Búzios do Pai Hugo

Búzios do Pai Hugo Búzios do Pai Hugo

Matemática dos Búzios: Ciência e a Arte Divinatória

HUGO LEAL ( PAI HUGO )

Hugo Leal que nasceu no Rio de Janeiro, Guanabara, signo de Escorpião, ascendente em Capricórnio, tigre no horóscopo chinês, formado em Matemática e Filosofia pela USP e Comunicação Social pela FAAP, tem hoje 67 anos de idade e 49 de aprendizado místico, caminhando com desenvoltura pela magia africana nas funções de “babalaô-temi” carreteiro nos rituais de Votan, Vodu, Candomblé, Pajelança, Catimbó, Encantaria, Umbanda e Caboclos, com licença de Ifá para o Jogo de Buzios e para sacramentação de odus. Além disso, é um investigador incansável das relações do homem com as diversas escolas esotéricas, estudando o conhecimento prático e teórico também das culturas espirituais egípcia, indígena, iraniana, hindu, chinesa, caucasiana, stregheria, wicca, druida e tolteca, além das correntes contemporâneas de magia. Em termos religiosos, se tornou uma mescla entre os resultados de 4 anos de Seminário jesuíta, o fato de ter cabeça raspada num terreiro de candomblé e sua formação cultural eclética, gerando uma espécie de misticismo científico, que procura relações e explicações diferenciadas dos movimentos universais e das forças que os regem. Foi também professor universitário, lecionando matérias como lógica matemática, história da filosofia, religiões comparadas e teoria da informação, todas fortes alicerces de suas muitas indagações sobre o universo, a vida e Deus. Manteve ainda por quase quatro décadas um grupo de estudos da magia como instrumento de alteração da realidade pelo aprimoramento da consciência. Faz consultas através dos jogos de búzios, tarô, obis, orobôs e outras simbólicas, unindo processos ritualísticos tradicionais com interpretações fundamentadas na teoria da relatividade, lógica matemática, teoria do caos e física quântica.

19/09/2017

PORQUE O JOGO DE BUZIOS NÃO SERVE AOS IDIOTAS

O JOGO DE BUZIOS, NA VERDADE, É COMO UMA LENTE COM VÁRIAS CAMADAS MATEMÁTICAS, CADA UMA TRADUZINDO UM DOS ASPECTOS PERCEBIDOS DO ABSOLUTO, QUE NÃO É NEM BRANCO E NEM NEGRO, NEM EUROPEU E NEM AFRICANO.

TRATA DE SITUAÇÕES MULTIDIMENSIONAIS, ONDE INÚMERAS FACETAS CONCEITUAIS SÃO ABORDADAS PARA EXPOR, DE FORMA INTELIGÍVEL, O MOVIMENTO DA SUPREMA INTELIGÊNCIA DO TODO, ISSO OBSERVADO EM NÓS MESMOS, EXPRESSÕES “RECORTADAS” DESTA INFORMAÇÃO CÓSMICA CONTÉM A ESSÊNCIA DE TUDO.
VISTA SOB O FOCO RESTRITO DE NOSSA PERCEPÇÃO, A REALIDADE ESBARRA SEMPRE NOS CLARÍSSIMOS LIMITES DE NOSSA CAPACIDADE DE TRADUÇÃO E ASSIMILAÇÃO DO QUE CONSEGUIMOS “ENXERGAR” DO QUE NOS CERCA.

IR ALÉM DA “IMAGINAÇÃO”, AINDA QUE DE FORMA “IGUALMENTE IMAGINÁRIA”, É UM EXERCÍCIO FRUSTRANTE PARA ENCONTRAR A RESPOSTA QUE, SENTIMOS, EXISTE, MAS ESTÁ EM ALGUM LUGAR QUE SENTIMOS SEM LOCALIZAR, MERGULHADO EM SOMBRAS E MISTÉRIOS “PRÓXIMOS, PORÉM DISTANTES”, QUE O OLFATO DA ALMA FAREJA SEM IDENTIFICAR.

ESTA “EXPLICAÇÃO” QUE NÃO CONSEGUIMOS ELABORAR MORA APENAS NAQUILO QUE EXISTE DE FATO, OU SEJA, O TODO, UMA VEZ QUE NÓS MESMOS SOMOS APENAS PEQUENOS LAIVOS DISSO QUE EXISTE E QUE É TUDO, INCLUSIVE O NADA, DANDO UM NÓ QUASE QUE DEFINITIVO EM NOSSO ENTENDIMENTO, NÓ ESTE QUE TENTAMOS DESFAZER OLHANDO DIRETAMENTE PARA O QUE NOSSA VISÃO CONSEGUE REGISTRAR, NUM PROCESSO DE CATAR CADA GRÃO DE AREIA ATÉ “MAPEAR A PRAIA”.

COMO A NOSSA PERCEPÇÃO, POR SEUS LIMITES DIMENSIONAIS, NÃO CONSEGUE ABARCAR O TEMPO, NOSSO CAMPO DE “ESCAVAÇÕES” ABRANGE TÃO SOMENTE AS PROXIMIDADES DESTE INSTANTE CÓSMICO, O QUE É PRATICAMENTE UMA NESGA MÍNIMA DE LUZ ORIENTANDO UMA CAMINHADA NA ESCURIDÃO ONDE A BURRICE EXISTENCIAL DO SER CAMINHA PARA O CONHECIMENTO COMO UM TETRAPLÉGICO SEM CADEIRA DE RODAS.

