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Quer saber mais sobre o assunto?Nesse sábado  venha participar comigo do programa "Paraíso acontece" - às  11h. Estarei ...
26/01/2024

Quer saber mais sobre o assunto?
Nesse sábado venha participar comigo do programa "Paraíso acontece" - às 11h. Estarei sendo entrevistada por Renata Duarte e será um prazer tê-lo (la) conosco!
Ligadinho(a) na FM 103.1 ou no www.radiodafamilia.com.br
Aguardando você!
Nêila Aparecida de Carvalho - Psicóloga

22/08/2022
Os pais têm uma responsabilidade imensa na formação dos filhos  e, necessitam, o tempo todo educar para a vida. E quanta...
17/08/2022

Os pais têm uma responsabilidade imensa na formação dos filhos e, necessitam, o tempo todo educar para a vida. E quantas dúvidas, questionamentos e angústias são despertos nessa tarefa tão trabalhosa e exigente. Ame, ame muito seus filhos e não pensem que demonstrar amor pode "estragá-los". Somente com amor poderemos dar raízes sólidas de valores, como: honestidade, respeito, humildade, empatia, senso de justiça, solidariedade, ética. E as asas são fundamentais para que cada sujeito possa se responsabilizar pelas próprias escolhas e não perder de vista os valores experimentados no colo dos pais. (Nêila Aparecida de Carvalho - Psicóloga)

25/06/2022

“Todos temos uma área interna de sonho, correspondente a um desejo que nem sempre conhecemos inteiramente, que nem sempre faz sentido, mas que por vezes preenche um vazio, este mesmo vazio que quem não consegue preencher, faz sofrer tanto.”

Cora Coralina - mulher de versos preciosos, profundos e delicados...seu primeiro livro só foi publicado quando ela já  t...
05/03/2022

Cora Coralina - mulher de versos preciosos, profundos e delicados...seu primeiro livro só foi publicado quando ela já tinha 76 anos. Ela venceu barreiras e provoca encantamento por escreve sobre o cotidiano e miudezas com sensibilidade e sabedoria.

As mudanças nascem da ousadia humana ao se deparar com as incertezas e desafios de se constituir como sujeito. Toda muda...
17/02/2022

As mudanças nascem da ousadia humana ao se deparar com as incertezas e desafios de se constituir como sujeito. Toda mudança requer ética de acordo com a singularidade de cada um. Mudar sempre, para aprender a conviver em sociedade sem perder a individualidade.
Um processo de grande complexidade, pois a vida é mesmo rara, tão rara, já nos ensina Lenine. (Nêila Aparecida de Carvalho - Psicóloga)

Se responsabilize pela qualidade de sua vida emocional.
28/01/2022

Se responsabilize pela qualidade de sua vida emocional.

Ajude os pequenos a ter  maior qualidade  de vida emocional.  Dedique  um tempo de qualidade para seu filho. A brincadei...
07/01/2022

Ajude os pequenos a ter maior qualidade de vida emocional. Dedique um tempo de qualidade para seu filho. A brincadeira é fundamental para que os pequenos aprendam a lidar com regras, fazer negociações e também a entrar em contato com as frustrações. Menos presentes e mais PRESENÇA!
Branco

Você conhece a Campanha do Janeiro Branco? A Campanha foi idealizada pelo psicólogo Leonardo Abrahão com o objetivo de c...
04/01/2022

Você conhece a Campanha do Janeiro Branco?
A Campanha foi idealizada pelo psicólogo Leonardo Abrahão com o objetivo de conscientizar as pessoas da importância de cuidar da saúde mental e emocional.
A Campanha se espalhou por todo o país e também mundo afora, levando às pessoas reflexões sobre a importância de buscarem, no dia a dia, viverem com maior qualidade de vida em seus aspectos emocionais.
São promovidas diversas ações de conscientização de que todos temos direito à saúde mental, cujo lema é: " Quem cuida da mente, cuida da vida".
Invista em você! Invista em sua saúde emocional:
* Movimente-se
* Estabeleça vínculos afetivos saudáveis
* Faça do diálogo sua fonte de resolução de conflitos
* Pratique a GRATIDÃO
* Estabeleça boas conexões sociais
* Invista em seu autoconhecimento
* Faça terapia
* Leia bons livros
* Seja solidário
(Nêila de Carvalho - Psicóloga)

