16/03/2025
A vida, em sua dança sutil entre a dor e o encantamento, tantas vezes nos testa. Nos coloca diante de desafios que rasgam a alma, de ausências que deixam o peito vazio, de palavras que ecoam e ferem mais do que silêncios. Mas, em meio a tudo isso, há os que escolhem um caminho diferente.
Você sentiu na pele a dureza do mundo. Chorou lágrimas que poucos enxergaram, carregou cicatrizes que ninguém soube decifrar. Poderia ter devolvido ao universo a dor que recebeu, mas não. Escolheu segurar o sofrimento com as mãos trêmulas, transmutá-lo e deixá-lo partir, como folhas levadas pelo vento.
Porque sua essência é luz, e a luz não fere, apenas ilumina.
Mesmo machucado, você escolheu nunca machucar. Optou por ser a cura onde antes houve ferida, por oferecer acolhimento onde encontrou portas fechadas. E essa é a grandeza da alma desperta: entender que cada golpe recebido pode ser ressignificado, que cada dor pode se tornar caminho, que cada lágrima pode regar uma nova semente de compaixão.
Os espíritos nobres não se deixam endurecer. Eles sentem, sim. Sentem profundamente, intensamente. Mas aprendem que o amor nunca deve ser refém da amargura, que o coração, ainda que ferido, pode seguir sendo um templo.
E assim você segue, transformando cicatrizes em aprendizado, dores em compreensão, quedas em recomeços. Seus olhos, que um dia refletiram o peso do mundo, agora brilham com a suavidade de quem compreendeu que o verdadeiro poder não está em revidar, mas em perdoar.
Porque só os grandes corações entendem que a maior força do universo é o amor.