Clínica Julio Peres

Clínica Julio Peres Julio Peres é psicólogo com trinta anos de experiência clínica e neurocientista.

Ao compreender os significados estamos a um passo de dissolver o sintoma...Por meio das palavras, nos organizamos e trad...
07/07/2025

Ao compreender os significados estamos a um passo de dissolver o sintoma...

Por meio das palavras, nos organizamos e traduzimos as sínteses do que pensamos.

Também por isso, grande parte das abordagens psicoterápicas faz uso das palavras faladas e escritas como portas de saída deste mundo “indescritível” (sem representações).

Quando alguém fala ou escreve sobre a sua experiência pessoal, está ali, representando códigos associados à memória do que ocorreu.

Nesse processo, construímos, reconstruímos significados e descobrimos novas versões do episódio ao qual nos referimos, por isso, o olhar sobre a etimologia de algumas palavras, pode ajudar significativamente na recomposição do bem-estar.

Sigmund Freud, sabiamente, muito antes dos estudos neurocientíficos, postulou que o “afeto” sem “significado” pode gerar sintomas e, quando essa integração acontece, os sintomas se atenuam ou mesmo se dissolvem.

À medida que nomeamos as ocorrências dolorosas, conseguimos atribuir significados preliminares às vivências pessoais, e depois, ressignificá-las em novas edições/atribuições saudáveis.

As palavras viabilizam a comunicação conosco e com o entorno; por tanto, quanto mais precisos forem os significados das palavras, mais facilmente conseguiremos não só nos compreender, mas também escolher outras possibilidades para existir! 🙏🏻

Você costuma saber o significado de fato das palavras que utiliza para se expressar? Deixe aqui nos comentários! 👇🏻

Você já ouviu falar de pessoas que estão deixando de consumir refrigerantes — como a Coca-Cola — apenas substituindo por...
17/06/2025

Você já ouviu falar de pessoas que estão deixando de consumir refrigerantes — como a Coca-Cola — apenas substituindo por água com cápsulas de sabor?

Recentemente dei uma entrevista ao Portal Terra para falar um pouco sobre este assunto, e como psicólogo clínico e neurocientista, posso afirmar: sim, esse fenômeno é plausível e tem base científica.

Quando uma experiência sensorial, mesmo parcial, ativa memórias afetivas, sistemas de recompensa e associações projetivas, o cérebro pode “preencher as lacunas” e reconfigurar vínculos compulsivos. É o mesmo princípio de fenômenos como o priming e o efeito placebo, ambos extensivamente estudados nas neurociências.

Por trás do simples gesto de abrir uma garrafinha e sentir um aroma familiar, existe um sistema complexo de memórias e expectativas ativadas — que, com repetição e intenção, podem ajudar no processo de dessensibilização de vícios.

Ainda assim, é importante lembrar: o sucesso dessas estratégias depende da consciência, da repetição e da intenção de mudança.

E você, já tentou substituir algum hábito assim? Me conta aqui nos comentários!

Cuidar do bem-estar das equipes pode (e deve) ser simples, acessível e adaptado à realidade de cada empresa…As soluções ...
06/06/2025

Cuidar do bem-estar das equipes pode (e deve) ser simples, acessível e adaptado à realidade de cada empresa…

As soluções estão tanto na tecnologia quanto na atitude.

As Pausas RV que realizamos, atuam como verdadeiras “mini-férias no expediente” no mundo acelerado da produtividade.

Como psicólogo e neurocientista, criei este método inovador para promoção do bem-estar dos colaboradores das empresas. Por meio de roteiros específicos, trilhas sonoras hipnóticas e cenas peculiares de natureza em realidade virtual, elas liberam os circuitos neurais sobrecarregados, reduzem o estresse e restauram o equilíbrio mental, o tônus vital e a boa disposição.

A realidade virtual proporciona um diferencial valioso, a atenção plena, difícil de ser alcançada em meio às pressões, muita afazeres e hiperconectividade, além das distrações constantes do ambiente físico.

Temos observado, em várias empresas, o efeito claro e consistente de os colaboradores se sentirem genuinamente cuidados pela organização, como bons pais que cuidam de seus filhos.

É uma estratégia inteligente de prevenção ao burnout, que impulsiona o bem-estar, a produtividade sustentável e a satisfação de forma longeva.

Como sua organização tem cuidado, de forma cotidiana, da saúde mental dos colaboradores?

