Psicóloga Natália Marques

Psicóloga Natália Marques *Atendimento clínico;
* Região da Mooca;

17/08/2025
Análise é lugar de repetir, mas também pode ser lugar de inaugurar ❤️
11/08/2025

Análise é lugar de repetir, mas também pode ser lugar de inaugurar ❤️

Que o cuidado masculino não surpreenda;Que o pai presente não seja considerado uma sorte;Que os homens lutem pela licenç...
10/08/2025

Que o cuidado masculino não surpreenda;

Que o pai presente não seja considerado uma sorte;

Que os homens lutem pela licença paternidade longa (1 mês é pouco) e que sejam verdadeiramente presentes e participativos;

Que cada vez mais crianças tenham vivências de cuidado masculino para reproduzir e se espelhar;

Que nossos filhos homens tenham figuras paternas cuidadosas e afetivas para se espelhar;

Que as filhas mulheres tenham pais respeitosos, presentes, que não exerçam sentimento de posse sobre elas;

Que os homens possam acreditar que podem cuidar e que nós mulheres possamos confiar nesse cuidado pela vivência.

Que as mães não sejam sobrecarregadas para que os pais sejam “os sossegados;

Que os bebês e crianças possam ser verdadeiramente cuidados por um ambiente suficientemente bom.

Feliz dia dos pais!

Carmy de “The Bear” é um personagem que sempre mexe muito comigo. Ele me mobiliza diversas emoções: identif**ação, raiva...
07/08/2025

Carmy de “The Bear” é um personagem que sempre mexe muito comigo. Ele me mobiliza diversas emoções: identif**ação, raiva, angústia, empatia… A série é fantástica justamente por nos provocar sensações tão intensas.

É impossível que quem sofre com a ansiedade não se identifique, pelo menos um tanto, com o Carmy. Ele experiencia doses cavalares de culpa, que o fazem anular toda a felicidade, prazer e satisfação (a cena na qual ele f**a preso no frigorífico deixa isso bem explícito).

A ansiedade — que muitas vezes vem acompanhada de todo um “pacote obsessivo”: pensamentos intrusivos, alguns rituais obsessivos, autocobrança e autopunição exacerbada — tem como fundo a culpa, mesmo que com raízes inconscientes. O medo intenso, como contribui brilhantemente Melanie Klein, é o medo de nossas partes amedrontadoras e ameaçadoras; medo “do monstro” que mora em todos nós, dos nossos pensamentos destrutivos, do potencial ameaçador e também destrutivo do nosso desejo… Na tentativa de negar tudo isso, por um medo desesperador de nós mesmos, “nos punimos” com pensamentos negativos intrusivos que anulam o prazer das experiências e despertam angústias infantis (como o medo do monstro que mora dentro do armário, que as crianças têm — que pode ser o medo do nosso próprio potencial destrutivo).

A ansiedade também gera um medo intenso de perder o que se tem de bom (muitas vezes, pela culpa de julgar que não merece possuir aquilo). É comum que, pela ansiedade, em um momento no qual se experiencie intensa ansiedade e satisfação, apareçam pensamentos catastróficos, anulando a felicidade vivida. É o medo de ter e não merecer, e assim perder.

Carmy parece se assustar mais com a calmaria do que com o caos. Tem, no fundo de sua ansiedade (assim como falei sobre o Marcus, de Ginny & Georgia), também um tanto de melancolia pelo luto de seu irmão. A culpa o faz permanecer colado ao objeto perdido, morto, o mortif**ando um tanto também.

Rupi Kaur diz que, para se curar, é preciso chegar à raiz da mágoa e abraçá-la até o talo. Assim é também com a culpa. É preciso acessá-la em suas profundezas, f**ar cara a cara com o medo. Dizer o indizível para, assim, se curar um tanto de si mesmo.

