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Na perspectiva psicanalítica, o ato de "gastar dinheiro com caridade" pode ser interpretado à luz dos “princípio do praz...
14/12/2023

Na perspectiva psicanalítica, o ato de "gastar dinheiro com caridade" pode ser interpretado à luz dos “princípio do prazer” e do "princípio da realidade”, conceitos estes Freudianos. Gastar em caridade representa uma busca de satisfação emocional e validação social, manifestando o "princípio do prazer". Essa atitude altruística também pode ser vista como uma forma de sublimação, canalizando impulsos individuais para objetivos socialmente aceitáveis.

A sensação de felicidade resultante da caridade está relacionada ao "superego", internalizando normas sociais e morais. Ao agir benevolentemente, há uma harmonia entre desejos pessoais e expectativas culturais, gerando realização moral.

Por outro lado, a busca de bens materiais para si pode refletir uma satisfação imediata ligada ao "princípio do prazer", mas suscetível a conflitos internos e julgamentos sociais.

A prática consistente de atos de caridade é crucial para uma sociedade coesa, aliviando o sofrimento individual e promovendo equidade e justiça social. Esses atos desafiam estruturas de desigualdade, fortalecendo laços de empatia e compaixão. Doações regulares e gestos benevolentes contribuem para estabelecer um hábito de generosidade, construindo uma comunidade mais resiliente e solidária.

O narcisismo, amplamente reconhecido na cultura popular como excessiva autoconfiança, é compreendido como um espectro, c...
25/11/2023

O narcisismo, amplamente reconhecido na cultura popular como excessiva autoconfiança, é compreendido como um espectro, com a maioria situada no meio e algumas nos extremos. O Inventário de Personalidade Narcisista (NPI) é uma ferramenta que destaca essa diversidade, evidenciando que mesmo pontuações ligeiramente mais altas podem inicialmente parecer encantadoras, mas eventualmente revelar vaidade.

O narcisismo não se resume a excesso de autoestima ou insegurança; envolve uma busca por apreciação, o desejo de ser o centro das atenções e uma expectativa de tratamento especial. Muitos narcisistas admitem estar cientes de sua auto centralidade.

Caracterizado por um senso grandioso de auto importância, falta de empatia, necessidade excessiva de admiração e a crença de ser único e merecedor de tratamento especial, o narcisismo é identificado ao encontrar alguém com esses comportamentos consistentes.

A diferença entre narcisismo e narcisismo patológico, ou transtorno de personalidade narcisista, é a raridade deste último, afetando cerca de 1% da população. O transtorno é suspeitado quando os traços narcisistas prejudicam o funcionamento diário, causando atrito nos relacionamentos devido à falta de empatia.

A consciência desses traços por parte dos narcisistas é reconhecida pela pesquisa, e estabelecer limites e distanciamento emocional é uma estratégia eficaz para lidar com eles. Às vezes, cortar laços pode ser a melhor escolha.

Desperte para a auto compreensão. Entre em contato agora para agendar uma consulta/avaliação e dar o primeiro passo em direção a relacionamentos mais saudáveis. Ou, se conhece alguém que pode se beneficiar, envie nosso conteúdo!

Compreender a projeção na psicanálise é adentrar em um fenômeno fascinante que permeia a complexidade da mente humana. O...
17/11/2023

Compreender a projeção na psicanálise é adentrar em um fenômeno fascinante que permeia a complexidade da mente humana. O termo, introduzido por Sigmund Freud em 1895, inicialmente visava explicar o mecanismo da paranoia, mas ao longo do tempo, diversas escolas psicanalíticas, como as de Jung e Melanie Klein, expandiram sua aplicação, abrangendo psicose, neurose e perversão.

Esse fenômeno opera como um mecanismo de defesa primário, no qual emoções indesejadas são projetadas em outros para evitar o confronto direto com o eu. O sujeito, muitas vezes inconscientemente, transfere seus próprios desejos, impulsos ou características indesejadas para outra pessoa ou objeto, não reconhecendo a origem interna desses sentimentos.

Ao atribuir a uma entidade externa (seja uma pessoa ou objeto) os sentimentos e pensamentos originados internamente, a projeção torna-se uma maneira peculiar de lidar com conflitos internos, possibilitando a transferência de responsabilidades percebidas para o exterior.

