Psicóloga Kátia Bizzarro

Psicóloga Kátia Bizzarro ཨོཾ་ ཨཱཿ ཧཱུྃ

Dentro de nós existem recursos para lidar com todas as situações.

Saint-Anne: o nome escolhido para o Consultório remete à Universidade onde Lacan lecionou os Seminários até ser expulso ...
01/03/2025

Saint-Anne: o nome escolhido para o Consultório remete à Universidade onde Lacan lecionou os Seminários até ser expulso da IPA; E à Capela da Universidade de Saint-Anne, onde Lacan proferiu o Seminário: "Estou falando aos muros (Amour)". Quando deitamos no Divã ampliamos o horizonte da nossa existência: construímos uma narrativa acerca de si mesmo, falamos de amor. Deite-se, e fale de si!

No dia 11 de Fevereiro fiz 48 anos no Ano da Serpente, meu Signo no Horóscopo Chinês.  Amei esse Pingente de Serpente/In...
22/02/2025

No dia 11 de Fevereiro fiz 48 anos no Ano da Serpente, meu Signo no Horóscopo Chinês. Amei esse Pingente de Serpente/Infinito. Me traduz. Quero estar presente, sintonizada com o que permanece, deixando fluir a luz dentro de mim, e ao meu redor. Outro dia, um paciente contou uma história de um homem que ensinava Ikebana, arranjos japoneses de flores, na TV. O apresentador perguntou o que fazer para que as flores durem. O homem pegou na mão do apresentador e disse que flores não são para durar. São para nos ensinar a viver o Presente. Já deu flores para alguém por quem você se apaixonou perdidamente e sabe lá Deus quando vai encontrar novamente? Isso é deixar fluir. Já tatuou uma flor? É tentar fazer permanecer o efêmero. Freud tem uma entrevista sobre a beleza inerente ao efêmero: quanto mais efêmero, mais belo. Viver é quase uma Mandala Budista. Na Sinologia aprendemos que os momentos bons passam. Os ruins também. O Sujeito Lacaniano é Moebiano: a Banda de Moëbius é uma figura que transforma o Plano Geométrico, de três Dimensões, em Plano Projetivo, de duas Dimensões. Sim, Projetivo como os Projetores lançam imagens em Telas de Cinema. Se pegarmos uma fita, que tem dois lados, e a torcermos, ao colarmos as duas extremidades podemos realizar fisicamente essa figura geométrica que passa a ter um só lado: a Banda de Moëbius. Projetamos. Nós nos projetamos. Os momentos bons estão dentro de nós, e os ruins, também. Dependendo do que estamos vivendo emocionalmente, podemos depreender disso, a nossa sintonia. A música é constante. No que escolhemos sintonizar?

O texto "O que é Psicopatologia Fundamental" de Mário Tosta Berlinck, faz refletir sobre aquilo que dizia Freud: a Psica...
11/06/2024

O texto "O que é Psicopatologia Fundamental" de Mário Tosta Berlinck, faz refletir sobre aquilo que dizia Freud: a Psicanálise é a cura pela Transferência de afeto, a cura pelo amor numa modalidade terapêutica. O quão próximo ela está da Poesia, e quão distante da medicalização da sociedade. É muito melhor sentir muito do que pouco. Mais Psicopatologia Fundamental e menos psicopatia.

11/06/2024
Memória Involuntária: Continuando o pensamento de Walter Benjamin: para Proust, f**a ao acaso se cada indivíduo adquire ...
07/12/2023

Memória Involuntária: Continuando o pensamento de Walter Benjamin: para Proust, f**a ao acaso se cada indivíduo adquire ou não uma imagem do seu próprio passado, e se pode ou não apossar-se de sua experiência.

Isso me remete à Banda de Möebius: figura geométrica cujo interior tem uma continuidade com o exterior, e é muito utilizada pela Psicanálise lacaniana como uma analogia ao funcionamento do Sujeito lacaniano - o que está dentro, está fora, não existe um inconsciente que não seja formado a partir de algum contato com a realidade social.

Além da memória que pode ser recobrada através do encontro com objetos, temos também em Proust a memória involuntária dos membros do corpo: “Elas penetram no consciente independente de qualquer sinal deste, desde que, uma coxa, um braço, ou uma omoplata, assuma involuntariamente, na cama, uma posição tal, como o fizeram uma vez no passado”. Portanto só aquilo que não foi vivenciado, ou seja, expresso conscientemente, é que pode se tornar objeto da Memória Involuntária.

Jornalismo, Narrativa, e imaginação: “As inquietações de nossa vida interior, não têm, por natureza, um caráter irremediavelmente privado. Elas só adquirem (o caráter privado) depois de se reduzirem as chances dos fatos exteriores se integrarem à nossa experiência.”. Walter Benjamin critica as técnicas da comunicação jornalística, como por exemplo, a falta de conexão entre uma notícia e outra, ou a falta de aprofundamento em lugar da descrição de notícias, como um isolamento dos acontecimentos do âmbito onde pudessem afetar a experiência do leitor. Isso, para ele, tolhe a imaginação. Na narrativa, temos um efeito contrário: “Ficam impressas as marcas do narrador como os vestígios das mãos do oleiro no vaso de argila.”, “Onde há experiência, no sentido estrito, entram em conjunção na memória certos conteúdos do passado individual, com outros do passado coletivo.”, daí o efeito das festas e rituais.

