Holz Psicologia

Holz Psicologia Página de Daniel Holzhacker, a respeito de Psicologia Transpessoal, incluindo psicoterapia e coaching.

As pressões do dia a dia têm levado pessoas a procurarem médicos psiquiatras em busca de remédios como estimulantes (por...
15/12/2022

As pressões do dia a dia têm levado pessoas a procurarem médicos psiquiatras em busca de remédios como estimulantes (por exemplo, a Ritalina) que facilitem a manutenção do foco e da atenção e, assim, proporcionem um melhor desempenho acadêmico e profissional.

Felizmente, grande parte dos psiquiatras prefere trabalhar esses casos aliando a medicação (quando apropriada) com a psicoterapia. Da mesma maneira, a maior parte dos psicoterapeutas entende a necessidade da medicação em situações críticas.

Entretanto, quando é apropriado o uso de medicamentos? Em que implica o uso destas substâncias químicas e os inevitáveis efeitos colaterais?

A medicação é apropriada em situações críticas que comprometem a qualidade de vida do paciente, frequentemente colocando-o em risco. Em situações críticas como surtos psicóticos, fortes depressões que podem inclusive levar ao suicídio, o tratamento medicamentoso é indispensável.

O uso de medicação de maneira incorreta pode trazer consequências como: intoxicação, dependência, resistência ao princípio ativo do medicamento entre outros.

Podemos fazer uma analogia entre o uso de medicamentos psiquiátricos como um empréstimo bancário. Com o uso de medicamentos “tomamos emprestado” a capacidade de foco e atenção, ou a capacidade de manter o otimismo e fugir da solidão. Mas, em algum momento será necessária sua interrupção ou aprender a conviver com uma série de efeitos colaterais. Nestes momentos “pagamos com juros”.
Não há nada de fundamentalmente errado com o uso responsável de medicamentos, mas é importante saber que há um custo importante, quer como esforço ao descontinuar com medicação, quer como efeitos colaterais. Por isso é importante não abusar.

14/12/2022

Quase sempre não é a criança que é má, debochada, agressiva, preconceituosa, mentirosa... Elas costumam aprender em casa .

12/12/2022

Dinamarca

Todos conhecemos aquelas pessoas que tentam constantemente “gerenciar” uma situação e terminam se enrolando. Essas “víti...
08/12/2022

Todos conhecemos aquelas pessoas que tentam constantemente “gerenciar” uma situação e terminam se enrolando. Essas “vítimas perpétuas”, ou melhor, os mais cruéis algozes, são capazes de envenenar a própria vida e daqueles que lhe são próximos.

Ao invés de encarar um momento difícil, de se perceber faltoso em algo e se desenvolver, crescer e evoluir, tenta manipular a situação. A gravidez para salvar ou forçar um casamento; o profissional que culpa os subordinados por seus insucessos; o viajante que culpa o trânsito por ter perdido o voo...

A estratégia pode até funcionar por um tempo, entretanto a longo prazo se torna uma ferida aberta e infeccionada. A vitimização e manipulação constante afastam todos ao redor. O mundo se torna mais difícil e áspero.

Se a pessoa percebe que está ficando insuportável e muda, ótimo. Significa que o processo de aprendizado “bundico” (chute na bund@) funcionou e ela passa a ser capaz de assumir a responsabilidade pelo próprio crescimento. Mas, normalmente, o afastamento e "a vida difícil" é usada como prova de que o universo está conspirando contra. Nesses casos existe o reforço da vitimização tornando tudo ainda mais dolorido.

Quanto mais o tempo passa, mais difícil sair desse ciclo vicioso. A ajuda profissional de um psicoterapeuta passa a ser fundamental. Um dos principais papeis da psicoterapia é metaforicamente colocar um espelho na frente do atendido. A pessoa precisa se enxergar para, a partir daí, se capaz de assumir a sua parte e reconhecer a falta de autoamor.