Essa dinâmica complexa tem desdobramentos na teoria psicanalítica. Jung, por exemplo, expandiu o conceito, discutindo a projeção como uma expressão de complexos, enquanto Melanie Klein explorou sua manifestação na infância, relacionando-a ao desenvolvimento emocional.

No contexto clínico, a compreensão da projeção torna-se crucial. Auxilia os profissionais a ajudarem os pacientes a reconhecerem e lidarem com seus próprios conflitos internos, promovendo assim o autoconhecimento e a busca por uma compreensão mais profunda da dinâmica psicológica humana. Em última análise, a projeção emerge como um fenômeno multifacetado que, ao ser explorado, lança luz sobre as intrincadas complexidades da mente humana.

Fonte: Elisabeth Roudinesco & Michel Plon, ''Dicionário de psicanálise'', trans. Vera Ribeiro & Lucy Magalhães, Mexic: Jorge Zahar Editor, 1998.

Freud introduziu em 1911 os princípios do funcionamento mental, destacando a dualidade entre o "princípio de prazer/desp...
03/11/2023

Freud introduziu em 1911 os princípios do funcionamento mental, destacando a dualidade entre o "princípio de prazer/desprazer" e o "princípio da realidade". Ambos desempenham um papel fundamental na formação de nossa psique.

Na infância, o "princípio do prazer" é o dominante, buscando gratificação imediata e evitando qualquer forma de desconforto ou dor a qualquer custo. Entretanto, à medida que amadurecemos e avançamos para a idade adulta, o "princípio da realidade" modifica e, em certa medida, controla o primeiro. Esse princípio nos faz considerar as consequências de nossos atos e nos obriga a lidar com as demandas do mundo real.

Uma das características notáveis do "princípio da realidade" é sua capacidade de antecipação e ponderação. Ele nos permite pensar antes de agir, adiar a busca do prazer imediato e tolerar desconfortos momentâneos em busca de prazeres maiores ou na tentativa de evitar dores futuras.

Essa adaptação à realidade também implica a capacidade de lidar com o mundo real, compreendendo suas limitações, regras sociais e a necessidade de equilibrar nossas necessidades individuais com as exigências da convivência com os outros.

No entanto, a transição para o "princípio da realidade" muitas vezes envolve renúncia e conflitos internos. Isso ocorre quando somos confrontados com a necessidade de renunciar a formas de prazer que ultrapassem limites morais ou sociais, resultando em conflitos internos que fazem parte do processo de desenvolvimento psicológico.

Em resumo, o "princípio da realidade" na psicanálise de Freud é essencial para nossa maturação psicológica, à medida que aprendemos a equilibrar nossos impulsos naturais com as demandas e restrições do mundo real e da sociedade. Esse equilíbrio, embora desafiador, é fundamental para nosso crescimento e adaptação eficaz ao ambiente que nos cerca.

Minha aula neste final de semana foi sobre o texto fundamental em Freud:TOTEM E TABU (1912-1913).ALGUMAS CONCORDÂNCIAS ...
01/11/2023

Minha aula neste final de semana foi sobre o texto fundamental em Freud:
TOTEM E TABU (1912-1913).

ALGUMAS CONCORDÂNCIAS ENTRE A VIDA PSÍQUICA DOS HOMENS PRIMITIVOS E DOS NEURÓTICOS!

Freud e Lacan, dedicaram parte de suas obras à reflexão sobre o ensino e a transmissão dessa disciplina. Suas contribuições continuam a suscitar questões cruciais na psicanálise, especialmente no que tange à complexa tarefa de transmitir a experiência psicanalítica, com seu núcleo de realidade. Um exemplo significativo disso é "Cinco Lições de Psicanálise," um livro que compila as conferências proferidas por Sigmund Freud na Clark University de Manchester, Massachusetts, em 1910.

Já Jacques Lacan, por sua vez, sustentou que cada psicanalista enfrenta a necessidade de reinventar a psicanálise, uma perspectiva debatida no Encontro Internacional da Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano em Medellín, em 2016. A afirmação de Nominé, que enfatiza a importância de cada psicanalista reinventar a prática a partir do que extraiu de sua experiência como psicanalisando, ganha destaque nesse contexto.

Uma questão crucial é a relação entre a psicanálise em intensão (busca do conhecimento e da clínica) e em extensão (sua divulgação e transmissão). Essas dimensões devem funcionar como um "casal inseparável," como enfatizado por Martine Mènes em seu trabalho em Medellín sobre a formação do analista.

