Dr Fábio Antonio Furukawa Okuda

Dr Fábio Antonio Furukawa Okuda Neurocirurgião Geral, Funcional e Dor, Neuromodulação, Patologias da Coluna

O papel do estilo de vida: movimento, sono e alimentaçãoCombater a dor crônica na coluna exige muito mais do que repouso...
12/09/2025

O papel do estilo de vida: movimento, sono e alimentação
Combater a dor crônica na coluna exige muito mais do que repouso. Pelo contrário: o movimento, quando orientado, é um dos pilares mais importantes. Exercícios de baixo impacto, como pilates, ioga, hidroginástica e caminhada ativam a musculatura profunda, melhoram a propriocepção e “ensinam” ao cérebro que o corpo pode se mover sem dor.
Além disso, o sono de má qualidade agrava a dor, pois impede a recuperação neuromuscular e intensifica a sensibilização central. A alimentação também influencia: dietas ricas em ultraprocessados, açúcar e gordura aumentam a inflamação sistêmica, enquanto uma dieta anti-inflamatória pode ajudar a modular os sintomas.

Terapias integrativas: mente e corpo se curam juntos
Cada vez mais, terapias como acupuntura, mindfulness, meditação guiada, biofeedback e estimulação transcraniana não invasiva vêm sendo incluídas no tratamento da dor lombar crônica. Todas têm em comum o objetivo de quebrar o ciclo dor-tensão-ansiedade, promovendo relaxamento, regulação autonômica e reequilíbrio do eixo cérebro-coluna.
O cérebro precisa de novas experiências para se reorganizar. Terapias que induzem estados de calma e controle corporal ajudam a reprogramar as redes neurais associadas à dor.

O corpo fala, o cérebro registra
A dor crônica na coluna é uma doença complexa, multifatorial e profundamente cerebral. Ela não pode ser tratada apenas com analgésicos ou repouso. Exige uma abordagem biopsicossocial, baseada em conhecimento científico, empatia e personalização do cuidado.
Mais do que tratar a dor, é preciso tratar o cérebro que sente a dor. Somente assim será possível oferecer um caminho real de alívio, autonomia e reconexão com o próprio corpo.

A Dor Crônica e o Cérebro: Uma Conspiração SilenciosaDor é um dos mecanismos mais primitivos de proteção da vida. No ent...
01/09/2025

A Dor Crônica e o Cérebro: Uma Conspiração Silenciosa

Dor é um dos mecanismos mais primitivos de proteção da vida. No entanto, quando persiste além do tempo esperado de cura — geralmente mais de três meses — deixa de ser um sintoma e se torna uma doença em si. Essa é a dor crônica, um fenômeno multifacetado que desafia a medicina e a neurociência. Muito além da lesão física, ela representa uma transformação duradoura no cérebro, em sua química, estrutura e circuitos. Entender essa transformação é essencial para quebrar o ciclo de sofrimento que aprisiona milhões de pessoas em todo o mundo.

O Cérebro: A Central de Processamento da Dor
A dor não é sentida no local da lesão, mas sim no cérebro. Terminações nervosas enviam sinais elétricos até a medula espinhal, e de lá até o cérebro, onde esses impulsos são interpretados como dor. Na dor crônica, esse sistema de alarme entra em pane. Mesmo na ausência de um agente lesivo real, o cérebro continua a acionar os sinais de dor como se algo estivesse constantemente errado.
Áreas como o tálamo, o córtex somatossensorial, o córtex pré-frontal, a ínsula e a amígdala desempenham papéis importantes no processamento da dor crônica. A atividade excessiva ou desregulada dessas regiões cria um circuito fechado de dor, medo e ansiedade, intensificando ainda mais o sofrimento.