Quando se respeita alguém não queremos forçar a sua alma sem o seu consentimento.(Simone de Beauvoir)Ao iniciar 2021 a p...
29/12/2021

Quando se respeita alguém não queremos forçar a sua alma sem o seu consentimento.
(Simone de Beauvoir)
Ao iniciar 2021 a palavra RESPEITO foi a escolhida para nortear minha vida e meu trabalho. Encerrando esse ano, penso que ao longo de um ano tão desafiador e de grande estranhamento, busquei trabalhar com respeito à dor, escolhas, angústias e sentimentos diversos experimentados por cada sujeito com quem compartilhei minhas vivências. Agradeço a cada pessoa com quem caminhei e espero que tenhamos construído um espaço de respeito às diversidades sem abandonar a essência da vida, que pude perceber ainda com maior clareza: a vida é mesmo frágil e cada experiência é imprescindível para sermos quem somos nesse espaço que nos é permitido viver. Nêila Aparecida de Carvalho - Psicóloga)

21/12/2021

Observatório Psicanalítico - OP 285/2021

Ensaios sobre acontecimentos sociopolíticos, culturais e institucionais do Brasil e do Mundo.

Glória Watkins deixa bell hooks como herança

Renata Innecco Bittencourt de Carvalho - SPBsb

Gloria Jean Watkins estava ao lado da família e dos amigos em sua casa, nos Estados Unidos, quando faleceu, aos 69 anos, no dia 15 de dezembro de 2021. Sua história de vida imprimiu marcas singulares na teoria e na prática do ativismo social. Como escritora, professora, crítica cultural e poetisa, deixa para o mundo uma longa e signif**ativa produção literária sobre racismo, feminismo, pedagogia, capitalismo e cultura.

Glória construiu minuciosamente um legado, usando a sua própria história como um ato político, como um exemplo de luta contra as injustiças sociais, na qual suas armas principais foram a sua escrita e a sua fala.

Em busca de utilizar seus livros como instrumentos de transformação dissociados de si mesma, assinou as obras com o pseudônimo “bell hooks” - em homenagem a sua avó Bell Blair Hooks - mas grafado com as letras iniciais minúsculas, como um ato político. Sua ideia era de que a obra sobressaísse à autora, focando no conteúdo da escrita e não na sua pessoa. Transitando com maestria entre o individual e o coletivo, entre o particular e o público, exaltava e valorizava a diversidade e a alteridade. Sem incentivar o ódio ao diferente - mulher, não era anti-homem; negra, não era anti-brancos -, defendia a pluralidade de pensamentos quando o objetivo a ser alcançado contribuía para o fortalecimento do movimento contra a opressão.

Uma mulher negra que sentia a necessidade de escrever e publicar seus trabalhos para conscientizar e engajar pessoas, independente do gênero e da cor da pele, em movimentos anti-sexistas e anti-ra***tas. A linguagem de suas dezenas de livros - muitos deles escritos em primeira pessoa - era simples, clara e atemporal. Escreveu para ser compreendida e não para demonstrar a sua capacidade de rebuscamento literário.

O livro “E eu não sou uma mulher?”, lançado em 1981, foi considerado uma das obras mais influentes daquela época e é um clássico da teoria feminista. “O feminismo é para todo mundo” foi uma obra escrita com o objetivo de aproximar as pessoas da temática feminista e demonstrar que se trata de um movimento “contra o sexismo, a exploração sexista e a opressão”, ao invés do que se difunde erroneamente como “um movimento anti-homem”.

