Psicóloga Luana Karina Pereira

Psicóloga Luana Karina Pereira Psicóloga formada pela Universidade Federal da Bahia, CRP03/17165. Atualmente atuo em consultório particular. Realizo atendimento presencial e online.

No post anterior, falei um pouquinho sobre alguns dos problemas nos quais o marketing apelativo que temos visto no unive...
11/09/2024

No post anterior, falei um pouquinho sobre alguns dos problemas nos quais o marketing apelativo que temos visto no universo da psicologia tem incorrido.

Agora, queria aprofundar um pouquinho essa discussão, trazendo a questão racial para o centro dessa conversa. Se você leu, me conta: o que você pensa a respeito?












Quero falar mais uma vez sobre esse bombardeio diário que nós psis temos sofrido com psis vendendo cursos de marketing c...
05/09/2024

Quero falar mais uma vez sobre esse bombardeio diário que nós psis temos sofrido com psis vendendo cursos de marketing com propagandas que prometem salários “de 3 dígitos” e uma quantidade x de clientes entrando todo mês a “preço cheio” ou “preço justo de sessão”. Hoje eu quero falar sobre essa questão do valor.











Você já fracassou ao longo de sua caminhada? Eu já, e te conto nesse post que momentos foram esses. Se você leu toda ess...
29/08/2024

Você já fracassou ao longo de sua caminhada? Eu já, e te conto nesse post que momentos foram esses.

Se você leu toda essa minha trajetória de "fracassos" até o final, me conta: o que você sentiu e pensou ao ler tudo isso?












Hoje, dia 27 de agosto, é dia das psicólogas (sim, no feminino mesmo, porque somos majoritariamente mulheres nessa profi...
27/08/2024

Hoje, dia 27 de agosto, é dia das psicólogas (sim, no feminino mesmo, porque somos majoritariamente mulheres nessa profissão), e esse dia sempre é muito marcante pra mim, por me levar a fazer uma retrospectiva da minha vida profissional até aqui. É marcante, também, porque a cada ano eu conheço novas(os) colegas e atualizo a pergunta: “o que eu e minha comunidade psi estamos fazendo pelo nosso povo?“
Acredito que essa reflexão, sobre o que nós enquanto categoria estamos fazendo, sobre o que EU estou fazendo como psicóloga, precisa ser um exercício constante, diário. Eu levo muito à sério o compromisso social que nossa profissão tem, por isso tenho escolhido há tantos anos acolher pessoas no consultório e conversar com outras(os) psis sobre nossos deveres éticos e sobre nosso compromisso social.
Tenho visto, infelizmente, nossa comunidade se render cada vez mais à saúde mental de mercado, que é aquela que cria ou agrava necessidades pra vender. Me observo constantemente pra jamais cair nessa lógica, pra jamais esquecer quem eu sou, o que eu tô fazendo, por quem, pra quem, com quem, a serviço de quem eu faço o que faço. Por isso, tenho tido mais coragem de falar mais abertamente aqui sobre esses temas que são muito sensíveis, mas precisam ser trazidos.
Você, colega, tem se feito essas perguntas por aí? Se não tem feito, recomendo fortemente que as faça. Nossa comunidade precisa de autocrítica pra mostrar na prática o que tem f**ado apenas no discurso.











Sempre que eu tenho oportunidade de falar com outros terapeutas, falo sobre a necessidade de que fiquemos muito atent@s ...
20/08/2024

Sempre que eu tenho oportunidade de falar com outros terapeutas, falo sobre a necessidade de que fiquemos muito atent@s aos aspectos socioculturais que atravessam as vivências da pessoa que está na nossa frente no consultório. Digo isso porque a clínica não está isolada da sociedade, — e sim, é óbvio, mas eu preciso dizer isso — portanto nós, terapeutas, precisamos estudar mais sobre a cultura na qual estamos inseridos.

⚠️ Eu não consigo ver como nossa atuação pode ser verdadeiramente benéf**a para o nosso consulente se não mostrarmos para ele o contexto social que o está adoecendo. Exemplo disso é o número cada vez maior de pessoas que estão sofrendo por trabalharem cargas horárias extenuantes, muitas vezes sem condições dignas de remuneração e descanso e, por consequência, estão com sintomas de burnout.