A Neuroplasticidade Que Dói
Neuroplasticidade é a capacidade do cérebro de se reorganizar em resposta a experiências. Ela é fundamental para a aprendizagem e adaptação. No entanto, na dor crônica, essa plasticidade torna-se mal adaptativa. O cérebro começa a "aprender" a dor, reforçando conexões neuronais relacionadas à dor mesmo sem estímulos nocivos. É como se o cérebro se tornasse hipersensível, um alarme que dispara por qualquer motivo — ou sem motivo algum.
Estudos com ressonância magnética funcional mostram que pacientes com dor crônica desenvolvem alterações na densidade da substância cinzenta em áreas envolvidas na percepção e regulação da dor. Isso indica uma verdadeira reconfiguração cerebral.

Tremor Essencial: O Corpo que Vibra SilenciosamenteQuando as Mãos Falam o Que o Corpo Não ControlaImagine tentar assinar...
22/07/2025

Tremor Essencial: O Corpo que Vibra Silenciosamente
Quando as Mãos Falam o Que o Corpo Não Controla

Imagine tentar assinar seu nome, tomar uma xícara de café ou maquiar-se, e ver suas mãos tremerem involuntariamente. Para milhões de pessoas, isso não é imaginação — é realidade. O tremor essencial (TE) é um distúrbio neurológico crônico e progressivo, caracterizado por movimentos involuntários rítmicos, geralmente nas mãos e braços, mas que também podem atingir cabeça, voz e outras partes do corpo.
Embora seja confundido com o Parkinson, o tremor essencial tem causas, evolução e tratamento distintos — e é duas vezes mais comum que a Doença de Parkinson.

O Que É o Tremor Essencial?
O tremor essencial é uma desordem do movimento que provoca tremores durante a ação ou manutenção da postura, e não em repouso, como no Parkinson.

Características principais:
Tremor rítmico, geralmente bilateral;
Surge ao realizar movimentos voluntários (escrever, comer);
Piora com estresse, fadiga, cafeína e ansiedade;
Pode afetar a fala (voz trêmula), cabeça (movimentos de “sim” ou “não”) e pernas (mais raramente).
É uma condição benigna, mas incapacitante, e não afeta diretamente a expectativa de vida.

Causas e Fatores Genéticos
A causa exata do tremor essencial ainda é desconhecida, mas há evidências de:
Forte componente genético: cerca de 50% dos casos são hereditários (forma autossômica dominante);
Disfunção no cerebelo — a área do cérebro responsável pela coordenação motora fina;
Alterações em circuitos cerebrais que conectam o cerebelo ao tálamo e ao córtex motor.
Diferente do Parkinson, não há perda neuronal dopaminérgica evidente no TE.

Paralisia Cerebral: Muito Além do Movimento Quando o Cérebro Não Controla os Caminhos do Corpo A paralisia cerebral (PC)...
15/07/2025

Paralisia Cerebral: Muito Além do Movimento
Quando o Cérebro Não Controla os Caminhos do Corpo

A paralisia cerebral (PC) é a causa mais comum de deficiência física na infância. Ela não é uma doença progressiva, mas sim uma condição neurológica permanente, causada por uma lesão ou malformação no cérebro em desenvolvimento, geralmente durante a gestação, parto ou nos primeiros anos de vida.
Mais do que comprometer o movimento, a paralisia cerebral é uma condição que afeta a comunicação entre o cérebro e o corpo, impactando habilidades motoras, cognitivas, sensoriais e emocionais.

O Que Causa a Paralisia Cerebral?
A PC pode ter diversas causas, sendo as principais:

Falta de oxigênio no cérebro (asfixia perinatal);

Hemorragias cerebrais em prematuros;

Infecções intrauterinas (citomegalovírus, toxoplasmose);

Traumas durante o parto ou nos primeiros meses de vida;

Malformações cerebrais congênitas;

Icterícia neonatal grave não tratada.
Em todos os casos, o que ocorre é um dano irreversível a áreas do cérebro responsáveis pelo controle motor e, em alguns casos, pela percepção sensorial e pela fala.

Os Tipos de Paralisia Cerebral
A PC é classificada de acordo com o padrão do comprometimento motor:

Espástica (a mais comum): rigidez muscular, movimentos lentos e difíceis, geralmente acompanhada de deformidades nas articulações.