MESMO ASSIM, EMPURRADOS POR ANJOS ANÔNIMOS QUE NÃO SE IMPORTAM EM CHUTAR NOSSAS BUNDAS PARA QUE SIGAMOS, ATRAVÉS DO ENSAIO E ERRO, APRIMORANDO NOSSA AUTO VISÃO DO QUE SOMOS, ACABAMOS POR SISTEMATIZAR, ATRAVÉS DA PROCURA DE MUITOS, UM CAMINHO RELATIVAMENTE SEGURO, TEMPERADO POR PITADAS DE DESCOBERTAS DE DIVERSAS CIVILIZAÇÕES, QUE TRINTA BILHÕES DE CONVENÇÕES E CONFUSÕES ACABARAM DEFININDO COMO MAGIA, OU CIÊNCIA DO APRIMORAMENTO DO QUE SOMOS OU PODEMOS SER PARA PERCEBER E VIVENCIAR COM ABRANGÊNCIA CADA VEZ MAIS INTENSA O TODO EM QUE SOMOS E ESTAMOS.


UMA DAS AÇÕES BÁSICAS PARA CONSEGUIR INICIAR A CAMINHADA É APRENDER A PARAR DE JOGAR FORA A ÚNICA “COISA” QUE TEMOS, QUE É NÓS MESMOS, OU O FENÔMENO DA CONSCIÊNCIA, QUE IDENTIFICA O QUE PERCEBEMOS E NOS FAZ SER.

EM OUTRAS PALAVRAS, EM DECORRÊNCIA DE NOSSO “ESTADO BRUTO DE PROTÓTIPO ESPIRITUAL”, JOGAMOS FORA A ENERGIA QUE NATURALMENTE TERÍAMOS PARA SER MAGOS E EXERCER A MAGIA PORQUE, DESCONHECENDO AS LEIS QUE NORMATIZAM NOSSO PRÓPRIO ANDAMENTO NA EXISTÊNCIA, PERMITIMOS QUE CHOQUES E INTERFERÊNCIAS DECORRENTES DESTES PROCESSOS NOS COLOQUEM EM SITUAÇÃO DE DESNORTEAMENTO, DESPERDIÇANDO O FLUXO DE FORÇA QUE SOMOS EM ENFRENTAMENTOS IRREAIS, DESNECESSÁRIOS E ILUSÓRIOS, QUE APENAS CONSOMEM NOSSA FORÇA SEM NADA ACRESCENTAR.
PORTANTO, PARA SABER O QUE FAZER EM NOSSO CAMINHO, PRECISAMOS TER UM MAPA CLARO DAS ENCRUZILHADAS POSSÍVEIS E UM SINALIZADOR QUE PERMITA DISCERNIR, A TEMPO DE AGIR, O QUE SÃO FATOS CÓSMICOS VERDADEIROS E O QUE É, NA TERMINOLOGIA HINDU, MANIFESTAÇÃO DO MAYA, OU ILUSÃO DOS SENTIDOS.

OU SEJA: É ABSOLUTAMENTE IMPRESCINDÍVEL QUE, ANTES ATÉ DE OLHARMOS PARA NÓS MESMOS, SAIBAMOS EM QUE CONTEXTO UNIVERSAL NOS SITUAMOS, PARA PODERMOS PERCEBER COMO OS MOVIMENTOS DO TODO ATUAM EM NÓS, E O QUE FAZER PARA NOS MANTER, DENTRO DAS CIRCUNSTÂNCIAS, COMPATÍVEIS COM O GRANDE OBJETIVO DO PENSAMENTO DIVINO, QUE É JUSTAMENTE ESTABELECER UM PADRÃO COGNITIVO DE PERMANENTE EVOLUÇÃO, E ASSIM CONSERVARMOS ENERGIA SUFICIENTE PARA PRIVILEGIAR NOSSAS CONSCIÊNCIAS COM ABRANGÊNCIAS CADA VEZ MAIS AMPLAS.
ISSO SIGNIFICA, ENTRE OUTRAS COISAS, ORGANIZAR OS CONHECIMENTOS SOBRE OS MOVIMENTOS E ESTRUTURAS CÓSMICAS QUE APRESENTANDO UM CONTINUUM DE PERMANÊNCIA, PODEM SER CONSIDERADOS (AS) LEIS DA CRIAÇÃO OU REGRAS DO CRIADOR PARA O JOGO DA VIDA.

COMO ESTES PRINCÍPIOS SÃO CONCEITOS ABSTRATOS IMPOSSÍVEIS DE TRADUZIR DENTRO DAS ESTREITAS FRONTEIRAS DOS CÓDIGOS HUMANOS, SEMPRE MANIQUEÍSTAS, FORAM EXEMPLIFICADOS POR FENÔMENOS QUE “DESENHAVAM” NOS FATOS AS CARACTERÍSTICAS QUE AS FORÇAS TINHAM. YEMANJÁ, POR EXEMPLO, SOB O SIMBOLISMO DO MAR PROFUNDO, FALAVA DO INSTANTE CONCEITUAL QUE TRAZIA DAS PROFUNDIDAS INALCANÇÁVEIS DA SABEDORIA GERADORA DE TODAS AS COISAS, OS FLUXOS E MOVIMENTOS DA VIDA, CORRENDO EM ONDAS, PROCELAS, TEMPESTADES, BONANÇAS E CALMARIAS, UMA COISA DANDO CONTINUIDADE À OUTRA, INTERMINAVELMENTE.

