07/03/2023
Quando existe a necessidade de antecipação de um parto, em geral devido a uma razão médica associada a complicações de saúde da gestante ou bebê, se não existe urgência, alguns métodos medicamentosos podem ser utilizados para induzir que trabalho de parto se inicie, visando o parto vaginal.
De acordo com o Ministério da Saúde, a indução é uma prática aceitável e recomendável quando há indicação, e pode inclusive evitar resultados desfavoráveis para a mãe ou o bebê, além de uma cesárea desnecessária e suas possíveis consequências.
Antes da indução ser efetivamente realizada, o ideal é tentar alguns métodos de preparo do colo do útero, que vão ajudar a deixá-lo mais amolecido e um pouco dilatado, para facilitar a dilatação que acontecerá quando as contrações ficarem ritmadas.
Existem maneiras farmacológicas e não farmacológicas de realizar esse preparo. Dentre os métodos não-farmacológicos estão o descolamento de membranas (que pode ser complementado com alguns pontos de acupuntura) e o uso do balão intracervical. O método farmacológico consiste no uso de prostaglandinas via vaginal.
Colo preparado, a indução continua com o uso da ocitocina intravenosa, um hormônio sintético que provoca as contrações. Sua dose deve ser minuciosamente controlada para ser a dose mínima necessária para que a mulher tenha 3 contrações em cada 10 minutos, que é o ritmo ideal e fisiológico das contrações do trabalho de parto. Quando as contrações se regularizam, assim que possível é realizada a ruptura da bolsa, pois isso ajuda o corpo da mulher liberar a ocitocina endógena.
A indução só é contra-indicada quando há uma contra-indicação ao parto normal, como em casos onde o bebê não está bem ou casos de algum outro impeditivo para que o parto aconteça
Importante lembrar que a mulher deve ser informada, esclarecida e concordar com o procedimento.
Georgia Santana
Mãe da Alícia e da Laura ❤️❤️
Doula e Educadora Perinatal
Cir Dentista- Consult. em Amamentação