Atetóide (ou discinética): movimentos involuntários, descoordenados e flutuantes.

Atáxica: comprometimento do equilíbrio, da coordenação e da precisão dos movimentos.

Mista: combinação de dois ou mais tipos acima.
Cada tipo afeta a criança de maneira única, com diferentes níveis de funcionalidade.

Cefaleia: O Alarme Silencioso do Cérebro em SobrecargaIQuando a Dor de Cabeça é Muito Mais do que Uma DorTodo mundo já t...
08/07/2025

Cefaleia: O Alarme Silencioso do Cérebro em Sobrecarga

IQuando a Dor de Cabeça é Muito Mais do que Uma Dor
Todo mundo já teve dor de cabeça. Mas quando essa dor se torna constante, incapacitante e afeta a qualidade de vida, ela deixa de ser um incômodo passageiro e passa a ser um sinal de disfunção profunda no equilíbrio do organismo.
A cefaleia é um dos distúrbios neurológicos mais comuns do mundo. Mais de 1 bilhão de pessoas sofrem com algum tipo de dor de cabeça recorrente. Porém, nem todas as cefaleias são iguais — e compreender suas causas pode ser o primeiro passo para alívio e prevenção.

Tipos de Cefaleia: Nem Toda Dor é Igual
Existem dezenas de tipos de cefaleia. Os mais comuns são:
Cefaleia tensional: é a mais comum. Pressão ou aperto ao redor da cabeça, como uma faixa apertada. Relacionada ao estresse e à tensão muscular.
Enxaqueca: dor latejante, geralmente de um lado só, acompanhada de náuseas, sensibilidade à luz, sons e odores. Pode durar de horas a dias.
Cefaleia em salvas: extremamente intensa, concentrada ao redor de um olho. Acomete mais homens. Ocorre em ciclos, com ataques agrupados.
Cefaleia cervicogênica: originada por disfunções musculares ou posturais no pescoço.
Cefaleias secundárias: decorrentes de outras doenças, como sinusites, alterações na pressão arterial, tumores ou uso excessivo de medicamentos.
Cefaleia Tensional: A Dor que Vem da Pressão Invisível
A cefaleia tensional está diretamente ligada ao estilo de vida. Ela surge da tensão muscular crônica nos ombros, nuca e couro cabeludo, e é amplificada por:
Má postura;
Ansiedade reprimida;
Falta de sono;
Cansaço mental;
Apertamento dentário (bruxismo).
O cérebro interpreta esse “excesso de carga” como ameaça e responde com dor difusa.

Doença de Parkinson: O Desgaste Silencioso do Movimento e da MenteMuito Além dos Tremores: A História que o Corpo Conta ...
24/06/2025

Doença de Parkinson: O Desgaste Silencioso do Movimento e da Mente

Muito Além dos Tremores: A História que o Corpo Conta em Silêncio

Quando pensamos na Doença de Parkinson (DP), logo vêm à mente imagens clássicas de tremores, rigidez muscular e dificuldades motoras. No entanto, essa doença neurodegenerativa, que afeta mais de 10 milhões de pessoas no mundo, é muito mais do que um distúrbio do movimento. Trata-se de um colapso progressivo de redes neurais que comandam não só os músculos, mas também o humor, o sono, a cognição e o sistema gastrointestinal.

A Doença de Parkinson é, na realidade, um distúrbio multissistêmico, que começa no cérebro, mas espalha suas raízes muito além dele.

Como o Parkinson Começa? O Inimigo Invisível Pode Não Estar no Cérebro

A visão mais recente da neurociência sugere que, em muitos casos, a Doença de Parkinson não começa no cérebro, mas no intestino. Sim, no intestino.

Pesquisas mostram que a proteína alfa-sinucleína, que se acumula e forma os temidos corpos de Lewy no cérebro dos pacientes, pode começar a se aglomerar no nervo vago, que conecta o intestino ao cérebro.

