Consultório de Psicologia Fernanda Gregório-Psicóloga Clínica CRP 06/59554

Consultório de Psicologia Fernanda Gregório-Psicóloga Clínica CRP 06/59554 Atendimento Psicológico online a adolescentes e adultos. Abordagem Psicanalítica.

12/07/2025
Estarei de férias por alguns dias, do dia 11/7 a 25/7, e quero compartilhar algumas reflexões antes dessa breve pausa.Pa...
10/07/2025

Estarei de férias por alguns dias, do dia 11/7 a 25/7, e quero compartilhar algumas reflexões antes dessa breve pausa.
Pausar também é cuidado. Assim como nosso corpo precisa de descanso, nossa mente e nossos afetos também se beneficiam quando desaceleramos, silenciamos um pouco o ruído do mundo e nos permitimos simplesmente ser.
O descanso não é ausência de compromisso, mas um compromisso profundo com o nosso bem estar, e sim, como profissionais de saúde mental, precisamos dessa pausa para repor energias e voltar a acolher cada paciente com ética, responsabilidade, afeto e cuidado.
Quando o psicólogo sai de férias algumas angústias por parte dos pacientes emerge e temos que refletir sobre o processo construído de cada um. As ferramentas internas que se desenvolvem ao longo do processo não desaparecem nas pausas, elas seguem vivas, pulsando em cada gesto de cuidado consigo, em cada escuta mais atenta de si mesmo.
E sigamos nos olhando com generosidade, nos escutando com paciência e nos acolhendo com afeto, pois o trabalho interno continua, ainda que de forma mais silenciosa, quando nos autorizamos a cuidar de si.
Hoje ainda me encontro, online, junto ao processo de cada um no atendimento psicológico e nas postagens e trocas tão ricas com cada seguidor, sempre com gratidão.
Cuidem-se. Se acolham.
Até dia 28/7 energizada.
Abraços dessa psi.

Fernanda Candida Gregório
Psicóloga Clínica - CRP: 06/59554

*(lembrando que nenhum texto substitui a psicoterapia)

Não, não é egoísmo querer ser feliz.Durante muito tempo, fomos ensinados a acreditar que pensar em si mesmo é egoísmo, q...
08/07/2025

Não, não é egoísmo querer ser feliz.
Durante muito tempo, fomos ensinados a acreditar que pensar em si mesmo é egoísmo, que colocar a própria felicidade como prioridade é sinal de individualismo ou falta de empatia, mas a verdade é que ninguém pode oferecer ao outro aquilo que não tem. Cuidar de si não é se isolar do mundo, mas é a base para qualquer relação saudável com o outro.
Na perspectiva psicanalítica, o sujeito se constitui a partir da relação com o outro, mas isso não signif**a que ele deva anular seus próprios desejos em função de agradar ou “salvar” o próximo. Quando tentamos nos responsabilizar pela felicidade de quem está ao nosso redor, muitas vezes deixamos de escutar a nossa própria falta, nosso próprio desejo e isso acarreta em ressentimento, esgotamento, angústia.
A felicidade não é um destino fixo, mas uma construção subjetiva, íntima e singular. Cada sujeito tem seu próprio tempo, sua história e sua maneira própria de encontrar sentido na vida e ninguém pode caminhar, viver no lugar do outro.
Colocar-se em primeiro lugar não é ignorar o sofrimento alheio, mas é reconhecer que só se pode sustentar o cuidado com o outro quando há alguma sustentação interna. Cuidar de si é também um ato ético, é sair da lógica do sacrifício silencioso e entrar numa escuta mais autêntica de si mesmo.
Não nos culpemos por buscar nossa felicidade, não é egoísmo, é coragem, é maturidade emocional, é um gesto de amor por si e, assim também, pelos outros.
Amor próprio. Cuide-se.
Ótimo dia.
*(lembrando que nenhum texto substitui a psicoterapia)
Texto: Fernanda Candida Gregório- Psicóloga Clínica- CRP: 06/59554


Começa mais uma semana.E com ela, a chance de recomeçar, ainda que seja ou não a partir do mesmo lugar.Vem aí um novo ci...
07/07/2025

