de Canabidiol (CBD) e Tetrahidrocanabinol (THC) foi associada a um aumento significativo no apoptose celular.

➡ Diante desses achados, os autores recomendam a realização de ensaios clínicos para validar as combinações mais eficazes e definir abordagens terapêuticas otimizadas para o uso de canabinoides no tratamento da leucemia.

Referência: Scott KA, Dalgleish AG e Liu WM. Anticancer effects of phytocannabinoids used with chemotherapy in leukaemia cells can be improved by altering the sequence of their administration. Int J Oncol. 2017.

Sou grata pelo carinho de todos vocês. Recebi inúmeras mensagens, e cada um de vocês faz parte da minha vida, das minhas...
29/01/2025

Sou grata pelo carinho de todos vocês. Recebi inúmeras mensagens, e cada um de vocês faz parte da minha vida, das minhas conquistas, dos momentos felizes e também dos mais desafiadores. Deus me abençoou com a oportunidade de viver várias histórias e experiências através da minha escolha profissional, que hoje se tornou uma verdadeira missão, algo que me traz felicidade todos os dias. Desejo a todos o dobro das felicitações que recebi hoje, em forma de felicidade e conquistas para todos nós! Um bjo 💋🩷

A resistência de patógenos bacterianos como Staphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes a antibióticos é um grave pro...
27/01/2025

A resistência de patógenos bacterianos como Staphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes a antibióticos é um grave problema de saúde pública. Infelizmente, o desenvolvimento de novos antibióticos tem sido insuficiente para acompanhar a evolução dessas resistências. Nesse cenário, os canabinoides surgem como uma abordagem promissora, por suas propriedades antibacterianas.

📑 Uma revisão recente analisou como os canabinoides agem contra bactérias como S. aureus e suas versões resistentes, MRSA e VRSA, além de S. pyogenes. Entre os estudos avaliados, o Canabidiol (CBD) foi o mais eficaz, com bons resultados mesmo contra cepas resistentes. Outros canabinoides, como Canabicromeno (CBC), Canabigerol (CBG) e Tetrahidrocanabinol (THC), também mostraram atividade relevante contra essas bactérias.

Além disso, a combinação de CBD e óleos essenciais de Cannabis sativa com outros agentes antibacterianos revelou efeitos sinérgicos, ampliando sua eficácia. A análise apontou que a potência dos canabinoides está relacionada a características estruturais específicas, como a presença de grupos monoterpenos e carboxílicos aromáticos, especialmente no CBD.

➡ Embora esses resultados sejam promissores e reforcem o potencial dos canabinoides no tratamento de infecções bacterianas resistentes, estudos adicionais são essenciais para validar sua eficácia clínica e viabilizar seu uso terapêutico em larga escala.

Referência: Niyangoda, D.; Aung, M.L.; Qader, M.; Tesfaye, W.; Bushell, M.; Chiong, F.; Tsai, D.; Ahmad, D.; Samarawickrema, I.; Sinnollareddy, M.; et al. Cannabinoids as Antibacterial Agents: A Systematic and Critical Review of In Vitro Efficacy Against Streptococcus and Staphylococcus. Antibiotics 2024

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Pesquisadores identificaram novos compostos naturais com potencial anticonvulsivante em modelos de epilepsia resistentes...
17/01/2025

Pesquisadores identificaram novos compostos naturais com potencial anticonvulsivante em modelos de epilepsia resistentes a medicamentos. O estudo avaliou a amorfrutina 2 (encontrado no alcaçuz), o honokiol e o magnolol (ambos encontrados na Magnólia), substâncias estruturais semelhantes aos canabinoides, mas provenientes de plantas não relacionadas à Cannabis.

Os te**es foram realizados em modelos animais que simulam a síndrome de Dravet e a síndrome de Lennox-Gastaut, ambas consideradas formas graves de epilepsia. Além disso, os compostos foram examinados quanto à interação com receptores canabinoides CB1 e CB2 e canais de cálcio do tipo T, alvos conhecidos dos canabinoides.

Entre os compostos avaliados, magnolol e honokiol demonstraram alta penetração no cérebro, enquanto a amorfrutina 2 apresentou baixa biodisponibilidade cerebral. No entanto, tanto a amorfrutina 2 quanto o magnolol aumentaram a resistência às convulsões tônico-clônicas induzidas por hipertermia em modelo animal. O magnolol também reduziu a frequência e a duração de crises de ausência atípicas em outro modelo de epilepsia.

Uma análise detalhada revelou que os três compostos inibem os canais de cálcio do tipo T, conhecidos por estarem envolvidos na atividade convulsiva, mas não interagem diretamente com os receptores canabinoides.

➡ Esses achados destacam o potencial terapêutico de compostos naturais como alternativas ou complementos no tratamento da epilepsia resistente a medicamentos. Apesar de ainda estar em estágios iniciais, a pesquisa contribui significativamente para ampliar as opções terapêuticas, incluindo a Cannabis, cuja eficácia no tratamento da epilepsia já é amplamente respaldada por evidências científicas, especialmente em casos graves, como as síndromes de Dravet e Lennox-Gastaut.

