Projeto Cíclicas

Nesse espaço, fazemos dos diálogos, arte, cultura e notícias nossas ferramentas para o autoconhecimento e a construção do novo papel da mulher em sociedade.

12/12/2022

Entender a importância de cada ciclo é fundamental para uma vida melhor.

Em nossa cultura, o final de ano é visto como um período de mudança, renovação e uma nova oportunidade para fazer diferente. E é mesmo.

Sem autocobrança e com os pés no chão, este é o momento de analisar o que extrair de positivo do ano que termina; quais relações você quer levar adiante, o que te fez forte. Além disso, também é hora de deixar para trás o que não faz mais sentido para você.

O segredo é entender que não se pode controlar tudo, que planos dependem de circunstâncias que fogem do nosso domínio e que cada momento é importante, seja para curtir ou aprender algo.

Respire fundo e abrace o novo ciclo que está chegando. Abrace também o ciclo que se fecha e a oportunidade de aprendizado que teve. Abrace quem você ama e mentalize coisas boas para o ano que virá.

Por aqui, entrarei em recesso, então nos vemos logo adiante. Até 2023!

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02/12/2022

Fim de ano chegando, vamos falar de boas lembranças?

Nessa retrospectiva, três obras de mulheres escritoras foram essenciais para a minha jornada, não apenas como leitora, mas como mulher, em 2022. Afinal, a literatura feminina empodera e traz aquele olhar que só nós conhecemos.

A Redoma de Vidro, da Sylvia Plath, é um romance autobiográfico da autora. Um mapeamento emocional da personagem principal: uma mulher consciente de suas lutas numa sociedade patriarcal e o desdobramento disso em sua saúde mental. Uma leitura emocionante e necessária.

A segunda obra, O Ano do Pensamento Mágico, de Joan Didion, conta a história de uma mulher que consegue se reerguer, após vivenciar o luto, e ressignificar ciclos em sua experiência pessoal, apesar das tragédias em sua família. É a força feminina como principal narrativa do texto.

Por último, mas não menos importante, o livro Um Teto Todo Seu, de Virginia Woolf, que dispensa comentários. A obra é um acervo de palestras da autora, que abordam a realidade social das mulheres na produção literária. Vale a leitura!

E você, tem alguma indicação de leitura que te fez bem em 2022? Deixa nos comentários.

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29/11/2022

Quando falamos em relacionamentos abusivos, o primeiro pensamento que vem à mente é sobre relações amorosas.

Acontece que esse tipo de violência pode ocorrer em qualquer tipo de relação, como amizades e relacionamentos familiares. Para isso, basta que haja um excesso de poder em um dos lados e que isso se reflita em opressões, manipulação, entre outros tipos de abuso.

É preciso considerar, é claro, que não existem pessoas ou relacionamentos perfeitos. Eventualmente existirão erros, brigas, desentendimentos e mágoas. Isso é normal de qualquer relação saudável. O problema começa quando não há espaço para dialogar.

Para evitar essa situação, esteja atenta aos seguintes sinais em uma amiga ou familiar: ciúme e cobrança excessivas, competitividade, invalidação da sua opinião, imposição de suas vontades, críticas, julgamentos e dependência emocional.

No final das contas, isso pode ocorrer em todos os tipos de relações humanas, especialmente onde hajam hierarquias, como no âmbito profissional ou acadêmico.

Por isso, é preciso estar atenta e discutir o assunto sempre que possível. Assim, ficará mais fácil identificar os sinais e lidar com esses comportamentos abusivos antes que se tornem um problema ainda maior.

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25/11/2022

Nesse Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher, que tal falarmos um pouco sobre as formas práticas de se combatê-la?

Grande parte das mulheres já vivenciou uma relação abusiva. Sabemos o quanto é perigoso e tóxico, por isso não é incomum que acabemos nos afetando mesmo quando não somos a vítima.