Ninguém está preparado para receber a notícia da morte de quem ama. E poucos se sentem prontos para comunicar essa notíc...
05/06/2025

Ninguém está preparado para receber a notícia da morte de quem ama. E poucos se sentem prontos para comunicar essa notícia a alguém.

Mas existe uma forma de fazer isso de maneira mais humana, acolhedora e respeitosa.

Ao longo dos meus anos de prática clínica e pesquisas, percebi que comunicar uma perda não é apenas informar um fato — é, sobretudo, um ato de amor, consciência e cuidado.

✔️ A escuta, o silêncio, a clareza, o acolhimento e, quando possível, a espiritualidade, se tornam recursos poderosos para transformar esse momento de dor em um espaço de conexão e reorganização emocional.

✨ A espiritualidade, por exemplo, tem se mostrado um fator de proteção psíquica, oferecendo suporte no enfrentamento do luto, não como negação da dor, mas como uma ponte para significar a continuidade do amor e da existência.

Por isso, compartilho no post de hoje quatro passos essenciais que podem ajudar quem passa por essa difícil missão.

➡️ Salve este conteúdo. Pode não ser pra agora, mas certamente será valioso em algum momento da vida. E compartilhe com quem precisa.

💬 E me conta aqui: você já viveu uma situação como essa? Como foi pra você?

🔎 Referências bibliográficas:

Peres, J.F., et al. (2007). Spirituality and resilience in trauma victims. Journal of Religion and Health, 46(3), 343–350.

Peres, J.F., et al. (2007). Espiritualidade, religiosidade e psicoterapia. Revista de Psiquiatria Clínica, 34(supl. 1), 136–145.

Peres, J.F., et al. (2012). Neuroimaging during trance state: a contribution to the study of dissociation. PLoS ONE, 7(11), e49360.

Baile, W. F., et al. (2000). SPIKES—a six-step protocol for delivering bad news: application to the patient with cancer. The Oncologist, 5(4), 302–311.

Rabow, M. W., & McPhee, S. J. (1999). Beyond breaking bad news: how to help patients who suffer. Western Journal of Medicine, 171(4), 260–263.

Narayanan, V., et al. (2010). ‘BREAKS’ protocol for breaking bad news. Indian Journal of Palliative Care, 16(2), 61–65.

Engajamento e bem-estar não são opostos…A ciência já comprova que ambientes saudáveis emocionalmente são mais produtivos...
30/05/2025

Engajamento e bem-estar não são opostos…

A ciência já comprova que ambientes saudáveis emocionalmente são mais produtivos, e que a coerência entre discurso e prática é um pilar essencial para a retenção de talentos.

A neurociência organizacional é uma área relativamente recente que aplica os conhecimentos sobre as dinâmicas cerebrais para aprimorar algumas práticas de gestão, liderança e cultura empresarial.

O mais importante objetivo é compreender como diversos fatores (eventos estressores, motivação, reconhecimento, segurança psicológica, ente outros) influenciam os comportamentos dos colaboradores e, consequentemente, o clima e o desempenho organizacional.

Já sabemos há muito tempo que os cuidados dos ambientes laborais se relacionam com a promoção do bem-estar emocional, e, atualmente, estamos conhecendo mais detalhadamente alguns desdobramentos importantes a partir das contribuições neuro científicas.

Pesquisas indicam que ambientes que favorecem a colaboração e o reconhecimento ativam neurotransmissores como dopamina e serotonina, associados ao prazer e à motivação, resultando em maior engajamento e produtividade.

Mas não basta saber disso — é preciso colocar em prática com coerência. A resposta está no alinhamento entre cultura organizacional e valores individuais.

Quando há coerência entre o que a empresa oferece e o que os colaboradores buscam, o salário emocional se torna um diferencial competitivo.

O desafio está em agir com consistência e sensibilidade.

Como a sua empresa tem demonstrado coerência entre valores comunicados e práticas reais? Deixe sua reflexão ou exemplo nos comentários.

Não é mais possível dissociar o sucesso de uma empresa do bem-estar de quem nela trabalha…O chamado “salário emocional” ...
28/05/2025

Não é mais possível dissociar o sucesso de uma empresa do bem-estar de quem nela trabalha…

O chamado “salário emocional” tem se tornado um pilar central para a permanência de talentos e a construção de culturas organizacionais saudáveis e duradouras.

Diferente do salário tradicional (remuneração monetária), atua sobre dimensões subjetivas da experiência de trabalho, influenciando a motivação intrínseca, a saúde mental, a satisfação e a retenção de talentos.

