21/10/2016
A artrite reumatóide (AR) é uma doença inflamatória crônica, sistêmica, autoimune que se caracteriza por poliartrite periférica de forma simétrica, erosiva que pode levar a deformidades, destruição articular e incapacidade funcional. Apresenta manifestações articulares precedidas por fadiga, mialgia, febre, emagrecimento e manifestações extra-articulares. Em 1987, o Colégio Americano de Reumatologia estabeleceu sete critérios de classificação para o seu diagnóstico, sendo que quatro devem estar presentes por um período mínimo de seis semanas, indicando o paciente portador da AR .Acomete cerca de 1% da população adulta, atingindo predominantemente mulheres, numa proporção de três mulheres para cada homem.Pode ocorrer em qualquer faixa etária, frequente entre os 30 a 50 anos,aumentando a prevalência com a idade.Há uma estimativa na qual anualmente 0,1 a0,2 a cada 1000 homens são atingidos e de 0,2 a0,4 a cada 1000 mulheres portadoras da AR. A AR não apresenta etiologia definida e pode estar relacionada à interação multifatorial envolvendo vírus, bactérias, fatores comportamentais, genéticos, distúrbios neuroendócrinos ou imunológicos . Alguns autores relatam a possibilidade de uma relação entre o vírus Epstein Barr e a AR em que 80% dos pacientes com AR possuem anticorpos contra este vírus que é também ativador de células do tipo B levando a uma produção excessiva de imunoglobulinas até mesmo de fator reumatoide.
É de fundamental importância a prática de exercícios físicos para evolução dos pacientes com AR. Essas atividades devem ser realizadas com adequação e supervisão, no intuito de promover ao paciente uma melhoria na sua flexibilidade, na sua força, na função cardiovascular e na sua resistência, e, sobretudo, uma melhoria no desenvolvimento das suas habilidades diárias. Salienta-se que o meio aquático tem uma ótima indicação no tratamento desses pacientes, pois há uma diminuição dos efeitos da gravidade que resulta numa menor compressão sobre as articulações. Dessa forma, para evolução do quadro opta-se por realizar exercícios em piscina terapêutica que podem contribuir na correção de perda ou limitação das articulações, manter o trofismo muscular, favorecer o alinhamento e estabilidade articular.
Revista Pesquisa em Fisioterapia, Salvador, 2013 Jul;3(1): 50-66. http://www.bahiana.edu.br/revistas