Dr. Rodrigo Lemos

Dr. Rodrigo Lemos Sócio e Obstetra de Parto Humanizado na Clínica Iluminare

Ser médico é tocar a vulnerabilidade do outro com responsabilidade, ciência e humanidade. É aceitar o convite diário par...
18/10/2025

Ser médico é tocar a vulnerabilidade do outro com responsabilidade, ciência e humanidade. É aceitar o convite diário para estar presente em momentos decisivos, muitas vezes silenciosos, mas repletos de significado.

Hoje, ao celebrarmos o Dia do Médico, olho para a minha trajetória com gratidão e humildade. A medicina me ensinou que técnica sem escuta se torna ruído. Que conhecimento sem empatia pode ferir. E que, diante do nascimento ou da dor, é preciso mais do que mãos treinadas. É preciso alma disponível.

Em cada parto que acompanho, em cada conversa com uma mulher que sonha, que teme ou que espera, reconheço que não estou ali apenas para oferecer cuidado, mas também para aprender e me transformar.

Não há rotina capaz de esvaziar o sentido de estar presente. Existe cansaço, sim. Mas existe também um chamado que se renova a cada vida que chega, a cada história que se revela.

A medicina, para mim, é caminho. É compromisso com a vida em todas as suas formas.

A todos os colegas que compartilham desse propósito, deixo aqui meu respeito e admiração. Que hoje possamos lembrar por que escolhemos seguir por aqui.

No Dia das Crianças, não consigo deixar de refletir sobre o quanto a infância nos ensina sobre o que realmente importa. ...
12/10/2025

No Dia das Crianças, não consigo deixar de refletir sobre o quanto a infância nos ensina sobre o que realmente importa. Ser pai de Rodriguinho e Juju tem sido um mergulho profundo em valores que, muitas vezes, esquecemos no ritmo apressado da vida adulta. Com eles, aprendo todos os dias que afeto se transmite no olhar, que presença vale mais do que qualquer presente e que o tempo, quando vivido com verdade, é o que constrói vínculos inquebráveis.

A infância é esse território sagrado onde se formam as bases da confiança, da autoestima e do amor-próprio. É ali que uma criança entende se sua voz importa, se seu corpo é respeitado e se ela pode ser quem realmente é. Por isso, proteger a infância é mais do que cuidar. É garantir que esse espaço seja seguro, livre e amoroso.

Hoje celebro meus filhos, mas também todas as crianças que sonham, que perguntam, que exploram o mundo com os olhos brilhando de curiosidade. Que a gente nunca perca a capacidade de escutar com atenção, de brincar com entrega e de cuidar com presença.

Feliz Dia das Crianças. Que a infância seja sempre o lugar mais bonito da nossa memória e do nosso afeto.

A humanização no parto não se resume apenas ao momento em que a mulher entra em trabalho de parto ou à forma como o bebê...
02/10/2025

A humanização no parto não se resume apenas ao momento em que a mulher entra em trabalho de parto ou à forma como o bebê é recebido. Ela se constrói, silenciosamente, nos bastidores.
É no café partilhado antes de entrar na sala. No riso espontâneo que quebra a tensão do momento. Na escuta ativa que transforma dúvidas em confiança.

A técnica é essencial. Ela sustenta a segurança do processo. Mas a conexão é o que sustenta o vínculo. A presença é o que acalma. A confiança é o que permite que o nascimento aconteça com entrega.

Quando a equipe e a família constroem uma relação baseada no respeito mútuo e na comunicação aberta, o ambiente de parto muda. F**a mais leve, mais seguro, mais verdadeiro.
E isso não se improvisa. Se cultiva.

Estar disponível emocionalmente é tão importante quanto saber o protocolo clínico. Porque é nesse espaço de cuidado compartilhado que a mulher se sente protagonista.
E é nesse cenário de confiança que o nascimento ganha um novo significado.

Humanizar é também estar presente nos detalhes. Nos bastidores. No afeto que se constrói antes mesmo da primeira contração.

O ambiente onde o parto acontece vai muito além da estrutura física. Ele carrega emoções, memórias, cheiros, sons, luzes...
28/09/2025

O ambiente onde o parto acontece vai muito além da estrutura física. Ele carrega emoções, memórias, cheiros, sons, luzes. E tudo isso impacta diretamente a forma como o corpo da mulher responde durante o trabalho de parto.

Quando o espaço transmite calma, privacidade e acolhimento, o corpo tende a liberar mais ocitocina, o hormônio responsável pelas contrações e pelo vínculo afetivo. Por outro lado, ambientes estressantes, frios ou com excesso de estímulos podem ativar o estado de alerta da gestante, dificultando o relaxamento e interferindo no progresso do parto.
Por isso, respeitar o tempo do nascer também passa por respeitar o ambiente do nascimento. Luzes suaves, sons agradáveis, temperatura confortável, presença de pessoas de confiança e uma equipe que respeita o silêncio e o ritmo da mulher fazem toda a diferença.