Pessoas que estão passando por isso não o passam por uma questão meramente individual: elas vivem isso porque vivemos sob um sistema capitalista, que visa o lucro ao invés da saúde da população. Se eu não nomear isso, vou manter a pessoa alienada do contexto real que a adoece. Se eu não nomear isso, provavelmente ela comprará a narrativa meritocrática de que é ela quem não faz o suficiente, ela que é um fracasso, ela que precisa aguentar (percebe como isso não só não alivia, como intensif**a o sofrimento?)

O mesmo vale para situações de racismo, machismo, capacitismo, lgbtfobia, gordofobia e tantas outras violências que são cometidas diariamente contra pessoas de grupos minoritários.

Eu genuinamente não vejo como o profissional pode estar sendo efetivo para a melhora dessa pessoa, se dentro desse macro-objetivo “melhora” não estiver um micro-objetivo de auxiliá-la a endereçar corretamente as violências que sofre. Sinceramente, eu tenho muito medo dos efeitos do trabalho de terapeutas que ignoram todos esses fatores.

E você, me conta: o que pensa sobre isso?











Na postagem anterior, falei sobre os efeitos danosos de uma das estratégias de marketing mais utilizadas por profissiona...
15/08/2024

Na postagem anterior, falei sobre os efeitos danosos de uma das estratégias de marketing mais utilizadas por profissionais de saúde que vejo aqui no insta. Tem uma outra estratégia da qual gostaria de falar hoje: o marketing apelativo.

⚠️ Marketing apelativo é aquele que utiliza da forma mais imprudente a sua dor para “te capturar” e vender um produto ou serviço. Discursos como: “acabe com sua insegurança clínica agora!”, “Se você não usar meu método, nunca vai faturar x por mês”, “Seu consultório está vazio? Eu tenho a resposta pra você f**ar rico com essa estratégia infalível”, “Sem isso aqui, você vai continuar pobre”, “Você pode estar num relacionamento abusivo!
Coloque “terapia” nos comentários que eu vou te mandar um direct” etc.

O jogo aqui se tornou causar (ou agravar) a doença pra vender a suposta cura. Essa forma de divulgação se tornou uma estratégia também muito utilizada, e acho profundamente triste, irresponsável e antiético que profissionais de saúde estejam utilizando esse tipo de gatilho pra fornecer um serviço.

Acredito que ser um verdadeiro profissional de saúde é colocar o bem-estar das pessoas que te acompanham em primeiro lugar, não usar a dor delas como um grande mercado onde o que vale é lucrar. 💰












🤔 Tenho visto uma quantidade cada vez maior de profissionais da saúde que postam boa parte da sua vida nas redes sociais...
07/08/2024

🤔 Tenho visto uma quantidade cada vez maior de profissionais da saúde que postam boa parte da sua vida nas redes sociais. Isso é uma forma de aproximar o profissional do seu público, claro, uma vez que quanto mais “gente como a gente” o profissional parece, mais os seguidores sentem conexão com ele; essa é uma estratégia clássica e bastante efetiva do marketing. Em princípio, pode não haver um grande problema com essa abordagem, desde que o profissional pondere o que realmente faz sentido expor para o seu público de forma que o ajude - e não é o que vem acontecendo por aqui.

Nós, profissionais de saúde, sabemos - ou deveríamos saber - que as redes sociais foram pensadas não só para gerar conexão, como também (talvez principalmente) para gerar COMPARAÇÃO. Sim, porque a gente abre o Instagram e vê mil pessoas fazendo mil coisas legais - que por vezes parecem muito mais legais do que as nossas. Essa comparação adoece muito as pessoas, e é tema frequente na terapia com meus clientes, imagino que com os seus também. Esse adoecimento muitas vezes faz com que a pessoa queira se distanciar daquela “pessoa perfeita”, que tem “uma vida perfeita” e ache que tem algo de muito errado consigo mesma - e na verdade, esse profissional não está mostrando a vida real, está tentando te convencer do quanto a sua vida pode ser linda se você fizer como ela e adquirir aquele serviço que ela vende.