Em outras palavras, uma das funções mais importantes da psicoterapia é ajudar a pessoa a retomar as rédeas do próprio desenvolvimento, autônomos e conscientes do seu papel. Jung chamava isso de processo de individuação. Maslow chamava de autoatualização. Independentemente das diferenças teóricas (que não cabem neste texto), falamos da retomada e reconquista da saúde, da autonomia, das rédeas da própria vida e do comprometimento pessoal com uma vida mais plena e feliz.

Há poucas semanas o Brasil assistiu estarrecido a notícia de vários casos em que crianças e adolescentes manifestavam ód...
02/12/2022

Há poucas semanas o Brasil assistiu estarrecido a notícia de vários casos em que crianças e adolescentes manifestavam ódio e preconceito contra colegas em redes sociais e aplicativos de mensagens. Infelizmente não foi surpresa para aqueles que trabalham com educação infantil.

É evidente que essas crianças e adolescentes replicaram comportamentos, crenças e palavras que ouviram em casa, mas o fizeram com menos filtros do que seria de se esperar de adultos com um mínimo de capacidade cognitiva. Filtros sociais e capacidade cognitiva ainda estão em formação, e é exatamente por isso que se deve tomar muito cuidado em evitar o contato dessas crianças com ideias racistas antes de terem desenvolvido a capacidade de ponderar esses preconceitos.

Ao permitir e até incentivar o contato de seus filhos e filhas com ódio e racismo, pais e família envenenam suas crianças com o ódio e preconceito ao qual foram expostos no passado, perpetuando assim o ciclo, mas com consequências potencialmente mais nefastas, já que o alcance e funcionamento do ambiente digital, especialmente mídias sociais, incentivam o extremismo por funcionarem como uma caixa de ressonância.

Quando expostos a estes tipos de comportamentos violentos, favorecemos o desenvolvimento de crianças e adolescentes agressivos verbalmente e fisicamente, voltados para a destruição do outro, transmitindo aos mesmos, falta de valores morais, diante de suas atitudes sociais. Ao reproduzirem o ódio, estão diretamente infringindo seu processo de responsabilidade social, repercutindo em prejuízos nos aspectos socioemocionais, tanto para quem pratica o ódio, quanto para quem ele é destinado.

Precisamos nos atentar para as múltiplas formas de linguagem pelas quais nossos filhos se expressam, dando- lhes oportunidades de movimentar-se e agir-se em novos tempos e espaços que respeitem a diversidade de diálogos verbais, gestuais, afetivos e sociais. Caminhos estes que levam-os a vias opostas da propagação do ódio e preconceito.

Miraína A. S. Carvalhoapdacarvalho
Psicóloga (CRP 06/174419 e CRP 04/1506169)

Daniel Holzhacker
Psicólogo (CRP 06/127614)

Infelizmente, uma das consequências de longo prazo da pandemia foi o aumento do número de divórcios e brigas familiares....
24/11/2022

Infelizmente, uma das consequências de longo prazo da pandemia foi o aumento do número de divórcios e brigas familiares. Embora seja uma consequência a nível mundial, no Brasil tem sido especialmente penoso. Afinal, temos na família a essência para a formação, educação e proteção das crianças e adolescentes. E, em meio as famílias divididas, vemos o uso dos filhos como armas para se atingir o ex-cônjuge através da alienação parental.

Tomados pelo ódio e vontade de vingança, pais e mães não percebem as feridas que causam nos filhos. São crianças e adolescentes abandonados e abusados fisica e emocionalmente por aqueles que os deveriam proteger. Assim, são transformados em armas para ferir o outro, e no processo, são muito machucados, muitas vezes para toda a vida. E, mesmo que no futuro consigam reatar boas relações com ambos os pais, o que dificilmente acontece, a confiança permanecerá abalada. A consequência? Adultos feridos incapazes de confiar, com comportamento neurótico e conflituoso com o mundo.

Alienação parental é crime difícil de provar, por isso o mais comum é o afastamento do pai ou mãe. Quem termina por pagar o pato são os filhos, que terão de lidar com o trauma e dores do abandono.