Após ter contato com a obra de Paulo Freire, defendeu a educação humanista como prática central da liberdade transgressora na luta antirra***ta e anticapitalista. Enquanto a educação, por ela defendida, deve estar situada na centralidade dos movimentos sociais, o amor é apresentado como elemento nuclear de cura. Na publicação “Tudo sobre o amor”, bell hooks considera amar como um ato político que, entre outros potenciais, tem o poder de curar. Na busca pelo amor nas relações com os outros, ela enfatiza a necessidade do cultivo ao amor-próprio, mesmo que o processo cause feridas. Segundo bell hooks, a base de toda prática amorosa é o amor-próprio, sem o qual falham todos os outros esforços em busca de amar. Assim como Pierre Fédida associa a pluralidade da palavra amor a um buquê de flores enfeixadas, bell hooks escreveu sobre as diversas possibilidades de amar.

Sua produção deixa evidente a sua genialidade, a sua capacidade de ultrapassar as barreiras resultantes das fronteiras ilusórias do conhecimento. Seus registros contribuem para a prática psicanalítica implicada, trazendo, na voz das suas feridas e das suas conquistas, a fala dos segregados silenciados, e evidenciando o sofrimento de muitos pacientes que frequentam os consultórios de psicanálise contemporâneos e, ainda mais, daqueles que se encontram desamparados.

Como um imã, os escritos de bell hooks podem transitar pela identidade analisada na perspectiva dos Estudos Culturais, particularmente, da obra de Stuart Hall. No que tange ao empoderamento feminino, suas ideias representam uma oportunidade de refletir sobre os textos de Mariam Alizade e, particularmente, podem fazer recordar a história da desbravadora psicanalista Virgínia Leone Bicudo. E ainda, infinitas associações como a da “cura pelo amor”, por ela defendida, nos permite enlaçar suas ideias com a célebre frase da paciente de Breuer e Freud que se refere ao seu tratamento como “a cura pela fala”.

A exposição corajosa da vida particular de Glória - entre as injustiças sociais diante do racismo e do machismo - e o conjunto da obra de bell hooks representam e simbolizam a mentalidade coletiva, no sentido bioniano, dos grupos de pessoas que se encontram oprimidas socialmente. Nessa perspectiva, bell hooks é um conjunto de palavras escritas capaz de dar voz ao silêncio de grupos injustiçados e oprimidos ao longo da nossa história.

Glória deixa o convívio com seus familiares e amigos, mas, com e por amor, entrega bell hooks como herança para a humanidade. Que saibamos fazer dela instrumento de cura!

(Os textos publicados são de responsabilidade de seus autores)

Os ensaios do OP são postados no site da Febrapsi. Clique no link abaixo:

https://www.febrapsi.org/

Belíssima reflexão!!!
15/12/2021

Belíssima reflexão!!!

O sertão vai virar mar, dá no coração o medo que algum dia o mar também vire sertão! Esse é um clássico da música popular brasileira, canção de Sá e Guarabyra de 1977, que mostra de forma marcante …

25/11/2021

Observatório Psicanalítico - OP 279/2021

Ensaios sobre acontecimentos sociopolíticos, culturais e institucionais do Brasil e do Mundo.

DESCOLONIZANDO O PENSAMENTO - Vidas Negras Importam - XVII

Janine Severo, Gabriela Seben, Rafaela Degani, Fernanda Soibelman Kilinski e Marcelo Pinheiro - SBPdePA

Em agosto de 2021 demos início ao primeiro seminário sobre relações raciais da história da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre- SBPdePA. Consequência do trabalho realizado em 2020, dentro da instituição, em direção a uma maior tomada de consciência sobre as questões raciais. Sob a diretoria da gestão 2020/2021 e em conjunto com os integrantes do projeto UBUNTU, formou-se um movimento que pôs em marcha intervenções antirra***tas dentro da instituição.

