21/12/2023
Atundo há mais de 35 anos com o tratamento da dor crônica, sei o quanto ela pode parecer insuperável para quem convive com ela ao longo de meses ou anos. No entanto, com base na minha experiência, posso afirmar que sempre é possível obter alívio e mais qualidade de vida, até mesmo para os casos mais difíceis.
Mas é importante destacar que há um caminho de tentativas e ajustes dentro de um leque de possibilidades terapêuticas, que irá depender de cada paciente e o perfil da sua dor.
O primeiro e mais importante passo para o tratamento é identificar a origem e junto dela, sempre que possível, a causa da dor. Ou seja, onde ela começa e o que a gera.
Como uma dor crônica tem fatores de crises multifatoriais, a sua abordagem deve ser multidisciplinar, compreendendo terapias físicas, medicamentos, intervenções psicológicas e modificações no estilo de vida da pessoa acometida pela dor.
A fisioterapia é uma aliada poderosa na gestão da dor, bem como exercícios específicos, pois além de trabalhar músculos e articulações, ainda propiciam a liberação de endorfina, o analgésico natural do nosso corpo.
Os medicamentos precisam ser criteriosamente direcionados, a fim de que o seu uso não seja intenso e não faça um efeito rebote com a necessidade cada vez maior do paciente pelo seu uso. Nesse sentido, há medicações que devem ser utilizadas especificamente para prevenir crises e outras para serem usadas apenas durante as crises, e no momento certo do seu surgimento.
Acupuntura, massagem, técnicas de relaxamento e terapias adjuvantes podem oferecer alívio e complementar os tratamentos convencionais.
Já suporte psicológico se faz necessário em virtude do comprometimento do bem-estar emocional da pessoa com dor constante.
Quando todas as terapias não conseguem trazer a qualidade de vida esperada, ainda temos os procedimentos de bloqueio do sistema nervoso, interrompendo a comunicação dos sinais dolorosos.
Por último, destaco que ter um estilo de vida saudável por meio de uma dieta balanceada, boa hidratação, sono adequado e atividade física regular, contribui para a gestão da dor.
Não desista!