24/11/2022



"Você está velho, deveria ser mais independente", diz o pai enquanto a esposa passa a ferro suas roupas para o trabalho.

"Você ainda mama no peito?", pergunta a prima que não para de fumar ci****os.

“Você tem que ouvir quando falam com você”, diz o avô que prepara carne para o genro vegetariano.

"Tem que dormir sozinho, no berço", diz a mãe que quando o pai viaja vai dormir na casa da mãe.

"Empreste o carrinho, não seja egoísta", diz o cara que não empresta o carro nem para a mulher.

"Não é não, tem que entender", diz a sogra que ainda não entendeu que deve ligar antes de aparecer.

"A surra educa, não é violência", diz o cuidador que ainda tem pesadelos com o cinturão do pai.

“Tem que respeitar os adultos”, diz a avó que dá Coca-Cola para a criança quando a mãe não está olhando.

O melhor presente que podemos dar aos nossos filhos é comportar-se como adultos e deixá-los em paz. Já é difícil crescer em um mundo tão incoerente como o nosso.
Por

18/11/2022

Vivemos em tempos interessantes. Os relacionamentos online, nos diferentes âmbitos da vida, se intensificaram. As atividades profissionais se apoiaram no digital para criar relacionamentos forte e duradouros. Mas a realidade se faz diferente. Descobrimos os limites e superficialidade do contato online.

Talvez tenha sido esse o grande erro do Facebook, repaginado Meta e com foco no tal de Metaverso. Há um cansaço e saturação nas relações sociais digitais. Redes sociais são planejadas para nos manter ali pelo maior tempo possível, mas ao fazer isso levam os usuários à um radicalismo de ideias, a criação de bolhas de relacionamentos à exaustão e solidão. O contato é superficial, e percebemos isso mesmo que a um nível subliminar.

Atendo tanto presencialmente quanto online, e percebo a diferença de alcance nos dois tipos de sessão de psicoterapia. Muitos que trabalham em escritórios já entenderam como o contato presencial é importante, ainda que gostem das facilidades de poder trabalhar em casa em tempo parcial. O contato online traz facilidades, mas deve ser algo limitado.

Nada substitui a presença física de outra pessoa, e isso é algo muito bom. No pós pandemia precisamos reaprender o valor de estar com outros, da convivência. As crianças precisam reaprender a brincar com colegas. Os amigos a aproveitar uma boa noite de festa. Os colegas de trabalho, o valor da troca que o trabalho presencial proporciona. Pois, só assim, romperemos os limites e a superficialidades impostos pelo online.

11/11/2022

Usualmente planejar nos traz uma certa serenidade, uma vez que antecipa soluções para possíveis sobressaltos e dificuldades ao longo de nosso caminho. Porém, as vezes, perdemos a dose. Exageramos em nossas preocupações, dando foco em demasiado a coisas que provavelmente não acontecerão, ou que, caso aconteçam, estarão fora de nosso controle. A atenção é tamanha que nos cega em relação a outras coisas muito mais palpáveis, próximas, benéficas e merecedoras da nossa atenção.

Sofrimento por antecipação é sofrer em dobro. Primeiro por nos “pré ocupar”. Por fantasiar o pior. Depois, caso aconteça, por ter que lidar com o problema de fato.

Se ocupar de algo que talvez aconteça só é efetivo se se tratar de algo a qual temos controle. Um exemplo: se temos um compromisso importante com hora marcada em plena horário do rush, planejar sair mais cedo é efetivo. Previne o estresse da possibilidade do atraso com o aumento imprevisto do congestionamento.

Por outro lado, pouco efetivo e muito desgastante se preocupar daquilo que não temos controle. Haverá conflito nuclear na Ucrânia? O Brasil irá para o final da copa? Quem será o próximo presidente dos EUA? São questões que não valem despender energia, salvo aos estudiosos da área. Colocar demasiada atenção em temas assim tira atenção da nossa evolução diária e das nossas responsabilidades conosco e com os outros.

