12/07/2023
O deslocamento recidivante da patela ocorre quando há repetidos episódios de deslocamento dessa estrutura, causando dor, limitação funcional e possíveis danos a outras estruturas do joelho.
O tratamento conservador pode ser considerado nos casos em que houve um primeiro episódio isolado e após um acidente. Porém nos casos recidivastes, a cirurgia é indicada na grande maioria dos casos em que ocorrem frequentes episódios de deslocamentos ou sensação de instabilidade e incapacidade.
A cirurgia para deslocamento recidivante da patela geralmente também é recomendada quando o paciente apresenta falha do tratamento conservador. Além disso, devemos levar em consideração a idade do paciente, a causa do deslocamento, seu nível de atividade e suas expectativas individuais, além dos fatores predisponentes.
Existem diferentes abordagens cirúrgicas disponíveis, dependendo das características do paciente e da gravidade da condição. As opções cirúrgicas incluem a reconstrução do ligamento patelofemoral medial em todos os casos, associado em casos específicos, avaliados por critérios nas imagens, o realinhamento distal, osteotomia ou a trocleoplastia. Esses procedimentos têm como objetivo restaurar a estabilidade da patela, prevenir futuros episódios de deslocamento e evitar a osteoartrose femoropatelar.
No entanto, é importante ressaltar que a cirurgia deve ser cuidadosamente avaliada, levando em consideração os fatores individuais de cada paciente, bem como os riscos e benefícios envolvidos.
Os resultados esperados da cirurgia para deslocamento recidivante da patela podem variar dependendo da gravidade da condição, da técnica cirúrgica utilizada e da adesão do paciente à reabilitação pós-operatória. Em geral, espera-se uma melhora significativa na estabilidade da patela, ausência de novos episódios de deslocamento e alívio da dor, permitindo que o paciente retome suas atividades diárias e esportivas.
É fundamental acompanhar de perto os pacientes submetidos à cirurgia para deslocamento recidivante da patela, avaliando a evolução clínica, funcionalidade e satisfação a longo prazo. Dessa forma, podemos aprimorar continuamente as abordagens cirúrgicas e os resultados obtidos.