Então, diante disso, eu me pergunto: quando nós, profissionais de saúde, postamos todas as coisas “super incríveis” das nossas vidas apenas porque é uma grande estratégia de venda de serviços, estamos considerando o potencial efeito adoecedor no nosso público? Estamos considerando o quanto isso pode afastá-lo, no fim das contas? E mais: devemos nos render a toda e qualquer estratégia que “capture clientes”, mesmo que a estratégia envolva agravar dores alheias?

👇🏾Me conta: o que você pensa sobre isso?

Quando eu me descobri grávida, uma das primeiras coisas que pensei, em termos de carreira, foi: como uma psicóloga clíni...
25/07/2024

Quando eu me descobri grávida, uma das primeiras coisas que pensei, em termos de carreira, foi: como uma psicóloga clínica se prepara pra isso? Eu simplesmente não conhecia ninguém que tivesse dito como passar por esse processo.

Somos autônomas e lidamos com a saúde mental de pessoas que têm vínculo conosco, então… como ter preparo financeiro pra f**ar meses sem receita? Como os consulentes f**am nesse meio tempo? E que meio tempo é esse?

Essas perguntas rondaram minha mente por um bom tempo. Eu busquei arduamente pessoas que tivessem passado por isso, e descobri que de fato é muito difícil se planejar pra isso porque pra nossa categoria tem sido difícil se planejar de forma geral. Então… peguei umas dicas aqui e ali, mas fui descobrindo qual era o meu jeito de passar por essa fase.

Hoje, eu entendi que não consigo trabalhar no ritmo de antes, porque meu autocuidado e o cuidado do meu filho são prioridades. Entendi que quero ser uma mãe presente e muitas coisas além de mãe e psicóloga, e isso demanda tempo. É desafiador ser autônoma e querer ter um tempo considerável pra outras atividades. Tem dias que eu não consigo fazer nada direito, ou o trabalho f**a em segundo plano porque os cuidados com Hugo se fizeram mais necessários… Então sim, mesmo com todo suporte (e eu tenho bastante, diga-se de passagem), conciliar carreira e maternidade é desafiador. Mas é um desafio que tem sido encarado com a flexibilidade que o momento pede, e com toda minha autocompaixão de ser a psicóloga possível e a mãe possível.

E por aí: Como você tem feito para conciliar carreira e a maternidade?












Eu não me sentia preparada para ser mãe. Não me sentia preparada para dar uma pausa na carreira. Não me sentia preparada...
24/07/2024

Eu não me sentia preparada para ser mãe. Não me sentia preparada para dar uma pausa na carreira. Não me sentia preparada pra mudar completamente - e de forma permanente - a minha rotina. Morria de medo de me reduzir e ser reduzida à maternidade. Morria de medo de não conseguir retornar ao trabalho de forma satisfatória, ou de voltar mas não ter nenhum cliente…. Antes de Hugo nascer, eu tinha mais medos e ansiedades do que podia contar nos dedos. Minha mente, numa tentativa óbvia de me proteger, catastrofizou todo meu futuro antes que ele pudesse se mostrar.

5 meses depois do nascimento de Hugo, eu posso dizer com muita tranquilidade que fui surpreendida positivamente por tudo o que tenho experienciado nessa nova jornada. Minha vida virou de cabeça para baixo, é verdade, mas ficou incrivelmente linda essa nova (des)ordem.

Hoje sou mãe de Hugo, mas continuo sendo tudo o que eu era e um tantinho mais que descobri no meio desse furacão. Redescobri prazeres antigos, descobri prazeres novos. Me sinto ainda melhor na carreira profissional, mesmo que muitos dias trabalhe sem ter tido uma noite de sono digna. E tudo bem! Afinal, a vida demanda muita flexibilidade psicológica mesmo, e eu tô aqui pra exercitar o que eu tanto falo pra vocês.

