05/07/2025
Um dos estudos mais relevantes sobre a relação entre alimentação e sintomas de TDAH foi publicado em 2011, na revista The Lancet.
Os pesquisadores avaliaram o impacto de uma dieta de eliminação rigorosa em crianças diagnosticadas com
TDAH. O resultado? Cerca de 64% dessas crianças apresentaram melhora significativa nos sintomas apenas com a retirada de alimentos potencialmente inflamatórios e aditivos alimentares.
Quando os alimentos excluídos foram reintroduzidos, 63% voltaram a apresentar os sintomas comportamentais.
O que esse estudo nos mostra é que, para uma parcela importante das crianças, fatores alimentares podem ser um gatilho direto para alterações de atenção, comportamento e até regulação emocional.
Isso não significa que todo caso de TDAH tem origem nutricional, mas sim que avaliar o impacto da alimentação é uma etapa que não pode ser ignorada em uma abordagem clínica completa.
Na prática, isso envolve:
✅ Investigar hipersensibilidades alimentares e intolerâncias
✅ Reduzir aditivos químicos e ultraprocessados
✅ Fortalecer a saúde intestinal e o perfil anti-inflamatório da dieta
O diagnóstico de TDAH precisa ser cuidadoso e multidimensional. E a alimentação é uma peça importante desse quebra-cabeça.
Referência: Pelsser et al., The Lancet, 2011.