20/03/2025
Dizem que cada gestação é única e aprendi isso na prática! Na minha primeira gestação entrei em trabalho de parto com 38s e tive um parto normal espontâneo e rápido. Já nessa minha segunda gestação, parei de trabalhar com 37s (pq achei que entraria em trabalho de parto antes..) e assim se passaram dias e semanas e nda, fiz a minha parte: fisioterapia pélvica, pilates, caminhada, acupuntura, comi 06 tâmaras/dia, fiz chá hot, shake indutor e nda… até que na data prevista do parto enfim entrei em trabalho de parto espontâneo, cheguei na maternidade com 5cm, 2h depois 7cm, a bolsa rompeu, a dor começou a ficar difícil e pedi analgesia, enfim dilatação total, agora só ajudar nas contrações para a bebê descer no caminho de parto, porém o que eu mais temia aconteceu, e na ausculta do batimento cardíaco da bebê começou a acontecer desacelerações, meu coração como obstetra parou e como mãe então nem se fala, olhei para minha médica e disse: “para mim acabou por aqui.” Dra Vera sabia disse: “para mim acabou também.” E assim fomos para uma cesárea necessária, em um momento oportuno, sem riscos para minha bebê, e após poucos minutos (pq foi uma cesárea rápida), Flora nasceu chorando forte com APGAR 9/10, rosada e saudável; talvez não tenha sido isso que idealizei como via de parto, mas foi com certeza a decisão mais sábia da minha vida. Passei por todo o trabalho de parto e com dilatação total, fui para cesárea (tem pessoas que vão dizer, não era mais fácil ir direto para a cesárea?), na minha opinião a cesárea é uma opção quando o parto vaginal não está evoluindo dentro da normalidade, um procedimento que pode salvar a vida de um bebê e de uma mãe qdo bem indicado. Mas lógico que tem o pós operatório, que ninguém tinha me contato rs, achei bem puxado me recuperar de uma cirurgia de médio porte e ter que amamentar e não conseguir fazer o repouso que seria o recomendado, mais uma lição para minha vida como obstetra! E qtas lições… eu que achei que sabia tudo de amamentação, ganhei duas fissuras uma em cada mamilo e um apojadura que não gosto nem de lembrar! E assim seguimos nessa montanha russa, com dias maravilhosos e dias que dá vontade de sentar e chorar; ah o PUERPÉRIO…