Em meio ao cenário mundial de denúncias às crueldades e discriminações, as instituições psicanalíticas (IPA, FEPAL e FEBRAPSI) vêm apresentando seus manifestos de repúdio ao racismo, à violência e à discriminação, bem como apresentando propostas de ações afirmativas e reparatórias, saindo, desta forma, do silenciamento que vinham até o presente momento. A SBPdePA, através de atividades científ**as, lives, projeto Ubuntu e grupo de estudos, se coloca em movimento antirra***ta e anti-epistemicida, sendo exemplo para outras sociedades.

​O seminário, dialogando com estes movimentos, tem como objetivo promover o estudo sobre o tensionamento existente nas relações inter-raciais, que na maioria das vezes, acontece subliminarmente. A psicanálise surge como possibilidade de explicitar, tornar consciente e assim poder trabalhar estas questões. Para compreensão do colonialismo, do racismo estrutural, da branquitude e da negritude, serão evocados autores clássicos e contemporâneos.

Freud nunca pensou a psicanálise afastada do contexto sociocultural, portanto acreditamos ser fundamental que a psicanálise no Brasil – país formado por uma população de maioria não branca - seja pensada à luz das relações raciais. Do contrário, exerceremos nosso ofício de forma alienada do cenário que nos cerca.

O grupo é composto por quatro colegas, membros do instituto da SBPdePA, mais a coordenadora, que se reúnem todas as quartas-feiras (virtualmente e afetivamente) para estudar obras de autores até então desconhecidos por nós. Com empolgação, surpresa e por vezes dor, debatemos os textos de Frantz Fanon, Aimé Césaire, bell hooks, Grada Kilomba, Lélia Gonzales, Silvio Almeida, Maria Aparecida Bento, Lia Vainer Schucman, Sueli Carneiro, Neusa Santos Souza, dentre outros.

Mas há algo a mais que nos une, para além do amor pela psicanálise e pelo conhecimento: fomos acometidos por um espanto coletivo após a tomada de consciência de nossos privilégios como brancos em um país onde a democracia racial não passa de um mito mal contado. Não cansamos de nos surpreender com nossa ignorância a respeito de um tema tão fundamental. Autores importantíssimos, obras geniais que nunca haviam sido lidas por nós, psicanalistas em formação, leitores assíduos, curiosos, entretanto alienados a respeito desse assunto.

O silenciamento epistemológico f**a evidente ao revisarmos a vasta literatura de autores negros que sempre estiveram ao nosso alcance, mas que nunca enxergávamos. A cada quarta-feira reforçamos a certeza de que não há mais como pensar a psicanálise sem compreender, minimamente, os horrores causados pelo racismo.

Mais do que um seminário, foi uma experiência de vida e, criado um espaço acolhedor, pudemos entrar em contato com aspectos ra***tas dentro de nós que desconhecíamos.

Através das leituras e discussões, véus foram caindo, ficou impossível olhar as relações inter-raciais da mesma maneira ou deixar de ver as formas sutis, mas igualmente violentas, do racismo. F**a o sentimento de que um novo universo se abriu e muita vontade de conhecer mais profundamente os autores estudados (e os que não puderam ser estudados), já que descobrimos obras com um valor imenso, e que dificilmente conheceríamos se não fosse essa oportunidade.
Em meio às leituras cuidadosamente escolhidas pela coordenadora, suscitam questões de toda ordem.

Exemplos não param de surgir, da clínica e da vida, do cotidiano. Lembramos de um passado não tão distante, em que sequer pensávamos sobre o racismo, brancos que somos. Afinal, “não era problema nosso”: um racismo à brasileira do qual, felizmente, buscamos nos desvencilhar. Perguntamo-nos, consternados, como é que não nos ocupávamos desse assunto em nossa prática clínica. Não costumávamos refletir, mais a fundo, sobre os impactos da violência do racismo cotidiano e sobre a forma como se constituem subjetividades em um contexto cultural de modelo colonial, que perdura até os dias de hoje em nossa cultura, ainda que sob novas roupagens.