Começa mais uma semana.
E com ela, a chance de recomeçar, ainda que seja ou não a partir do mesmo lugar.
Vem aí um novo ciclo de oportunidades e possibilidades, mesmo que sutis, pequenas, mas são suas possibilidades .
Pode não ser algo grandioso, mas aquele pequeno passo, aquela conversa adiada, aquele cuidado que você vinha deixando para depois.
Cuidar da saúde mental e física não é luxo , é sobrevivência, é amor por si, é dizer sim para uma pausa, para um olhar gentil no espelho, para um corpo que sente, que pede descanso ou movimento, é reconhecer que não estamos bem o tempo todo e que tá tudo bem não estar bem o tempo todo.
Permitir-se viver com mais presença talvez seja o maior presente, mas não é fácil todos os dias e isso não nos faz fracos, nos faz humanos.
A vida não é igual para todos.
As 24 horas de cada pessoa carregam histórias, demandas, silêncios, sobrecargas, afeto e isso nos torna únicos, a vida individual a cada um.
Que essa nova semana seja menos sobre perfeição, e mais sobre respeito, menos sobre cumprir expectativas, e mais sobre acolher seus próprios limites, menos sobre o que esperam de nós, e mais sobre o que nós precisamos hoje.
Vamos lá com um passo por vez. Da forma como se pode e consegue.
Ótima semana.
*(lembrando que nenhum texto substitui a psicoterapia)
Texto: Fernanda Candida Gregório- Psicóloga Clínica- CRP: 06/59554



Há dias em que o céu escurece cedo, o vento sopra mais forte, a garoa fina insiste em cair. Nessas paisagens cinzentas, ...
03/07/2025

Há dias em que o céu escurece cedo, o vento sopra mais forte, a garoa fina insiste em cair. Nessas paisagens cinzentas, nosso corpo desacelera, nossos pensamentos mergulham mais fundo e, muitas vezes, nossa sensibilidade se acentua.
É comum sentirmos um certo desânimo, uma melancolia sutil ou até uma vontade maior de nos recolher. O frio e a ausência de luz solar influenciam, sim no nosso humor e há fatores biológicos envolvidos, como a queda na serotonina, mas também há aspectos subjetivos, memórias e emoções que se despertam em dias assim.
Esses dias precisam ser vividos, não apenas suportados, mas acolhidos. Eles nos convidam a olhar para dentro, a nos escutarmos com mais atenção, a desacelerar o ritmo apressado que muitas vezes nos esgota. O recolhimento não precisa ser sinônimo de isolamento, mas pode ser cuidado, pode ser pausa, pode ser silêncio que cura.
Porém além dessa questão, há uma dimensão social que não podemos ignorar como profissionais de saúde mental e seres humanos, o frio e a chuva, que para alguns são incômodos passageiros, para outros são ameaças à vida. Pessoas em situação de rua enfrentam essas temperaturas sem abrigo, sem proteção, sem o mínimo de dignidade e é impossível falar de saúde mental ignorando as condições materiais da existência, de sobrevivência, de vida.
A preocupação com a saúde mental também é olhar para quem não tem um cobertor, um prato de sopa quente ou um lugar seguro onde se abrigar, é ampliar o cuidado de dentro para fora, do individual para o coletivo.
Que possamos viver esses dias com consciência e responsabilidade.
E que nossos gestos, mesmo pequenos aqueçam a nós que temos uma condição mais privilegiada e a quem nesse momento de vida necessita do olhar e ajuda do outro, sejamos nós cidadãos, sejam as políticas públicas de cada cidade nesse cuidar e acolher.
Falar de saúde mental é falar do todo.
Cuidemos de nós e do outro.
*(lembrando que nenhum texto substitui a psicoterapia)
Texto: Fernanda Candida Gregório- Psicóloga Clínica- CRP:06/59554

Ninguém é o mesmo para sempre, ao ler essa frase há tanta verdade.Mudamos, nos transformamos diariamente e não por capri...
02/07/2025