Quantas vezes não nos sentimos impotentes por vermos uma amiga, familiar ou mesmo uma conhecida sendo vítima. É uma situação em que não temos o controle e essa sensação de impotência pode ser tão dolorosa quanto a vivida na pele.

Nem sempre é fácil identificar uma situação de violência, mas é importante estar atenta a indícios como o afastamento social, marcas no corpo, perda da alegria ou mesmo o abandono repentino de hobbies e comportamentos que faziam parte da vida de uma mulher.

Se você presenciar ou desconfiar que algo não está certo, não aponte o dedo, pois isso pode acabar assustando e afastando uma mulher que esteja vivendo um contexto de manipulação, medo e culpa. Seja sempre uma rede de apoio e não alguém que gera mais culpa e vergonha.

Lembre-se que o ciclo da violência não tem só fases ruins e que a dependência emocional não é tão simples de se superar. Por isso, além de seguir esses passos, não deixe de indicar a psicoterapia ou em casos extremos, denunciar o agressor.

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20/11/2022

Apesar de não haver relação biológica entre saúde mental e raça, existem estudos que comprovam que doenças como depressão e ansiedade são mais comuns nas populações autodeclaradas negra e parda.

Isso significa que o racismo produz não só vítimas de violência física. A desqualificação, constrangimento, marginalização, exploração e assédio psicológico também são formas de agredir alguém.

As agressões são sociais, culturais, políticas e psicológicas, mas além disso tudo, também são estruturais e diárias. Viver nesse contexto e ambiente pode afetar o senso de identidade de qualquer pessoa, fazendo-a sentir ansiedade, medo, inferioridade e por aí vai.

Podemos e precisamos mudar essa realidade o mais rápido possível, pois já não é suficiente não ser ra***ta, é preciso fazer a sua parte para mudar o contexto.

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19/11/2022

Hoje é dia de celebrar!

Celebrar as mulheres que empreendem, que lideram, que criam, que comandam... enfim, um dia para celebrar o protagonismo feminino nos negócios, que cresce a cada dia mais.

Um dos maiores motivos para comemorarmos essa data é que há algum tempo atrás, sequer existiam oportunidade para as mulheres no meio corporativo. Hoje em dia, o empreendedorismo feminino é essencial para a nossa economia.

Mais do que isso, ter mulheres em posições de liderança é importante para que nossas necessidades e demandas sejam respeitadas e consideradas pelas corporações que produzem aquilo que consumimos.

A Soraia Zonta é um excelente exemplo disso. Ao perceber que o uso de cosméticos lhe causava alergias de pele graves, ela não decidiu abandonar seu autocuidado. Pelo contrario, ela fundou a , uma marca de beleza limpa.

Com a Soraia a frente, a Bioart foi a primeira empresa do Brasil a adotar um modelo de negócios baseado em produtos naturais, orgânicos, veganos e sustentáveis para quem busca a beleza sem descuidar de questões éticas e ambientais.

Apoie negócios como o dela, e também os de produtoras locais, de pequenas empresárias e por aí vai... Juntas podemos combater a desigualdade de gênero e tornar a sociedade mais justa e inclusiva.

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15/11/2022

Quantas horas você tem dormido por dia?

Quando falamos em autocuidado, o que vem à mente da maioria das pessoas são hábitos relacionados à alimentação, prática de exercícios físicos, psicoterapia e até mesmo o consumo de água, que vem ganhando cada vez mais atenção.

O sono, na contra-mão, vem perdendo cada vez mais espaço na rotina das pessoas em geral, especialmente dos jovens. Ainda que as pressões e a pressa da vida moderna justifiquem esse padrão, a verdade é que o sono é essencial para o bem-estar físico, mental e emocional.

Isso ocorre, pois enquanto dormimos, o nosso corpo trabalha para manter funções importantes em equilíbrio, como a regulação de níveis hormonais e da frequência respiratória, a estabilização do humor, a regeneração do corpo e a consolidação de novas memórias.

