
19/08/2025
Lembro da primeira live que eu fiz: inseguro, nervoso pra b***o, sem clareza de quem eu era e do que eu realmente poderia oferecer.
As palavras mal saíam, o nervosismo tomou conta e, por mais que as ideias se conectassem… era muito difícil articular a fala com clareza e presença.
Não era falta de inteligência.
Nem de estudo. Nem de vontade.
Era algo que eu não via.
Um fantasma.
O fantasma do medo do julgamento.
Eu tinha medo de ser ridículo.
Do que iriam pensar de mim.
De parecer forçado.
De ouvir o riso dos conhecidos…
Muitos me viam como tímido, introspectivo… e eu acabei tomando essa identidade como verdade.
Mas era só uma fantasia.
Uma fantasia que não me servia mais.
Era só um enredo herdado.
Uma máscara segura pra não me expor.
Um escudo que, sem perceber, me impedia de pôr pra fora o que eu tinha que soltar.
Hoje, sentado diante de uma câmera e de um microfone, eu não me preocupo com desempenho, eu me desarmo. Cada palavra que, com coragem eu digo, é um corte na carne do velho André personagem.
O bom é que esse fantasma e personagem perdem a força quando a gente começa a falar.
E hoje eu falo por mim.
Por quem eu fui.
E por todos que ainda acreditam que precisam se moldar ou se esconder pra serem amados.
Ninguém nasce pronto, gente…
Mas todo mundo pode renascer.
André B.
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vocal