Dia mundial da amamentação Amamentar não é fácil, é extremamente desafiador, envolve entrega diária, de corpo, de energi...
01/08/2025

Dia mundial da amamentação

Amamentar não é fácil, é extremamente desafiador, envolve entrega diária, de corpo, de energia psíquica… É desesperador e fascinante ser o único alimento de alguém.

Mas com todos os desafios eu acho amamentar uma das coisas mais incríveis que existem. Nosso corpo se transforma no alimento mais completo que existe para nutrir nosso bebê dia pós dia… Se f**armos doentes transmitimos anticorpos para o bebê pelo leite já oferecendo o tratamento e a cura… Se o bebê estiver doente o contato da saliva dele com o seio ajuda a produzir o leite com os anticorpos que ele precisa para ser curado. Existe coisa mais fascinante que isso?

O leite materno protege o bebê de diversas doenças a curto e longo prazo, auxilia no desenvolvimento cognitivo e beneficia também a mãe, auxiliando na recuperação pós parto e reduzindo as chances de alguns tipos de câncer como ovário e mamas.

Sem contar o quanto beneficia o vínculo mãe bebê né? Como Winnicott diz a amamentação é uma forma de comunicação, o contato, o olho no olho, a maneira pela qual se segura o bebê e assim lhe dá contorno para se sentir seguro no mundo, por meio de um colo que alimenta.

Nos dias mais difíceis aquele olhar no meio da amamentação e aquela maõzinha fazendo carinho como se agradecesse pelo alimento é impagável e renova a força pra escolher continuar todo dia.

Mulheres que não podem/querem amamentar não são menos mães de maneira nenhuma e nem devem se culpar. Mas em um mundo capitalista, no qual a indústria da fórmula busca nos afastar da amamentação todo dia para lucrar. Em um país que a licença maternidade é menor do que o período mínimo recomendado de aleitamento exclusivo e que amamentação em público é muitas vezes sexualizada e a mulher constrangida precisamos defender a amamentação com “unhas e dentes”.

Se você tem dificuldade em amamentar busque uma consultora de amamentação, muda TUDO, não acredite que precisa ser instintivo é algo aprendido, tem técnica, ajuste… Indico .baby1 .doula . Ou busque orientação no banco de leite mais próximo, os bancos de leite fazem um trabalho incrível!

O que pensam sobre ?👇
23/07/2025

O que pensam sobre ?👇

Quando uma pessoa famosa, tão querida, morre entramos em uma espécie de luto coletivo. Quando é alguém que amava tanto v...
21/07/2025

Quando uma pessoa famosa, tão querida, morre entramos em uma espécie de luto coletivo. Quando é alguém que amava tanto viver e lutou tanto pela vida, f**amos ainda um tanto mais tristes.

Preta era reluzente, autêntica, viva, desejante… Inspirou tantas e tantas mulheres a olharem seu corpo com um tanto mais de afeto. Era pura potência!

Durante este período de sua doença, acompanhando os conteúdos de Preta pensei diversas vezes sobre como ela deveria ser uma pessoa incrível e ótima amiga, visto o quanto seus amigos estavam presentes e demonstravam afeto. Vendo os conteúdos de suas amigas em seus últimos dias de vida foi impossível não lembrar da série “Morrendo por sexo” a amizade de Molly e Nikki e o quão potente e linda foi aquela travessia para a morte— tão cheia de vida— ao lado de uma grande amiga.

Preta compartilhou a desilusão amorosa e abandono que sofreu de seu par amoroso no início de sua doença, mas o que não faltou a ela foi amor, da família, das amigas e amigos. Nos deixando essa grande reflexão também, de quanto depositamos toda nossa demanda de amor em um par romântico, acreditando que somente assim estaremos amparadas. Sendo que muitas vezes o amor das amigas e da família (quando suficientemente boa) é o que nos mantém amparadas, vivas e desejantes. Que uma parceria romântica, quando boa, seja um também e não um só.

Que os familiares, amigos e fãs de Preta recebam conforto em seus corações e espaço para viver o luto!