XANGÔ SIMBOLIZA A BUSCA DO EQUILÍBRIO E A RETOMADA DA ESTABILIDADE PELA NATURAL REVERBERAÇÃO DA VIBRATÓRIA ANTI HARMONIA SOBRE O PRÓPRIO DESARMONIZADOR, OU O PROCESSO DE REAJUSTE CONSTANTE DO UNIVERSO GARANTINDO A CONSTÂNCIA (A A PERMANENTE NOVIDADE) DO MOVIMENTO.

OGUM POR SUA VEZ, MOSTRA A CONSTANTE BATALHA QUE É O PROCESSO DA VIDA, COM A LUTA CARACTERIZANDO A AÇÃO PARA CUMPRIMENTO DO OBJETIVO MAIOR DE REALIZAR-SE COMO PARTE PARA RETORNAR AO TODO.

JÁ OXÓSSI SIMBOLIZA A INTEGRAÇÃO DAS ENERGIAS NATURAIS COMO DÁDIVAS UMAS DAS OUTRAS.

NANÃ RETRATA O MILAGRE DA ÁGUA E DA TERRA SE JUNTANDO NOS PRIMÓRDIOS PARA QUE A LAMA UNA VITALIDADES E GERE SERES.

IANSÃ É A FORÇA FEMININA DA CRIAÇÃO EM ROMPANTES DE BELEZA E FÚRIA, E OXUM, FACEIRA, REPRESENTA OS INSTANTES EM QUE A DEUSA SE INSINUA NO CERNE DO AMOR CONTORNANDO, COMO UM RIACHO, POSSÍVEIS OBSTÁCULOS E OPTANDO, PARA SER ÁGIL, POR UM CURSO SINUOSO, PORÉM RÁPIDO, AINDA QUE CORTADO POR PEDRAS PONTIAGUDAS MARCANDO SUAS MARGENS.

OMULU E OBALUAÊ, SÃO NOMES QUE REPRESENTAM A SAÚDE (OU CRESCIMENTO) E A DOENÇA (OU DESESTABILIZAÇÃO) DE ENERGIAS MANIFESTAS PELA SUPREMA INTELIGÊNCIA EM QUALQUER GRAU DIMENSIONAL DE MATÉRIA, TEMPO, ESPÍRITO OU FUNÇÃO.

EXU É A ENERGIA “TRADUTORA” ENTRE OS NÍVEIS DE ABRANGÊNCIA CONCEITUAL DE CADA EXPRESSÃO COSMOGÔNICA DA “INFORMAÇÃO PRINCIPAL”, OU DEUS, NA ESCALA POLIDIMENSIONAL DO ABSOLUTO.

ESTE CONJUNTO DE EXPRESSÕES DO QUE SERIAM OS “HUMORES” DO INCRIADO DESCREVE OS MOVIMENTOS DO QUE “É”, OU SEJA, DA REALIDADE VISTA A CONTA-GOTAS POR TODOS OS RECORTES INDIVIDUAIS DO TAL SER ÚNICO, NOS PROCESSOS PERMANENTES QUE CHAMAMOS DE LEIS.

O JOGO DE BUZIOS É UM SISTEMA PARA IDENTIFICAR, NAS IMANTAÇÕES DE CADA UM, EM QUE MOVIMENTO ENERGÉTICO A INDIVIDUALIDADE ESTÁ VIVENCIANDO NO INSTANTE DA CONSULTA E SUAS PROBABILIDADES MATEMÁTICAS DE CONTINUIDADE OU ALTERAÇÕES DO RUMO ENTÃO VIGENTE.

NÃO É UMA AVENTURA DELIRANTE DE ORÁCULO TRAZENDO MENSAGENS DE SERES IMAGINÁRIOS DE PANTEÕES RELIGIOSOS OU FANTÁSTICOS EMBUTIDOS NA MENTE DO CONSULENTE POR ANOS E ANOS DE FUGAS, MENTIRAS, ELUCUBRAÇÕES E VIAGENS NA MAIONESE.

É UMA INVESTIGAÇÃO TELESCÓPICA SOBRE DETALHES DE NÓS MESMOS.

NÃO SERVE PARA CORROBORAR ALUCINAÇÕES DE OTÁRIOS, E QUEM O FIZER É UM ENGANADOR, NÃO UM LEITOR DE MERILOGODUN .

SE TENTARMOS OBSERVAR O MUNDO MACROSCOPICAMENTE, TOMANDO COMO UNIDADE BÁSICA DE PARTIDA, POR EXEMPLO, O PLANETA TERRA, TOTALMENTE DISTINTO, PARTICULAR E DIFERENCIADO, IREMOS CLARAMENTE PERDER ESPECIFICIDADE AO PASSO QUE NOSSA OBSERVAÇÃO FOR INDO MAIS LONGE.

