Carolina Drummond - Psicóloga

Carolina Drummond - Psicóloga Psicóloga com especialização no atendimento de adultos, gestantes, mulheres no puerpério e atend

Psicóloga, com atendimento a adultos, adolescentes, orientação de pais, atendimento de mães e gestantes e pré natal psicológico.

Pausa entre compromissos! Pausa?Desde cedo eu entendi que esperas são torturantes. Impaciente e com a cabeça a milhão, e...
04/06/2025

Pausa entre compromissos! Pausa?

Desde cedo eu entendi que esperas são torturantes. Impaciente e com a cabeça a milhão, esses momentos em que estou simplesmente entre atividades parecem tempo perdido, me geram angústia e ansiedade.

Em minha rotina não sobra tempo, se tropeçar perco a hora e alguns dias são como um tetris cujas peças caem em ritmo frenético, se eu não as encaixo bem a coisa toda explode bem na minha frente.

Começo o dia as 5h e termino depois das 0h. Obrigada neurodivergência pela necessidade de sono reduzida! Ao longo do dia cuido da rotina de crianças com demandas completamente diferentes, trabalho, estudo e no meio disso faço exercícios físicos. Sem brechas eu não conseguiria fazer tanto.

Termino os dias com uma imensa lista de coisas que f**aram pelo caminho, paciência!

Nos 15 minutos entre um compromisso e outro leio, escrevo, conheço alguém, escuto música, papeio, dou e recebo apoio e afeto.

Eu me cobro dar conta de tudo, o que se torna interessante quando lembro que meu tudo tem muito mais coisa do que o tudo de pessoas neurotípicas.

Uma criança superdotada não seria um adulto diferente! Seguimos sendo quem somos, não viramos purpurina na saída do ensino médio como os profissionais e a legislação costumam pensar! A intensidade só aumenta ao longo da vida e desenvolvemos sempre mais estratégias para esticar o limite.

Não rola desacelerar, honestamente não seria eu e eu tenho descoberto que talvez mais do que resiliente, eu me beneficie desse ritmo que aos outros soa insano.

Cansa? Em alguns dias sim, mas sou uma mulher atípica vivendo como mãe a realidade da maternidade atípica e seria insano tentar seguir uma métrica que não se sustenta diante do que eu quero e saboreio fazer.

Como diz Lenine “se você quer me seguir, não é seguro”, a vida aqui é em alta velocidade, hoje reconheço que estar fora da curva se aplica a muito mais do que se imagina.

Nem vilã, nem solução mágica.A tecnologia pode apoiar ou bagunçar tudo - depende do uso, do momento, do contexto.Quer sa...
02/06/2025

Nem vilã, nem solução mágica.

A tecnologia pode apoiar ou bagunçar tudo - depende do uso, do momento, do contexto.

Quer saber quando ela ajuda ou atrapalha?

Desliza e vem entender melhor.

Muito do que parece “educado” é pouco respeitoso.Algumas das palavras que aprendemos como gentis no fundo expressam prec...
28/05/2025

Muito do que parece “educado” é pouco respeitoso.

Algumas das palavras que aprendemos como gentis no fundo expressam preconceitos e violência.
“Especial”, “nem parece autista”, “anormal”, “gênio”... Quem de nós nunca ouviu algo gentil que esconde capacitismo e violência? Cada um desses termos constrói exclusão e desrespeito.
Linguagem carrega ideologia, classif**a e silencia, estabelece padrões para quem precisa ser visto em sua singularidade.
Ser neurodivergente não é defeito ou qualidade, é simplesmente uma condição e se o mundo não fosse tão excludente a experiência de viver sendo atípico não seria tão difícil, seria apenas mais uma característica como a cor dos seus olhos ou a sua altura. Seria apenas mais uma forma de construir a própria identidade, aprender, sentir ou criar.
É necessário que todos aprendam a falar de forma mais adequada, praticar mais a escuta.
Não é possível estabelecer uma métrica ou corrigir quem sai da média, mas é esperado que se construa espaços para a celebração da diversidade que sempre existiu e nunca foi ouvida.
Linguagem carrega valor, mostra quem somos e o que pensamos nas entrelinhas.
É reconhecimento, resistência, responsabilidade coletiva.