Ainda são poucos os negros que chegam em nossos consultórios. Certamente existem componentes socioeconômicos e de exclusão, por exemplo, que inviabilizam o acesso à formação psicanalítica e ao tratamento psicanalítico, mas não será esse também um problema relacionado à nossa escuta? Qual será a nossa escuta quando não estamos cientes do racismo estrutural que nos habita?

Como interpelamos o traumático que invade o outro que sofre o racismo na pele se não sabemos de seus impactos subjetivos? Por mais empáticos que sejamos à dor do outro, a dor do racismo requer um outro trabalho, que consiste em colocar no centro da análise e das discussões nas instituições psicanalíticas a problemática ra***ta . Para tanto, é imprescindível a nossa desalienação através do debate e do pensar crítico, algo que este seminário tem nos proporcionado.

Diante da complexidade do racismo no Brasil, onde a maior parte da população acredita haver preconceito contra negros e ao mesmo tempo a imensa maioria desta mesma população não se reconhece como ra***ta, facilmente podemos nos deixar enganar e seguir perpetuando esse ciclo perverso, no qual a população negra permanece à margem da sociedade, sem acesso a direitos básicos.

Neste sentido é fundamental que possamos, além de progredir em nosso próprio processo de letramento racial, fazer com que um número cada vez maior de pessoas ao nosso redor também possa se engajar nesse processo, o qual envolve a percepção da própria branquitude e dos privilégios a ela atrelados.

Entendendo a Psicanálise, desde sua origem, um sítio de branquitude e mentalidade colonizada, faz-se necessário um trabalho profundo em direção à descolonização do pensamento. Nossos institutos, quando promovem a transmissão do conhecimento psicanalítico baseando seus programas em autores brancos e estrangeiros, reproduzem sem ter consciência, uma atitude ra***ta.

A ruptura desta reprodução pode se dar em todos os níveis dos espaços institucionais, através da inclusão de membros no instituto (através de bolsas/cotas), professores convidados, autores e temas, nos seminários, representantes das nações indígena e afro-brasileira, promovendo, assim, o resgate da cultura e da ancestralidade que compõem as raízes do povo brasileiro, bem como reconhecer a sua qualidade epistêmica para além da já conhecida eurocentrada.

Cada vez mais têm-se enfatizado as importantes contribuições que a psicanálise pode oferecer à sociedade , para muito além do que se passa dentro dos consultórios e sociedades psicanalíticas. Psicanálise ampliada e implicada, estudos que vão além de autores homens, brancos e europeus, ineditismo que tem nos servido de bússola em nossos encontros de quarta-feira.

(Os textos publicados são de responsabilidade de seus autores)

Os ensaios do OP são postados no site da Febrapsi. Clique no link abaixo:

https://www.febrapsi.org/

12/11/2021

Observatório Psicanalítico - OP 277/2021

Ensaios sobre acontecimentos sociopolíticos, culturais e institucionais do Brasil e do Mundo.

ROBOCOP GAY*

Ian Favero Nathasje - SBPdePA

Presenciamos recentemente a revolta do jogador de volei Mauricio de Souza com o anúncio de que o filho de Clark Kent e atual Superman John Kent seria bi*****al. Em uma nova edição dos quadrinhos que conta sua história, o personagem se apaixona pelo seu amigo e iniciam um relacionamento. Então o jogador postou em seu instagram a foto do beijo entre Superman e outro homem seguido de: "É só um desenho, não é nada demais. Vai nessa que vai ver onde vamos parar". A postagem rendeu a demissão do jogador do Minas Tênis Clube e o posicionamento de diversos esportistas e famosos contra o jogador, mas também lhe rendeu por volta de 2.000.000 de novos seguidores no instagram.

