
10/10/2024
O desejo nos move, nos impulsiona. É força motriz. Chamemos de elã vital, de vontade, de potência, de vontade de potência, de libido, não importa. Quando paramos de desejar, paralisamos as engrenagens que nos tiram de um ponto, de uma situação, condição, patamar, momento.
Deixar de existir é inevitável, é questão de tempo. Deixar de desejar é antecipar o processo.
Não é necessário que seja um desejo astronômico, surreal, imensurável, estrondoso. Basta que nos mova. Pode ser um desejo simples...
De ser, de ter, de fazer.
Desejo de ser mãe, pai, advogado, médico, astronauta, ou menos ansioso.
Desejo de ter uma casa ou carro, um diploma, uma tatuagem, uma saúde melhor.
Desejo de fazer um curso, aprender um idioma, ou cozinhar, viajar, casar, engordar ou emagrecer.
Pode ser até um desejo negativo, de não mais ser, ter ou fazer.
Mas que nunca deixemos de desejar.
Nas palavras do pai da psicanálise "o indivíduo enérgico e bem sucedido é aquele que, mediante o trabalho, consegue transformar em realidade suas fantasias que encerram desejos". (Freud)
Eu ainda tenho desejos de infância, outros que brotaram ontem. Quem sabe, um dia, um livro?
E você? O que deseja?