PRIMEIRO TEREMOS ALGO MENOS DISTINTO, O SISTEMA SOLAR, DEPOIS ESTA INDEFINIÇÃO AUMENTA AINDA MAIS AO IMAGINARMOS O CONJUNTO DE SISTEMAS ESTELARES (“SÓIS” DE OUTROS PLANETAS), CONTINUA CRESCENDO AO CHEGARMOS SUCESSIVAMENTE NAS GALÁXIAS, NAS NEBULOSAS E, FINALMENTE, AO CONSIDERARMOS O UNIVERSO EM SI E O ALÉM DELE, O VAZIO, OU INFINITO, O NADA QUE ABRIGA O ABSOLUTO, INTEGRALMENTE GENÉRICO, INDISTINTO E HOMOGÊNEO, SE VISTO EM TUDO QUE É – INEXPLICÁVEL, INATINGÍVEL, INALCANÇÁVEL E, AO MESMO TEMPO, VENTRE DE TUDO QUE EXISTE, TANTO CONHECIDO COMO DESCONHECIDO.


E SE FORMOS OBSERVAR O MUNDO “SÓLIDO” NO SENTIDO MICROSCÓPICO, A LEI DA DIFERENCIAÇÃO CAMINHARIA DA DEFINIÇÃO MÍNIMA DA ENERGIA “MORFOLOGIZADA” - O ÁTOMO -, COMO MÁXIMO DE DIFERENCIAÇÃO, SE MOVIMENTANDO EM DIREÇÃO AO HOMOGÊNEO, DO DISTINTO AO INDISTINTO E DO PARTICULAR AO GENÉRICO VIA, PARADOXALMENTE, A TENTATIVA DE UNIFORMIZAR CADA VEZ MAIS ESTA, CHAMEMOS ASSIM, “UNIDADE BÁSICA” DA MATÉRIA.
AO VISLUMBRARMOS ELÉTRONS, PRÓTONS, NÊUTRONS, QUARKS, GLUONS, SPINS E OUTRAS “PARTÍCULAS” CONCEBÍVEIS SOMENTE PELA MATEMÁTICA, UMA VEZ QUE NÃO TÊM CORPO SÓLIDO OBSERVÁVEL, ESTAMOS, NA REALIDADE, SAINDO DO DISTINTO PARA O GENÉRICO, PARTINDO DO VISÍVEL SOB A LENTE (ÁTOMO) PARA O SOMENTE IMAGINÁVEL “NEBULOSAMENTE” ATRAVÉS DE SÍMBOLOS E EQUAÇÕES.

E SE CONTINUARMOS AVANÇANDO, COMO FEZ A FÍSICA DOS QUANTA, CHEGAREMOS A ALGO INDIVISÍVEL DE TÃO MÍNIMO QUE É, NÃO PODENDO SER CONSIDERADO SEQUER ALGO, MAS CONTENDO TUDO!

AQUI, APENAS AS TERMINOLOGIAS MUDAM: PARA A FÍSICA, TRATA-SE DA ESPUMA QUÂNTICA E, PARA OS MÍSTICOS, DO PENSAMENTO DE DEUS.

UMA SÉRIE DE DESCOBERTAS CIENTÍFICAS, PRINCIPALMENTE DA MODERNA FÍSICA E DA MATEMÁTICA, CORROBORA HOJE AQUILO QUE XAMÃS, SÁBIOS, SACERDOTES E PROFETAS DESCOBRIRAM VIA INTUIÇÃO (NO RIGOR, UM LINK AINDA MAIOR QUE ISSO, QUE DISCUTIREMOS EM OUTRA OCASIÃO) A RESPEITO DAS MUITAS FACES DO FENÔMENO DA VIDA E DO UNIVERSO.

A MAGIA, ALIÁS, CONSISTE ESPECIFICAMENTE EM PERCEBER O MOMENTUM DE UM DETERMINADO FATO E MODIFICAR A QUALIDADE DAS FORÇAS (ENERGIAS) QUE O POSSIBILITAM, IDENTIFICANDO, NA AÇÃO DAS LEIS DO UNIVERSO, OS PONTOS EM QUE ESTE ESFORÇO PODE APRESENTAR TRANSFORMAÇÕES MAIS RÁPIDAS E EFETIVAS.

COMO VIMOS NO POUCO QUE ANALISAMOS DAQUILO QUE NOS CERCA, ATRÁS DAS COISAS MAIS SIMPLES SE ESCONDEM DINÂMICAS CINÉTICAS DE PADRÕES EXTREMAMENTE COMPLEXOS, ONDE UMA INTELIGÊNCIA (CONSCIÊNCIA) DE DIMENSÕES, VELOCIDADE E ABRANGÊNCIA INCOMENSURAVELMENTE MAIORES DO QUE A DO HOMEM PARECE REGER TUDO ATRAVÉS DE CONCEITOS EMANADOS DE ALGO QUE NÃO CONSEGUIMOS SEQUER NOS APROXIMAR COM NOSSO ATUAL NÍVEL DE PERCEPÇÃO.

FRENTE À QUALIDADE INDEFINIDA DE DADOS MÍTICOS E À LEGITIMIDADE AMBÍGUA DOS DADOS CHAMADOS CIENTÍFICOS O MAGO NÃO DESCARTA NEM ACEITA UNS E OUTROS, BUSCANDO LENTAMENTE, PELA EXPERIENCIAÇÃO, VERIFICAR O FUNCIONAMENTO DAQUILO QUE CADA INFORMAÇÃO AFIRMA, INCORPORANDO OS RESULTADOS POSITIVOS EM SUA METODOLOGIA, SEM ABANDONAR UM RELATIVO CETICISMO SOBRE OS ASPECTOS NÃO CONFIRMADOS DESTES ENUNCIADOS.