O parto não é apenas um evento fisiológico. É também uma experiência sensorial e emocional. E quando a mulher se sente segura, protegida e em paz com o lugar onde está, o corpo responde com mais fluidez, autonomia e potência.
Criar esse ambiente é responsabilidade de todos que acompanham o nascimento. Porque cada detalhe importa, inclusive aquilo que não se vê.

Respeitar o tempo do nascer é reconhecer que o nascimento tem seu próprio ritmo, e que não deve ser apressado sem necess...
25/09/2025

Respeitar o tempo do nascer é reconhecer que o nascimento tem seu próprio ritmo, e que não deve ser apressado sem necessidade clínica. Durante o trabalho de parto, cada corpo reage de forma única e cada bebê também tem seu momento de estar pronto para vir ao mundo.

A fisiologia do nascimento funciona melhor quando está livre de intervenções desnecessárias. Isso significa permitir que o trabalho de parto aconteça de maneira espontânea, dando tempo para que os hormônios atuem, o colo do útero dilate, o bebê desça e o corpo materno acompanhe esse processo com segurança.

Muitas vezes, na pressa de seguir protocolos ou “agilizar” o parto, esquecemos que o tempo natural é aliado da saúde e do vínculo entre mãe e bebê. Quando respeitamos esse tempo, garantimos um nascimento mais seguro, menos traumático e mais conectado com a potência que existe em cada mulher.

Esperar o tempo certo é uma escolha baseada em evidências, em escuta ativa e em confiança. É dar espaço para que a natureza atue com sabedoria, e para que o nascimento aconteça como deve ser: com respeito, presença e amor.
👶🏼 O tempo certo de nascer é aquele que respeita a fisiologia e a individualidade de cada história.

A presença ativa do parceiro durante o parto é um dos pilares da humanização que defendemos com tanta firmeza. Não se tr...
22/09/2025

A presença ativa do parceiro durante o parto é um dos pilares da humanização que defendemos com tanta firmeza. Não se trata apenas de estar ali, ao lado da gestante. Trata-se de fazer parte. De oferecer apoio real. De participar emocionalmente de um dos momentos mais intensos da vida de uma mulher.

Quando o parceiro é envolvido e orientado pela equipe, ele se torna uma base segura. Seu toque, sua respiração próxima, suas palavras ou até mesmo seu silêncio, podem ajudar a aliviar a dor, diminuir a ansiedade e favorecer a liberação de ocitocina, que é o hormônio do amor e do vínculo.

Esse apoio contínuo, principalmente quando há conexão com a equipe, fortalece a mulher. Ela se sente respeitada, amparada e encorajada a seguir o ritmo do próprio corpo.

O parceiro não é um espectador. Ele é parte do nascimento. E essa participação ativa transforma não só o parto, mas também a forma como a família se forma. Por isso, eu faço questão de acolher cada parceiro como parte da cena. A presença dele faz diferença real.

Quando falamos em parto humanizado, muita gente pensa que estamos nos referindo apenas ao parto vaginal. Mas a verdade é...
19/09/2025

Quando falamos em parto humanizado, muita gente pensa que estamos nos referindo apenas ao parto vaginal. Mas a verdade é que a cesárea também pode – e deve – ser conduzida com respeito, acolhimento e protagonismo da mulher.

A cesárea humanizada começa muito antes da cirurgia em si. Envolve uma escuta ativa durante o pré-natal, uma indicação baseada em evidências e, acima de tudo, a clareza de que essa escolha não anula o direito da mulher de ser acolhida com dignidade e afeto.

Durante o procedimento, diversos aspectos podem ser adaptados para tornar o ambiente mais seguro emocionalmente. Luzes mais suaves, silêncio respeitoso, presença de acompanhante, contato pele a pele imediato e amamentação precoce são apenas algumas das práticas possíveis.

É importante lembrar que a cesárea salva vidas, mas não precisa ser um processo frio e distante. O cuidado técnico precisa caminhar lado a lado com o cuidado emocional. O nascimento é um evento único, e mesmo quando há indicação cirúrgica, é possível vivê-lo de forma potente, respeitosa e inesquecível.

O que faz um parto ser humanizado não é apenas a via de nascimento, mas sim a forma como cada mulher é tratada em sua jornada.

Durante o trabalho de parto, é comum descrevermos as contrações como “em ondas”. Mas você já parou para pensar no que is...
16/09/2025

Durante o trabalho de parto, é comum descrevermos as contrações como “em ondas”. Mas você já parou para pensar no que isso realmente significa?

