Psicóloga Waleska Silva

18/07/2025

06/06/2025

Cá estamos na primeira semana de junho. E é inevitável não pensar: com ele, vem o inverno. Mas, bem mais que isso: vem também, de uma forma nada discreta, a ansiedade disfarçada de cobrança, pelo que fizemos (ou não fizemos) até aqui. Afinal de contas, seis meses já se passaram e aquele movimento de revisitar as metas e planejamentos lá de janeiro, pode vir com tudo neste período.
Se eu puder lhe dar um conselho é: não se desespere. Nem se cobre tanto. Tendemos a focar apenas naquilo que não conseguimos, não fizemos, não deu certo. Já reparou? Mas meu convite aqui, hoje, para você, é revisitar, sim, os meses que já passaram deste 2025. No entanto, faça isso com um outro olhar, aquele que reconhece todas as conquistas (grandes e menores), todos os passos já dados na direção de um sonho, todos os desafios atravessados.
Assim, você tem a chance de perceber que mais da metade de sua lista de metas ainda nem aconteceu. Mas outras coisas incríveis, que você nem tinha imaginado, também vieram te encontrar. Olhar para o lado bom da vida não é sobre negligenciar ou apagar aquilo que não é tão bom assim. Mas sobre honrar cada passo dado até aqui. Tenho certeza que você vai encontrar diversas coragens e vitórias que nem se lembrava ter conquistado.

26/05/2025

O autoacolhimento é um dos pilares do cuidado emocional. Mas o que isso quer dizer, na prática, no dia a dia?
Signif**a parar de se cobrar perfeição o tempo todo. E poder errar sem se julgar tanto. É reconhecer que está cansada e não se forçar a dar conta de tudo. É se tratar com a mesma compaixão que você oferece aos outros.
Muitas vezes fomos ensinadas a nos exigir demais e a ignorar nossas necessidades. E esses pequenos gestos de gentileza com nós mesmas, parecem distantes demais de nossa realidade. Afinal, na lista diária de tarefas a realizar, se cuidar não vem no primeiro e, muitas vezes, nem no último lugar. É possível (re) aprender esse olhar mais gentil com a gente mesma.
A psicoterapia pode ser um caminho para isso: um espaço onde você aprende, aos poucos, a se escutar e se acolher com mais verdade.

19/05/2025

Às vezes, o mais difícil não é escutar o paciente. É escutar a si mesmo depois da sessão e trazer para a luz as reflexões necessárias.
📍O que f**a ecoando? O que te atravessa? O que te incomoda, te mobiliza, te silencia?
Supervisão não é só sobre técnica. É sobre espaço. É sobre poder dizer: “eu não sei”, “isso me pegou”, “não entendi”, “me incomodou”, “me emocionou”. É sobre colocar a clínica em movimento e assim se colocar em movimento também.

15/05/2025

Tem dias que que não sabemos mais onde nos perdemos. Em outros dias até sabemos, mas não percebemos o caminho para nos reencontrar.
E se eu te disser que a terapia/análise não é sobre consertar o que está “errado” em você, mas sobre se aproximar, devagar, de quem você é quando ninguém está olhando?
- E se não fosse preciso dar conta de tudo?
- E se o seu cansaço dissesse mais do que a força?
- E se o seu incômodo fosse um convite e não um defeito?
- E se o seu silêncio também falasse?
- O que, em você, está pedindo para ser escutado?
Existe um lugar onde você não precisa saber tudo de antemão, não precisa ser forte o tempo inteiro, nem ter todas as respostas. Nesse espaço o mais importante é poder ser quem você realmente é. Esse lugar é o consultório terapêutico.
Se fizer sentido pra você, me chama. Talvez seja hora de cuidar: não do que falta, mas do que pulsa aí dentro.

11/05/2025

A análise oferece um tempo e um espaço onde tudo isso pode ser dito — ou aos poucos escutado. Sem idealizações, sem julgamentos. Um lugar onde a história pode respirar e se transformar.
Se esse dia te atravessa de alguma forma, talvez seja tempo de se acolher com a mesma delicadeza que tantas vezes ofereceu aos outros.
Um tempo para si, enfim.

01/05/2025

Vem cá fazer um exercício comigo: pense, agora, em alguém que você ama. E, então, imagine dizer para essa pessoa tudo o que você costuma dizer para si mesmo nos momentos de erro, dificuldade ou insegurança.
Você diria que ela nunca é boa o suficiente? Que ela deveria ter feito mais ou não ter feito nada? Que se envergonha dela?
Muitas vezes, somos duros demais com nós mesmos, cobrando perfeição e nos criticando de uma forma que jamais faríamos com quem amamos. Mas e se, em vez disso, começássemos a nos tratar com a mesma gentileza que oferecemos aos outros?
Da próxima vez que o diálogo interno for cruel, pergunte-se: “Eu diria isso para um amigo?”. Se a resposta for não, talvez seja hora de mudar a forma como fala consigo mesmo e ser mais gentil. Nós também merecemos este mesmo amor que tanto oferecemos aos outros.

