
09/02/2022
8 de fevereiro de 1996. Há 26 anos, eu estava iniciando uma jornada de 11 anos que marcaria o trauma mais forte da minha vida. Mas eu só descobriria isso anos depois.
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Foram muitos anos para me recuperar, muito tempo “perdido” em terapias que não funcionaram, muitos diagnósticos errados (depressão, ansiedade generalizada etc.), muitos, muitos remédios.
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Passei anos procurando terapeutas na plataforma Lattes, achando que currículo acadêmico era sinônimo de competência, até compreender, depois de me machucar muito na terapia, que a cura começa no amparo, no colo, na conexão.
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Hoje, 8 de fevereiro de 2022, cá estou eu, com cara de quem fez terapia de manhã, chorou copiosa e serenamente ao lembrar da própria trajetória (com uma mistura estranha de dor e gratidão), e depois atendeu até a noite. Cansada, realizada. Com uma história de traumas (vários - e a maioria bem mais sutil e com consequências mais destrutivas do que esse), sim, uma história de traumas para a qual consigo olhar.
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Porque alcançar a cura não significa deixar de sentir a dor, mas conseguir fazer com que essa dor caiba dentro de nós sem transbordar.
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