
25/07/2025
Seus exames estão normais.” Quantas vezes essa frase ecoou em sua mente enquanto o seu corpo gritava por socorro?
A medicina moderna evoluiu em tecnologia, mas regrediu na escuta. Tornou-se refém de números, gráficos e intervalos de referência. Mas saúde não é exatidão. Não é porque algo “parece normal” no papel que está tudo bem. Quem está com 101 e quem está com 999 não vivem o mesmo corpo. “Dentro da referência” não é sinônimo de saúde. É, muitas vezes, o começo do fim.
Quantas pessoas já partiram porque confiaram demais em exames e de menos na própria intuição?
Há pouco, perdi meu pai. Um médico, cuidador de tantas vidas. Mesmo com sintomas evidentes, ele ouviu inúmeras vezes: “Está tudo certo nos exames.” Não estava. O corpo dele avisava. Mas a medicina preferiu os números ao olhar humano. Ele foi embora. Rápido demais. Porque ninguém quis escutar de verdade.
E você? Já se sentiu ignorado por médicos porque os exames estavam “ok”, mesmo com o corpo implorando por atenção?
É hora de lembrar: exames são auxiliares. Não verdades absolutas. O paciente precisa ser ouvido, tocado, observado. Cada dor tem uma história, um contexto. A saúde não cabe em uma planilha.
Se você está lendo isso agora, entenda: sua dor é legítima. Sua percepção é válida. Você não está exagerando.
Precisamos de uma medicina que escute com o coração, que investigue com empatia, que enxergue além do laboratório. Porque muitas vezes, o que é invisível nos números salta aos olhos de quem realmente se importa.
Quantas vidas a mais vamos perder por negligência disfarçada de "resultados dentro da média"?
Não se cale. Não aceite ser resumido a um laudo. Seu corpo fala. E merece ser ouvido.