19/09/2025
A medicalização não é apenas excesso de remédio ou intervenção — é uma forma de silenciamento dos corpos femininos.
Quando nossas experiências são enquadradas como “patologia”, perdemos a autonomia de sentir, escolher e conduzir nossos próprios processos.
A história da medicalização está intimamente ligada ao processo do estabelecimento da indústria como via de reconstituição da sociedade.
E por isso a medicalização caminha muitas vezes para a manutenção da doença, não para a busca da cura.
O que não significa recusar tratamentos médicos e políticas de saúde, o que não significa ignorar evidências científicas. Mas trazer ao centro a reflexão: quais são os limites e como eles me atravessam sendo mulher?
Resistir é recuperar o direito de sermos autoras das nossas histórias de saúde.
E você, já viveu ou testemunhou situações de medicalização que hoje em dia já são repensadas? Comenta!