18/08/2025
Conforme o levantamento do ministério, entre os motivos mais frequentes para os afastamentos estão transtornos de ansiedade (141.414), episódios depressivos (113.604), transtorno depressivo recorrente (52.627), transtorno afetivo bipolar (51.314), transtornos mentais causados pelo uso de dr**as e outras substâncias psicoativas (21.498), além de reações ao estresse grave e transtornos de adaptação (20.873). Em 10 anos, os afastamentos por ansiedade dispararam mais de 400%, enquanto aquelas pessoas que deixaram o trabalho temporariamente por episódios depressivos são quase duas vezes mais que em 2014.
Psicóloga , psicanalista, doutora e mestra em estudos psicanalíticos pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Elisa de Santa Cecília Massa destaca que não é possível analisar o impacto do trabalho na saúde mental sem pensar em diversos recortes sociais, como raça, renda e gênero. “Na psicologia, não temos uma única causa a ser privilegiada em detrimento de outras. Temos que analisar como estes trabalhadores estão inseridos no recorte racial, na renda das famílias dessas pessoas. Não podemos ter uma visão reducionista, simplista, sobre um assunto tão complexo, grave e abrangente. Mas f**a evidente que não apenas o ofício, mas as condições de trabalho também têm um efeito em relação ao adoecimento psíquico. O não acesso às políticas de cuidado também podem ter um efeito nefasto”, pondera.
Uma das primeiras Normas Regulamentadoras (NRs) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a chamada NR-1, é vista como uma esperança para amenizar os impactos do mercado de trabalho na saúde física e mental da população brasileira. A norma, que estabelece as diretrizes gerais de saúde e segurança no trabalho, estava prevista para entrar em vigor, pela primeira vez, em 2021, por conta da pandemia de Covid-19, mas passou por diversos adiamentos.
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Thamiris Teles
Psicóloga / MBA em RH / Especialista pela UNIFESP
*Fonte: O tempo