Esse processo pode ser disparado por:
Desequilíbrios no microbioma intestinal;
Exposição a pesticidas e toxinas ambientais;
Metais pesados;
Inflamação crônica sistêmica

A partir do intestino, esses acúmulos proteicos podem "subir" pelo nervo vago até atingir os núcleos do tronco encefálico e, posteriormente, as regiões que controlam os movimentos.

Dor Crônica: A Tempestade Invisível no Corpo e na MenteQuando a Dor Deixa de Ser um Sintoma e se Torna uma DoençaA dor, ...
17/06/2025

Dor Crônica: A Tempestade Invisível no Corpo e na Mente

Quando a Dor Deixa de Ser um Sintoma e se Torna uma Doença
A dor, na sua essência, é uma aliada da sobrevivência. Ela sinaliza lesões, orienta o cuidado e protege o organismo de danos maiores. Mas quando a dor ultrapassa três meses de duração, ela perde sua função de alerta e se transforma em uma condição autônoma, conhecida como dor crônica uma doença por si só. Estima-se que mais de 30% da população mundial conviva diariamente com esse tormento silencioso. No entanto, por trás desse número estão histórias de isolamento social, depressão, desemprego e perda de qualidade de vida.
Este artigo propõe uma análise além do senso comum sobre dor crônica, explorando não apenas os mecanismos neurobiológicos, mas também os impactos epigenéticos, sociais e as novas fronteiras no seu tratamento.

O Que Acontece no Cérebro de Quem Sente Dor Crônica?
Ao contrário da dor aguda, que é localizada e tem uma origem bem definida, a dor crônica pode ser considerada uma tempestade de alterações na circuitaria neural, através de mediadores inflamatórios. A dor deixa de depender apenas da lesão física e passa a ser sustentada por redes neurais hiperativas.
Estudos de neuroimagem revelam que pessoas com dor crônica apresentam:

Atrofia do córtex pré-frontal, região responsável pela tomada de decisões, controle emocional e atenção;

Hiperatividade na amígdala, centro do medo e da ansiedade;

Disfunção no sistema de recompensa, levando à anedonia (incapacidade de sentir prazer).

A dor, portanto, não é mais apenas uma sensação física. Ela se torna uma experiência sensorial, emocional e cognitiva profundamente interligada.

Lombalgia: Uma Abordagem Neurológica AtualizadaA lombalgia é uma das principais causas de dor e incapacidade no mundo, a...
21/05/2025

Lombalgia: Uma Abordagem Neurológica Atualizada
A lombalgia é uma das principais causas de dor e incapacidade no mundo, afetando cerca de 70% a 85% da população em algum momento da vida. Para o neurocirurgião , seu entendimento vai além do simples manejo da dor: envolve reconhecer sinais de alerta, diferenciar causas neuropáticas de mecânicas, interpretar exames de imagem e planejar tratamentos integrativos.

Epidemiologia e Relevância Clínica
A dor lombar representa a segunda causa mais frequente de consultas médicas, perdendo apenas para infecções respiratórias. Embora a maioria dos episódios seja autolimitada, até 20% evoluem para dor crônica, com repercussões importantes na qualidade de vida, produtividade e saúde mental dos pacientes.
Do ponto de vista neurológico, a lombalgia é particularmente relevante quando há radiculopatia, mielopatia ou sinais de comprometimento motor e sensitivo, exigindo uma avaliação minuciosa.

Classificação da Lombalgia
A lombalgia pode ser classificada em:
Lombalgia inespecífica: Representa até 90% dos casos. Associada a fatores posturais, sobrecarga mecânica ou degeneração discal sem comprometimento neurológico relevante.
Lombalgia com radiculopatia (ciatalgia): Envolve compressão ou inflamação da raiz nervosa, frequentemente por hérnia de disco ou estenose foraminal.
Lombalgia secundária: Decorrente de causas específicas como fraturas, infecções (espondilodiscite), neoplasias, doenças inflamatórias ou síndromes raras como a cauda equina

Tremor Essencial: Quando as Mãos Não ParamImagine tentar tomar um copo d’água e ver sua mão tremer a ponto de derramar o...
16/05/2025

Tremor Essencial: Quando as Mãos Não Param

Imagine tentar tomar um copo d’água e ver sua mão tremer a ponto de derramar o líquido. Ou assinar um documento e não conseguir controlar o traço da caneta. Para milhões de pessoas no mundo, isso não é apenas um incômodo passageiro — é a realidade cotidiana de quem vive com o tremor essencial (TE), uma condição neurológica comum, porém pouco compreendida.

