Prof. Dr. Marcelo Steiner

Prof. Dr. Marcelo Steiner Doutor em Ginecologia pela Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Mestre em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina da Fundação do ABC, Santo André – SP. Especialização em Videoendoscopia Ginecológica - Faculdade de Medicina da Fundação do ABC, Santo André – SP.

O “fígado gorduroso”, agora chamado MASLD (doença hepática esteatótica associada à disfunção metabólica), é a doença crô...
24/09/2025

O “fígado gorduroso”, agora chamado MASLD (doença hepática esteatótica associada à disfunção metabólica), é a doença crônica do fígado mais comum no mundo, atingindo até 30% da população adulta.

Essa condição vai além do fígado: está associada a disfunções metabólicas e aumenta o risco de doenças cardiovasculares graves, como infarto, AVC e arritmias.

Vale ressaltar que mulheres na peri e pós-menopausa apresentam maior risco de evoluir para fibrose hepática, o que significa diminuição da capacidade funcional e aumento do risco de cirrose.

Identificar precocemente e adotar mudanças no estilo de vida são passos essenciais para reduzir complicações e proteger a saúde do fígado e do coração. É fundamental conversar com o médico sobre o assunto e realizar uma avaliação dos fatores de risco para a doença e do risco de evolução da fibrose.



Fonte: Ratti C, Malaguti M, D’Aniello E, Bellasi A, Sanna G. Understanding MASLD — from molecular pathogenesis to cardiovascular risk: A concise review for the clinical cardiologist. Atherosclerosis, 2025.

Quando o útero é retirado, o cérebro também sente.Há suspeita de que a retirada do útero possa impactar a produção de es...
16/09/2025

Quando o útero é retirado, o cérebro também sente.
Há suspeita de que a retirada do útero possa impactar a produção de estrogênio pelos ovários, e isso pode trazer consequências, como aumento futuro do risco cardiovascular. A histerectomia, uma das cirurgias ginecológicas mais comuns no mundo, tem importante papel no tratamento de doenças uterinas, como miomas e adenomiose, sendo muitas vezes a melhor estratégia terapêutica. Entretanto, é fundamental ponderar a possibilidade de outras estratégias terapêuticas e a real necessidade de retirada do útero. Não se pode mais aceitar a justificativa de que, se já teve filhos, o útero não irá mais “servir para nada” e sua retirada não terá qualquer consequência para sua saúde. Como mostra esse estudo, que avaliou um banco de dados enorme, um dos riscos pode ser o AVC, e há outros estudos que associam a cirurgia com aumento de risco futuro de infarto do miocárdio. Realizar a retirada dos ovários de maneira precoce, mesmo já estando próxima da menopausa, também pode trazer aumento do risco cardiovascular. Importante conversar com seu médico, entender todas as possibilidades terapêuticas para seu caso específico e tomar a decisão de realizar a cirurgia com a maior segurança e convicção possível.



Fonte: Menopause. 2025 Dec;32(12):000-000. doi: 10.1097/GME.0000000000002616

A proteína ganhou status de estrela da alimentação e parece estar em tudo. Mas a maioria das pessoas já consome a quanti...
11/09/2025

A proteína ganhou status de estrela da alimentação e parece estar em tudo. Mas a maioria das pessoas já consome a quantidade necessária no dia a dia, e exagerar pode trazer riscos. O corpo não armazena o excesso, apenas elimina, e estudos mostram que o consumo elevado, principalmente de origem animal, pode aumentar o risco cardiovascular, de diabetes tipo 2 e de insuficiência cardíaca. Para construir músculos, não basta proteína isolada: é a combinação de treino de força com ingestão adequada que faz diferença. Mais importante do que seguir modismos é buscar equilíbrio entre alimentação e exercício.

Perder peso significa perder tanto massa gorda como massa magra; ainda não existem estratégias seletivas para perda excl...
09/09/2025

Perder peso significa perder tanto massa gorda como massa magra; ainda não existem estratégias seletivas para perda exclusiva da massa gorda. Isso significa que os medicamentos potentes para o tratamento da obesidade têm o potencial de impactar não só a gordura, mas também o músculo e o esqueleto. Há dúvidas se as “canetas emagrecedoras” não podem determinar uma perda de massa óssea importante e aumentar o risco futuro de fraturas. Há ainda muito a ser aprendido sobre esse assunto, mas um estudo publicado recentemente na revista JAMA traz algumas pistas.

