
09/06/2020
Há pouca gente na rua, quase ninguém.
Poucos carros, pouco movimento,
pouco tudo, quase nada.
Os espaços de encontro e confraternização
estão fechados.
Para nós e também para laços
Para todo e qualquer tipo de amarra
Ou de libertação.
Sair pra onde?
Estar fora é viver a concretude da realidade imposta
A gravidade exposta
Vestir a máscara
Manter distância
E na volta?
Fechar a porta
Lavar, lavar, lavar
Sobreviver, resistir
Reaprender a existir
Dentro
É tempo de renascer, regestar, recolher,
Plantar e colher o novo.
Aparte da banalidade daquele viver,
impossibilitada de desfrutar das futilidades tão singulares
que fazem a vida ser.