FOI AGINDO ASSIM ATRAVÉS DOS TEMPOS QUE OS ADEPTOS DA MAGIA RECOLHERAM ALGUNS ENUNCIADOS DE LEIS CÓSMICAS PERFEITAMENTE UTILIZÁVEIS NA REALIDADE CONTEMPORÂNEA E QUE, APESAR DE SUA LONGEVIDADE, RECEBEM DA CIÊNCIA UM RESPEITOSO AVAL POR SUAS COLOCAÇÕES E DESCRIÇÕES DOS MOVIMENTOS “COMETIDOS” PELO UNIVERSO.

NA VERDADE, EXPRESSA EXATAMENTE O QUE UM MAGO FAZ CONSIGO MESMO: TRANSFORMA SUA MENTE (CONSCIÊNCIA) ADQUIRINDO CADA VEZ MAIOR ABRANGÊNCIA E, CONSEQUENTEMENTE, ECONOMIZANDO SUA ENERGIA NATURAL PARA SEGUIR SE TRANSMUTANDO CONTINUAMENTE, NUMA PROGRESSÃO DE PROBABILIDADES QUASE INFINITAS.

POR AGORA É SÓ. MAIS TARDE VAMOS VER COMO E
PORQUE O HOMEM DE BAIXA CONSCIÊNCIA É FRÁGIL PERANTE A INFLUÊNCIA DOS MOVIMENTOS CÓSMICOS, SENDO LANÇADO EM RUMOS ALEATÓRIOS VEZES SEM CONTA E SE ATRASANDO NA PRÓPRIA EVOLUÇÃO.

E, DE QUEBRA, ANALISAR O QUE É NECESSÁRIO PARA ESCAPAR DO JUGO DESTE AUTOMATISMO E SE TORNAR UM VERDADEIRO HOMEM DE CONHECIMENTO.

HUGO LEAL

29/08/2017

PORQUE JOGAR BUZIOS

A definição de magia, para aqueles que a veem como um processo lógico de conhecimento, é de que ela é “a ciência da transformação da realidade pelo aprimoramento da consciência”.

Justo por isso, a magia não descarta nenhuma possibilidade de busca da verdade. Caminha entre o mundo da razão e o da emoção lhes dando pesos iguais, e aceitando, também, a existência de aspectos do homem dos quais o próprio não tem discernimento, talvez nem sequer percepção.

Seu método de ação é a leitura daquilo que cerca o mago e que é por ele observado, tentando destrinchar, nos objetos e movimentos da chamada realidade, as leis que a regem, sempre se lembrando da relatividade de sua capacidade de captação como o observador e as consequentes reticências que devem acompanhar sua “tradução” das informações recolhidas.

Nesta tarefa de recolher dados objetivos com equipamentos subjetivos, é natural que se tenha diferentes visões de um mesmo processo, já que cada mago, ocupando seu espaço na linha do tempo, verá o que ocorre em seu entorno com o enfoque permitido pelo momento histórico do povo que pertence e com as ferramentas culturais “disponíveis” em sua época.

A soma destas percepções através dos tempos permite que enxerguemos hoje muitas angulações de um mesmo conjunto de fenômenos que, com diferentes roupagens e abordagens, está presente em todas as “doutrinas” mágicas, científicas e religiosas de várias civilizações, mais claramente naquelas onde magia, ciência e religião se misturam em um único livro, o da sabedoria.

Os magos, para simplificar a questão, batizaram estes fenômenos de Leis do Universo, ou Leis Cósmicas e, limpando seus enunciados de todas as influências “personalistas” existentes na leitura de seus observadores, criaram um sistema que permite identificar, a cada momento, qual o movimento dinâmico que comanda os fluxos de energia predominantes em uma determinada ação ou acontecimento, possibilitando interferências que alterem seus resultados em intensidade, direcionamento e consequências.

Antes de falar sobre estas Leis, no entanto, é importante lembrar que esta “manipulação” das relações de forças que compõem cada instante cósmico está também diretamente sujeita aos conceitos que regem as Leis em questão.

O que faz com que o mago, para ter sucesso em sua intervenção, tenha que compreender com profundidade a mecânica operacional daquilo que está transformando,

Isso para que, sabendo antecipadamente as principais decorrências de seu procedimento, não aja impulsiva ou levianamente, mexendo em coisas para as quais não tem competência, força ou controle, e não corra o risco de criar situações cujos frutos finais podem fugir a seus objetivos e gerar problemas que não esteja ao seu alcance resolver.

Talvez a mais facilmente visualizável de todas as Leis do Universo, a Lei Trina pode ser desenhada com transparência em todo e qualquer fato do mundo, seja ele concreto ou abstrato.

Peguemos, como exemplo, a geração de uma criança. Se não houver ao encontro entre uma força ativa (o homem), uma força passiva (a mulher) e a força conciliadora (o momento comum de fertilidade de ambos), não haverá gravidez, e, consequentemente, não haverá a criança.

Esta Lei pode ser vista ainda no mesmo processo considerando-se o espermatozoide como força ativa, o óvulo como força passiva e a possibilidade de união de ambos como força conciliadora.

No caso da presença do homem como força ativa e da mulher como força passiva sem a presença da fertilidade de ambos como força conciliadora, esta força será outra (digamos, a ternura entre ambos) e o resultado, em vez de um filho, será o estreitamento da relação entre os dois.