Ninguém é o mesmo para sempre, ao ler essa frase há tanta verdade.
Mudamos, nos transformamos diariamente e não por capricho, mas pelo próprio existir. A vida pulsa em movimento, o tempo nos atravessa e assim vamos passando por nós mesmos.
Na psicologia, sob o olhar da psicanálise, falamos de um sujeito em construção, nunca pronto, sempre em processo que carrega marcas da infância, desejos inconscientes, ausências e excessos. Somos afetados pelo outro, pelas experiências, pelas escolhas e até mesmo pelas dores que não desejamos sentir.
O “eu” de ontem já se despediu silenciosamente e o “eu” de hoje é permeado por novas perguntas, mas e nosso "eu" de amanhã? Ah, ao amanhã cabe a outro dia, que virá com outras palavras, outras formas de amar, de lembrar, de existir.
Transformar-se não é fraqueza, é vitalidade, é reconhecer que crescer exige se despedir de versões de si mesmo que não mais nos representam, é aceitar que há coisas que não cabem mais, que há pessoas que irão partir, sonhos que não nos servem mais e tudo isso dói, mas também liberta.
Ninguém é o mesmo para sempre e ainda bem, pois sempre há a chance de recomeçar a cada encontro, a cada lágrima, a cada silêncio escutado com profundidade, a cada acontecimento da vida. Nós mudamos porque viver é também renascer, mesmo nos dias em que tudo parece ruína, renascemos.
Nossa psique é um rio que flui e nosso inconsciente, um terreno fértil onde nascem imagens, desejos, fantasmas e poesia, tudo que já está dentro de nós. E não ser o mesmo é, no fundo, um convite para se escutar de novo, se acolher de outra forma, se reinventar com mais verdade e assim, entre despedidas e novas descobertas, seguimos inacabados, humanos, vivos.
Sendo nós mesmos como somos, podemos e conseguimos.
Boa tarde !!!!
*(lembrando que nenhum texto substitui a psicoterapia)
Texto: Fernanda Candida Gregório- Psicóloga Clínica- CRP: 06/595548



Infância, sempre importante falar sobre, ela vive em cada um de nós. Existem palavras que não apenas educam, elas curam....
01/07/2025

Infância, sempre importante falar sobre, ela vive em cada um de nós. Existem palavras que não apenas educam, elas curam. Frases como “você tem o direito de sentir raiva”, “chorar não é fraqueza”, “não precisa agradar para ser amado” não são apenas falas, são reparações. Elas interrompem ciclos de silenciamento, de vergonha, de obediência cega. Elas dizem que podemos ser inteiros, e ainda assim, sermos amados.
A psicologia nos mostra que o modo como falamos com nossas crianças interfere não apenas na autoestima delas, mas também na percepção de mundo que elas irão apreender. Quando dizemos a uma criança que “homem também chora”, estamos libertando os meninos da prisão emocional que tantas vezes se transforma, no futuro, em violência ou isolamento. Quando dizemos a uma menina que “não precisa ser boazinha para ser respeitada”, estamos dizendo que ela pode colocar limites firmes e não ter medo de dizer “não”.
Cada frase que verbalizamos é um reforço contra a repressão, contra o machismo, contra o medo de errar, contra a vergonha de sentir.
Educar com liberdade é dar às crianças o direito de existir com autenticidade, é ensinar que coragem não é nunca errar, é ter humildade para reconhecer o erro, é dizer que os sentimentos não nos tornam fracos, mas humanos, é lembrar que ninguém precisa esconder quem é para ser aceito.
Essas frases não são apenas "bonitas", elas são necessárias porque crianças ouvem com o corpo, com a alma, com a memória e aquilo que dizemos a elas, ou que deixamos de dizer, ecoa por uma vida inteira.
Digamos a elas, crianças, digamos a nós, adultos que temos dentro de nós crianças interiores que pedem um lugar, um espaço. Que possamos dizer e ser.
Ótima terça.
*(lembrando que nenhum texto substitui a psicoterapia)
Texto: Fernanda Candida Gregório- Psicóloga Clínica- CRP: 06/59554



Vivemos tempos em que a resposta rápida virou quase uma prova de amor.Estar online, visualizar, responder imediatamente,...
27/06/2025

Vivemos tempos em que a resposta rápida virou quase uma prova de amor.
Estar online, visualizar, responder imediatamente, parece que tudo isso ganhou o peso de um “estou aqui para você”, mas estar para si mesmo será que realmente estamos ? Será que estar sempre disponível é realmente possível? Será que é saudável?
A lógica da hiperconectividade nos coloca em um estado de prontidão permanente. Como se não responder de imediato fosse sinal de desinteresse, desatenção ou até descaso, mas esquecemos que não estamos, o tempo todo, emocional ou fisicamente disponíveis.
Tem dias em que estamos cansados, em silêncio, em pausa, vivendo algo que exige presença em outro lugar, no corpo, no pensamento, na alma.
Responder no nosso tempo, com consciência, pode ser um gesto de autocuidado. Dizer “agora não posso” ou “mais tarde eu falo com você” é reconhecer nossos limite e também respeitar o outro o suficiente para não responder por obrigação ou de forma automática.
Afeto não se mede em segundos, disponibilidade não se resume à conexão por wi-fi. Cuidar de si é, muitas vezes, demonstrar limites entre o dentro e o fora, entre o urgente e o importante, entre o que posso agora e o que precisa esperar.
Responder no nosso tempo não é ausência de amor e muitas vezes, é a forma mais sincera de presença.
Tudo no seu tempo. Se respeite.
Ótima sexta e bom fim de semana.
*(lembrando que nenhum texto substitui a psicoterapia)
Texto: Fernanda Candida Gregório- Psicóloga Clínica- CRP: 06/59554



