25/08/2017
Deu Match, Crush, e agora o que é que eu faço?
A nova realidade de interação amorosa são os aplicativos de encontro. Os principais são Tinder, Happn, POF, Badoo. Claro existem muitos outros, mas estes são os mais citados e usados. A tecnologia em prol dos relacionamentos afetivos. Isso é muito saudável e aproxima pessoas que na vida real, não gostam de baladas, ou elas têm medo, timidez, receio de chegar em uma pessoa, e iniciar um crush, ou match à moda antiga. Então, acredito que esse novo modo de interagir – que se inicia virtualmente, e depois pode ir para o bom e velho olhos nos olhos, é viável. Para pessoas que tem transtorno de ansiedade social, esses aplicativos são uma ótima maneira de enfrentar seus medos e inseguranças.
Mas nem tudo são flores nesse mar de pessoas que se cadastram e clicam no coração ou no xis. Muitas se sentem num cardápio humano, no qual o perfil quando não é desejado é descartado ou passado ao próximo. Assim como quando você vai a um restaurante, olha o cardápio, e vira para próxima página, pois na anterior não tinha nada que lhe apetecesse. Outros usam o aplicativo apenas para saciar seus desejos se***is – na maioria homens, sem dados estatísticos do IBOPE, ou Data Folha que corrobore essa afirmação – e as mulheres que não têm o mesmo intento, já na sua descrição, alertam os sedentos por s**o e/ou aventuras do espectro, a passarem para a próxima. Os puristas e que estavam acostumados a interações humanas reais, muitas vezes recriminam aqueles que usam meios virtuais para encontrar um(a) namoradx, pois onde já se viu, ver uma foto no celular e começar a conversar, e se tudo der certo sair para tomar um café? E se o perfil é falso? E se for o serial killer?
Ora, antigamente, quando a pessoa amada estava longe, mandava-se foto por correio, e a pessoa tinha que esperar dias, às vezes semanas, para receber. A internet encurta o tempo. Mais uma vez os puristas podem afirmar: essa geração (X, Y, Z) que não sabe esperar, muito ansiosa. Talvez essa afirmação seja parcialmente verdadeira. Mas eu como usuário desses aplicativos, faço minha defesa, que talvez, possa servir para vocês: os tempos mudaram, não? Com o advento da internet, criou-se um universo de possibilidades de interações e troca de informações, em uma velocidade assombrosa nunca antes vista. Uma palavrinha cabe para os puristas à moda antiga: adaptem-se ou fiquem para trás. E para os perfis falsos e potenciais assassinos em série, há a cautela da conversa pelo aplicativo. Depois de algum tempo de conversa, há a troca de WhatsApp, e é nesse momento que muitas vezes você conhece uma parte importante do funcionamento do seu crush ou match: frequência de conversa, se o perfil tem foto ou não, se há reciprocidade. A troca de Facebook pode amenizar e tranquilizar – mas aí vem o desconfiadx e diz, o perfil também pode ser falso. Aí eu digo, você é muito azarado caso isso ocorra. Quanto aos sociopatas e assassinos em série: a vida implica em correr algum tipo de risco. Aí os vulneráveis a danos falarão: você está louco, é muito risco à correr. Mas paremos e pensemos juntos: na vida real, você na balada, toma coragem e vai falar com aquela pessoa que chamou sua atenção. Começam a conversar e o papo flui. Trocam telefone. Aí vocês vão para... o que impede dessa pessoa ser um sociopata ou um serial killer? Nada! E ainda, se levantarem a bola de Bauman e amor líquido...essa é uma questão a ser abordada em outro momento. E se o seu foco for no negativo, pode entrar em contato comigo: prazer, Marcelo Mirandola Bichir, psicólogo.