Inclusão é saber que todos devem ser bem-vindos ao baile, mas especialmente, planejar um baile em que se sintam confortáveis em estar!

Quando foi a última vez em que você levou seu cérebro para passear?Na correria do dia a dia nos habituamos à demanda e r...
26/05/2025

Quando foi a última vez em que você levou seu cérebro para passear?

Na correria do dia a dia nos habituamos à demanda e respondemos a uma imensa quantidade de estímulos que fazem com que estejamos sempre em atividade, sempre com a cabeça a milhão.
Muitos diriam que precisamos “desacelerar”, “relaxar”, mas como um superdotado faz isso? Existe esse desacelerar ou essa é mais uma forma pela qual nos nomeiam inadequados e tentam impor um padrão irreal para nós?
Uma forma de descansar a cabeça é colocar a intenção e o foco em algo que nos traga prazer, como música ou a visita a um museu! Esses não são cenários de silêncio, mas de movimento interno. Os estímulos são muito: cheiro, textura, luz, som, pensamento... São convites a pensar com os olhos, sentir com a memória, criar conexões e explorar novas concepções de si e do mundo.
Museu não é luxo, especialmente para pessoas como nós, é respiro, contexto, liberdade de imaginar o que mais pode vir a ser possível.
Um mundo mais criativo se constrói com mais estímulos e menos padrão.

Qual foi o último museu que você visitou?

Muito se fala sobre inclusão, pouco se diz sobre quanto ela exige de nós!Não fosse a superdotação talvez as conversas pe...
22/05/2025

Muito se fala sobre inclusão, pouco se diz sobre quanto ela exige de nós!

Não fosse a superdotação talvez as conversas percorressem caminhos mais próximos do previsto e eu não teria aprendido a ler sutilezas que me fazem capaz de antecipar demandas, compreender cenários e traçar planos com tanta habilidade.
Sendo mães atípicas aprendemos todos os dias a valorizar as mais sutis trocas de olhar, perguntas inesperadas que entregam informações que não seriam ditas diretamente, silêncios que nos mostram caminhos.
Questionamentos não brotariam a todo tempo e sobre tanto, a escola seria um lugar tranquilo e as amizades fluidas. A vida não seria repleta de tantas mulheres-mães que viraram rede, colo, afeto e em muitos momentos te levaram pelas mãos quando seus pés já não aguentavam caminhar.
Não fosse a superdotação talvez eu estivesse preocupada com coisas triviais, como o ENEM ou a prática do esporte da moda e nunca percebesse quanto os espaços que se chamam inclusivos excluem, e como essa exclusão é disfarçada de boas intenções.
É possível que as comparações com outras mães repousassem no trivial e seus efeitos chegassem no máximo ao lanche da escola ou ao laço do cabelo não seria tão pensado cada passo, cada fala, cada mensagem.
Nunca foi fácil e nesse ponto eu já sei que talvez não venha a ser um dia. Ser superdotada e ter filhos superdotados me atravessa e transforma quase nunca com delicadeza, mas sempre com potência.
Eu desenvolvi pela vida uma imensa capacidade de luta, de transformar indignação e raiva em força e ação, aprendi a devolver ao mundo a minha raiva sob a forma de ações e transformação.
Não é uma escolha, essa sou eu e é a única forma que eu sei maternar.
Eu vou em grupo, de mãos dadas firmemente com mulheres que como eu carregam em si a potência do desajuste.
Eu sou porque nós somos e com certeza nossos filhos serão ainda mais porque carregamos juntas a liberdade deles serem quem são. Estamos aqui, juntas, construindo um mundo em que eles possam existir e persistir com menos dores do que as que vivemos.

