
20/05/2025
“Este é um encontro de vários atores: atendidos, terapeutas, estagiários, o coletivo formado por eles — e os materiais naturais, com suas características, comportamentos e formas tão variadas.
A proposta era fazer uma escultura individual e outra coletiva, com a contribuição de cada um, sobre uma base que poderia ser um suporte plano de papelão ou uma casca de semente de tingui ou chichá — duas grandes árvores brasileiras.
Conversamos sobre cada material: a argila, as flores secas de alho, as palhas de milho, os galhos, as sementes. As escolhas iam se formando a partir do encontro com cada elemento. O trabalho coletivo ganhava transformações e surpresas com a contribuição de cada um, até se tornar um personagem.
Algumas pessoas criaram vários jardins, mandalas, imagens nomeadas ou não. Um processo muito rico.
Também houve a possibilidade de pintar com tintas feitas de argilas coloridas e mineral de azurita. Foi muito interessante observar a transformação do plano ao tridimensional.
Gosto muito desse jeito de trabalhar na oficina, em que o fazer coletivo e os trabalhos individuais convivem. O repertório se enriquece; muitas relações se renovam.
Os materiais — um maleável, outro seco, quebradiço; um que obedece aos desejos do artista, outros que não — dialogam, sustentam, revelam. E a pessoa pode colocar seus afetos, ver algo se concretizar.” - Marta Mursa
Oficina coordenada pela arteterapeuta , com apoio de sustentação da psicanalista