O Que É Tremor Essencial?

O tremor essencial é um distúrbio do movimento caracterizado por tremores involuntários e rítmicos, geralmente nas mãos, mas que também podem afetar a cabeça, a voz, as pernas e até o tronco. Diferente do que muitos pensam, não é o mesmo que o tremor associado ao Parkinson, embora possa ser confundido com ele.

É chamado de “essencial” porque, até pouco tempo atrás, sua causa era desconhecida. Hoje, sabe-se que há forte componente genético — cerca de 50% dos casos são hereditários — e acredita-se que alterações em áreas do cérebro responsáveis pela coordenação motora, como o cerebelo, estejam envolvidas.

Sinais e Sintomas

O principal sintoma é o tremor de ação, ou seja, o tremor aparece quando a pessoa está realizando algum movimento voluntário, como comer, escrever ou segurar objetos. Isso o diferencia do tremor de repouso do Parkinson, que ocorre quando o músculo está relaxado.

Outros sintomas incluem:
Tremor bilateral nas mãos (mais comum e evidente com o tempo);
Oscilação da cabeça (para frente e para trás, ou em movimento de “não”);
Voz trêmula;
Dificuldade progressiva para realizar tarefas motoras finas.

Em muitos casos, o tremor piora com o estresse, ansiedade, fadiga ou consumo de estimulantes como cafeína.

Dor na Coluna e o Cérebro: Conexões Profundas entre Corpo e MenteA dor na coluna é uma das queixas mais comuns em consul...
09/05/2025

Dor na Coluna e o Cérebro: Conexões Profundas entre Corpo e Mente
A dor na coluna é uma das queixas mais comuns em consultórios médicos, afetando cerca de 80% da população em algum momento da vida. No entanto, a compreensão dessa dor muitas vezes permanece limitada ao aspecto físico e estrutural. O que muitos desconhecem é que a dor na coluna não se restringe à região lombar, torácica ou cervical: ela envolve o cérebro de maneira direta e profunda.
Neste artigo, exploraremos a complexa relação entre a dor na coluna e o cérebro, abordando os mecanismos neurobiológicos, as alterações emocionais, a influência do estresse crônico e as implicações para o tratamento. Essa abordagem integrativa é essencial para compreender por que algumas dores persistem mesmo sem lesões visíveis e como o cérebro pode ser aliado ou inimigo no processo de recuperação.

A dor como experiência cerebral
A dor não é apenas uma sensação física gerada por estímulos nocivos. Ela é uma experiência complexa, modulada por fatores sensoriais, emocionais, cognitivos e sociais. A coluna pode ser o ponto de origem do estímulo doloroso, mas é no cérebro que esse estímulo é interpretado, amplificado ou atenuado.
Quando um disco intervertebral está lesionado ou há compressão de raízes nervosas, sinais nociceptivos são enviados pela medula espinhal até o tálamo e, de lá, distribuídos para diversas áreas cerebrais, como o córtex somatossensorial, responsável pela localização e intensidade da dor; o córtex pré-frontal, que avalia o significado da dor; e a amígdala e o hipocampo, que a associam a emoções e memórias.

Cefaleia: Um Sintoma Comum com Múltiplas FacesA cefaleia, popularmente conhecida como dor de cabeça, é uma das queixas m...
05/05/2025

Cefaleia: Um Sintoma Comum com Múltiplas Faces

A cefaleia, popularmente conhecida como dor de cabeça, é uma das queixas médicas mais comuns em todo o mundo. Estima-se que mais da metade da população global tenha sofrido ao menos um episódio de cefaleia no último ano. Embora muitas vezes seja considerada um problema simples e passageiro, a cefaleia pode ter um impacto profundo na qualidade de vida, produtividade e bem-estar emocional das pessoas.