Na prática, é durante a noite que o cérebro se restaura e se organiza. Por isso a privação de sono ou mesmo um sono irregular ou de baixa qualidade pode gerar indisposição e falta de concentração, raciocínio e memória, além de ser um fator de risco para o desenvolvimento de transtornos como baixa autoestima, depressão e ansiedade.

Por isso, frisamos tanto a importância de combinar a psicoterapia com um conjunto de mudanças no estilo de vida, pois a boa saúde mental favorece o sono e vice-versa.

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11/11/2022

Desistir de um processo, também significa abrir mão das recompensas que te esperam no caminho.

Diferente de outros tipos de jornada, a psicoterapia nem sempre oferece um desfecho, uma página final ou linha de chegada. Mas isso não quer dizer que não haja evolução. Nesse caso, o objetivo é o processo em si.

Esse processo transforma, mas pode levar tempo. Cura, mas requer paciência. Aperfeiçoa, mas para isso exige dedicação e a disposição do paciente para assumir o protagonismo na relação terapêutica e em sua própria vida.

A verdade é que o processo terapêutico exige investimento de tempo, de dinheiro e principalmente de coragem para trazer à luz justamente as questões mais delicadas para o paciente, para então ressignificá-las.

Por isso, não são poucos os pacientes que chegam na primeira sessão já perguntando sobre o "prazo" do tratamento. Além disso, também é comum que, ao se depararem com uma dificuldade financeira, as pessoas façam os primeiros cortes nos custos relacionados à saúde e bem-estar.

É claro, que não cabe a mim, nem a ninguém, questionar sobre as motivações pessoais de alguém. Apesar disso, a verdade é que interromper o tratamento bruscamente pode trazer ainda mais prejuízos para o paciente.

Se possível, fale com a sua psicóloga ou busque outra profissional. Com certeza, a manutenção do psicoterapia em sua vida será capaz de trazer autoconhecimento, autoestima, amadurecimento emocional, melhoria nos relacionamentos e na carreira e uma nova visão de mundo.

Além disso, o processo terapêutico também é capaz de lhe ajudar a desenvolver ferramentas psicológicas e emocionais para lidar de forma autônoma até mesmo nas situações mais desafiadoras.

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08/11/2022

Nós sempre aprendemos sobre a história da humanidade pelo ponto de vista masculino.

Com mais frequência do que gostaríamos, os feitos dos homens ganham grande destaque, enquanto as conquistas e o legado de grandes mulheres é convenientemente esquecido. Mesmo em campos onde já nos tornamos protagonistas.

Por exemplo, ainda que as mulheres sejam maioria absoluta no campo da saúde mental, o ensino da psicologia ainda se pauta, quase que exclusivamente, em teorias e conhecimento produzido por homens como Skinner, Jung e Heidegger.

Não estou dizendo que não são perspectivas fundamentais para o aprendizado da psicologia, apenas questionando sobre a falta de reconhecimento aos grandes nomes femininos. Afinal, aprender sobre visões de mundo com diferentes recortes de gênero não enriqueceria o aprendizado?

Por isso, trago dois grandes nomes da saúde mental pra você pesquisar e se inspirar: Anna Freud e Nise da Silveira. Anna foi uma das grandes responsáveis pelo estudo da mente infantil, e sua obra serve de base para pesquisas até hoje. A Nise, por sua vez, foi uma voz fundamental na luta pela reforma psiquiátrica e por uma abordagem mais humana.

Além disso, é bom lembrar que o descrédito e falta de acesso das mulheres à ciência e ao mercado de trabalho certamente inviabilizaram muitas outras contribuições e avanços teóricos e tecnológicos.

Felizmente, a história ainda está sendo escrita, e as mulheres estão cada vez mais empoderadas e motivadas à fazerem parte dela.

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05/11/2022

Apesar da adoção ainda ser um processo cercado de tabus e preconceitos infundados, a verdade é que cada vez mais família estão escolhendo ter um filho por essa via.