Quantas vírgulas temos colocado onde cabe um ponto final?Essa frase traz uma reflexão à pausa, ao questionamento e, porq...
26/06/2025

Quantas vírgulas temos colocado onde cabe um ponto final?
Essa frase traz uma reflexão à pausa, ao questionamento e, porque não, à coragem para se viver.
Na vida, há momentos que exigem continuidade, compreensão, respiro, mas há outros que pedem encerramento. Encerrar ciclos, relações, vínculos, padrões e colocar um ponto final não é sinônimo de fracasso, é sinal de amadurecimento emocional.
No espaço terapêutico vemos com frequência o sofrimento de se sustentar o insustentável. Relações que já se esgotaram, trabalhos que adoecem, hábitos que machucam, repetições que aprisionam e, ainda assim, segue-se colocando vírgulas, adiando o fim já presente, um suspiro antes do abismo, um medo de perder algo que, na realidade, já não existe mais.
E esse ponto final difícil, quando bem colocado, não destrói, ele organiza, ele dá espaço para o novo, ele resgata nossa dignidade e diz chega, o que pode ser o início de uma nova forma de se relacionar com o mundo e principalmente conosco.
Revisar o texto de nossa vida, conseguir perceber onde há pausas demais, onde há parágrafos que se repetem e começar a escrever com mais honestidade nossa vida, colocando ponto final onde sabemos já existir um fim é permitir que novos capítulos possam começar.
Recomecemos. É difícil, doído, mas necessário para o prosseguir de uma vida mais plena.
Reflexão de uma quinta feira.
*(lembrando que nenhum texto substitui a psicoterapia)
Texto: Fernanda Candida Gregório- Psicóloga Clínica- CRP: 06/59554


Essa frase de Carpinejar, "A data de nascimento devia ser sempre atualizada, pois nascemos muitas vezes depois" é forte ...
25/06/2025

Essa frase de Carpinejar, "A data de nascimento devia ser sempre atualizada, pois nascemos muitas vezes depois" é forte e simbólica e nos convida a pensar sobre os muitos renascimentos que experienciamos ao longo da vida.
Na psicanálise, o nascimento não se reduz ao evento biológico, ele é também simbólico, subjetivo e repetido. Nascemos quando conseguimos elaborar um luto, quando rompemos com repetições que nos aprisionavam, quando ousamos ser diferentes do que esperavam de nós. Há quem passe anos vivendo pela visão dos outros tentando corresponder, agradar, adaptar-se e só muito tempo depois encontra, enfim, uma forma mais autêntica de viver.
Em certos momentos, uma dor que se torna palavra, um trauma que ganha sentido, ou uma escolha que afirma o desejo marcam um verdadeiro nascimento psíquico e é quando deixamos de sobreviver para, enfim, viver, que é o que precisamos.
O amadurecimento nem sempre acompanha o calendário, há processos internos que se dão em tempos muito individuais. O verdadeiro nascimento, para cada um a sua maneira, vem com a maternidade, com uma separação, uma perda, uma análise, uma cura, um encontro ou um reencontro.
Essa frase é um convite à escuta de si mesmo, um questionamento de que momento eu realmente nasci para mim, ou quantas vezes eu precisei nascer de novo para seguir vivendo?
No espaço terapêutico escutamos pacientes que chegam tomados por angústias antigas e, no decorrer do processo analítico, encontram pela primeira vez a sua história, uma nova forma de existir e ali, no silêncio escutado e na palavra dita, uma nova vida começa.
Porque nascer não é só sair do útero, é também, e talvez sobretudo, sair daquilo que nos mantinha presos.
Busque um processo terapêutico. Cuide-se.
Ótima quarta.
*(lembrando que nenhum texto substitui a psicoterapia)
Texto: Fernanda Candida Gregório- Psicóloga Clínica- CRP: 06/59554

