Cesarlimapsicanalista

Cesarlimapsicanalista Psicoterapeuta, Psicanalista, Filósofo, Palestrante, .

Sofre pela manutenção da fantasia, pela sustentação do impossível que é a completude, o fusionamento ao outro. Adoece po...
08/07/2025

Sofre pela manutenção da fantasia, pela sustentação do impossível que é a completude, o fusionamento ao outro. Adoece por não expressar seu potencial humano introjetando a pulsão que buscará saída de uma forma qualquer.

Em muitas ocasiões o sujeito em análise prefere manter a fantasia a se implicar com seu próprio processo e correr o risco da experimentação, experienciação, da criação de um amor não fantasístico, sem garantias infantilizadas de que o Outro o fará feliz, atuando dessa maneira fora do imaginário. Paga-se um alto preço emocional pelo não enfrentamento da fantasia…

Uma transbordante semana a você!
07/07/2025

Uma transbordante semana a você!

Muito boa reflexão!
06/07/2025

Muito boa reflexão!

“Ser ou não ser, eis a questão?”, a fala ressonante que atravessa séculos e atinge a todos.

Não se trata de uma pergunta a ser respondida apenas com razão, mas de uma interrogação que exige escuta - interna e simbólica. A jornada de Hamlet, como a de qualquer sujeito em análise, não é decidir entre viver ou morrer simbolicamente, mas entre viver alienado ou tornar-se sujeito de sua própria história.

Joseph Campbell, em sua Jornada do Herói, nos convida a ler essas perguntas não como retóricas, mas como estruturas psíquicas profundas. Para ele, o herói é aquele que ousa partir. Parte rumo ao desconhecido, não por coragem absoluta, mas porque algo o convoca. Esse “algo” é o mesmo que, na clínica psicanalítica, se manifesta como sintoma, angústia ou fratura subjetiva: uma descontinuidade no ego que obriga o sujeito a se reinventar. O herói, então, “abandona a segurança do conhecido e se lança ao território do imprevisível, não apenas para enfrentar dragões, mas para encontrar a si” (CAMPBELL, 2007, p. 41).

A vida humana é, profundamente, uma convocação ao desconhecido. Ser, nesse sentido, é aceitar que há em nós algo que jamais será plenamente nomeado, mas que pulsa - e que nos convoca a criar, amar, sofrer e significar. A travessia do herói é, portanto, uma metáfora para o desvelamento do sujeito: aquele que se faz no encontro com seu desejo e suas faltas.

Esse movimento é análogo ao processo analítico. O chamado, na realidade, muitas vezes se apresenta como angústia, ruptura, perda ou um sintoma que insiste. Diz Lacan, ao retomar Freud: “o sujeito é aquele que surge precisamente onde algo faltava, onde o simbólico não dava conta” (LACAN, 1998).

A caverna que o herói deve adentrar para “ser quem se é” é a mesma onde estão guardadas suas imagens inconscientes, suas dores infantis, suas identificações. Lacan nos alerta: “A verdade só pode ser dita a meio-dizer” (LACAN, 1992, p. 219). Talvez por isso, a resposta à pergunta de Hamlet nunca seja total. Ser é assumir o inacabamento. Ser é não saber, mas buscar.

A vida não é uma narrativa com ponto final. Como bem disse Novalis: “Tornar-se homem é uma arte” (NOVALIS, 2008, p. 49).

O analisante, com o auxílio do analista, começa a questionar e desconstruir as fantasias que o aprisionam, revelando sua...
27/06/2025

O analisante, com o auxílio do analista, começa a questionar e desconstruir as fantasias que o aprisionam, revelando sua natureza imaginária. Dessa forma, a travessia do fantasma envolve a aceitação da falta fundamental, a ausência de um objeto completo de satisfação do desejo.

É um processo de enfrentamento pelo qual o analisante tem o suporte psicanalítico, pois ao se separar da fantasia, sentir-se em angústia, sensação de vazio, o sujeito pode finalmente reorganizar seu desejo, encontrando novas formas de lidar com suas experiências e com a realidade, construindo novos repertórios, novas perspectivas, novas assimilações e passa a re-enxergar aquilo que o atormentava sem um peso alienante, lancinante, aflitivo.

Essa travessia propugna a superação da passividade da fantasia, deixa de ser uma vítima do destino e de si próprio, se tornando de alguma sorte autônomo e criativo em sua forma de atuar no mundo, tendo um horizonte mais amplo com relação ao seu próprio desejo.�

Viver não é simples. Somos sujeitos complexos em nossa constituição e multiplicidade, somos estruturados por uma infânci...
26/06/2025

Viver não é simples. Somos sujeitos complexos em nossa constituição e multiplicidade, somos estruturados por uma infância repleta de desafios, ameaças, fantasias, medos, traumas, frustrações, inseguranças, dúvidas, ignorância de nós mesmos e do mundo.

Temos no entanto de nos desafiar a viver na harmonia possível, consigo e com o mundo. Nesse sentido a análise propõe uma contribuição indispensável.

Não é que se ame menos, é quando se ama de maneira amadurecida!
25/06/2025

Não é que se ame menos, é quando se ama de maneira amadurecida!

O princípio do prazer norteia a vida infantil, lugar aonde se quer tudo, comer todos os doces, brincar com todos os brin...
16/06/2025

O princípio do prazer norteia a vida infantil, lugar aonde se quer tudo, comer todos os doces, brincar com todos os brinquedos, de imediato, não existe amanhã. Quando o princípio de realidade se instala, há frustração e dor. Sentimento de limitação, chamam castração. Todavia, não há vida saudável sem amadurecermos nossos desejos, sem saber que não podemos tudo, nem mesmo que as coisas devam ser de imediato. Todo imediatismo é excesso de infância. É sábio esperar, e simples escolher, escolher o essencial!

Não há transformação sem trabalho. Freud utilizou esse conceito desde o início, na Interpretação dos sonhos por exemplo,...
12/06/2025

Não há transformação sem trabalho. Freud utilizou esse conceito desde o início, na Interpretação dos sonhos por exemplo, ele cunhou essa ideia com "trabalho dos sonhos"ou "trabalho psíquico", ou seja, há um movimento a ser feito pelos envolvidos e principalmente pelos comprometidos com a própria melhora. Para tal, precisa chegar na clínica e encontrar realmente um psicanalista, não alguém que vai referendar suas intenções, nem lhe dar conselhos, por melhores que sejam. Se o sujeito não se implicar com o trabalho de análise, se não amadurecer como sujeito do próprio desejo, o resultado ensejado não virá!!!

Em psicanálise não há um enquadramento do sujeito à técnica, mas uma prática psicanalítica sui generis, pela sua singula...
10/06/2025

Em psicanálise não há um enquadramento do sujeito à técnica, mas uma prática psicanalítica sui generis, pela sua singularidade e em respeito à sua subjetividade!

Mentir para si mesmo é sempre a pior mentira!
09/06/2025

Mentir para si mesmo é sempre a pior mentira!

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