Memória:Conversando com um paciente sobre objetos que nos remetem a momentos emocionantes, lembrei de um  texto genial d...
06/12/2023

Memória:

Conversando com um paciente sobre objetos que nos remetem a momentos emocionantes, lembrei de um texto genial de Walter Benjamin: “Sobre alguns temas em Baudelaire”, que podemos encontrar em “Obras escolhidas: magia, arte e política”. Li este texto numa das ocasiões em que participei de maneira mal sucedida dos processos seletivos para o Mestrado em Letras, de modo bem sucedido, em compensação, abriu-se o mundo da Crítica Literária para mim. Uma vez, ao contar isso a um caro poeta, ele me respondeu dizendo que eu estava a entregar a minha alma à leilão, querendo dizer da contingência positiva de ter me deparado com a Crítica Literária, com a Poesia... Concordo com ele, e levo estas palavras comigo para lembrar sempre que preciso.

Neste texto, Walter Benjamin discute aquilo que ele chama de Memória Involuntária, um conceito encontrado tanto na Literatura, como na Poesia, e na Psicanálise.

A Memória Involuntária é criada por processos inconscientes: “Forma-se menos com dados fixados na memória, do que com dados acumulados inconscientemente que afluem à memória”. Na obra de Proust, “Em busca do tempo perdido” analisada por Walter Benjamin neste texto: “Até aquela tarde em que o sabor da Madeleine o tivesse transportado de volta aos velhos tempos, sabor a que se reportará, então, frequentemente...”, a memória da infância de Proust surge através de um sabor que remete à vivência na cidade natal, e que ainda não tinha sido recobrada. Proust destaca o caráter contingencial desta lembrança, condicionando-a ao encontro com um objeto, no caso, a Madeleine (um bolinho típico francês, de limão), lembrança que, se houvesse um esforço consciente para que acontecesse, não teria havido. Nas palavras de Proust: - “É isto que acontece com nosso passado: Em vão, buscamos evocá-lo deliberadamente, todos os esforços (conscientes) de nossa inteligência são inúteis...”.

Walter Benjamin continua: “Para Proust, o passado encontrar-se-ia em um objeto material qualquer... em qual objeto não sabemos, e é questão de sorte se nos depararmos com ele antes de morrermos, ou se jamais o encontrarmos.”.

No livro do autor Lacaniano Bruce Fink, "Sujeito Lacaniano: entre a linguagem e o Gozo", encontramos um formato generoso...
13/07/2023

No livro do autor Lacaniano Bruce Fink, "Sujeito Lacaniano: entre a linguagem e o Gozo", encontramos um formato generoso de transmissão, sem deixar de ser profundo. Quero trazer alguns Posts curtos sobre alguns conceitos discutidos neste livro, com o objetivo de tornar a Psicanálise Lacaniana abrangente.

Hoje decidi tratar brevemente do paradigma neurótico: confundimos Demanda com o Desejo do Outro. No que isso implica? Mal sabemos sobre o nosso próprio Desejo, que nos é opaco, e somente nos é dado a conhecer indiretamente através das Formações do Inconsciente (Lapsos, esquecimentos, sonhos, Atos Falhos...). Acontece que na Estrutura Neurótica somos alienados na medida em que somos falados. Uma linguagem nos antecede, existe antes de nascermos, e quando morrermos, continuará existindo. Antes de nascermos algumas pessoas já falavam de nós: "Será menina", "Esse vai ser astronauta", "Pelo modo como chuta será teimoso igual ao avô...", e por aí vai. Pouco sabemos de tudo o que foi dito sobre nós antes de nascermos, mas estas palavras, e outras que escutamos ao longo da nossa existência são Determinantes, uma vez que o Inconsciente, segundo Lacan, é formulado como uma cadeia de linguagem. "Sujeito é aquilo que um Signif**ante representa para outro Signif**ante". Em português claro: para não f**armos à deriva, nos enlaçamos nestas palavras, tomamos a Demanda Inconsciente de outra pessoa, que representa o Grande Outro para nós, como o seu Desejo. Nossas necessidades e prazeres são, portanto, canalizados, formatados, organizados conforme essa Demanda do Grande Outro, uma espécie de todo-mundo-ninguém, um falatório com vida própria, ao qual nos ancoramos, e deste modo nos distanciamos do nosso próprio Desejo. É preciso, portanto, arriscar-se a falar, e falar, e falar na própria análise, para construir uma narrativa acerca de si mesmo, perceber o próprio Desejo, e aprender a lidar melhor com isso que nos Determina à nossa revelia.

Endereço

Rua Cincinato Braga, 340
São Paulo, SP
01333-010

Notificações

Seja o primeiro recebendo as novidades e nos deixe lhe enviar um e-mail quando Psicóloga Kátia Bizzarro posta notícias e promoções. Seu endereço de e-mail não será usado com qualquer outro objetivo, e pode cancelar a inscrição em qualquer momento.

Compartilhar

Categoria