Em resumo, tanto Freud quanto Lacan exploraram a complexa questão da transmissão da psicanálise, sendo Freud representado pelas "Cinco Lições de Psicanálise" e Lacan destacando a reinvenção contínua da prática, enfatizando a necessidade de que a psicanálise funcione de maneira integrada em suas dimensões de intensão e extensão. Ambos os autores concordam na importância de transmitir a essência da experiência psicanalítica.

Compartilhe este post se você acredita na importância da reflexão sobre a transmissão da psicanálise! Vamos juntos fortalecer a discussão. Marque amigos que possam se interessar.

A violência entre parceiros íntimos (VPI) coloca as vítimas em uma armadilha perigosa, e algumas agências de proteção in...
25/10/2023

A violência entre parceiros íntimos (VPI) coloca as vítimas em uma armadilha perigosa, e algumas agências de proteção infantil podem culpá-las pela negligência na criação de seus filhos devido à presença de um parceiro violento. Isso aumenta o risco de perda da custódia. A VPI é um problema comum, afetando milhões de pessoas nos EUA, com graves consequências físicas e emocionais. Muitas vítimas permanecem em relacionamentos abusivos devido a ameaças, medo, preocupação com os filhos e falta de apoio. Responsabilizar as vítimas por sua situação é injusto, dadas as complexidades envolvidas. É crucial reconhecer o impacto da VPI nas vítimas e evitar acusações infundadas de negligência.

Em Massachusetts e em todo o país, algumas agências de bem-estar infantil culpam as vítimas de VPI por negligência infantil, mesmo quando estão tentando proteger seus filhos em ambientes perigosos. Em 2021, apenas 15 estados possuíam políticas de proteção das vítimas de VPI contra a responsabilização injusta pela exposição de seus filhos à violência doméstica. As vítimas de VPI sofrem uma perda significativa de poder e agência devido ao trauma, o que torna injusto acusá-las de negligência. É fundamental entender a complexidade da VPI e oferecer apoio em vez de responsabilização.

Caso você esteja passando por isso, saiba que uma das melhores maneiras de mapear e trabalhar esta questão é sem dúvida um acompanhamento psicoterápico. Agende uma entrevista e saiba mais como a terapia pode te ajudar a se distanciar de relações abusivas.

Fonte: https://www.psychologytoday.com/intl

Eventos de microagressão são atos de desprezo e invalidação frequentemente dirigidos a pessoas de minorias ou origens ma...
20/10/2023

Eventos de microagressão são atos de desprezo e invalidação frequentemente dirigidos a pessoas de minorias ou origens marginalizadas. Esses atos incluem elogios condescendentes, como "você é muito inteligente para alguém que estudou em escola pública", ou o uso de termos negativos, como "só podia ser mulher mesmo."

O termo "microagressão" foi cunhado por Chester Pierce e redefinido por Derald Sue e outros pesquisadores. O debate sobre sua validade levou a discussões sobre sua clareza conceitual, distinção de outras formas de discriminação e seu impacto na saúde mental e física, especialmente em diferentes grupos.

Priscilla Lui e Lucia Quezada realizaram uma meta-análise e revisão de pesquisas existentes, identificando 72 conjuntos de dados independentes com aproximadamente 19.000 participantes de várias origens. Os resultados mostraram que as experiências de microagressão estão associadas a problemas de ajustamento social, principalmente relacionados à internalização (depressão, ansiedade), estresse e afeto negativo. No entanto, houve poucas evidências de que a microagressão de gênero afetasse o contexto social e afetivo, possivelmente devido a ser socialmente aceita e velada em certa medida.

Se você está enfrentando microagressões de familiares, parceiros, colegas, chefes ou outros atores sociais, saiba que isso pode levar a sintomas como depressão e ansiedade ao longo do tempo. Compartilhe esta postagem para conscientizar e considere o acompanhamento psicoterapêutico como uma das melhores maneiras de abordar essa questão. Agende uma consulta e descubra como a terapia pode ajudá-lo a se distanciar de relações abusivas.

Fonte: www.apa.org/

A "paranoia" é um termo que tem suas raízes na Grécia antiga, significando uma forma de loucura caracterizada por exalta...
15/10/2023

A "paranoia" é um termo que tem suas raízes na Grécia antiga, significando uma forma de loucura caracterizada por exaltação e delírio. Na psiquiatria, esse termo foi introduzido por Johann Christian Heinroth em 1842 na Alemanha e posteriormente em 1887 por Jules Séglas na França. Com o tempo, a paranoia foi reconhecida como uma das principais formas de psicose ao lado da esquizofrenia e da psicose maníaco-depressiva.