Ainda que o processo de criação seja igual para biológicos e adotados, no caso da adoção é possível se programar e planejar com mais calma. Acontece que, ainda que isso seja benéfico em vários sentidos, sobra mais espaço para inseguranças. "Será que esse é o momento certo?", "Será que estou pronta?", são dúvidas comuns.

Afinal, existe hora certa para adotar? Bom, mais uma vez, é importante lembrar que as responsabilidades, demandas e desafios serão iguais à decisão de gestar uma criança. Sua decisão impactará para sempre a sua vida, a de seu parceiro ou parceira (se houver) e especialmente a vida de um ser humano em desenvolvimento.

Independente da via escolhida, lembre-se que a criança fofinha irá se tornar um adolescente e depois um adulto independente. Biológico ou não, nada poderá te garantir que ele não irá se distanciar, te confrontar e até mesmo se envolver com pessoas e escolhas que você não aprova, em algum momento da vida.

Isso é natural, mas não é fácil. Então, antes de escolher ter um filho certifique-se que não está fazendo isso por pressões externas, familiares ou sociais. Busque informações em entidades de apoio. Encontre e dialogue com quem já esteve nessa situação. Assista filmes e leia livros sobre famílias diversas.

No final, não há regras para a maternidade. Prepare-se para lidar com o desconhecido, seja bom ou ruim.

Se sonha em maternar, mas não se sente segura sobre sua situação atual ou maturidade emocional, a psicoterapia pode te ajudar a entender melhor esse momento e decidir-se com mais segurança.

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02/11/2022

Mais cedo ou mais tarde, todos nós enfrentaremos situações desafiadoras durante a vida. A resiliência é a capacidade de se adaptar ao contexto, resistir e superar esses desafios.

Antes de tudo, vale a pena falar sobre o que NÃO é resiliência. Esse conceito não é sobre o otimismo incondicional, a negação dos problemas ou a positividade tóxica, e sim sobre a forma de reagir aos problemas.

Ser uma pessoa resiliente não poupará ninguém de sofrer, mas tornará as fases difíceis mais suportáveis para que você consiga passar por elas e se reconstruir. Afinal de contas, é pouco realista acreditar que todos os dias serão felizes.

Felizmente, a resiliência é uma capacidade que pode ser aprendida por todos, pois envolve sentimentos e pensamentos que podem ser desenvolvidos com intencionalidade e tempo.

Sabemos ainda, que existem alguns fatores capazes de contribuir para o a adaptação às adversidades, como a adoção de uma postura positiva, a disponibilidade e qualidade de recursos sociais e o desenvolvimento de estratégias de enfrentamento, que sejam saudáveis.

Para desenvolver a resiliência é preciso estar bem consigo mesma, entender que mudanças fazem parte da vida, ser emocionalmente flexível, estar engajada com atividades que tragam significado para a sua vida e construir uma rede de apoio.

Além disso, a psicoterapia também é uma ferramenta poderosa para te ajudar a desenvolver recursos emocionais e cognitivos de enfrentamento.

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28/10/2022

Felizmente, percebo que a pauta feminista vem ganhando um destaque cada vez maior nas redes, na mídia e nas rodas de conversa.

Pensando nisso, pensei em trazer algumas sugestões de leitura para que você possa dialogar sempre com referências e fontes confiáveis.

Além disso, esses livros estão repleto de mulheres incríveis e trajetórias inspiradoras que vão mudar completamente a sua perspectiva sobre o feminismo.

🌙 Mulheres, raça e classe - Essa obra é essencial para mostrar que, em uma sociedade ra***ta, existe um recorte ainda mais sensível dentro da luta feminista: o da mulher negra.

🌙 Mulheres que Correm com os Lobos - Um dos meus livros de cabeceira. A autora usa mitos como recurso para mostrar como a sociedade vem tentando domesticar os instintos e ciclos femininos ao longo do tempo.

🌙 Lute Como uma Garota - Esse livro reúne diversas histórias de mulheres que contribuíram com essa a luta feminista, mostrando o seu legado e grandes feitos.