Referência: Yip KL, Udoh M, Sharman LA, Harman T, Bedoya-Pérez M, Anderson LL, et al. Cannabinoid-like compounds found in non-cannabis plants exhibit antiseizure activity in genetic mouse models of drug-resistant epilepsy. Epilepsia. 2024

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Apesar dos avanços, muitos pacientes ainda enfrentam incertezas e receios ao iniciar a terapia com canabinoides. É nesse...
15/01/2025

Apesar dos avanços, muitos pacientes ainda enfrentam incertezas e receios ao iniciar a terapia com canabinoides. É nesse cenário que o acolhimento desempenha um papel essencial, garantindo não apenas adesão ao tratamento, mas também confiança, conforto e humanização do cuidado - aspecto fundamental da terapia Canabinoide.

"A história da Cannabis medicinal no Brasil se entrelaça com a trajetória das mães que buscavam alívio para seus filhos, desafiando o modelo tradicional de saúde. Essa jornada expôs a importância de uma abordagem centrada no acolhimento, que vai além da prescrição e oferece suporte integral durante todo o tratamento", explica Ana Gabriela Baptista, CEO da TegraPharma.

🔗Confira a matéria completa: https://www.terra.com.br/noticias/humanizacao-fortalece-adesao-a-cannabis-medicinal-no-brasil,f93ffe88a765700b0666ccaeed6dc0f7lb0i51sh.html?utm_source=clipboard

O interesse no uso de canabinoides para a modulação do sono tem crescido significativamente, com destaque para o Canabid...
10/01/2025

O interesse no uso de canabinoides para a modulação do sono tem crescido significativamente, com destaque para o Canabidiol (CBD) e o Canabinol (CBN). O CBN foi um dos primeiros canabinoides estudados por seu potencial sedativo.

O ciclo sono-vigília é regulado por interações complexas entre sistemas neuroanatômicos e neuroquímicos, além da participação de sistemas fisiológicos como o cardiovascular, autônomo, respiratório e endócrino. Estudos recentes apontam que a ativação dos receptores CB1 pode estar associada à indução e manutenção do sono, possivelmente por meio do aumento da ativação do sistema serotoninérgico, que desempenha um papel crucial na regulação dos ritmos circadianos.

📑 Um estudo clínico recente, avaliou os efeitos do CBN, isoladamente e em combinação com o CBD, em um ensaio randomizado, duplo-cego e controlado por placebo com participantes que relatavam dificuldades para dormir. O CBN, em doses de 20 mg, mostrou-se eficaz na redução de despertares noturnos e na melhora da arquitetura geral do sono. O estudo também incluiu combinações de CBN com diferentes doses de CBD (10 mg, 20 mg e 100 mg), revelando que o uso combinado potencializou os efeitos sedativos do CBN, especialmente em doses mais elevadas de CBD, sugerindo um efeito sinérgico entre os dois compostos.

➡ Esses achados são particularmente relevantes no cenário de aumento global dos distúrbios do sono, frequentemente associadas a condições como ansiedade e depressão. As terapias à base de canabinoides despontam, assim, como uma abordagem não invasiva e promissora para melhorar tanto a qualidade do sono quanto o bem-estar geral.

Ref: Bonn-Miller MO, Feldner MT, Bynion TM, Eglit GML, Brunstetter M, Kalaba M, Zvorsky I, Peters EN, Hennesy M. A double-blind, randomized, placebo-controlled study of the safety and effects of CBN with and without CBD on sleep quality. Exp Clin Psychopharmacol. 2024

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Os terpenos canábicos, compostos aromáticos responsáveis pelos distintos aromas e sabores da planta Cannabis, têm ganhad...
08/01/2025

Os terpenos canábicos, compostos aromáticos responsáveis pelos distintos aromas e sabores da planta Cannabis, têm ganhado destaque não apenas por suas propriedades sensoriais, mas também por seu potencial terapêutico. Estudos recentes indicam que esses compostos podem desempenhar um papel significativo no manejo da dor, oferecendo alternativas promissoras aos opioides.

📑 Pesquisas realizadas em modelos animais revelaram que os terpenos geraniol, linalol, β-cariofileno e α-humuleno possuem propriedades antinociceptivas, especialmente em casos de dor pós-operatória e fibromialgia. Após receberem doses de 200 mg/kg de terpenos, os animais demonstraram uma elevação significativa nos limiares de sensibilidade mecânica, indicando redução da dor.

A investigação também explorou os mecanismos subjacentes à eficácia dos terpenos. Os resultados apontaram para a atuação dos compostos nos receptores de adenosina A2a (A2aR).

➡ Esses achados sugerem que os terpenos estudados podem ser alternativas viáveis para o tratamento de diferentes tipos de dor, incluindo condições crônicas como a fibromialgia. Sua atuação como moduladores dos receptores A2aR amplia as possibilidades de desenvolvimento de medicamentos não opioides, oferecendo uma abordagem inovadora e potencialmente mais segura para o manejo da dor.

Referência: Seekins, CA, Welborn, AM, Schwarz, AM et al. Terpenos selecionados de Cannabis sativa são antinociceptivos em modelos de camundongos de dor pós-operatória e fibromialgia por meio de receptores de adenosina A 2a . Pharmacol. Rep (2024).

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