A principal mensagem é que a prática regular de exercícios protege ossos e músculos, potencializa a perda de peso e equilibra os efeitos de medicamentos como a liraglutida.

Ou seja, o tratamento não é apenas fazer uso do medicamento e perder peso. Fundamental associar hábitos de vida saudáveis para preservar a saúde muscular, óssea e geral no longo prazo.

Pelo menos foi isso que o estudo do grupo MONET mostrou.

Durante a transição menopáusica, é comum observar uma diminuiç...
05/09/2025

Pelo menos foi isso que o estudo do grupo MONET mostrou.

Durante a transição menopáusica, é comum observar uma diminuição na ingestão alimentar, apesar de um aumento no apetite. Pode parecer paradoxal, mas o estudo sugere algumas explicações para isso:
Apetite em alta, ingestão em baixa: Entenda o paradoxo da menopausa!
Mulheres na transição menopáusica relatam maior desejo de comer, fome e consumo prospectivo de alimentos, enquanto a sensação de saciedade em jejum diminui. No entanto, a ingestão total de energia, carboidratos, gorduras e proteínas tende a diminuir.

Por que isso acontece?
* Adaptação Comportamental: As mulheres podem voluntariamente mudar seus padrões alimentares para evitar o ganho de peso, já que a menopausa é um período de preocupação com a balança.
* Menor Gasto Energético: A diminuição da ingestão energética, de aproximadamente 254 kcal/dia, é acompanhada por uma redução no gasto energético (cerca de 200 kcal/dia), principalmente devido a uma menor atividade física e um estilo de vida mais sedentário.
* Mesmo com essas mudanças, as alterações na composição corporal (como o aumento da massa gorda) observadas neste período não parecem ser resultado de um aumento na ingestão energética.
Em resumo, o corpo sente mais fome, mas o comportamento alimentar e a redução do gasto calórico podem compensar, resultando em uma ingestão alimentar total menor ou estável, sem necessariamente levar a um aumento calórico ou ao consumo de alimentos mais calóricos de forma descontrolada. Vale ressaltar que é apenas um único estudo, com uma serie de limitações e não pode ser encarado como verdade absoluta. Aqui estamos apenas querendo trazer reflexões sobre o comportamento da mulher durante a transição menopausal. Você concorda que apesar de ter mais fome, você come menos?

Fonte: Effects of the menopausal transition on dietary intake and appetite: a MONET Group Study. European Journal of Clinical Nutrition. 68, 271–276 (2014).

Na menopausa, a pele e os cabelos passam por transformações marcadas pela queda do estrogênio e o aumento relativo dos a...
03/09/2025

Na menopausa, a pele e os cabelos passam por transformações marcadas pela queda do estrogênio e o aumento relativo dos androgênios. Ressecamento, perda de colágeno, queda de fios e até pelos indesejados podem aparecer.
Os cuidados variam de reposição hormonal a tratamentos dermatológicos específicos.
Cada mulher vive esse processo de forma única, por isso a avaliação médica é fundamental!



Fontes:
Skin, hair and beyond: the impact of menopause
https://doi.org/10.1080/13697137.2022.2050206
AffinitoP et al. Maturitas 33 (1999) 239–247
Dermato-Endocrinology 5:2, 264–270; April/May/June 2013

Os sintomas da menopausa podem começar antes da última menstruação.Ondas de calor, secura vaginal, névoa mental e outros...
20/08/2025

Os sintomas da menopausa podem começar antes da última menstruação.
Ondas de calor, secura vaginal, névoa mental e outros sinais podem impactar seu dia a dia muito antes da menopausa completa.

Não é necessário esperar para buscar cuidado. Conversar com seu médico sobre o que você sente é essencial para garantir qualidade de vida.

Durante a transição, a contracepção também deve ser considerada, já que ainda existe risco de gravidez.

Seu corpo, seus sintomas e sua experiência são únicos. Reconhecer os sinais precocemente faz toda a diferença.

