12/10/2024
Essa menininha tímida, cheia de sonhos no coração, que nasceu em um mundo cheio de limitações, nunca imaginou o quanto a vida lhe reservava.
Cresci ouvindo “Não sonhe porque não somos ricos” para coisas como: comer um “sanduíche de caixinha” (era assim que eu chamava os lanches de fast foods) a fazer faculdade, quando mais velha.
Dentro de mim, existia a chama que se validava, acreditava que tudo era possível, confiava em Deus e não desistia!
Não foi tão simples, vivenciei uma sucessão de altos e baixos que, por vezes, queria me jogar no limbo do “Sabrina, para de sonhar, desista, deixa de ser doida!” (vozes da minha cabeça).
Dentre um bocado de história que passa por: medos, necessidades, começar a trabalhar aos 13 anos, relacionamento abusivo, dificuldade financeira, vivenciar enchentes e perder tudo,... hoje, aos 45, sei que o mais importante é acolher a nossa criança interna, aquela que carrega as dores e os sonhos da infância, pois é nesse momento que moldamos nossa visão de mundo e nossa personalidade começa a ser construída.
Todos carregamos marcas desse tempo, e olhar com amor para nossa criança é essencial para seguir em frente com força, confiança e uma segurança única.
Que nunca deixemos de cuidar com carinho das feridas do passado, porque a mulher que somos hoje é capaz de conquistar tudo, mas ela existe a partir da pessoinha que fomos um dia!
Essa criança merece respeito, amor, acolhimento.
E para as crianças em idade: Feliz Vida!