
12/09/2025
O papel do estilo de vida: movimento, sono e alimentação
Combater a dor crônica na coluna exige muito mais do que repouso. Pelo contrário: o movimento, quando orientado, é um dos pilares mais importantes. Exercícios de baixo impacto, como pilates, ioga, hidroginástica e caminhada ativam a musculatura profunda, melhoram a propriocepção e “ensinam” ao cérebro que o corpo pode se mover sem dor.
Além disso, o sono de má qualidade agrava a dor, pois impede a recuperação neuromuscular e intensifica a sensibilização central. A alimentação também influencia: dietas ricas em ultraprocessados, açúcar e gordura aumentam a inflamação sistêmica, enquanto uma dieta anti-inflamatória pode ajudar a modular os sintomas.
Terapias integrativas: mente e corpo se curam juntos
Cada vez mais, terapias como acupuntura, mindfulness, meditação guiada, biofeedback e estimulação transcraniana não invasiva vêm sendo incluídas no tratamento da dor lombar crônica. Todas têm em comum o objetivo de quebrar o ciclo dor-tensão-ansiedade, promovendo relaxamento, regulação autonômica e reequilíbrio do eixo cérebro-coluna.
O cérebro precisa de novas experiências para se reorganizar. Terapias que induzem estados de calma e controle corporal ajudam a reprogramar as redes neurais associadas à dor.
O corpo fala, o cérebro registra
A dor crônica na coluna é uma doença complexa, multifatorial e profundamente cerebral. Ela não pode ser tratada apenas com analgésicos ou repouso. Exige uma abordagem biopsicossocial, baseada em conhecimento científico, empatia e personalização do cuidado.
Mais do que tratar a dor, é preciso tratar o cérebro que sente a dor. Somente assim será possível oferecer um caminho real de alívio, autonomia e reconexão com o próprio corpo.