O mesmo Superman que hoje tem um filho bi*****al já traiu sua esposa, foi nazista, ditador e matou pessoas por simples descontrole ou raiva, entretanto nenhum desses feitos causou uma comoção como o primeiro. Talvez o Superman, com sua força sobre-humana, represente algo de uma masculinidade à qual tudo é permitido, sem limites, como os poderes de Clark Kent. E então nós perguntamos: o que faz com que uma série de pessoas se sinta atacada pelos avanços na representatividade ou conquistas de direitos da comunidade LGBTQIA+? O que toca a sexualidade de um herói que revolta mais do que a sua vilanização?

O Brasil vem de uma história recente de conquistas sociais que são constantemente atacadas como "privilégios das minorias". Na última eleição presidencial, fake news como "mamadeira de piroca" e a famigerada "ideologia de gênero" davam forma ao pavor de que de alguma forma existisse um plano de LGBTQuizar todas as pessoas do universo, um plano digno de vilão de quadrinhos. Também em 2018, o então prefeito do Rio de Janeiro mandou retirar de circulação uma revista em quadrinhoS em que tinha - para o horror de alguns - um beijo gay. Cenas como essa se repetem no Brasil e no mundo. Filmes de super heróis, liderados por mulheres, por exemplo, recebem uma quantidade maior de "hate" online do que os protagonizados por homens.

Mais recentemente, um filme recém-lançado (Eternos), porém já famoso por ser o mais diverso do seu estúdio - com personagens asiáticos, uma personagem portadora de deficiência, maior número de mulheres ocupando papéis principais e um beijo gay - já estava sendo avaliado antes do seu lançamento como o pior filme do MCU (Marvel Cinematic Universe). Isso mesmo quando personagens LGBTQIA+ nos quadrinhos já não são novidade e envolvem nomes importantes das duas maiores editoras (DC e Marvel) entre eles: Homem de Gelo, Hulkling, Wiccano, Estrela Polar, Mulher Maravilha, Arlequina, Hera Venenosa, Deadpool, John Constantine, Lanterna Verde, Loki e agora John Kent etc.

O que essas pessoas parecem sentir é um profundo sentimento de injustiça, um ressentimento, onde um outro diferente (cor, gênero, orientação sexual, etc.) poder viver uma vida (um pouco mais) plena, signif**a para si um furto, como se este outro lhe tirasse algo que parece completamente seu, nesse caso, a Masculinidade. Talvez a questão é que essa masculinidade não é própria, parece corresponder a identif**ações e ideais narcísicos de seus pais, avôs, bisavôs e, portanto, um legado a ser protegido a todo custo. Novamente talvez, caso fosse possível uma reflexão, poderia-se pensar que beijar outro homem não torna o superman fraco ou menor, mas esse legado de uma masculinidade toda poderosa não parece ser integrado e, portanto, metabolizado, tornado próprio e com possibilidade de ser mexido, refeito, individualizado, atualizado. Isto, que f**a não integrado, parece passar de geração em geração com suas regras, dogmas e fragilidades. Tudo que foge a essa masculinidade, que a tensiona, que a torna desconfortável, deslocada, atinge o sujeito, mas também a longa linhagem de pessoas que estão transmitindo um código pré-fabricado de como ser e agir, nunca tornado seu.

Para além do benefício social largamente discutido da representatividade e da possibilidade que jovens LGBTQIA+ possam se reconhecer nesses personagens que nos inspiram, é fundamental que as masculinidades se multipliquem e permitam identif**ações e pluralidades que vão além da ordem gênero-orientação sexual. As identif**ações, a serviço da outridade, propiciam a existência de pessoas cada vez mais complexas, interessantes e diversas.

(Os textos publicados são de responsabilidade de seus autores)

*Robocop Gay - Mamonas Assassinas - lançada em outubro de 1995.

Os ensaios do OP são postados no site da Febrapsi. Clique no link abaixo:

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11/11/2021

Temos espaço para sonhar atualmente? Quando se está dentro de um pesadelo não se sabe que é pesadelo, é real!

08/11/2021

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São Sebastião Do Paraíso, MG
37950-000

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