O que é cefaleia?
A cefaleia é caracterizada por dor localizada em qualquer região da cabeça, podendo irradiar para a nuca ou face. A intensidade varia de leve a intensa, podendo durar minutos ou persistir por dias. Embora seja comum, a cefaleia não é uma doença em si, mas um sintoma que pode estar associado a diferentes causas — desde desidratação até tumores cerebrais.

Principais tipos de cefaleia
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica as cefaleias em dois grandes grupos: primárias e secundárias.
Cefaleias primárias
São aquelas em que a dor é a própria doença, não havendo uma causa estrutural subjacente.

Enxaqueca (migrânea)
Caracteriza-se por dor pulsátil, geralmente em um dos lados da cabeça.
Pode vir acompanhada de náuseas, vômitos, sensibilidade à luz (fotofobia) e ao som (fonofobia).
Em algumas pessoas, há aura (alterações visuais ou sensoriais que precedem a dor).
Mais comum em mulheres e pode ter forte influência hormonal.

Cefaleia tensional
A mais comum de todas.
Dor em pressão ou aperto, geralmente bilateral, de leve a moderada intensidade.
Não costuma ser agravada por atividade física e não vem acompanhada de náusea.
Frequentemente associada a estresse, ansiedade, má postura e distúrbios do sono.

Cefaleia em salvas
Muito intensa, geralmente ao redor de um dos olhos.
Duração curta (15 a 180 minutos), mas de forte impacto.
Pode ocorrer diariamente por semanas (salvas), seguidas de períodos de remissão.
A dor é frequentemente acompanhada de lacrimejamento, congestão nasal e agitação.

Cefaleias secundárias
São causadas por outra condição médica subjacente. Exemplos:
Sinusite: dor facial, piora com a inclinação da cabeça.
Trauma craniano: dor após pancada na cabeça.

Relação entre Dor Persistente, Depressão e AnsiedadeA dor crónica constitui um dos maiores desafios da medicina moderna,...
14/04/2025

Relação entre Dor Persistente, Depressão e Ansiedade
A dor crónica constitui um dos maiores desafios da medicina moderna, não apenas por sua elevada  — afetando aproximadamente 20% da população mundial — mas sobretudo por seu impacto devastador sobre a saúde mental dos pacientes. Ao contrário da dor aguda, que desempenha um papel adaptativo de proteção ao corpo, a dor crónica perde essa função biológica e passa a ser uma patologia em si, alterando profundamente a forma como o indivíduo percebe a si mesmo, o mundo e seu futuro. Nesse contexto, a relação entre dor persistente, depressão e ansiedade tem sido objeto de crescente atenção nas áreas da neurociência, psicologia clínica e medicina integrativa. A dor deixa de ser apenas um sintoma físico e se transforma num fenômeno psicobiológico complexo, onde mente e corpo se entrelaçam de forma indissociável.

A Dor como Experiência Multidimensional
A dor é, desde sua definição pela Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP), uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a dano tecidual real ou potencial. Isso já revela sua natureza multidimensional. No caso da dor crónica, essa complexidade se intensifica: o sofrimento físico prolongado transforma-se numa experiência subjetiva marcada por sofrimento emocional, alterações cognitivas, limitação funcional e impacto social.
Os pacientes não sentem apenas dor — eles vivem uma dor. Isso significa lidar diariamente com limitações na mobilidade, perda de produtividade, interrupção de projetos pessoais e profissionais, dificuldades de relacionamento e uma constante frustração com o próprio corpo. Nesse cenário, a dor atua como um fator estressor contínuo, capaz de desgastar os mecanismos de enfrentamento e gerar estados psicológicos de grande vulnerabilidade.

Intersecção Neurobiológica: Dor, Depressão e Ansiedade Compartilham o Mesmo Cérebro

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