01/07/2025
Em meio ao constante fluxo de notícias sobre guerras e conflitos externos, somos imersos em dor e desespero, o que naturalmente nos impulsiona a reagir. Contudo, é crucial discernir onde e como direcionar essa energia. Não se trata de ignorar a realidade brutal, mas de exercitar uma maturidade psíquica: priorizar o reconhecimento e tratamento de nossas próprias “guerras internas” antes de reagir impulsivamente aos conflitos externos.
É como tentar apagar um incêndio distante enquanto nossa própria estrutura interna está em chamas. Absorver passivamente o caos externo sem priorizar o autoconhecimento e a autocura nos drena, fragiliza e impede de acessar nossa verdadeira potência.
O verdadeiro campo de batalha primário reside em nossa alma. As “guerras internas” – sejam conflitos entre desejos e medos, a luta contra padrões limitantes, traumas não resolvidos ou a busca por propósito e autenticidade – são as frentes onde devemos focar nossa atenção mais preciosa.
Ao olharmos para dentro com coragem e compaixão, tratando nossas feridas e desarmando nossas “bombas-relógio” emocionais, fortalecemo-nos e construímos um alicerce sólido para qualquer contribuição que possamos oferecer ao mundo. É nesse processo de reconhecimento e cura que nos capacitamos a manifestar nossa melhor versão.
Somente quando estamos mais inteiros, conscientes e alinhados com nossa essência, podemos abordar o externo de forma verdadeiramente construtiva.
A transformação do mundo não virá de uma energia dispersa e reativa, mas sim da lucidez, força e compaixão que nascem de uma psique pacificada. Uma alma que, por ter olhado e tratado suas próprias guerras interiores, irradia uma paz capaz de tocar e influenciar o todo.
Priorizar o interno não é um ato de egoísmo, mas de sabedoria fundamental para uma mudança genuína e duradoura.