08/09/2025
À necessidade dos profissionais da área da saúde,se atualizarem no tratamento e principalmente conhecimento em dor crônica se faz urgente. Já venho trilhando este caminho algum tempo. “Nos Estados Unidos , Tudo começa com uma dor aguda na coluna que não recebe o tratamento inicial adequado. Em vez de educação em dor, fisioterapia precoce, explicação clara sobre prognóstico e estratégias de autocuidado, o paciente é lançado numa cascata de exames desnecessários, muitas vezes com ressonância magnética precoce, gerando nocebo e alimentando crenças de fragilidade. O foco é sempre biomédico, restrito ao tecido, nunca à pessoa. A dor se cronifica. A indústria da cirurgia de coluna, altamente lucrativa, empurra o paciente para procedimentos cirúrgicos precoces e muitas vezes desnecessários, movidos pelo interesse econômico e não pela centralidade no paciente. A primeira cirurgia não resolve, vem a segunda, implantes, parafusos, artrodese, a intercorrência acontece Infecção . A dor crônica persiste. O custo é absurdo. Muitos hipotecam a casa, perdem economias, descobrem que o seguro não cobre tudo. O sofrimento se acumula, a depressão chega, os opioides entram em cena. A dependência química se instala. A ruína financeira e pessoal se completa, até a pessoa perder tudo e ir parar nas ruas, invisível até morrer sem cuidado. E isso não é exceção, é frequente, amplamente documentado em estudos. A cascata que gera esse desfecho tem um denominador comum: um sistema que fomenta crenças irracionais, excesso de exames, intervenções ineficazes, procedimentos sem evidência. Não apenas na cirurgia, mas também na fisioterapia e em várias áreas, com intervenções repetidas que não mudam o curso clínico e apenas aumentam o desespero. O sistema não é voltado para a saúde, mas para a doença; não é voltado para a pessoa, mas para a dor localizada no corpo; não acolhe os fatores psicossociais, que seguem relegados a discursos de palco em congressos, distantes da prática real. O resultado é este: vidas despedaçadas por um modelo de saúde que trata colunas, mas esquece pessoas. Tenho visto muitas Bandeiras Gigantes abertas nas ruas do Brasil…” Via