Parece pesado porque esse trabalho não deveria ser feito apenas por você! Os cuidados, as decisões, o colo, o almoço, o ...
20/05/2025

Parece pesado porque esse trabalho não deveria ser feito apenas por você! Os cuidados, as decisões, o colo, o almoço, o lanche, o dente mole, os recados da escola, o material acabando... e tantas outras coisas são preocupações suas?
É cruel que a sociedade nos chame de guerreiras e espere que sozinhas sejamos capazes de dar conta de tudo. Sorrindo, claro! Agradecendo!
Maternar sem rede de apoio, sem pausa, sem escuta e sem espaço para si mesma é uma grande falha social.
Não está difícil porque você faz errado, mas por você estar sozinha nesse caminhar. A conta não fecha: o mundo cobra como se você tivesse ajuda e você não tem.
A maternidade atípica adoece pela falta de um sistema que seja acolhedor, receptivo e justo com mães e filhos, o que adoece é a solidão de sermos as únicas responsáveis quando a responsabilidade deveria ser compartilhada.
Só quem trás na pele essa marca sabe quanto é necessário para ser continente e oferecer afeto mesmo quando tudo o que se quer é silêncio, quietude e um tempo para si mesma.
A maternidade não é o problema mas a sociedade que isenta homens e é implacável com mulheres, sempre nos julgando falhas quando fazemos tanto com tão pouco.
A sociedade patriarcal diz que essas tarefas são “coisa de mãe”, isentando todos os outros sujeitos que deveriam compartilhar esse espaço de cuidado.
Ainda assim, tiramos recursos de onde não temos para sustentar vínculo, presença, escuta e garantir o desenvolvimento das nossas crianças. Ainda que estejamos exaustas construímos conexão e ofertamos condições para que nossas crianças existam em plenitude.
Não bastasse tudo o que já fazemos, arregaçamos as mangas tentando construir um mundo em que nossas filhas tenham o apoio que não tivemos.
Nós escolhemos estar, ainda que pouquíssimos tenham estado conosco!

Existem dias em que o tempo escorre por entre os dedos!Nem terminei o último gole do chá preto e a cabeça está acelerada...
07/05/2025

Existem dias em que o tempo escorre por entre os dedos!

Nem terminei o último gole do chá preto e a cabeça está acelerada organizando o caos da rotina do dia todo, talvez da semana ou da vida.
Tem natação? Preciso alinhar a reunião com a psiquiatra da paciente X. Mandei o laudo que fiz domingo? Será que a paciente de quarta a tarde ficou bem? Preciso falar com a escola e com a psicóloga de uma das crianças.
Maternidade não tem pausa, mãe não pode não ter tempo, tem que caber, alguém tem que pensar, planejar, fazer, dar conta... Não tem pausa, na maternidade atípica menos ainda.
Eu jamais romantizaria o cansaço, na verdade estou mais propensa a queimar os sutiãs, as agendas, os aplicativos, os cadernos de lição de casa e o maiô da natação. Cansa até o corpo doer e você sentir que precisa chorar uma tarde toda, mas não dá, melhor marcar depois das 21h com a amiga que teve problemas parecidos no mesmo dia.
A rotina engole, devora nossas possibilidades e caminhos, mas esse é um trabalho invisível. Dizem aqueles que nos querem dóceis que nascemos para isso.
Mesmo sabendo seguimos. Cuidar de alguém exige mais do que poderíamos supor antes de estar nesse lugar e tempo.
Cuidar de si também é urgente! Não o cuidar que te manda gastar com cosméticos, mas o que diz sobre impor limites, ser direta e honesta. Respeitar o que está sentindo e honrar quem você é ainda que ninguém entenda.
Vivemos em um sistema que exige das mulheres perfeição sem exaustão. Como? Algum homem vai aparecer para te explicar, não tenha dúvidas!
A maternidade precisa ser falada por mulheres, escute a elas, especialmente as cansadas, as que usam “sapatos” como os seus e percorrem caminhos parecidos.
Nós precisamos falar, ainda que seja xingando, mudança alguma nasce do silêncio. Precisamos escutar umas às outras, porque em grupo podemos muito mais!
Com as crianças afeto, para o mundo podemos levar nossa exaustão e colocá-la sentada no meio do coreto da praça.
Falar de quanto estamos exaustas não é falta de amor por nossos filhos, é a denúncia de um sistema que nos quer exaustas e incapazes de mudar o mundo.

A mãe sempre dá um jeito!Quem olha a dor de estar presente quando não se tem apoio?Quem abraça e cuida daquela que carre...
05/05/2025

A mãe sempre dá um jeito!