A paranoia se manifesta principalmente por meio de um sistema de delírios sistematizados, onde a interpretação desempenha um papel predominante, e normalmente não envolve uma deterioração intelectual. Alguns exemplos desses delírios incluem perseguição, erotomania, grandeza e ciúmes.

Sigmund Freud trouxe uma perspectiva psicanalítica para entender a paranoia, considerando-a uma forma de defesa contra a homossexualidade. Ele também observou que os paranoicos têm um relacionamento especial com seus delírios, quase como se os amassem.

Jacques Lacan, por sua vez, viu na paranoia um modelo paradigmático da loucura e explorou a lógica dos discursos paranoicos em sua abordagem clínica.

Outras abordagens, como a escola kleiniana, relacionaram a paranoia a estágios arcaicos da infância, afastando-se da ênfase de Freud na homossexualidade.

No geral, a compreensão da paranoia evoluiu ao longo do tempo, desde as primeiras classificações psiquiátricas até as interpretações psicanalíticas de Freud, Lacan e outras escolas. Cada uma dessas perspectivas contribui para uma visão mais ampla e complexa da paranoia na história da psicologia e da psiquiatria.

Fonte: Roudinesco, Elisabeth; Plon, Michel. Dicionário da Psicanálise. Tradução Vera Ribeiro. 1ª edição. Editora Zahar, 1998.

A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico complexo cunhado por Eugen Bleuler em 1911, caracterizado por sintomas como...
04/10/2023

A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico complexo cunhado por Eugen Bleuler em 1911, caracterizado por sintomas como incoerência do pensamento, da afetividade e da ação, ensimesmamento e atividade delirante. Inicialmente chamada de "demência precoce" por Emil Kraepelin, a psiquiatria debateu sua terminologia e classificação. Freud preferia o termo "parafrenias", mas Bleuler introduziu o termo "esquizofrenia", enfatizando a dissociação das funções psíquicas.

Essa condição afeta principalmente jovens adultos, levando-os a um retraimento para dentro de si mesmos e à perda de contato com a realidade. Diversas abordagens clínicas, como a psicanálise e outras, exploraram a esquizofrenia. Além disso, ela foi estudada do ponto de vista estético e político, relacionando-a à criatividade artística e à contestação da ordem estabelecida.

Na década de 1950, a introdução de neurolépticos revolucionou seu tratamento, permitindo-o fora dos hospícios e levando a uma abordagem mais farmacológica na psiquiatria. A antipsiquiatria contestou a psiquiatria tradicional, destacando a importância da revolta esquizofrênica. Estudos cognitivos recentes se concentram em disfunções cognitivas, enquanto a psiquiatria moderna é mais tecnológica e farmacologicamente orientada. A compreensão da esquizofrenia continua sendo um desafio na psiquiatria atual.

Fonte: Roudinesco, Elisabeth; Plon, Michel. Dicionário da Psicanálise. Tradução Vera Ribeiro. 1ª edição. Editora Zahar, 1998.

Profissionais de saúde enfrentam altos níveis de estresse e esgotamento, resultando em sofrimento psicológico, como depr...
03/10/2023

Profissionais de saúde enfrentam altos níveis de estresse e esgotamento, resultando em sofrimento psicológico, como depressão, ansiedade e estresse pós-traumático, com taxas alarmantes de burnout. Esses eventos prejudicam a qualidade do atendimento ao paciente e contribuem para a escassez de profissionais de saúde.

Intervenções baseadas na promoção da saúde mental para aqueles que trabalham diretamente com pacientes em diversos níveis têm mostrado eficácia na redução do sofrimento psicológico e do estresse relacionado ao trabalho. A flexibilidade psicológica envolve permanecer presente no momento, afastar pensamentos preocupantes, evitar julgamentos inúteis e tomar decisões alinhadas com valores pessoais e éticos. No entanto, o mais importante é sensibilizar esses profissionais para que aceitem ajuda e atendimento quando necessário.

Um estudo destacou que intervenções mais longas tendem a ser mais eficazes, especialmente com psicoterapia. Essas intervenções beneficiaram uma variedade de profissionais de saúde, incluindo médicos, enfermeiros, psicólogos e gestores.

