Psicóloga Daiane Carato

Psicóloga Daiane Carato Psicóloga, com formação pela PUC Campinas, Cursando Pós Graduação em Psicologia Analítica Jun

Um assunto que tem permeado meus pensamentos na última semana é o uso da inteligência artificial e o impacto disso nas n...
14/07/2025

Um assunto que tem permeado meus pensamentos na última semana é o uso da inteligência artificial e o impacto disso nas nossas escolhas e constituição do eu.

Tem sido uma queixa constante: estamos cansados e sentimos que passamos tempo demais por aqui.
Justamente por ser confortável. É sedutor ter tudo a um clique de distância.

Se as IAs respondem por nós e o algoritmo criam nossos desejos, será que não estamos entregando nosso protagonismo?
Como f**a a conexão com o mundo real, com os outros seres humanos e consigo mesmo?
Vivemos como se tivéssemos que estar disponíveis o tempo todo.

Nos comparamos às máquinas, que têm uma velocidade inalcançável:
velocidade para responder, para ler, para elaborar.
Essa comparação nos esvazia, f**amos menos criativos.
E a criatividade é o que nos faz singulares.

Parece que estamos cada vez mais apressados em atravessar as emoções, em superar rapidamente.
Autocobrança produtiva. Pressa.
Sentiu ansiedade? Toma um remédio.
Não sabe como falar com alguém? O Chat te mostra.
Queremos a cura rápida, sem digerir o que sentimos.

Ver a vida através da tela… não é ver a vida real. (O óbvio que precisa ser lembrado.)

A solução para isso? Não sabemos.
Mas devemos aprender a lidar com as IAs (é o mundo de agora).
Mas vamos nos lembrar de que não somos uma máquina.

A realidade é que a tecnologia oferece quase tudo.
Porque nela tem conforto, mas falta confronto.

Suportar as dores da natureza humana, da espera.
Fazer coisas com presença.
Entender onde baseiam as suas escolhas.
Tentar ter menos ansiedade de feed e de resposta.
Procurar mais profundidade pra enxergar melhor.

Porque, no fim, é a gente que decide como quer viver a vida. A gente que sente.
E a conta, no fim, é única e intransferível.

Gosto da frase da Glória Maria: “Ninguém vai morrer por você.”
Então, que escolhas você fará até lá?

Se a tecnologia escolher tudo… o que sobra para você?
E, pra escolher, é necessário sentir.
Sentir o tédio. F**ar com a falta, com o vazio.
Para então o desejo surgir.

A máquina tem uma vida eterna.
A vida humana tem o limite da sua existência.
Que tal vivê-la se lembrando disso?

Sobre autenticidade, individuação e o filme “Homem com H”Entre os junguianos, a música “Sangue Latino” é quase um hino n...
23/06/2025

Sobre autenticidade, individuação e o filme “Homem com H”

Entre os junguianos, a música “Sangue Latino” é quase um hino não oficial da individuação.
É sobre carregar a vida e a história que nos trouxe até aqui.

O filme “Homem com H” traz a história de Ney Matogrosso dá imagens vivas de uma trajetória autêntica.
De alguém que sustenta, no corpo e na voz, o peso e a delícia de ser quem é.

Ney é um dos maiores exemplos de autenticidade em movimento.
Alguém que foi rasgando os próprios limites, desafiando regras, criando novas formas de existir no mundo.

O filme é sobre identidade.
A travessia de quem escolhe se encarar por inteiro: luz, sombra, desejo, medo, contradições.
Mesmo quando isso incomoda, provoca ou é mal compreendido.

“Nem quando eu era criança eu era criança.” Essa frase me atravessou.
Ney nunca coube nas expectativas que tinham pra ele.
Desde cedo, sustentou ser quem era…
Mesmo passando por dores, perdas e violências que ninguém merece viver. Mas todo ser humano (de formas diferentes) passa.

O bonito é ver o que ele fez com o que aconteceu com ele.
Transformou tudo em força criativa, em expressão…
Em arte, em resistência, em liberdade.

Ele foi fiel à sua essência. Foi chamado de exagerado…
“Rebola demais, olha demais”, diziam.
E ainda assim, seguiu. Mais intenso, mais livre, mais ele.

No palco, Ney coloca os demônios pra fora.
Fora dele, segue farejando a vida…
Ele diz: “A gente é bicho, tem que farejar pra saber.”

O filme mostra a dualidade do ser. O peso de fazer o que se quer…
E a leveza que só vem quando se paga esse preço.

Seja no palco, seja na vida. Exagero ou contenção.
Talvez, o mais importante seja não se abandonar.

“Para Ney. Por ousar ser livre.”

Os movimentos nascem dos incômodos.É um desejo de partir e encarar o desconhecido.Porque o que se conhece, já não te ser...
18/06/2025

Os movimentos nascem dos incômodos.
É um desejo de partir e encarar o desconhecido.
Porque o que se conhece, já não te serve mais.