Fonte: Prevalence and severity of symptoms across the menopause transition: cross-sectional findings from the Australian Women’s Midlife Years (AMY) Study. The Lancet Diabetes & Endocrinology, 2025.

A menopausa traz mudanças biológicas que podem favorecer o aumento da gordura visceral, redução da massa magra e o aumen...
15/08/2025

A menopausa traz mudanças biológicas que podem favorecer o aumento da gordura visceral, redução da massa magra e o aumento do risco de doenças metabólicas e cardiovasculares. A terapia hormonal pode ter impacto benefico ao diminuir esses riscos quando indicada para melhorar sintomas vasomotores. Os agonistas de GLP-1, como semaglutida e tirzepatida, têm mostrado eficácia na perda de peso, mas é importante lembrar que o reganho de peso é comum após a descontinuação, inclusive em mulheres na menopausa. Estudos indicam que a combinação da terapia hormonal com os GLP-1 pode potencializar a perda de peso e trazer benefícios metabólicos adicionais. Cada caso deve ser avaliado individualmente, considerando histórico de saúde e riscos, sempre com acompanhamento médico.

Nas redes, há muitos conteúdos sobre menopausa. Mas quando o assunto é saúde, nem tudo que circula é confiável.A médica ...
08/08/2025

Nas redes, há muitos conteúdos sobre menopausa. Mas quando o assunto é saúde, nem tudo que circula é confiável.
A médica Jen Gunter publicou um artigo na Obstetrics & Gynecology falando sobre esse tema e abordando alguns destes aspectos. Neste post tentei trazer alguns aspectos centrais dessa publicação que acontecem aqui nas redes sociais. Importante é acessar locais de informação confiáveis e checar com o médico especialista.

Participei do 1º Fórum de Nutrologia do CFM, contribuindo com uma fala sobre a assistência à saúde da mulher para além d...
06/08/2025

Participei do 1º Fórum de Nutrologia do CFM, contribuindo com uma fala sobre a assistência à saúde da mulher para além do tratamento hormonal.
O evento teve um caráter multidisciplinar importante, destacando o papel da nutrologia na atenção integral à saúde e reforçando a necessidade de que tanto ações preventivas quanto terapêuticas sejam baseadas nas melhores evidências científicas.
Parabéns ao pela iniciativa, e agradeço o convite feito pela amiga

Um novo estudo publicado na The Lancet Oncology analisou dados de mais de 450 mil mulheres e trouxe novas evidências sob...
01/08/2025

Um novo estudo publicado na The Lancet Oncology analisou dados de mais de 450 mil mulheres e trouxe novas evidências sobre a relação entre terapia hormonal e o risco de câncer de mama antes dos 55 anos.

A pesquisa foi conduzida pelo Premenopausal Breast Cancer Collaborative Group, com participação de instituições da América do Norte, Europa, Ásia e Austrália. É, até o momento, a maior já realizada com foco em mulheres mais jovens que usam terapia hormonal após cirurgias ginecológicas ou para alívio de sintomas perimenopáusicos.

Os resultados indicam que a terapia com estrogênio isolado esteve associada a uma redução no risco de câncer de mama de início precoce, especialmente entre mulheres que já haviam feito histerectomia ou ooforectomia. Já a combinação de estrogênio com progestina apresentou maior risco, principalmente em mulheres com útero e ovários preservados.

Embora o estudo seja robusto, a maioria das participantes era composta por mulheres brancas da América do Norte. Por isso, os resultados ainda não podem ser considerados representativos de todas as populações. Novas pesquisas com grupos mais diversos seguem sendo necessárias.

O conteúdo completo está no carrossel.

Tem muita desinformação sobre a menopausa por aí.Esse carrossel reúne 10 mitos que especialistas gostariam de ver desapa...
28/07/2025

Tem muita desinformação sobre a menopausa por aí.

Esse carrossel reúne 10 mitos que especialistas gostariam de ver desaparecer e o que eles gostariam que seus pacientes soubessem de verdade.

Nem tudo é culpa dos hormônios.
Nem tudo se resolve com hormônio.
E a menopausa não precisa ser enfrentada sozinha, nem no escuro.

O conteúdo é inspirado em uma matéria do The New York Times, publicada este mês.

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