
29/07/2025
Cuidando de pacientes com Transtorno Borderline (TPB)
Como cuidar de pacientes de difícil acesso ou TPB?
Pacientes com Transtorno de Personalidade Borderline buscam com frequência relacionamentos que causam grande instabilidade.
Quem tem Transtorno Borderline costuma se apaixonar muito rápido e transformar a pessoa com quem se relaciona numa tábua de salvação,idealizando a pessoa, se apegando excessivamente.
O tempo não quer dizer nada para quem tem TPB!
Se está num relacionamento há 10 dias ou 10 anos,pouco importa, pois a idealização existe de todo jeito.
O apego quase que imediato e muito intenso é comum, mas costuma durar pouco porque a pessoa atribui qualidades de forma excessiva à pessoa amada.
Idealiza a relação.
Sente um ciúmes desmedido, pode até virar um stalker dessa pessoa com quem está se relacionando!
Além disso, quem tem Transtorno Borderline costuma ser uma presa fácil para quem é Narcisista, ou até Psicopatas, pois a " cegueira" temporária pode levar à situações bastante graves e perigosas.
Cuidado com quem você se relaciona!!
Procure uma psicóloga que se dedica à tratar Transtorno Borderline.
Não são todos profissionais nessa área que gostam de cuidar desse transtorno tão fascinante.
É preciso mais do que empatia!
É preciso amor pelo paciente.
Não é o amor romântico, mas
um amor em que o terapeuta desenvolve pelos pacientes e realmente tenta ajudar a aliviar os sintomas que causam tanto sofrimento.
O paciente borderline precisa ser acolhido, ouvido sem julgamento algum.
Tratado com muito respeito por uma psicóloga que entende a desregulação intensa que esses pacientes têm.
Ninguém é culpado por isso
Se você se sentiu desvalorizado, se alguém falou que você não tem nada,mas vontade de aparecer, procure o profissional que vai entender a intensidade que você,paciente borderline,tem em relação a tudo!
A vida de um TPB não tem meio-termo. Tudo é 8 ou 80.
Talvez até mais: 8 ou 8 milhões!!
Essa paixão que se tem pelos projetos de vida,pessoas,ou seja lá o que for,tem que ser acolhida, pois faz parte da montanha-russa em que esses pacientes vivem e que causa tanto sofrimento.
Marsha Linehan(que se curou do Transtorno Borderline) ,a maior autoridade em TPB,que desenvolveu a Terapia Dialética Comportamental define muito bem como é ser borderline
Ela diz: Ser borderline é como viver com uma queimadura de 3o grau,cuja pele f**a sempre em carne-viva.
Ao menor toque,esses pacientes reagem com intensidade que não corresponde ao que a maioria das pessoas sentiria.
Se você tem o Transtorno Borderline sente muito mais que todas as pessoas,em quaisquer situações.
Sente mais dor, mais tristeza, mais raiva,mais ódio,mais angústia.
Mas sente também, mais empatia pelos outros, mais alegria, é muito criativo, tem muita energia quando bem estimulado.
A grande questão é sentir intensamente tudo. Isso causa uma dor interna absurda,parece que nunca vai passar.
Se começar a chorar,parece que vai se afogar em lágrimas!
É tudo over (sentimento é sentimento) e não se dimensiona isso.
É como a dor. Uma coisa subjetiva. Cada um sente a sua . Como medir dor?
Pacientes borderline tendem a sentir mais dor que a chamada pessoa normal, ou mediana, pois a palavra "normal" implica em julgamento do transtorno.
E isso é a última coisa que um paciente borderline suporta!Existem notícias boas,contudo.
São 6 tipos de Terapias que são reconhecidas como eficientes para tratar o paciente TPB.
Não é o lugar de discutir tratamento, mas a questão é saber que existe tratamento,remissão de sintomas e até cura( segundo Marsha Linehan, criadora da DBT,e que se curou do transtorno.