No caso de um estupro, onde a força conciliadora entre o homem e a mulher é um paradoxo (o antagonismo entre os desejos individuais dos envolvidos), o resultado será dor, física e/ou emocional, pois os componentes da Lei de Três não permitem que outra coisa ocorra.

O desconhecimento dessa Lei e de sua obrigatória aplicação para obtenção de resultados desejáveis é a razão principal de praticamente todos os desajustes de relacionamento.

A Lei de Três ou Lei Trina está presente em praticamente todas as Tábuas Mágicas das civilizações antigas, através de deidades que personificavam estes princípios nos vários níveis de abrangência possíveis.

Os egípcios tinham Rá (Sol), Isis (Lua) e Neftis (Terra), bem como diversas outras combinações igualmente poderosas de divindades, cada uma representando uma série de conceitos que fugiam completamente à simples análise antropomórfica dos símbolos.

No panteão hinduísta, a manifestação da Lei de Três também está claramente colocada nas figuras de Soma Nakayama (Sol), Soma Mitra (Lua) e K**a (Beleza), e ainda em Wishnu (Pai), Lakshimi (Mãe) e Aditi (Terra).

Formulações trinas são também pilares dos conhecimentos entre etruscos, druidas, babilônios, hebreus, toltecas, incas, tupis-guaranis, esquimós, chineses, japoneses, seminoles, sioux, dakotas, blackfoots, maias, celtas, cítios, gregos e até atlantes, como veremos com mais calma em nossas próximas conversas.

Lei de Sétima ou da Oitava Vibratória

“Tudo no universo é vibração, podendo ser lido, para análise, como uma escala musical, incluindo semitons como o bemol e suas ausências.”

Esta lei, assim denominada por Gurdjieff no início do Século XX, também descreve um movimento do universo observado pelos “homens de conhecimento” (magos) desde o primórdio dos tempos.

Temos referências a ela entre os egípcios, os sumérios, os babilônios, os hindus, os persas do zoroastrismo e diversos outros povos, civilizações e sistemas esotéricos da história antiga, medieval e moderna, uma vez que a magia, seguindo a ordem atávica a todo ser vivo de evoluir constantemente, também se recria em novas linguagens e posturas, adequando-se a momentos e culturas.

Conforme a Lei de Sétima ou oitava vibratória, tudo segue uma dinâmica de expansão ou desenvolvimento gradual que pode ser descrita exatamente como uma vibratória musical infinita, que se renova em oitavas ascendentes ou descendentes, conforme nós lidamos com os fatos que a compõem.

Em alguns pontos, a vibratória sonora estende-se sobre si mesma, criando os bemóis, para continuar sua sequência. São hiatos, respirações da vibração, onde esta por um instante cessa, retoma fôlego e continua.

Ocorrem duas vezes em cada vibratória existente. Vamos chamar estes instantes, arbitrariamente, de mi bemol e si bemol. No universo, infinitas vibratórias se entrelaçam continuamente, interagindo e criando novas vibratórias e direções de vibração provenientes desta interação.

Estas novas vibratórias e direções surgem justamente nos pontos em que a vibratória está momentaneamente fraca, no instante em que respira para continuar. Ou mais exatamente em seus hiatos, simbolizado no grafismo da escala musical pelo mi bemol e pelo si bemol. E é justamente a qualidade e a intensidade da energia (vibração) que preencher qualquer um desses hiatos que vai determinar a continuidade da vibratória – numa ascendente, buscando evolução e abrangência, ou numa descendente, distorcendo a rota inicial pretendida pela vibração em algum simulacro de seu objetivo.

Nesse instante, outra vibratória cruza este “espaço vazio”, preenchendo o hiato e misturando as energias da vibração com as da força intrusa, o que altera sua velocidade e direção.

Dessa forma, uma intervenção aleatória de energia em um momento de hiato na sua vibratória transformou completamente a direção que pretendia ter na vida.

Outras variações, no entanto, poderiam ter ocorrido, levando-o ainda mais longe de suas intenções e metas de realização pessoal.

Isso ocorre diariamente com praticamente todas as pessoas em todos os caminhos que traçam para seus objetivos maiores e menores, navegando sem leme o oceano do destino e sendo empurradas involuntariamente para aonde o acaso definir.

O mago, no entanto, não se deixa cair nessa armadilha. Identifica previamente os hiatos de sua vibratória pelos sintomas de sua proximidade, que sempre se expressa por modificações no fluxo emocional, trazendo sensações sem base de desalento, angústia, medo, e por uma indefinição igualmente inexplicável nos processos racionais cognitivos e comparativos.

Assim, seguindo o conceito do que é magia (ciência da transformação da realidade pelo aprimoramento da consciência), o mago, conscientemente, preenche ele mesmo o hiato em sua vibratória com um reforço de sua vontade, fortalecendo as aspirações existentes imediatamente antes dos sintomas mencionados, e faz com que a energia se mantenha direcionada para frente, criando uma força ascendente que lhe permita a plena realização de suas metas.

Lógico que existem muitos outros aspectos a serem considerados neste processo, principalmente devido à atuação de outras Leis do Universo, igualmente importantes, e cujo conhecimento teórico e prático são indispensáveis para que o mago conduza de próprio arbítrio seu trabalho de observação do universo e de si mesmo dentro dele, metodologia imprescindível a um aumento de abrangência em seu instrumental perceptivo.