Não foi fácil escolher só 3, então comenta aí se você gostou das recomendações e se gostaria de mais conteúdo como esse por aqui.

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25/10/2022

Quando amamos uma pessoa, o desejo de protegê-la é natural. Mas e quando o cuidado se transforma em opressão, controle ou invasão de privacidade?

A linha entre o cuidado e o controle é tão sutil, que muitas vezes não percebemos a diferença. Inclusive, é assim que muitos relacionamentos abusivos começam: quando o amor e a gentileza se transformam lentamente em autoritarismo.

A verdade é que o amor exige atenção e olhar, mas é preciso aceitar que o outro tem sua individualidade. Por isso, não é possível e nem saudável tentar controlar os seus direitos, vontades e limitações.

"Mas afinal, como identificar se meu parceiro ou parceira é controlador?" Infelizmente não há uma forma exata, pois o que é cuidado ou não também depende da interpretação de cada um. Inclusive, também existem relacionamentos controladores entre pais e filhos, amigos e por ai vai.

Deixo algumas perguntas úteis para se fazer: alguém parece ter mais poder dentro da relação? Você se sente confortável com o cuidado do outro? Você se sente livre para negar esse cuidado, se assim quiser? Você tem autonomia para fazer o que deseja? Há espaço para acordos ou só um dita as regras?

Por fim: olhando atentamente, a fonte do cuidado do outro é uma preocupação genuína com o seu bem-estar ou parece estar mais relacionada com o medo de perder o controle da situação?

O amor para se saudável e maduro, também precisa ser corajoso para respeitar o protagonismo do outro em sua própria vida.

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21/10/2022

Vocês já devem ter percebido que falo bastante sobre empatia por aqui, mas afinal o que é isso?

Resumindo, ter empatia é compreender e respeitar o olhar do outro e sua perspectiva da vida, ainda que suas ideias, pensamentos e sentimentos sejam diferentes dos seus.

A pessoa empática é capaz de se conectar profundamente com a verdade e a história de outras pessoas, inclusive aquelas que não tem nem mesmo um vinculo afetivo com ela.

Ela entende que cada pessoa foi moldada dentro de diferentes experiências, e por isso busca sempre tentar entender as motivações, necessidades e limitações do outro.

Mas acredite, a empatia não impacta apenas à pessoa do outro lado, pois praticar a empatia também fortalece os laços de amizade e afeto, torna qualquer diálogo mais construtivo e eficiente, e ainda pode melhorar a qualidade da saúde mental e até mesmo na carreira.

Apesar de ser uma habilidade natural de algumas pessoas, o desenvolvimento de um comportamento mais empático é possível para todas, e pode ser estimulado com ações simples: escutar as outras pessoas, buscar entendê-las ainda que não concorde, fazer perguntas e sempre se colocar no lugar do outro.

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18/10/2022

Nenhuma mulher espera ser diagnosticada com o câncer de mama, mas ignorar o problema não o faz deixar de existir.

A verdade, que precisamos enfrentar juntas, é que o número de mulheres com essa doença não para de crescer em diferentes faixas etárias e é preciso de conscientização para combater esses números com informação confiável, afinal há muito em jogo.

Esse é o tipo de câncer que mais preocupa as mulheres, pois além dos efeitos que qualquer diagnóstico é capaz de trazer, como medo, ansiedade e insegurança com o desconhecido, também podem ocorrer prejuízos psicológicos, de autoimagem e autoestima.

Isso acontece pois não é incomum que o tratamento leve à queda de cabelos, retirada ou alteração da coloração das mamas e baixa libido. São muitas mudanças, justamente nas características mais valorizadas socialmente nas mulheres e que são consideradas símbolos da feminilidade.

Tudo isso torna o tratamento um período altamente desafiador, tanto para a paciente quanto para as pessoas que a amam. Por isso, o papel de uma rede de apoio é fundamental para ampará-la, compreendê-la e incentivá-la.