Quem olha a dor de estar presente quando não se tem apoio?
Quem abraça e cuida daquela que carrega a sobrecarga?
Quem percebe a sobrecarga e a imensa demanda que a mãe carrega?
A dor engolida todos os dias, porque a vida segue e se não fizermos as crianças perdem!
Quando todos falham, não podem ou não tem tempo, quem dá um jeito de estar presente?
A mãe, mulher, aquela que agenda o choro doído com a amiga para as 22:30h, quando dá para conversar e chorar largado porque as crianças já dormiram e não é mais preciso segurar a dor.
Eu sou Drummond e talvez por isso tenha também apenas duas mãos e o sentimento do mundo. Como o outro poeta, tenho um coração de carne que sangra todos os dias por mim mesma, pelos meus filhos e por cada uma das pessoas que acompanho, por cada um a quem dou as mãos e construo chão para que as crianças tenham solo firme para pisar em seguida.
Romantizar a maternidade faz doer ainda mais, faz com que não se possa dizer “está pesado”, não sei o que fazer, estou exausta... Romantizar adoece e eu achei a pesquisa que aponta com dados exatamente isso.
Existe um mundo todinho pronto para que nada disso mude, para que mães sigam silenciadas, silenciosas, sangrando.
A dor de lutar sozinha só diminui quando nos encontramos, quando temos entre mulheres um lugar seguro para estar, viver, rir e chorar!
A conta não fecha porque estamos dando conta de muita coisa, do trabalho de muita gente, da falta de um mundo que acolha e permita descansar sem culpa.
A criança precisa da mãe e paradoxalmente a mãe precisa de outras mães que entendam a sobrecarga e ofereçam pertencimento e cuidado.
Sejamos juntas, estejamos próximas, porque apenas uma mãe entenderia o que o silêncio diz, apenas uma mãe saberia oferecer à outra!

**a

Tem bicho que acolhe mais do que muita gente!A presença de um animal de afeto na vida da criança atípica pode ser um plo...
30/04/2025

Tem bicho que acolhe mais do que muita gente!
A presença de um animal de afeto na vida da criança atípica pode ser um plot twist. Um animal sensível “fala” pelo afeto, regula as emoções puxando a perna com a patinha no meio de uma crise, pede colo quando a angústia chega, ensina convivência na prática.
A neuropsicologia nos ajuda a entender, assim como a teoria do apego: um bom vínculo é solo fértil para a regulação emocional, cria solo firme para desenvolvermos novos comportamentos, explorar possibilidades de existir em espaços nunca antes pensados. Afeto constrói.
Com o animal a criança pode ser quem é, sem masking, pode errar e tentar quantas vezes for necessário até que chegue ao que pretende. Os sentimentos podem simplesmente existir sem passarem por juízo de valor ou julgamento.
O vínculo e o afeto que a criança e o animal desenvolvem costuma ensinar muito sobre empatia, o aprendizado acontece de maneira fluida e natural. Na relação silenciosa entre um pet e uma criança atípica existe espaço de experimentação e liberdade, sem a necessidade de “funcionar como todo mundo”.
Enquanto o mundo espera que padrões sejam cumpridos e silencia quem é diferente, os animais escutam com a plenitude de sua maciez, o carinho da umidade de seu focinho gelado, o brilho de seus olhos atentos e a graciosidade de suas orelhas que até mudam de posição para ofertar melhor escuta.
Animais sentem, com isso entendem o que boa parte da sociedade ainda se recusa a ver: que a neurodiversidade pode e deve ser respeitada e celebrada!

Cabeça que pensa muito sonha alto!A escolha de um livro para uma criança superdotada não obedece a recomendação etária d...
28/04/2025