A identificação antecipada destes momentos de hiato e alternâncias vibratórias pode ser feita através do Jogo de Buzios, o merindilogun, que bem pouco tem nada de mítico e muito de matemático. Quem efetiva o jogo segue princípios que vem dos primórdios da cultura africana.

Para ler o que os orixás expressam pelos conjuntos energéticos codificados no oráculo, o babalaô não precisa (e não deve) estar incorporado.

O sistema todo é passado oralmente a cada um dos aprendizes, que têm como característica obrigatória a presença de Ifá (orixá da adivinhação) em suas “coroas” espirituais.

Por isso são poucos os babalaôs realmente preparados para efetuar leituras de buzios, sendo muito comum pessoas “fingirem” ou mistificarem uma consulta “telepatizando” mensagens do mundo espiritual africano quando o conteúdo do jogo só pode ser traduzido respeitando e seguindo normas de leitura matemática que precisam ser assimiladas por aprendizado, um trabalho duro, complexo e contínuo de preparação que leva quase uma década para se tornar integralmente consolidado na mente do aprendiz.

O número perfeito para a matemática africana é o 4.

Coincidentemente, para que eu começasse a jogar com alguma desenvoltura, foram 4 anos de aprendizado básico e mais 4 para desenvolver aspectos pessoais de interpretação, o que acredito ter acontecido com a maioria das pessoas que realmente conhecem o processo original do oráculo.

Merindilogun significa, em iorubá, "dezesseis” (4X 4) que é justamente o número de conchas utilizadas para se obter, através de diferentes movimentos de mãos, ou batidas, os chamados “odus”, ou conjuntos de informação, pelos quais são identificadas as probabilidades mais “possíveis” de ocorrerem ao consulente do oráculo.

A mecânica operacional se fundamenta ainda no sistema binário, como os computadores, utilizando os valores do "0" (búzio fechado) e do "1" (búzio aberto).

Ou seja, quando a parte quebrada do búzio cai para cima, ele é classificado como “aberto”. Em caso contrário, diz-se que caiu “fechado”.

Considerando as possibilidades proporcionadas pela caída dos 16 buzios, temos 256 odus, ou situações energéticas para serem consideradas em cada batida.

Existem ainda algumas variações com bem mais – 1024 - possibilidades de odus para cada batida.

Trata-se de matemática e probabilidades. No sistema há dezesseis "caídas" principais de búzios, onde geralmente são interpretadas as catorze primeiras. As duas últimas, normalmente desconsideradas, dizem respeito somente a consulentes “tatas”, para equacionar questões energéticas de grande m***a, muito acima das realidades individuais.

Cada uma das catorze combinações comumente analisáveis pode desdobrar-se entre cinco e oito "caminhos" e cada um deles corresponde a um mito iorubá.

No total são 70 mitos, e quem trabalha com os buzios precisa saber todos de cor, bem como sua disposição em, pelo menos, cada uma das "caídas" principais.

Cada odú tem ligação com um ou mais orixás, sendo que estão todos interligados. Apenas o conhecimento e a memorização visual e conceitual das batidas e das variações registradas conforme a nação do consulente (angola, nagô, jeje, tambor de minas, congo, omolocô, entre outras) sem delírios, é que podem capacitar aquele que lê a realizar corretamente seu trabalho.

15/08/2017

BÚZIOS: ETA JOGUINHO DIFÍCIL!

Alta Matemática? Código binário com potenciação quaternária? Princípio da Incerteza? Estados complementares da energia? Leitura poli-dimensional? Teoria das Probabilidades? Relatividade? A recentíssima Teoria do Caos?
Não, não estamos falando de fórmulas intrincadas da Física moderna, e sim de um conhecimento que tem, pelo menos, 5.000 anos de existência: o Jogo de Búzios, sistema divinatório – aliás, bem mais que isso – que acompanha, com pequenas alterações, todas as religiões africanas e suas adaptações ao Ocidente, provenientes na maioria das vezes do contato entre negros, europeus e indígenas de diversas tribos ou nações.

Mas a África não é a mosca do cocô do cavalo do bandido, em termos de civilização contemporânea? Os povos lá não estão entre os mais atrasados do planeta? Gente rude, ignorante, sem capacidade perceptiva de abstração?

Qualquer exame minimamente detalhado da realidade mostrará que os incultos e despreparados sempre foram os brancos europeus, cuja arrogância e presunção toldaram durante séculos a visão dos chamados antropólogos, que só conseguiam enxergar folclore e superstição no que era, na verdade, substancial conhecimento científico.

Afinal, todo o jogo de búzios é uma cópia (ou melhor, a matriz) do esquema de composição da informação utilizado pela informática hoje, que usa o código binário de Zero e Um.

O mesmo ocorre no sistema africano, que emprega, para decodificar o instante da dinâmica energética do consulente, todas as versões possíveis de tese e antítese (dia-noite, homem-mulher, céu-terra, bom-ruim, bonito-feio, divino-profano), assim como os movimentos “mussurubi” (intersecção de ambas as faces da dualidade), cada qual com uma representação figurativa determinada pela posição dos búzios depois do babalaô jogá-los, também de modos pré-determinados, no tabuleiro em que se expressa o universo em todas suas manifestações – individual e coletiva – dentro das alternativas do Absoluto.

Complicado? Sim e não, considerando o tempo que um iniciado leva para aprender as principais nuances e interpretações: cerca de seis a sete anos. E também ao processo de lógica matemática que permeia o processo de cabo e rabo. Uma vez capturado pelo cérebro, torna viável a navegação do barco, não importa as condições do mar.