A vontade que pulsa um desejo de dançar,
Até que se torna impossível ignorar a música que se escuta.

São essas pequenas inquietações que empurram a gente pra frente.

E cada movimento tem o seu próprio ritmo
Às vezes, é preciso f**ar um pouco. Ouvir com calma.
Sentir o que incomoda, entender o que precisa mudar,
E só então… escolher a direção do próximo passo.

O correr vem depois.
Quando a gente traça uma nova rota.

O que tem te incomodado ultimamente?
E se esse incômodo for justamente um convite pra um novo começo?
Talvez todo esse desconforto seja só o meio de transporte até uma nova realidade: mais verdadeira e mais sua.

Escute a música… e dance quando for a hora.

“Todo excesso esconde uma falta.”Mais do que uma frase, isso é um conceito.Toda obsessão é uma fuga.Fuga do silêncio, da...
13/06/2025

“Todo excesso esconde uma falta.”
Mais do que uma frase, isso é um conceito.

Toda obsessão é uma fuga.
Fuga do silêncio, da solidão, do medo de não ser suficiente.
Fuga de olhar pra dentro, de encarar o que está mal resolvido.
E representa, na verdade, uma urgência de não parar. De não mergulhar. É um medo de sentir.

Se afundar nos excessos é diferente de mergulhar em si.

O que parece exagero, muitas vezes, é só um disfarce pro vazio que a gente não quer encarar.
São saídas inconscientes pra não olhar pra algo que dói.

Mas o ponto é que quanto mais você foge, mais se distancia da chance de viver com leveza.
O que não é visto, se repete. O que não é sentido, também não é elaborado. F**a ali disfarçado e escondido.

Você já parou pra se perguntar do que está fugindo?

Porque é muito fácil se perder:
No ritmo do trabalho.
Em um relacionamento.
No ambiente em que vive.
Nos próprios excessos: de tarefas, comidas, compras, redes sociais…
Às vezes, em uma reação desproporcional a uma situação é só uma dor antiga tentando se expressar.

E quando isso acontece, a gente se desconecta de si.
Da própria verdade. Da própria história.

Mas o excesso não é um erro. É o caminho que a psique encontra pra pedir retorno.
Se perder também é um caminho.
Por isso, parar e sentir pode ser o início de uma elaboração importante.
Se algo aí dentro tocou, lembra que não precisa resolver tudo agora.
Mas talvez seja hora de parar de desviar o olhar.

A vida acontece no contraste.Essa é uma das falas que eu mais gosto de reproduzir!Hoje, mais uma vez, ela fez sentido pr...
30/05/2025

A vida acontece no contraste.
Essa é uma das falas que eu mais gosto de reproduzir!Hoje, mais uma vez, ela fez sentido pra mim.

O dia está bem frio por aqui.
Na preferência de cada pessoa, me dou conta de que gosto desse clima.
E percebo: não é que eu ame o frio… Eu amo o quente.

O café que esquenta as mãos.
A sopa que acolhe o corpo por dentro.
O banho demorado. A coberta que guarda o calor.
O colo que conforta. O sol que aquece a pele.
É o frio que faz tudo isso ser sentido de maneira ainda mais prazerosa.

E com a vida… é assim também.
Com as emoções… do mesmo jeito.

A tristeza revela a alegria.
A dor ilumina o alívio.
O luto faz nascer mais presença.
A ausência mostra o quanto se ama.

Os dias difíceis afinam os olhos para enxergar os bons.
A vida pulsa nesse ir e vir.
No preto sobre o branco, no branco sobre o preto.

É aí que mora o colorido da vida.
Na possibilidade de transitar entre cores diferentes —
e só conseguimos enxergá-las quando elas se sobrepõem.

E é vendo a diferença, que a gente começa a enxergar quem se é.
Porque quando tudo é da mesma cor, nada se revela.
E onde não há sombra, também não há luz.

Talvez viver seja isso:
aceitar que tudo se revela no oposto.
E que é no escuro que a luz brilha mais bonito.

Quando a fala encontra acolhimento, algo dentro se ajeita. Andei pensando sobre a função das nossas relações e o quanto ...
21/05/2025

Quando a fala encontra acolhimento, algo dentro se ajeita.

Andei pensando sobre a função das nossas relações e o quanto é importante nos sentirmos à vontade para nos mostrar por inteiro. Se permitir ser visto também nas fragilidades, além das nossas potências. Isso é transformador.

E por vezes, a gente não quer conselhos ou direcionamentos sobre o que está pipocando aqui dentro.
Queremos ser ouvidos. Ser compreendidos. Só dar um caminho pro que está sendo sentido.
Sem receber um manual de como agir com tal assunto.
Queremos alguém que nos escute — não que nos responda.

E assim questiono. Você sabe falar? E você sabe ouvir?

Se você é quem escuta, experimente examinar esse momento:
“Você quer uma resposta ou só quer ser ouvido?”

