
13/07/2025
Quando se fala em fibromialgia, a maioria das pessoas pensa nas dores musculares, na fadiga intensa e nas dificuldades para dormir. Mas existe outro sintoma que, embora menos conhecido, pode ser profundamente desgastante: o zumbido no ouvido, ou tinnitus.
Esse som interno — que pode se manifestar como chiado, apito, ronco ou até algo semelhante a uma panela de pressão — não é imaginário. Ele está lá, constante ou intermitente, muitas vezes mais intenso nos momentos de estresse, ansiedade ou exaustão, situações comuns na rotina de quem vive com fibromialgia.
O zumbido atrapalha a concentração, dificulta o descanso, aumenta a irritabilidade e se soma à sobrecarga sensorial que muitos pacientes já enfrentam. Para quem já convive com dores em várias partes do corpo, sono não reparador e alterações cognitivas (como o fibrofog), esse barulho incessante é mais um peso — invisível, mas real.
Muitas vezes, as pessoas ao redor não entendem. Acham que é “coisa da cabeça” ou que basta “não prestar atenção”. Mas a verdade é que o zumbido pode ter um impacto significativo na qualidade de vida e merece ser levado a sério como parte do quadro da fibromialgia.
Falar sobre isso é importante. Validar esse sintoma é uma forma de empatia e acolhimento. Porque fibromialgia não é apenas dor no corpo — é uma condição complexa, cheia de nuances, que afeta o corpo, a mente e os sentidos. E, às vezes, até o silêncio vira mais um desafio.