(frase/imagem)

24/06/2025

"Como você pode estar atrasado na vida se a vida é só sua?"
Essa frase, num vídeo simples, uma criança ao vento, em movimento, dentro de um trem, traz uma pergunta essencial, de quem é o tempo que vivemos?
Vivemos cercados por metas, cronogramas e fases da vida supostamente “certas”. Aos 20, tal coisa, aos 30, outra, aos 40, já passou. E assim, sem perceber, vamos medindo nossas vidas com réguas que não nos pertencem.
Na Psicanálise, aprendemos que o tempo do sujeito não é o tempo do relógio. Existe o tempo interno, o tempo do desejo, das elaborações psíquicas, das dores que amadurecem devagar e dos sonhos que florescem quando podem, não quando se quer.
Estar “atrasado” pressupõe que existe um caminho único, uma linha reta, um modelo ideal, mas a vida não é uma planilha, é uma encruzilhada, não é competição, é uma travessia. E nesse caminho, a comparação constante pode se tornar uma forma de violência a si mesmo.
Talvez a criança no vídeo represente isso, um momento de entrega, vento no rosto, conexão com o presente. Uma linda imagem que convida à liberdade de ser, no próprio tempo, no próprio ritmo, no seu caminhar.
Na clínica, frequentemente escutamos, “deveria estar em outro lugar”, “deveria ter feito mais”, mas quem disse que esse lugar não é exatamente o que precisamos habitar agora?
A vida é nossa, de cada um, não existe atraso quando você é quem caminha.
E f**a a pergunta se a vida é nossa, para onde realmente temos caminhado e prosseguido?
Reflexão de uma terça feira. Ótimo dia.
*(lembrando que nenhum texto substitui a psicoterapia)
Texto: Fernanda Candida Gregório- Psicóloga Clínica- CRP: 06/59554
(video/página)

Vivemos a era da padronização, a era da estética, da busca por um “eu ideal” que parece estar sempre inatingível.É a era...
23/06/2025

Vivemos a era da padronização, a era da estética, da busca por um “eu ideal” que parece estar sempre inatingível.É a era dos filtros, dos procedimentos em série, das cirurgias agendadas antes mesmo do desconforto se tornar consciente.Não é uma crítica a quem escolhe ou precisa de mudanças no corpo, cada um conhece sua dor, sua história, seus desejos, a questão aqui não é a escolha individual, mas a questão coletiva que temos vivido, por que tantos, ao mesmo tempo, sentem que não são bons o suficiente como são, porque o olhar sob si segue com tantos julgamentos, um olhar de dor, de insatisfação.
A resposta talvez esteja em um contexto que valoriza mais a aparência do que a essência.Corpos “perfeitos”, vidas “perfeitas”, relacionamentos “perfeitos", tudo postado, curtido e compartilhado.E assim a subjetividade se perde, o sentir se silencia, e o sofrimento se adapta à estética que a sociedade impõe.
Essa cultura do excesso, de retoques, intervenções, transformações, muitas vezes escancara uma dor mais profunda, a dificuldade de se aceitar, de se reconhecer na própria imagem, de se sentir pertencente num mundo que cobra que sejamos iguais, padrão, como ser singular e único fosse um erro a ser corrigido.
A saúde mental sofre, a autoestima se torna frágil, condicionada à validação externa.Transtornos de imagem, ansiedade, depressão, compulsões e distúrbios alimentares crescem silenciosamente, mascarados por sorrisos impecáveis e corpos "em dia", mas o que realmente é um corpo "em dia" ?
É importante refletir, o que estamos tentando esconder ou apagar em nós com tantas mudanças?Que tipo de dor estamos anestesiando com cada novo procedimento?E, principalmente, quem seríamos se nos permitíssemos sermos apenas nós mesmos?
Essa não é uma crítica moral, mas um convite a se olhar com menos julgamento, mais consciência, menos padrão, mais acolhimento.
Precisamos construir uma estética mais ampla, que abrace o humano em sua complexidade com rugas, curvas, cicatrizes e histórias.
Somos esse todo, com nossas histórias, nosso formato, nossa aparência, nosso modo único de ser.
Que possamos ser.
Ótima semana.
*(lembrando que nenhum texto substitui a psicoterapia)

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