E f**amos com as valiosas reflexões mostradas na vivência de preta sobre amor a si, amor dos amigos, amor à vida !

O medo é o que mais nos aproxima do infantil.Ao falar sobre medos, se percebermos, não nos distanciamos tanto dos medos ...
14/07/2025

O medo é o que mais nos aproxima do infantil.
Ao falar sobre medos, se percebermos, não nos distanciamos tanto dos medos de uma criança — e nem nunca superamos totalmente os medos da “criança de nós mesmos”.
Um adulto ou uma criança tem medo de barata, rato, aranha… de se sentir exposto/vulnerável frente às outras pessoas, de fracassar, “passar vergonha”, decepcionar os pais, se sentir excluído em uma roda de conversa com amigos, chegar a um lugar novo e ter que puxar assunto sem conhecer ninguém…

Medo do escuro, do barulho da geladeira em uma madrugada de insônia, que parece o medo do personagem do filme de terror das madrugadas nas quais pedimos para ir para a cama dos nossos pais, na nossa infância.

Medo de perder quem se ama, medo da solidão, de sentir com intensidade. De não dar conta. Medo de si mesmo, de suas pulsões, de seu ódio, de seu amor. Medo da morte e da vida…

Me emocionei muito com esse episódio de “The Bear”,pois, de fato, quando se trata de medo, somos todos crianças escondidas embaixo de uma mesa, fugindo dos monstros internos e externos.

E que bom quando conseguimos nos permitir ser essa criança encolhida, vulnerável, escondida — porém buscando ser encontrada, acolhida e abraçada.

Que bom quando conseguimos deixar essa criança medrosa falar, por mais ridículo que possa parecer o medo e pedir ajuda. Acho que, se o Carmy desse um tanto mais de voz a esta criança medrosa, poderia ser um pouco mais feliz e se punir menos. E nós também!

Se liga hem 👀
10/07/2025

Se liga hem 👀

❤️
02/07/2025

❤️

Concordam ?E vocês ?👇
27/06/2025

Concordam ?

E vocês ?👇

O Marcus de “Ginny e Georgia” para mim representa muito a melancolia em um luto. A depressão parece anterior a morte do ...
25/06/2025

O Marcus de “Ginny e Georgia” para mim representa muito a melancolia em um luto. A depressão parece anterior a morte do amigo, porém parece ter se agravado após esse evento. Marcus não consegue se permitir sentir prazer, fruir de boas relações por sentir que não as merece.

Freud diz que na melancolia a sombra do objeto perdido recai sobre o Eu. O indivíduo pode se manter intensamente identif**ado por culpa ao objeto morto, se sentindo também um tanto mortif**ado também, pois na melancolia é o próprio Eu quem se empobrece.

Marcus, ao se ver em uma relação na qual ama e é amado, não consegue suportar e não sente que merece essa relação. Parece sentir também medo de ter algo bom e correr o risco de perder e vir a sofrer, escolhendo assim (podendo ser uma escolha inconsciente) permanecer em um lugar já conhecido de sofrimento.

Marcus parece acreditar que cuida de Ginny a mantendo longe dele, pois se vê como “algo ruim na vida de alguém”, um peso, como se sentisse que seus objetos internos ruins e amedrontadores pudessem “contaminar” quem ele se relaciona, algo comum na depressão e na melancolia.

Na cena fortíssima em que ele diz que se odeia, mostra a dificuldade em conseguir receber e oferecer amor sentindo tanta raiva de si mesmo.

Acho a representação da depressão de Marcus muito bem feita na série. Ele tem rede de apoio, pais carinhosos, dedicados, amigos, uma irmã que o ama, uma namorada que o ama, mas a depressão está ali. Ela pode aparecer mesmo em cenários dos quais as pessoas sentem que “o outro não tem problemas”. É algo profundo, complexo, daquele indivíduo, daquela psiquê.

O que acham sobre o Marcus?
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Endereço

São Paulo, SP
03113010

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