
30/05/2025
Transtorno de Personalidade Evitativa (TPE)
A maioria das pessoas, em algum momento da vida, evita certas situações para aliviar a ansiedade ou lidar com escolhas difíceis. No entanto, o Transtorno de Personalidade Evitativa (TPE) se caracteriza por uma evitação muito mais ampla e persistente — nos comportamentos, sentimentos e pensamentos — mesmo quando essa evitação impede a pessoa de alcançar objetivos ou satisfazer desejos importantes.
Pessoas com TPE geralmente acreditam que não são boas o suficiente (autodepreciação), que não conseguiriam lidar com emoções ou pensamentos negativos, e que, se mostrarem quem realmente são ou expressarem suas opiniões, serão rejeitadas.
Elas desejam muito ter afeto, aceitação e amizade, mas acabam se isolando por medo de críticas ou rejeição. Muitas vezes, têm poucos amigos e evitam até mesmo conversar sobre esses assuntos com o psicoterapeuta.
Segundo o DSM-5, o Transtorno de Personalidade Evitativa (TPE) é diagnosticado quando, desde o início da vida adulta, a pessoa apresenta inibição social signif**ativa, sentimentos de inadequação e sensibilidade exagerada à crítica. Além disso, é necessário que ela atenda a pelo menos quatro critérios adicionais ligados à evitação, restrição emocional, inibição ou medo de avaliações negativas.
O tratamento com a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) envolve três aspectos centrais:
(1) reduzir a evitação cognitiva e emocional, promovendo a participação ativa do paciente na terapia e aumentando sua consciência sobre o impacto da evitação em seus problemas;
(2) desenvolver habilidades de autorreflexão e competências interpessoais, como assertividade, autoexpressão e resolução de conflitos;
(3) identif**ar e reestruturar pensamentos automáticos, pressupostos e crenças centrais disfuncionais, substituindo-os por cognições mais realistas e adaptativas, que favoreçam a intimidade e a assertividade nos relacionamentos.