A pauta amplia para as necessidades psicológicas, sociais e existenciais dos colaboradores, como cuidados psicológicos, reconhecimento, propósito, autonomia, e apoio ao desenvolvimento saudável global, impactando fortemente a prevenção de adoecimentos psíquicos no trabalho.

São exemplos práticos de salário emocional: reconhecimento autêntico e valorização pessoal; cultura de respeito, escuta ativa e segurança psicológica; cuidados à saúde mental (programas de bem-estar, como “Pausas RV”); oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional; propósito claro e alinhamento com valores humanos; estímulo à criatividade, inovação e autonomia.

Investir em bem-estar é investir em produtividade ganha-ganha e florescimento saudável de todos. O cuidado genuíno se torna, assim, um ativo estratégico!

Como sua empresa tem estruturado esse cuidado no dia a dia? Compartilhe nos comentários!

Você sabia que os cães de suporte emocional são aliados silenciosos, mas bastante poderosos?Na entrevista concedida à CN...
19/05/2025

Você sabia que os cães de suporte emocional são aliados silenciosos, mas bastante poderosos?

Na entrevista concedida à CNN Brasil, compartilhei como cães de suporte emocional podem ter impacto direto na saúde mental, especialmente em casos de ansiedade, depressão e TEPT.

Ao interagir com o cão, o organismo aumenta a produção de oxitocina (o “hormônio do amor”) e reduz o cortisol (hormônio do estresse), ativando circuitos cerebrais de calma e segurança emocional.

Mais que companhia, eles ajudam a reabilitar comportamentos, reduzir o isolamento e até estimular novas conexões sociais — desde que o paciente possa assumir esse vínculo com responsabilidade e afeto.

Como psicólogo e neurocientista, acompanho essa evolução com muito cuidado, sempre aliando à psicoterapia e a exercícios clínicos estruturados.

Cuidar é também ser cuidado, e um cão amigo, como costumo dizer, oferece um tipo raro de afeto: o incondicional.

Você já vivenciou alguma experiência onde o seu cão mostrou esse cuidado? Compartilhe aqui nos comentários! 👇🏻

Gostaria de expressar minha profunda gratidão a todos que participaram da palestra no Centro Espírita “A caminho da Luz”...
12/03/2025

Gostaria de expressar minha profunda gratidão a todos que participaram da palestra no Centro Espírita “A caminho da Luz”. Foi uma experiência incrível poder compartilhar um pouco mais sobre a jornada espiritual e os ensinamentos que tanto nos transformam. Agradeço também a todos que procuraram meu livro Razão e Prática – fico imensamente feliz por saber que ele está contribuindo para o crescimento de cada um de vocês.
Para quem ainda não garantiu o seu exemplar, Razão e Prática está disponível no meu site.

O bullying é um fenômeno complexo que frequentemente tem suas raízes em contextos de desestruturação familiar, falta de ...
18/02/2025

O bullying é um fenômeno complexo que frequentemente tem suas raízes em contextos de desestruturação familiar, falta de afeto e ausência de pertencimento.

Mas será que é possível o adolescente na posição de agressor -e não da vítima-, sofrer consequências desse ato na vida adulta?

A resposta é: Sim.

Comportamentos de bullying não resolvidos podem evoluir para atitudes antissociais na vida adulta.

Por exemplo, um ex-paciente que não recebeu intervenção adequada na adolescência continuou a apresentar comportamentos manipuladores e desrespeitosos em ambientes profissionais, entre colegas, amigos e familiares.

A queixa inicial desse paciente era solidão, e de fato a uma certa altura da vida, todos haviam se afastado dele.

O processo terapêutico trouxe uma nova consciência e perspectiva para uma vida pautada no respeito, na ética e nas virtudes.
Hoje, ele se encontra empregado há sete anos, com núcleo familiar, e amizades estáveis.

Por isso, é fundamental que comportamentos agressivos na adolescência sejam identificados e trabalhados o quanto antes. O bullying não afeta apenas a vítima, mas também o agressor, que pode carregar essas consequências para a vida adulta.

Você já tinha pensado a esse respeito? Deixe sua opinião nos comentários!

Memórias de eventos dolorosos são mais facilmente recordadas que memórias agradáveis possivelmente por razões adaptativa...
07/02/2025

Memórias de eventos dolorosos são mais facilmente recordadas que memórias agradáveis possivelmente por razões adaptativas:

Lembrar de eventos que ameaçaram a vida garantiu a sobrevivência de nossos ancestrais.

