18/11/2024
A ruptura uterina é uma complicação obstétrica rara, mas grave, que pode ocorrer durante o trabalho de parto. A seguir, apresento uma análise dos riscos de ruptura uterina em diferentes cenários, com base em dados disponíveis:
1. Mulher com uma cesariana anterior há dois anos tentando parto vaginal:
• Risco de ruptura uterina: Estudos indicam que o risco de ruptura uterina em mulheres com uma cesariana anterior que optam por um parto vaginal varia entre 0,5% e 1% .
2. Mulher sem cesarianas anteriores (nulípara) tentando parto vaginal:
• Risco de ruptura uterina: Em mulheres sem cicatrizes uterinas prévias, a ocorrência de ruptura uterina é extremamente rara, com incidência estimada em aproximadamente 0,005% .
3. Mulher com duas cesarianas anteriores tentando parto vaginal:
• Risco de ruptura uterina: O risco de ruptura uterina aumenta com o número de cesarianas anteriores. Em mulheres com duas cesarianas prévias, o risco de ruptura uterina durante um parto vaginal é cerca de 1,36% .
Considerações Importantes:
• Intervalo entre gestações: Um intervalo de dois anos entre a cesariana anterior e a tentativa de parto vaginal é geralmente considerado adequado, podendo reduzir o risco de ruptura uterina.
• Avaliação individualizada: A decisão sobre a via de parto deve ser baseada em uma avaliação individualizada, considerando fatores como o tipo de incisão uterina anterior, a saúde materna e fetal, e a disponibilidade de recursos para manejo de emergências obstétricas.
Referências:
• Ministério da Saúde. “Diretrizes de Atenção à Gestante: a operação cesariana.”
• Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. “Rotura e deiscência de cicatriz uterina: estudo de casos em uma maternidade de baixo risco do sudeste brasileiro.”
• Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente. “Principais Questões sobre Parto Vaginal Após Cesariana (PVAC – VBAC).”