
21/08/2024
Olá amigos!! Diante dos inúmeros casos de Pneumonia que estamos vendo recentemente, resolvi falar um pouco mais sobre esse termo que vem sendo utilizado de forma meio “corriqueira” por aí. A dita Pneumonia Silenciosa, não é tão silenciosa assim. Vamos entender porque?
✔️Boa parte das pneumonias na primeira infância (sobretudo nos menores de 5 anos), são pneumonias clássicas: tosse, febre alta /persistente, desconforto respiratório, queda do estado geral, falta de apetite. Este grupo etário, em especial, tem risco de complicações e os pais devem estar atentos aos sintomas, procurando avaliação médica precoce.
✔️ Já as crianças maiores, elas podem evoluir com infecção respiratória por germes atípicos e esta sim é considerada a tal Pneumonia Silenciosa. Pois a febre pode não ser estar presente ou ser uma febre mais baixa, a tosse é arrastada (nem sempre chama atenção), o estado geral é bom e muitas vezes a criança até segue suas atividades habituais (incluindo as idas para a escola). Os sinais de alarme aqui são um retorno de febre num contexto em que a criança já tinha sintomas respiratórios arrastados e estava afebril, sinais de esforço para respirar ou um quadro muito prolongado de tosse (geralmente seca) que não sinaliza melhora com as medidas habituais. A bactéria mais envolvida nesses quadros é o Mycoplasma e surtos dessa bactéria já foram relatados anteriormente, ou seja, não é nada novo.
🤌🏼 OK, Dra! Mas tem como prevenir?? A principal forma de prevenção é manter o cartão de vacina atualizado. Sabemos que boa parte das pneumonias em crianças são de etiologia viral: então vacinem seus filhos contra Influenza, Covid-19 , VSR (logo em breve teremos no Brasil). Não menosprezem o potencial patogênico dos vírus. Além das vacinas virais, devemos manter as vacinas pneumocócicas em dia: o pneumococo continua sendo a principal bactéria causadora de pneumonia na infância. Atualmente temos 4 tipos disponíveis: Pneumo 10 (SUS), Pneumo 13 e 15 (particular) e Pneumo 23 (dada em situações especiais).
Dúvidas? Consulte sempre seu Pediatra e conheça o filho (a) de vocês: o “feeling”parental é muito importante! Achou que a criança está “estranha”, investigue!