02/02/2021
PLANEJAMENTO FLEXÍVEL
Já percebeu que é comum termos sentimentos contraditórios em relação à ideia de flexibilidade?
Ser flexível pode ser bom, porque nos permite uma maior adaptação, mas também nos faz questionar sobre a nossa responsabilidade.
Muitas vezes queremos ser fiéis a padrões, prazos e objetivos e não nos permitimos afastar do que planejamos inicialmente. Queremos ser perfeitos, queremos ser confiáveis.
Não tem nada de errado termos sentido de responsabilidade e comprometimento, mas será que, em alguns contextos, a falta de flexibilidade não engessa quem somos, ou até dificulta a busca de soluções?
Na navegação à vela, quando o vento sopra de frente para o barco e, portanto, contra o rumo definido, diz-se que navegamos à bolina. Neste tipo de situação, o barco não consegue seguir em linha reta, precisando fazer um trajeto em ziguezague, em função do rumo traçado (entre o ponto de partida e o ponto de chegada). Imagine uma linha reta (rumo) sobre a qual corre uma outra linha em ziguezague (trajeto feito) que ora se afasta, ora se aproxima dessa linha orientadora, progredindo ao longo desta.
Pensando nesta imagem para representar o caminho que definimos para alcançar os nossos objetivos de vida (pessoais, profissionais, etc), a partir do momento que saibamos onde queremos chegar e não perdendo de vista esse rumo, podemos flexibilizar alguns movimentos nesse trajeto, por forma a aproveitar os “ventos favoráveis” a essas realizações. Tal como um barco à vela.
Somos seres que têm limites (físicos, mentais e emocionais) e vivemos em contextos que têm diversas variáveis, as quais muitas não controlamos. Neste sentido, quando definimos objetivos, é importante atender a essas possíveis variações, sem perder o foco naquilo que desejamos alcançar. Não engessar nosso olhar perante as circunstâncias pois, por vezes, o vento mais favorável sopra um pouco ao lado dessa linha reta que traçamos em nosso planejamento.
Nesses desvios, é importante estabelecermos barreiras máximas e mínimas, as quais não devemos ultrapassar pois dessa forma sairemos do rumo, mas elas existem para que possamos buscar o trajeto mais favorável dentro do nosso plano.
A vida tem um movimento oscilatório, que quando nos permitimos sentir e acompanhar, potencializa as nossas realizações. A isso podemos chamar de fluxo. Estar no fluxo da realização não signif**a estar dentro de uma estrutura rígida, mas sim se movimentar como um pêndulo, dentro de uma linha orientadora, rumo aos nossos objetivos com sabedoria.