03/07/2025
E se o horário em que você come fosse tão importante quanto o que você come?
Um estudo recente publicado na Nature Medicine lança luz sobre essa questão ao investigar os efeitos do jejum intermitente em pessoas com sobrepeso e obesidade. Conduzido por pesquisadores espanhóis, o ensaio acompanhou 197 voluntários durante 12 semanas, associando a dieta mediterrânea com diferentes janelas de alimentação restrita.
O diferencial? O foco não foi apenas na restrição calórica, mas no alinhamento entre os horários das refeições e o relógio biológico do corpo. Os participantes que restringiram sua alimentação ao período da manhã e início da tarde — encerrando as refeições antes do pôr do sol — apresentaram melhores resultados: perderam, em média, de 2 a 3 kg a mais do que o grupo controle. Além disso, observaram-se reduções na gordura subcutânea e melhora significativa na regulação da glicemia noturna.
Esses dados reforçam a ideia de que comer tarde da noite pode interferir na nossa saúde metabólica. Ao antecipar o jantar — ou até mesmo eliminá-lo — o corpo tem mais tempo para realizar seus processos naturais de limpeza, reparo e queima de gordura durante a noite, quando o metabolismo naturalmente desacelera.
Outro ponto positivo foi a boa adesão ao protocolo: os participantes relataram efeitos colaterais mínimos e mais facilidade em manter a rotina alimentar.
Mas atenção: jejum intermitente não é fórmula mágica. Seus efeitos variam conforme o perfil individual, e o acompanhamento profissional é essencial. Quando associado a hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada e sono regulado, pode sim ser uma ferramenta valiosa.
No fim das contas, talvez não seja só “você é o que você come”, mas “você é também quando você come