Se você é quem precisa falar, comunique:
“Hoje eu só quero desabafar, sem ser julgado. Você pode me ouvir?”

Só isso já tira um peso.
E permite que a gente se sinta mais leve para compartilhar algo difícil com alguém. Que tal tentar?

Compartilhar sentimentos movimenta seus conteúdos, sua comunicação com o outro — e cria uma ponte.
Uma ponte que vai até o outro, mas também volta até você.

Tentar encontrar palavras pro que se sente aumenta seu vocabulário emocional.
Te ajuda a elaborar melhor o que está aí dentro, muitas vezes bagunçado ou apertado.

Quantas coisas guardamos dentro de nós…
Gerando nós. Que adoecem.

Nossas emoções são como águas de uma nascente.
Se f**am represadas em um espaço pequeno, sem saída, uma hora transbordam — e nem sempre com uma direção funcional.

Por isso, é necessário encontrar fluidez.
Como um rio que caminha, se desenha, se limpa
e vai nutrindo o que está ao redor.

Encontrar formas de dizer o que está dentro é uma delas.
Que você possa se escutar, e também ser escutado.

Enxergar a mãe além do seu papel mais importante. Ser mãe é ser cuidadora, a que ama incondicionalmente. Mas quem é essa...
11/05/2025

Enxergar a mãe além do seu papel mais importante.

Ser mãe é ser cuidadora, a que ama incondicionalmente.

Mas quem é essa mulher que existe para além das demandas e do cuidado?

Você ainda reconhece quem ela é?
Permite que ela ocupe outros espaços?
Seus sonhos e desejos, ainda cabem na sua própria vida?

O amor que uma mãe oferece é imenso.
Mas existe uma mulher aí dentro, que segue viva, com vontades e necessidades próprias.

Neste momento de celebração pelo seu papel, meu convite é:
Olhar essa mulher completa com carinho.
Vamos permitir a existência dela em todas as suas formas.

Um filho não precisa de uma mãe perfeita,
mas de uma mulher inteira e feliz. Que sabe amar a vida além de amar a ele.

Ser mãe é também ser referência de alguém que vive a própria vida de forma plena e verdadeira.
Vamos celebrar o materno, mas não se esquecer da mulher que continua sendo.

O maior presente para os seus filhos é ser exemplo de uma vida bem vivida, em todas as suas nuances.

Feliz (vida) das mães!

Só aquilo que realmente somos tem o poder de nos curar” (Carl Jung) Aquilo que fingimos ser não nos sustenta. O caminho ...
09/05/2025

Só aquilo que realmente somos tem o poder de nos curar” (Carl Jung)

Aquilo que fingimos ser não nos sustenta. O caminho da cura passa pela sua essência.

Navegar o mundo interno é uma jornada solitária. Mas quem embarca, também descobre como desfrutar das suas próprias maré...
06/05/2025

Navegar o mundo interno é uma jornada solitária. Mas quem embarca, também descobre como desfrutar das suas próprias marés.

Navegar o mundo interno é uma travessia difícil e solitária. Mas quem embarca, também descobre como desfrutar das suas p...
06/05/2025

Navegar o mundo interno é uma travessia difícil e solitária. Mas quem embarca, também descobre como desfrutar das suas próprias marés.

Você sente um vazio, como se estivesse atuando numa vida que não é sua?Às vezes, parece que vivemos para o outro. Escolh...
29/04/2025

Você sente um vazio, como se estivesse atuando numa vida que não é sua?

Às vezes, parece que vivemos para o outro. Escolhas automáticas, gestos sem alma. Uma vida que passa… mas não é vivida.
O vazio cresce nesse espaço onde nossos afetos não são levados a sério. Mas esse sentimento é um convite para olhar mais para você mesmo.

E cuidar de si é mais do que seguir passos prontos de livros de autoajuda.
É atravessar o comum, aceitar-se, lidar com a complexidade — como na arte que nos transforma, nos afetando, e não nos tutoriais que nos reduzem.

A verdade é que dá trabalho.
Mas é também o que nos salva do abismo.

Pode ser através da escrita, de um gesto criativo, da reparação simbólica… são algumas formas de reconstruir o laço com a nossa história, expandir quem somos.

A psicoterapia é um espaço desse cuidado:
onde podemos lembrar, reviver, elaborar.
Onde aquilo que parecia confuso começa a fazer sentido.
E o que foi vivido, mas esquecido, encontra um novo lugar dentro de nós.

Não se trata de culpar o passado, mas de se perguntar: O que estou fazendo de mim a partir do que me aconteceu?

Viver não é apenas passar o tempo.
É se colocar inteiro, com coragem, mesmo quando é difícil.

Um degrau de cada vez.A subida é feita de presença.Cada passo importa.Todo degrau tem um porquê.
14/04/2025

Um degrau de cada vez.
A subida é feita de presença.
Cada passo importa.
Todo degrau tem um porquê.

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