20/04/2025

A Páscoa fala de renascimento. Mas nem sempre isso vem com festa, mesa cheia ou grandes mudanças. Às vezes, renascer é silencioso. É respirar fundo depois de um dia difícil. É ter coragem de sentir saudade sem se endurecer. É acolher o que não foi possível, e ainda assim seguir.

Para quem está longe da família, do país, dos cheiros e rituais que aquecem o coração, essa data pode ser doce e dolorida ao mesmo tempo.

Na escuta psicanalítica, aprendemos que há muitas formas de renascer. E que todo recomeço, por menor que pareça, carrega potência.

Que nesta Páscoa você possa se permitir existir com verdade. Mesmo que isso signifique apenas estar em silêncio. Mesmo que o único gesto seja o de se cuidar um pouco mais.

Renascer também é isso: um afeto que se move, mesmo quando ninguém vê.

10/03/2025

Nós não esquecemos nossos traumas, não há como apagá-los de nossa alma. No entanto, o trabalho da análise é auxiliar a compreendê-lo, olhar para suas raízes e, então, ressignif**ar sua existência.
A partir do momento que olhamos para aquilo que nos marca e machuca, temos a chance de mudar nosso olhar, acolher e seguir em frente de uma forma mais leve, aprendendo que o trauma vem para nos ensinar e nos fortalecer diante da vida.
Com o acompanhamento de um profissional, essas dores também podem se transformar em evolução e nos preparar para novos capítulos muito mais conscientes.

08/03/2025

Feliz Dia Internacional da Mulher!

A música “Maria, Maria”, de Milton Nascimento, diz que é preciso ter manha, é preciso ter graça. É preciso ter sonho sempre.

E que sonhos são esses que nos fazem atravessar a história, unindo a coragem de Joana D’Arc e Maria Quitéria, a luta pela vida de Dandara e Anne Frank, a busca por um mundo mais justo de Zilda Arns e Lady Di?

Que força é essa que se manifesta na devoção e caridade de Madre Teresa de Calcutá e Irmã Dulce, no desejo por educação de Malala Yousafzai e Maria Montessori, na superação dos desafios do corpo que nos inspira em Nádia Comaneci, Maria Lenk e Rebecca Andrade?

Que ousadia é essa que quebra padrões com Leila Diniz e Roberta Close, que transforma arte em resistência com Fernanda Montenegro, Chiquinha Gonzaga e Tarsila do Amaral, que inscreve na literatura vozes como Clarice Lispector e Cora Coralina?

Que liderança é essa que marcou o mundo com Cleópatra e Catarina, que transformou a política com Eva Perón, Margaret Thatcher e Marielle?

Essas são mulheres que, assim como eu e você, possuem a estranha mania de ter fé na vida.

A fé e a esperança que a vida nos ensinou. A sabedoria de compreender quando lutar e quando negociar. Nossa capacidade de adaptação. Nosso humanismo. Nosso desejo de liberdade. De escolher nosso próprio caminho, seja ele no lar, na carreira, nos estudos ou em qualquer outra jornada. Tudo isso vem de uma força interior, enigmática, muitas vezes silenciosa, mas sempre presente. Pronta para se revelar em toda sua magnitude quando necessário.

Hoje, celebramos essa potência. Essa construção contínua que nos faz ser quem somos. ✨

05/03/2025

Neste mês de março, é celebrado o Dia Internacional da Mulher. Embora eu acredite que devemos comemorar nossa existência diariamente, reconheço que esta data específ**a é importante para lembrarmos nossas lutas, nossas conquistas e nosso valor diante do mundo. Ser mulher é carregar a fortaleza em si. É lidar com múltiplas jornadas ao mesmo tempo: carreira, família, autocuidado, vida social… e, no meio de tantas demandas, muitas de nós se perdem de si mesmas, de sua essência, do seu caminho. É necessário retomar este amor por nós para darmos passos firmes, corajosos e afetuosos em nosso dia a dia.
E aproveito o março para te lembrar que o autoconhecimento é um ato de amor próprio. Ele te ajuda a reconhecer suas emoções, respeitar seus limites e fortalecer sua autoestima. Investir em si, em se conhecer e estar cada vez mais perto de sua verdade, é uma maneira de se cuidar para, só então, estender a mão para quem está ao nosso redor.
O que você tem feito por você ultimamente?

17/02/2025

O medo te paraliza ou te impulsiona?
Muita gente vê essa emoção como algo ruim, negativo, até. Mas eu prefiro encarar o medo como uma espécie de proteção, uma cautela, que nos faz pensar antes de uma situação de grande risco, por exemplo.
A grande importância, mesmo, é conseguir atingir o equilíbrio, onde medo e pequenas coragens nos impulsionam a seguir por nossos melhores caminhos.
Ouvir a voz do medo, sem permitir que ele nos paralize.