
29/05/2025
✨Carl Rogers dizia que o crescimento psicológico acontece quando alguém se sente aceito e compreendido em sua totalidade — sem máscaras, sem julgamento. Para que isso aconteça, é preciso haver espaço seguro, onde o outro possa ser quem é. E essa segurança não nasce da perfeição, mas da congruência: quando o que se sente, o que se pensa e o que se expressa estão em harmonia.
Na prática, responsabilidade afetiva significa olhar para o outro como pessoa inteira — não como extensão do próprio desejo, nem como refém do que não se consegue dizer. É ter coragem de comunicar limites com honestidade, de sustentar conversas difíceis, de não desaparecer diante da vulnerabilidade alheia. É escutar com presença, sem querer consertar, corrigir ou fugir.
A Gestalt-terapia nos ensina que o encontro verdadeiro acontece no aqui e agora. Quando evitamos dizer o que sentimos, deixamos lacunas. Quando fingimos um querer que não existe, criamos rupturas futuras. Mas quando nos posicionamos com clareza, mesmo que doa, estamos cuidando — de nós, do outro e do vínculo.
Responsabilidade afetiva, então, não é um peso que se carrega, mas uma forma ética e sensível de estar no mundo com os outros. É dizer: “eu te respeito o suficiente para ser claro” e “me respeito o suficiente para ser inteiro”.
Numa cultura que muitas vezes confunde desejo com posse, e afeto com carência, a responsabilidade afetiva é um convite a cultivar relações baseadas em presença, escuta e liberdade. Onde não há manipulação, mas sim diálogo. Onde não há cobranças veladas, mas autenticidade. Onde não há promessas vazias, mas presença viva. 🌈💚