É útil e adaptativo que eventos importantes, relacionados à sobrevivência, sejam “bem” lembrados. A memória, a princípio instável, de um evento estressor pode sofrer o que chamamos de consolidação, tornando-se estável e persistente.

Contudo, o esquecimento é uma faculdade necessária e adaptativa da memória, uma vez que a formação e a evocação de lembranças utilizam mecanismos moleculares saturáveis e, portanto, limitados.

Não é útil nem adaptativo lembrar todas as experiências agradáveis ou aversivas, tampouco, esquecer definitivamente um evento que ameaçou a integridade da vida!

É funcional que tenhamos essas informações à disposição em nossa memória, com pelo menos algum detalhe, para podermos escolher uma estratégia de pensamento e comportamento que nos facilite a interação com o entorno.

Frequentemente, pacientes traumatizados chegam ao meu consultório expressando, na primeira sessão: “Doutor, eu quero esquecer o trauma que passei! O senhor conseguiria retirar isso da minha memória?”

Aproveitando a oportunidade, explico então que o trauma não será esquecido, mas sim, extinguido.

Você costuma reviver memórias dolorosas com frequência? Deixe aqui nos comentários!

Imagine viver em um dia nublado que nunca se dissipa…Na distimia, ou Transtorno Depressivo Persistente (TDP), é como ess...
04/02/2025

Imagine viver em um dia nublado que nunca se dissipa…

Na distimia, ou Transtorno Depressivo Persistente (TDP), é como essa nuvem constante: uma tristeza leve, mas contínua, que pode durar anos.

Ao contrário de episódios intensos de depressão maior, a distimia se instala silenciosamente e passa a fazer parte da rotina, quase imperceptivelmente, afetando o modo como a pessoa pensa, sente e vive.

A distimia é um transtorno multifatorial, e o seu diagnóstico não é simples, porque os sintomas são confundidos com o jeito de ser da pessoa.

Quando a tristeza, o desânimo e outros sintomas duram mais de 2 ano em adultos, ou 1 mês em crianças e adolescentes, são sinais potenciais que deverão ser avaliados por profissionais da saúde mental especializados!

A primeira linha de escolha terapêutica para distimia é a psicoterapia, especialmente a terapia cognitivo-comportamental, que ajuda o indivíduo a identificar os padrões negativos de pensamento, falsas crenças e comportamentos a serem modificados em perspectivas saudáveis.

Os tratamentos devolvem à pessoa a leveza de viver, disposição, a autoestima se fortalece e atividades que antes pareciam um peso voltam a ser agradáveis.

Ao vencer os sintomas, a genuina natureza do indivíduo pode vir a tona e, certamente, o maior benefício é resgatar o propósito e a alegria de viver!

Você já tinha ouvido falar nesse transtorno? Deixe aqui nos comentários!

🔗 E se você quiser saber mais detalhes sobre este tema, deixei nos stories o link da matéria completa para a Jovem Pan que tive a honra de contribuir.

Um acontecimento se transforma em trauma quando o “sistema é sobrecarregado cronicamente”.Quando o nosso sistema se sobr...
28/01/2025

Um acontecimento se transforma em trauma quando o “sistema é sobrecarregado cronicamente”.

Quando o nosso sistema se sobrecarrega pelo confronto com um evento assustador, respostas como: tremores, respiração ofegante e taquicardia são naturais, e isso é parte esperada do processo adaptativo para recuperação do controle perante o mundo.

Segundo dados do IBGE (2003), do total de indivíduos que integram a população brasileira (176.876.251), 40.114.051 (22,7%) residem em
capitais onde a incidência de eventos estressores ligados à violência urbana, conforme ocorrências registradas pelas polícias civis, é significativamente maior.

As principais ocorrências potencialmente traumáticas notificadas foram: tentativa de homicídio, lesão corporal, estupro, atentado violento ao pudor, sequestro, roubo e furto.

Costumo dizer aos meus pacientes com TEPT nas primeiras sessões que “o seu sistema nervoso trabalhou ‘bem demais’ com o
objetivo de proteção, e assim foi sobrecarregado…”

Prossigo, dizendo: “agora, vamos aliviar o sistema ensinando a ‘esse amigo’ que ele pode ser mais bem aproveitado de outras maneiras”.

Traumas psicológicos podem ser causas de sintomas somáticos e, da mesma forma, o sintoma permanecerá, se ampliará ou se deslocará até que a causa psicológica seja tratada!

Conhecer os sintomas frequentemente apresentados após situações traumáticas abreviará a chegada ao tratamento adequado, evitando assim, os riscos de cronicidade.

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São Paulo, SP

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