E nessa rede, todos tem um papel importante: o companheiro ou companheira, os familiares, os amigos e principalmente uma psicoterapeuta, em que a paciente possa confiar para compartilhar sua nova rotina, suas inseguranças e suas vitórias, sem medo de ser julgada.

Por fim, lembre-se que a prevenção e o diagnóstico precoce são o melhor caminho. Realize o seu autoexame, visite o ginecologista anualmente e cultive sempre bons hábitos!

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14/10/2022

Se a masculinidade tóxica, em si, já é um fenômeno social perigoso, imagine o estrago que ela poderia causar se fosse a principal característica da autoridade máxima de uma nação.

Infelizmente, essa já não se trata mais de uma questão filosófica desde 2018, quando vimos ascender ao poder uma figura que representa todas as ideias que buscamos combater neste perfil.

Pensando nisso, pensei em compartilhar com vocês um documentário impactante e provocativo, que assisti recentemente, o Quebrando Mitos: a frágil e catastrófica masculinidade de Bolsonaro.

Lançado no final do mês passado, o longa metragem do casal Fernando Andrade e Fernando Siqueira já bateu diversos recordes na plataforma do Youtube.

O documentário combina os gêneros autobiografia e reportagem, e traz uma narrativa corajosa sobre as ameaças recebidas por um dos autores após se assumir homossexual.

Além de falar sobre os perigos da hipermasculinidade, do culto à virilidade e sobre o papel do bolsonarismo no aumento da violência contra as minorias, o documentário também inspira por mostrar a força, coragem e capacidade de resistência desses mesmos grupos (mulheres, populações indígenas, periféricas, negra e LGBTQIA+)

O documentário está disponível gratuitamente no Youtube e também pode ser encontrado no perfil .mitos

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10/10/2022

Hoje celebramos o Dia Mundial da Saúde Mental e o Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher, mas se você pensa que essas duas temática só se encontram nessa data, está muito enganada.

Não é de hoje que entendemos a violência e a desigualdade de gênero como dois dos principais fatores de risco para a saúde mental de meninas e mulheres.

Como mulher e psicóloga, entendo que essa questão é prioritária, já que a saúde mental não é apenas uma questão de saúde, mas também social, cultural e estrutural.

Independente de seu tipo (física, psicológica, moral, sexual, etc.), a violência sempre trará prejuízos para o bem-estar, podendo também causar quadros de depressão ansiedade e por aí vai.

O combate à violência exige diversas estratégias complementares, sendo uma delas o aumento da participação feminina na política.

Juntas, precisamos eleger representantes que entendam e lutem por uma agenda governamental comprometida com as mulheres e suas demandas específicas em campos como saúde, segurança e direitos reprodutivos.

Somos a maioria numérica e minoria nos espaços de decisão, por isso é nosso papel usarmos as nossas vozes para exigir o fortalecimento de políticas públicas existentes, além de lutar por uma sociedade mais justa para todas.

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07/10/2022

Quem é seu filho ou filha? Qual é a sua missão no mundo?

A rotina de uma mãe é tão desafiadora, que dificilmente sobra tempo para refletir que seu filho pequeno é um ser humano à parte, e não apenas uma extensão de si mesma.

Ele tem seus próprios sonhos, desafios, habilidades, desejos, propósitos e uma personalidade única, e é parte de seu papel como mãe incentivá-lo a se desenvolver dentro de sua própria identidade e orgulhar-se dela.

Calma, é natural do ser humano ter expectativas e com os filhos não é diferente, mas é preciso ter limites para evitar que a criança, em busca de agradar aos outros, deixe de buscar o seu próprio caminho.

É preciso oferecer autonomia para que seu filho cresça seguro de si e assuma o protagonismo de sua vida. É claro que essa liberdade deve estar acompanhada de outros princípios, para que suas decisões sejam conscientes, empáticas e coerentes.

A infância é um fase essencial para a construção da identidade, por isso é preciso dialogar abertamente, escutar e buscar entender as motivações das atitudes de seu filho.