Vou citar 3 tipos aqui.
Terapia Dialética Comportamental
TCC-Terapia Cognitiva Comportamental
TFP-Terapia Focada na Transferência
Mas essas características,quando bem trabalhadas,podem fazer surgir um grande artista.
Um grande empreendedor.
Ótimos profissionais,pois os borderlines fazem tudo querendo a perfeição!( mais um motivo para a desregulação interna!!)
Baixa tolerância às frustrações!
Alguns não têm nenhuma,e isso pode ser gatilho para comportamentos auto-destrutivos ,abuso de substâncias,comportamento de risco,gastos excessivos, tentativas de suicídio,auto-mutilação,compulsão alimentar e outros.
Vale lembrar que para o diagnóstico do TPB existem 9 critérios e o paciente tem que se encaixar em 5,pelo menos.
Fazendo os cálculos, são 256 tipos de transtorno borderline.
Nem todos são agressivos,ciumentos etc.
Existe o quiet BPD(borderline personality disorder), um tipo de paciente completamente diferente do que se costuma "conhecer" sobre o TPB.
Há de se tomar muito cuidado com o diagnóstico,pois pode ser confundido com outros transtornos.
Bipolaridade
Déficit de Atenção,
TOC
Transtorno de Ansiedade e outros.
Aqui vale uma nota importante
Pacientes Borderline têm um alto índice de co-morbidades.
É possível ser borderline e bipolar ao mesmo tempo.
TPB é transtorno de personalidade e Bipolaridade é um Transtorno do humor
O que não existe é paciente com 2 transtornos de personalidade,mas eles podem ter Traços de outros Transtornos de Personalidade.
Isso torna mais difícil o tratamento, pois há de se encontrar psiquiatras e terapeutas que realmente gostem de cuidar de pacientes TPB.
É praticamente uma missão!
Me considero uma missionária,sem falsa modéstia.
Estou sempre disponível.
Raras vezes tive que negar atendimento ,pois tinha compromissos inadiáveis ou mesmo por questões de saúde minhas( pois todos estamos sujeitos à doenças, passar por uma intervenção cirúrgica etc), luto na família...
Nós psicólogas,que cuidamos de pacientes TPB ,muitas vezes temos que atender emergências, em qualquer horário!
Aqui vale ressaltar que nem todos estão disponíveis quando um paciente TPB tem uma crise.
Mais um motivo para escolher com cuidado quem vai cuidar de seu caso.
Pergunte sobre horários de SOS de sua terapeuta.
Se ela poderá estar disponível aos fins de semana,caso você precise.
Como proceder durante as férias da terapeuta?
Eu conheço psiquiatras que tratam de borderline e colocam um limite de vezes que poderão ser contatados por seus pacientes.
Veja também sobre datas importantes.
Datas comemorativas, luto , casamentos,nascimentos,entre outros,costumam servir de gatilhos para crises.
Essas datas podem ser difíceis para o paciente borderline.
Muitas vezes são gatilho para comportamentos auto-destrutivos, depressão, compulsão alimentar,abuso de álcool e dr**as, uso indiscriminado de remédios controlados,mistura de álcool com outras substâncias que causam risco à saúde.
Tratar um paciente borderline exige da terapeuta uma capacidade de adaptação ao paciente,pois eles notam qualquer detalhe no comportamento de quem os está tratando.
Mudança de tom de voz, um olhar diferente( que eles interpretam de maneira negativa),gestos diversos( que serão interpretados conforme o momento interno do paciente.
Atrazos do terapeuta, esquecer a sessão do paciente, enfim, todo e qualquer gesto será notado e interpretado de acordo com o momento interno de cada paciente!
F**a o alerta para os pacientes!
Quem quer trabalhar com paciente TPB tem que ter em mente que será analisado o tempo todo!
Faz parte da natureza desses pacientes! E está tudo bem!
Autoria de Psicóloga Mônica Regina Garcia CRP 06/127144
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