Fundamentado na potenciação binária do número 2, que dá 4, e deste em 16, o jogo trabalha com dezesseis búzios, que simbolizam unitariamente os odús, ou composições do DNA abstrato de todas as manifestações da Inteligência Suprema (Olorun) e suas configurações na natureza da matéria e do espírito que podemos ler como características específicas de cada orixá, forças estas que se somam em combinações diversas nos odús.

Todos os búzios que estão no jogo têm dois lados fisicamente diferentes: um aberto e outro fechado, que são também vistos e analisados pelo olhar binário, sendo o aberto chamado de direita e o fechado de esquerda, ou vice-versa.

Para identificação do “odú” de plantão, a leitura se faz pelo número de búzios abertos e fechados que caem no lançamento inicial, definindo qual o caminho preferencial a ser seguido pelo babalaô na consulta. Exemplo: a o babalaô joga os búzios e cai um único búzio aberto.

O babalaô então faz as outras jogadas em cima do odú OKANRAN MEJI, regido por Exu. Em consequência, sabe já de início que as questões levantadas dizem respeito à concretização doe objetivos. E assim vai.

Abaixo, dou, pela ordem, uma relação dos 16 odús e dos orixás sintonizados com cada um deles.
1. OKANRAN, Odú regido por Exu.
2. EJI-OKÔ, odú regido por Ibeji e Obá.
3. ETÁ OGUNDÁ odú regido por Ogum.
4. IROSUN, odú regido por Iemanjá e pelos eguns
5. OXÉ, odú regido por Oxum
6. OBARÁ, odú regido por Xangô e Oxossi
7. ODI, odú regido por Obaluaê.
8. EJI-ONILE, odú regido por Oxaguiã.
9. OSSÁ, odú regido por Iemanjá. 10. OFUN odú regido por Oxalufã.
10. OFUN, odú regido por Oxalufã.
11. OWANRIN, odú regido por Iansã e Exu.
12. ELI-LAXEBORÁ, odú regido por Xangô.
13. EJI-OLOGBON, odú regido por Nanã e Obaluaê
14. IKÁ-ORI, odú regido por Oxumaré e Ewá.
15. OGBÉ-OGUNDÁ, odú regido pelo orixá Tempo.
16. ALAFIÁ, odú regido por Oxalá e Orumilá.

Bom lembrar que cada odú principal tem 4 interpretações possíveis, que são determinadas pelo Babalaô numa jogada posterior à que define o odú inicial. Além disso, existem pelo menos 256 combinações entre os búzios, multiplicadas por 4 caminhos ou linhas, o que dá 1024 “mandalas” para serem decorados pelo babalaô “especializado” no jogo, além dos mitos, 4 para cada um dos odús principais, ou 60 ao todo.

Isso sem considerar o preparo mágico de cada um dos componentes do jogo, com oferendas aos orixás que regem especificamente os búzios em questão.

Claro que existem os ‘buzeiros’ que dizem fazer tudo na intuição, sem utilizar – nem conhecer – as regras implementadas para o jogo de búzios durante séculos e séculos de tradição, que não dispensaram aprimoramentos.

Cada um na sua. Eu, que levei cerca de 7 anos só aprendendo a ler, não acredito em analfabetos no momento de consultar.

Pai Hugo

PAI HUGO - JOGO DE BÚZIOS
15/08/2017

PAI HUGO - JOGO DE BÚZIOS

15/08/2017

HUGO LEAL ( PAI HUGO )

Hugo Leal que nasceu no Rio de Janeiro, Guanabara, signo de Escorpião, ascendente em Capricórnio, tigre no horóscopo chinês, formado em Matemática e Filosofia pela USP e Comunicação Social pela FAAP, tem hoje 67 anos de idade e 49 de aprendizado místico, caminhando com desenvoltura pela magia africana nas funções de “babalaô-temi” carreteiro nos rituais de Votan, Vodu, Candomblé, Pajelança, Catimbó, Encantaria, Umbanda e Caboclos, com licença de Ifá para o Jogo de Buzios e para sacramentação de odus.

Além disso, é um investigador incansável das relações do homem com as diversas escolas esotéricas, estudando o conhecimento prático e teórico também das culturas espirituais egípcia, indígena, iraniana, hindu, chinesa, caucasiana, stregheria, wicca, druida e tolteca, além das correntes contemporâneas de magia.

Em termos religiosos, se tornou uma mescla entre os resultados de 4 anos de Seminário jesuíta, o fato de ter cabeça raspada num terreiro de candomblé e sua formação cultural eclética, gerando uma espécie de misticismo científico, que procura relações e explicações diferenciadas dos movimentos universais e das forças que os regem.

Foi também professor universitário, lecionando matérias como lógica matemática, história da filosofia, religiões comparadas e teoria da informação, todas fortes alicerces de suas muitas indagações sobre o universo, a vida e Deus.

Manteve ainda por quase quatro décadas um grupo de estudos da magia como instrumento de alteração da realidade pelo aprimoramento da consciência.

Faz consultas através dos jogos de búzios, tarô, obis, orobôs e outras simbólicas, unindo processos ritualísticos tradicionais com interpretações fundamentadas na teoria da relatividade, lógica matemática, teoria do caos e física quântica.

Endereço

São Paulo, SP
04735-005

Telefone

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