Enfim, estou realmente de volta - da forma possível para o momento. Espero que vocês gostem de acompanhar essa nova fase da psi de sempre por aqui ♥️

PS: essa foto é registro de um trabalho que fiz quando Hugo tinha apenas 1 mês. Como eu falei, foi uma grata surpresa ver o tanto de coisa boa que aconteceu mais rápido do que eu poderia imaginar ✨












🎉🧠No mês passado comemoramos o mês da psicologia. São 61 anos de regulamentação da profissão, o que merece, de fato, uma...
01/09/2023

🎉🧠No mês passado comemoramos o mês da psicologia. São 61 anos de regulamentação da profissão, o que merece, de fato, uma grande celebração

No entanto, é importante refletirmos quem são as(os) psicólogas(os) brasileiras(os) e para quem oferecemos os nossos serviços. 🤔

Um censo realizado pelo CFP em 2022 mostrou que a cara da psicologia é majoritariamente branca, com um nível de comprometimento mediano com projetos relativos às populações minoritárias (para ter acesso aos dados, consultar o arquivo em 📄 https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2022/12/Censo_psicologia_Vol1-1.pdf).

Enquanto isso, temos uma enorme quantidade de pessoas em situação de vulnerabilidade emocional devido a fatores socioculturais como a precarização do trabalho e os mais diversos tipos de preconceito e discriminação. E boa parte das(os) profissionais ignora essa situação, ainda que seja nosso papel ético cuidar dessas populações.

Por isso, trago uma pergunta para que você reflita: o que você tem feito como psicóloga(o) para diminuir o sofrimento de populações minoritárias? E se não tem feito nada, reflita: o que você está esperando para começar a fazer o seu papel? 🤔

Cá estou eu, mais um ano comemorando o dia da(o) psicóloga(o) (ainda que tardiamente 😅). Pensar sobre esse dia sempre me...
31/08/2023

Cá estou eu, mais um ano comemorando o dia da(o) psicóloga(o) (ainda que tardiamente 😅). Pensar sobre esse dia sempre me é nostálgico e reflexivo, pois é inevitável pensar na minha trajetória até aqui…

Lembro daquela garotinha que aos 12 anos já sabia que queria fazer psicologia, embora obviamente não tivesse a menor ideia do que era isso. Ela só sabia. Sabia tanto que não queria mais nada: até pensou em ser aeromoça como segunda opção (pasmem 😄), mas sabia que nem de longe seria o que realmente queria fazer.

Hoje, aos 29 anos de idade e tendo começado nesse universo psi aos 18, consigo dizer com muita tranquilidade que ser psicóloga é a coisa mais bonita e mais difícil que já fiz até aqui. Não é nada fácil ouvir diariamente a dor de uma outra pessoa e “ter que” saber o que fazer com ela. Bom, graças à ACT e à FAP hoje eu sei que não exatamente “tenho que” saber o que fazer, mas que é importante buscar estar sempre ali, de forma genuína e atenta, a como estou e a como a pessoa do outro lado está. Isso é o principal, e acreditem: não é fácil.

Hoje sei também que o melhor que posso fazer por mim e pelas pessoas que me confiam suas vidas é ser o mais autêntica e genuína que eu puder, por mais assustador que isso seja. Por isso, cada dia mais busco mostrar quem sou e o que é importante pra mim, pois isso atravessa diretamente todo o trabalho que eu posso fazer.

Ser psicóloga pra mim é isso: ser humana, genuína e presente para cada ser humano que cruzar o meu caminho. 💛

O   do dia é esse Encontro super bacana que o CRP da Bahia () promoveu pra discutir questões de gênero e os impactos psi...
17/08/2023

O do dia é esse Encontro super bacana que o CRP da Bahia () promoveu pra discutir questões de gênero e os impactos psicossociais que o patriarcado gera nas mulheres que vivem na nossa sociedade.

Tive a honra e o prazer de falar sobre a atuação da Casa Comportamental frente a essas questões, e sobre a intersecção indissociável entre gênero, raça e classe para pensarmos as diferentes formas de violência que mulheres vivenciam.

Foi um evento maravilhoso, que proporcionou muitos aprendizados e deixou um gostinho de “quero mais” 🥰

Endereço

Salvador, BA
41820-770

Horário de Funcionamento

Segunda-feira 08:00 - 20:00
Terça-feira 08:00 - 20:00
Quarta-feira 08:00 - 20:00
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