Faça perguntas sobre aquilo que lhe desperta interesse e ofereça opções de atividades curriculares, esportivas e culturais antes de escolher uma por conta própria. Ao invés de impor, ofereça o seu ponto de vista e argumente.

Por fim, é sempre bom estimular a representatividade e elogiar seu estilo pessoal. A autoestima agradece!

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30/09/2022

O que é possível fazer depois dos 50 anos?

Segundo a influenciadora, colunista da Vogue e TED Speaker Adri Coelho, que idealizou o projeto , a resposta é simples: tudo aquilo que ela quiser, afinal a idade em si não é limitante para nada.

Com 56 anos, essa mulher orgulhosamente madura decidiu abraçar o seu processo de envelhecimento e dar voz para que outras mulheres dessa faixa etária, que começavam a se sentir invisíveis, também pudessem se empoderar de sua bagagem de vida.

Cansada da mentalidade que valoriza apenas a juventude e faz as pessoas se sentirem velhas cada vez mais cedo, a Adri ousou falar abertamente sobre as belezas, potencias e desafios vividos pela comunidade 50+.

Em suas redes, ela prova que tudo é possível após os 50 anos e para isso basta cultivar autoestima, coragem e saúde física e mental. Com isso, é possível descobrir novas paixões, se relacionar, fazer novos amigos, conquistar novos espaços, além de explorar o mundo e a si mesma.

Seu conteúdo inspirador e divertido se tornou uma motivação para muitas mulheres que passaram a enxergar novas possibilidades a serem vividas.

Como diria a Adri: a coroa também é um símbolo de poder!

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26/09/2022

Comprar, beber, comer, usar a internet, fazer s**o e etc. O que é que você faz que te traz satisfação e felicidade?

Se realizadas de forma saudável e equilibrada, todas essas atividades podem ser benéficas para você de alguma forma. Então, como identificar e o que fazer quando uma delas se torna uma compulsão?

Diferente do que muitos pensam, não é apenas o consumo de álcool e dr**as que pode ser objeto da compulsão, pois ela nada mais é do uma relação doentia com os estímulos que te causam prazer a curto prazo, o que pode incluir o trabalho ou até mesmo a prática de exercícios físicos.

Outro problema, bastante comum, é que alguns tipos de compulsão tendem a ser socialmente aceitos e até mesmo incentivados. Porém, também podem trazer prejuízos financeiros, físicos, psicológicos e emocionais; e por isso, também requerem atenção.

Para identificar um comportamento compulsivo, avalie: você sente necessidade de fazer ou consumir algo de forma exagerada, repetitiva e repentina? Você conseguiria se controlar se quisesse? Essa é sua única fonte de alívio e recompensa em casos de tensão ou frustração?

Lembre-se que nada em exagero é positivo e, principalmente, que nenhum prazer deve ter o poder de te controlar ou ser condicionante da sua felicidade.

Por isso, ao identificar um padrão de compulsividade, busque fontes alternativas de prazer e busque ajuda! A psicoterapia pode te ajudar a identificar os gatilhos do seu comportamento e encontrar um meio termo saudável para aquilo que te faz bem.

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Pessoas com deficiência tem a vida sexual ativa? ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Claro, porque não? Diferente do que algumas pessoas pensam, ter alguma deficiência não impede em nada que uma pessoa possa e deva se relacionar afetiva e sexualmente, viver aventuras ou grande romance. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Com ou sem deficiência, todas as pessoas precisam de carinho, compreensão, prazer e sentirem-se amadas e desejadas, mas se a sexualidade já é tabu, para as pessoas com deficiência esse ainda é um dos principais preconceitos enfrentados. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Seja por ignorância ou hipocrisia, muitas pessoas ainda acreditam e propagam que as PCD são fisicamente incapazes, e esse é um desafio muito mais difícil e doloroso de superar do que qualquer deficiência. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Se você adquiriu uma deficiência recentemente, não deixe de respeitar seu tempo de adaptação à nova realidade, mas acredite, o tempo e o processo terapêutico podem te ajudar a desenvolver novas habilidades, encontrar a auto aceitação e aprender que é possível conviver com a deficiência, amar, se relacionar sexualmente, ter filhos e ter uma vida feliz e completa. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Afinal de contas, tanto para o sexo, quanto para a vida, não há um manual e sim a possibilidade de novas descobertas. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ 💁🏼‍♀️ Psicóloga Luana Moraes Almeida ✒️ CRP: 06/136875 📲 (13) 99189-7124 📧 projetociclicas@gmail.com 📍 R. Frei Gaspar, 674 ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ #ProjetoCíclicas #SaúdeMental #Mulher #Sexo #Sexualidade #PCD #PessoaComDeficiência

