28/05/2025
longa retoma a trajetória de Adelaide Koch (1896-1980), psicanalista alemã judia que se refugiou em São Paulo durante o nazismo, e de Virgínia Bicudo (1910-2003), pesquisadora brasileira negra que foi paciente de Adelaide e se tornou a primeira psicanalista do país.
Conversa é a palavra-chave do filme, que se desenvolve a partir das sessões de análise e se passa em uma única locação (a casa da psicanalista). O elenco é formado por apenas duas atrizes: Gabriela Correa no papel de Virgínia e Sophie Charlotte no de Adelaide.
A narrativa começa entre 1937, quando Virgínia, então fazendo mestrado sobre o racismo no Brasil, procurou Adelaide com o intuito de ser sua paciente. Nos termos do roteiro – a tela inicial diz que “fatos, nomes, datas e lugares são reais, o resto é ficção” -, ela buscou a análise para entender os efeitos do racismo em sua vida e, assim, poder compreender as experiências dos outros.
Ao longo da trama, que vai até o fim dos anos 1950, Virgínia e Adelaide traça um constante paralelo entre racismo e antissemitismo, identificando as duas mulheres como vítimas de opressão. Ao mesmo tempo, o filme pontua as diferenças entre elas e também toca em temas como colorismo, identidade, acesso à psicanálise e o preconceito de raça e gênero na universidade e na ciência.
Fonte: https://mulhernocinema.com/entrevistas/yasmin-thayna-virginia-e-adelaide/