Estudos futuros devem se concentrar em ensaios de alta qualidade, considerando a segurança do paciente e incorporando o autocuidado e a auto-observação em seus protocolos.

Profissionais de saúde podem se beneficiar ao participar de programas que visam o cuidado da saúde mental para melhorar o manejo do estresse e a prevenção do burnout. É crucial que os gestores incentivem e facilitem a adesão a esses programas.

No geral, a flexibilidade psicológica desempenha um papel vital no bem-estar dos profissionais de saúde e na segurança do paciente, destacando a importância de programas de treinamento, psicoterapia e apoio nessa área.

Se você é um profissional de saúde, já pensou em buscar ajuda médica ou psicológica para ajudar no manejo do estresse e da pressão do seu trabalho? Converse com um psicólogo e saiba como receber ajuda e suporte.

Fonte: https://www.psychologytoday.com/

A compreensão da histeria evoluiu ao longo da história, e no final do século XIX, foi um fenômeno notável que deu origem...
27/09/2023

A compreensão da histeria evoluiu ao longo da história, e no final do século XIX, foi um fenômeno notável que deu origem à psicanálise de Freud. Mulheres apresentavam sintomas físicos inexplicáveis, como paralisias e mutismo, sem causa aparente. Os médicos da época não encontravam explicações físicas para esses sintomas.

Por meio de experimentos com hipnose, descobriu-se que esses sintomas tinham raízes na mente, não no corpo. As pacientes perdiam os sintomas quando hipnotizadas, mas eles retornavam quando a hipnose terminava. Esses sintomas eram mecanismos de fuga e uma forma de lidar com situações insuportáveis, geralmente da infância.

A psicanálise de Freud concentrou-se na associação livre, rememoração e elaboração durante o tratamento, mantendo um vínculo ético e sigiloso entre analista e paciente. Atualmente, a histeria é vista como um comportamento, não limitado a um gênero específico, e algumas pessoas têm mais propensão a esse comportamento.

Os sintomas histéricos são divididos em quatro vertentes, incluindo sintomas físicos somatoformes (dores, paralisias) e sintomas psicológicos dissociativos (esquecimentos, choro sem motivo). A Psicoterapia é eficaz para compreender as causas e ajudar no tratamento.

A categorização da histeria mudou ao longo do tempo, passando de uma "doença" para um comportamento de fuga de uma realidade dolorosa. Os estudos de Freud ainda são relevantes, e a psicoterapia é recomendada para esses casos.

Investir na qualidade de vida é fundamental, e buscar ajuda profissional quando necessário ajuda a compreender e enfrentar questões difíceis na vida. Cuide-se bem!



Fonte: https://www.psicologiacontemporanea.com.br/

O termo "desejo" é empregado em filosofia, psicanálise e psicologia para se referir à propensão, anseio, necessidade, co...
23/09/2023

O termo "desejo" é empregado em filosofia, psicanálise e psicologia para se referir à propensão, anseio, necessidade, cobiça ou apetite em direção a um objeto que atrai tanto a mente quanto o corpo. Sigmund Freud utilizou essa ideia em sua teoria do inconsciente para descrever tanto a propensão quanto a realização dessa propensão. Nesse contexto, o desejo representa a realização de um anseio ou voto inconsciente.

Dentro dessa concepção freudiana, o desejo é, antes de tudo, um desejo inconsciente que busca se concretizar e, às vezes, consegue se realizar. Para Freud, o desejo está intrinsecamente ligado a lembranças e signos mnêmicos, e sua realização é frequentemente associada ao contexto dos sonhos e fantasias.

Jacques Lacan, um dos sucessores de Freud, introduziu uma perspectiva filosófica à ideia de desejo, conectando-a com a tradição da Begierde, ao mesmo tempo em que manteve a ênfase no desejo inconsciente de Freud. Lacan diferenciou o desejo da necessidade, introduzindo o conceito de "demanda" como uma forma de desejo direcionado ao outro em busca de reconhecimento e amor.

Portanto, o termo "desejo" abrange uma série de conceitos e complexidades nas áreas de filosofia, psicanálise e psicologia, e sua compreensão varia dependendo do contexto e da abordagem teórica adotada.

Fonte: Roudinesco, Elisabeth; Plon, Michel. Dicionário da Psicanálise. Tradução Vera Ribeiro. 1ª edição. Editora Zahar, 1998.

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