Levante a mão aí quem já dançou muito ao som de Britney Spears, quando mais nova? ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Como pré-adolescente, sempre a vi como um mulherão, mas nunca me perguntei que tipo de violências uma mulher como ela sofre por traz dos holofotes. Depois do documentário "Framing Britney Spears", percebo que fui inocente ao pensar que a fama poderia blindar completamente as opressões de ser uma mulher. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Foi impactante assistir a forma como a tratavam desde criança: questionando sua inocência, fazendo comentários sobre seu corpo e sexualidade. Sua delicadeza e feminilidade autênticas incomodavam a sociedade, que a subestimou e objetificou, como forma de punição. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Apesar disso, quando ela se tornou o ícone sexual que sempre lhe foi atribuído, também foi julgada e condenada por isso: foi culpada e exposta pelo fim de seus relacionamentos e ainda foi afastada de seus próprios filhos. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Ainda hoje, por incrível que pareça, ela é impedida pela justiça de tomar as próprias decisões por sua vida e carreira, enquanto a indústria da fofoca continua ganhando rios de dinheiro com seu sofrimento e surtos. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Ter que sorrir, agradar a todos, ser gentil e estar sempre linda.. Essas são prisões de que poucos falam, mas que muitas vivem. Sobre tudo isso e sobre essa história que ela está vivendo: Será que algo assim aconteceria com um homem? ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ 💁🏼‍♀️ Psicóloga Luana Moraes Almeida ✒️ CRP: 06/136875 📲 (13) 99189-7124 📧 projetociclicas@gmail.com 📍 R. Frei Gaspar, 674 ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ #ProjetoCíclicas #SaúdeMental #Mulher #Psicologia #FreeBritney #Documentário #FramingBritneySpears

A educação sexual nas escolas, não é apenas importante, como é essencial. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Crianças são curiosas e adolescentes buscam naturalmente por novas experiências e a aprovação dos demais. Em ambas as fases da vida, o jovem é vulnerável e manipulável, e se for carente de informações então, pode facilmente colocar-se ou ser colocado em risco. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ No Brasil, milhões de garotas entre 10 e 18 anos engravidaram, nos últimos anos. Grávidas e adolescentes, grande parte delas acaba abandonando os estudos, perdendo oportunidades de trabalho e até mantendo relacionamentos indesejados. Em nosso país 26% das meninas se casam antes dos 18 anos, enquanto 6% o fazem antes dos 15. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Para evitar essa realidade, o melhor caminho e aquele que oferece um crescimento e amadurecimento mais saudável, é o da educação. Adolescentes precisam aprender, com naturalidade, sobre sexo, diversidade, desejo, consentimento e proteção. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ É preciso oferecer aos jovens autonomia para aprenderem, se posicionarem e decidirem em suas vidas. Os adultos, por sua vez, precisam entender que educação sexual nada tem a ver com promiscuidade. Quem sabe lhes falte um pouco desta educação também. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ 💁🏼‍♀️ Psicóloga Luana Moraes Almeida ✒️ CRP: 06/136875 📲 (13) 99189-7124 📧 projetociclicas@gmail.com 📍 R. Frei Gaspar, 674 ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ #ProjetoCíclicas #SaúdeMental #Mulher #Psicologia #EducaçãoSexual #Sexualidade #Educação