Cabeça que pensa muito sonha alto!
A escolha de um livro para uma criança superdotada não obedece a recomendação etária da contracapa, para ser bastante honesta eu nem olho, abro o livro e penso se funciona para a demanda que tenho, se o tema é do interesse dos meus filhos.
Na escolha de livros somos subversivos como na vida, não temos regras a serem seguidas que não sejam pensar na adequação do tema aos interesses e se a complexidade é adequada à busca da criança. O brilho nos olhos é meu termômetro, a curiosidade que transborda, o jeito como mergulham em universos paralelos.
A imensa delícia é que com idades muito diferentes, tenho a sorte de passear entre temas, caminhando tanto por clássicos da ficção científ**a (olá Azimov!), investigações ou um mergulho profundo na história do mundo - o importante é que se sintam provocados e encontrem espaço para expressar suas emoções e ideias.
Uma das maiores delícias que tenho na maternidade é compartilhar a leitura!
Ler junto, conversar sobre o que foi lido, discordar dos personagens, rir das mesmas partes ou de coisas completamente diferentes, criar teorias insanas...
Compartilhar leitura e fantasia, emoções, é um caminho capaz de construir uma conexão potente que alimenta o cérebro e também o coração.
Quando a leitura vira ponto de encontro, ela deixa de ser conteúdo e cresce no afeto!
Existe força mais potente do que o afeto para construção e mudança no mundo?

Não deixe mais para depois.Já reparou como a ideia de felicidade foi sequestrada por um monte de regrassem contexto ou f...
25/04/2025

Não deixe mais para depois.
Já reparou como a ideia de felicidade foi sequestrada por um monte de regrassem contexto ou fundamento? Elas nos dão a impressão de que existe um roteiro pré-definido para seguir ao longo da vida, de preferência sem falhas, sem a necessidade de retomadas e recomeços, como se a felicidade estivesse disponível na linha de chegada.
Como f**a o caminho? A felicidade não estaria justamente no caminhar?
Muitos de nós aprenderam a crer na felicidade como recompensa a ser conquistada com muito esforço, o que além de ser exaustivo, funciona como uma armadilha. Esperar pela felicidade como um prêmio por mérito mantém todos sempre em uma busca insaciável por algo que nunca chega, sempre adiando o prazer para um futuro incerto.
Felicidade não precisa ser grandiosa para ser real, ela mora nas pequenas transgressões do cotidiano, na subversão de guardar um tempo para nós mesmas, no direito de dizer “não” sem culpa, na coragem de escolher caminhos porque fazem sentido mesmo rompendo com o que esperam de nós.
O que se crê felicidade, muitas vezes, é um ideal alienado e criado para nos manter encaixados em padrões que não levam em conta a diversidade, a subjetividade, a complexidade de ser humano, assim como serve ao propósito de manter a sociedade como é, sem mudanças sociais.
Como seria se começássemos a perceber a felicidade como um caminho e não um destino? Talvez ela sempre tenha estado por perto esperando que nossos olhares se cruzassem enxergando o agora.

Sabe aquele momento em que a cabeça pensa e a boca freia?Existem pensamentos impossíveis para conversas do dia a dia, su...
24/04/2025

Sabe aquele momento em que a cabeça pensa e a boca freia?
Existem pensamentos impossíveis para conversas do dia a dia, superficiais ou para relações superficiais. Alguns assuntos escapam ao grupo da escola, cabem apenas nos menores grupos, na troca olho no olho.
Algumas falas se perdem a partir do olhar de quem não tem interesse na troca verdadeira. Isso faz com que nós, mulheres superdotadas, aprendamos a moldar nosso discurso para sermos entendidas, para não passar dos limites possíveis, não deixar vazar o que não tem lugar. Trocamos profundidade por simpatia, evitamos temas que nos fariam parecer “complicadas demais” ou “intensas demais”.
Isso não acontece por falta de vontade de compartilhar, por falta de afeto. Na maior parte dos espaços, o que é complexo assusta, o que é diferente ainda precisa pedir licença para existir, quando pode.
Como resolve? Se você descobrir me conta!
O caminho possível é criar vínculos onde caibam as palavras que carregam quem somos. Construir espaços onde sejamos bem-vindas e a linguagem possa ser ponte, aproximar e criar trocas valiosas, afetivas, humanas e reais.
É preciso lembrar sempre que comunicar também é cuidado. A escuta e a troca honesta e carregada de afeto, ser possível falar sem a necessidade de performar, adaptar ou se encaixar em espaços onde não cabemos.
É importante valorizar o desejo genuíno de conexão, talvez a maior necessidade humana.
Pensar diferente não seria um fardo se houvesse respeito e celebração da diversidade, ela seria liberdade.

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