Pode parecer exagerado, mas vejo muitas pessoas adoecendo, ansiosas por coisas das quais não tem controle e que podem jamais acontecer. Sinceramente, não vale a saúde que consome.

04/11/2022

Virou moda justificar certos comportamentos violentos por conta da não aceitação de uma realidade. Pode ser o fim de um relacionamento, que evidentemente depende de pelo menos outra pessoa (em um relacionamento de negócios, hierarquia e processos internos); Do resultado de um final de campeonato, consequência do desempenho não só dos times, mas da decisão dos seus técnicos; Ou mesmo, o resultado de um processo democrático, reflexo da decisão de toda uma nação.

O relevante para a saúde mental é que a recusar um dado de realidade coloca o indivíduo em uma trajetória insalubre. Crenças descoladas da realidade, levam ao adoecimento mental e a atos de violência contra si e ao(s) outro(s).

Não me refiro ao direito de não gostar de algo e planejar o que fazer para mudar a realidade. Me refiro à crença de que a realidade precisa ser aceita para que passe a existir de fato e, por conta disso, todos os atos são validados, independentemente da dimensão e prejuízos que causem.

Se você não gosta da realidade faça algo a respeito, mas sem ser tomado pelo ressentimento, ódio e violência. Violência, ódio e ressentimento somente destroem a saúde mental e causam danos, muitas vezes, irreversíveis.

31/10/2022
A percepção de falta de sentido na vida se tornou uma das queixas mais comuns nos consultórios de psicologia, e uma das ...
28/10/2022

A percepção de falta de sentido na vida se tornou uma das queixas mais comuns nos consultórios de psicologia, e uma das causas mais frequentes de sofrimento mental. As diferentes correntes da psicologia existencialista há tempos se dedicam ao estudo dessa causa de sofrimento, que têm crescido consideravelmente a partir da segunda metade do século 20.

Para um dos mais importantes teóricos da psicologia existencialista, Dr. Salvatore Maddi, podemos classificar as reações à falta de sentido da vida em três grandes categorias:

Cruzados
Quando o indivíduo, para ocultar seu sofrimento interno, procura assumir algum sentido externo de "valor". Questões ecológicas, religião, conservadorismo moral, justiça social entre outros passam, de forma exagerada e neurótica, a tomar o espaço de existência desta pessoa a fim de ocultar sua dor.

Niilismo
O Niilismo, que vem do termo latim “nihil” que significa “nada” é uma corrente em que o vazio e o seu conceito são fundamentados na subjetividade do viver. São pessoas cuja existência não tem qualquer sentido ou utilidade a não ser aprender a conviver com um grande vazio.

Vegetativo
São pessoas que "vivem no automático" e buscam prazeres e distrações para se manterem sedados e inconscientes à dor e angústia gerados pela falta de sentido da vida.

A essas categorias Dr. Irvin Yalon, famoso escritor e psiquiatra americano, adiciona uma quarta categoria a qual acredito ser pertinente citar: Atividade Compulsiva.

Pessoas com Atividade Compulsiva, colocam toda sua energia, de forma exagerada, em atividades profissionais. São os famosos "workaholic". Ao se manterem ativos e ocupados, fazem do excesso de trabalho a camuflagem ideal pala lidar com a dor e angústia.

É possível identificar essas categorias de reações nos jornais dos últimos dias. Estampadas nas manchetes os ataques de grupos, assim chamados ecológicos, as obras de arte, e na tendência de polarização ideológica na sociedade brasileira. Mesmo que assuntos distintos, essas e outras reações são consequências do sofrimento mental à falta de percepção de sentido da vida e da existência, muito danosas ao ser e a vida em sociedade.

Endereço

São Paulo, SP
04750-001

Notificações

Seja o primeiro recebendo as novidades e nos deixe lhe enviar um e-mail quando Holz Psicologia posta notícias e promoções. Seu endereço de e-mail não será usado com qualquer outro objetivo, e pode cancelar a inscrição em qualquer momento.

Entre Em Contato Com A Prática

Envie uma mensagem para Holz Psicologia:

Compartilhar

Categoria