Esse padrão em ondas não é apenas uma metáfora poética. Ele representa o modo como o útero se contrai de forma progressiva, atingindo um pico de intensidade e depois diminuindo, antes da próxima contração começar. Ou seja, não é uma dor constante ou linear, mas um ciclo com começo, meio e fim.

Essa característica permite que a mulher tenha momentos de descanso entre uma contração e outra, o que é essencial para o corpo recuperar forças e para que o processo aconteça de forma fisiológica, respeitando o tempo do corpo e do bebê.

Quando observamos esse ritmo crescente e decrescente, também estamos diante de um sinal importante: o corpo está trabalhando em harmonia. É diferente, por exemplo, de contrações intensas e contínuas, que podem indicar algum tipo de interferência ou disfunção.

Por isso, entender o padrão das contrações ajuda não só a identificar em que fase do trabalho de parto a mulher está, mas também a oferecer o suporte adequado. Informação é acolhimento. E o meu papel é garantir que você se sinta segura e respeitada em cada fase dessa jornada.

Muita gente imagina o trabalho de parto como um único momento intenso, mas ele acontece em fases bem definidas  e entend...
11/09/2025

Muita gente imagina o trabalho de parto como um único momento intenso, mas ele acontece em fases bem definidas e entender cada uma delas ajuda a trazer mais segurança e confiança para esse processo tão transformador.

A primeira fase é a fase latente, quando o corpo começa a se preparar com contrações mais leves e espaçadas. É um período de espera, em que o colo do útero inicia sua dilatação de forma mais lenta.

Em seguida, temos a fase ativa, quando as contrações se tornam mais regulares, frequentes e intensas. É aqui que o colo atinge 6 cm de dilatação. A mulher geralmente busca mais apoio e presença da equipe nesse momento.

Na fase de transição, a dilatação chega aos 10 cm. Essa é, sem dúvida, a fase mais desafiadora, tanto física quanto emocionalmente. Mas é também a porta de entrada para o nascimento.

Por fim, vem o período expulsivo, onde o bebê nasce, e depois o dequitação, em que a placenta é expelida.

Cada fase tem seu tempo, seu ritmo e sua importância. E meu papel é garantir que você se sinta respeitada, segura e bem acompanhada em todas elas.

Muita gente não sabe, mas o clampeamento tardio do cordão umbilical é uma prática baseada em evidências que traz benefíc...
08/09/2025

Muita gente não sabe, mas o clampeamento tardio do cordão umbilical é uma prática baseada em evidências que traz benefícios importantes para o bebê. Ao esperar alguns minutos antes de cortar o cordão, permitimos que mais sangue, ferro e nutrientes cheguem ao corpo do recém-nascido.

Esse simples gesto contribui para reduzir o risco de anemia nos primeiros meses de vida e fortalece o início da jornada fora do útero com mais vitalidade.

Além disso, esse tempo de espera promove um momento de pausa. Um respiro após o nascimento. Um espaço simbólico de transição entre o que foi vivido dentro do útero e o que começa agora, do lado de fora.

É um detalhe que, somado a tantos outros cuidados humanizados, reforça a importância de respeitar os tempos do bebê e da fisiologia.

Na assistência ao parto, cada escolha feita com consciência e acolhimento faz diferença.
E é por isso que esse momento é respeitado com tanto carinho aqui.

A conexão com a equipe durante o parto é um dos pilares do cuidado que realmente acolhe.Quando falamos de parto humaniza...
04/09/2025

A conexão com a equipe durante o parto é um dos pilares do cuidado que realmente acolhe.
Quando falamos de parto humanizado, muitas pessoas pensam apenas no ambiente calmo, nas preferências da mulher ou em aspectos técnicos. Mas há um elemento essencial que nem sempre é visível à primeira vista: a conexão entre a gestante e a equipe que a acompanha.

Essa conexão não se constrói de última hora. Ela começa no pré-natal, na escuta ativa, na confiança mútua que vai sendo criada a cada consulta, a cada conversa, a cada troca sincera. E floresce no momento do parto, quando a mulher precisa se sentir segura para se entregar ao processo de forma plena e respeitosa.

Estar ao lado da gestante no parto é mais do que monitorar sinais vitais ou acompanhar dilatações. É estar emocionalmente presente. É reconhecer seus medos, respeitar suas escolhas, sustentar sua força com apoio e cuidado. Quando a equipe atua de forma integrada, sensível e comprometida com esse olhar, a mulher sente que pode confiar. E isso muda tudo.

Porque quando existe conexão, existe escuta. E onde há escuta, há respeito. E onde há respeito, há liberdade para a mulher viver o nascimento com mais protagonismo, consciência e afeto.

Que cada nascimento seja, também, um encontro de humanidade.

Endereço

Ed. Central Pinheiro/Avenida Anita Garibaldi, 1211/sala 702/Ondina
Salvador, BA
40170-130

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